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EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA

MARIA CÉLIA SANTOS

RESUMO

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva (2008) foi elaborada segundo os preceitos de uma escola em que
cada aluno tem a possibilidade de aprender, a partir de suas aptidões e
capacidades, e em que o conhecimento se constrói sem resistência ou
submissão ao que é selecionado para compor o currículo, resultando na
promoção de alguns alunos e na marginalização de outros do processo
escolar. A compreensão da educação especial nesta perspectiva está
relacionada a uma concepção e a práticas da escola comum que mudam a
lógica do processo de escolarização, a sua organização e o estatuto dos
saberes que são objeto do ensino formal. Como modalidade que não substitui a
escolarização de alunos com deficiência, com transtornos globais de
desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação, essa educação supõe
uma escola que não exclui alunos que não atendam ao perfil idealizado
institucionalmente.

A educação especial perpassa todos os níveis, etapas e demais


modalidades de ensino, sem substituí-los, oferecendo aos seus alunos
serviços, recursos e estratégias de acessibilidade ao ambiente e aos
conhecimentos escolares. Nesse contexto, deixa de ser um sistema paralelo de
ensino, com níveis e etapas próprias.

Sinalizando um novo conceito de educação especial, a Política enseja


novas práticas de ensino, com vistas a atender as especificidades dos alunos
que constituem seu público alvo e garantir o direito à educação a todos. Aponta
para a necessidade de se subverter a hegemonia de uma cultura escolar
segregadora e para a possibilidade de se reinventar seus princípios e práticas
escolares.
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Os relatos aqui mencionados são para o entendimento em uma escola e


de sua articulação com a educação especial e seus serviços, especialmente o
Atendimento Educacional Especializado – AEE. Sua intenção é esclarecer o
leitor sobre a possibilidade de fazer da sala de aula comum um espaço de
todos os alunos, sem exceções. Ele vai tratar da interface entre o direito de
todos à educação e o direito à diferença, ou seja, da linha tênue traçada entre
ambos e de como esse direito vai perpassando todas as transformações que a
escola precisa fazer para se tornar um ambiente educacional inclusivo.

Educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica,


desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos,
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino


evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar
alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no
debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na
superação da lógica da exclusão.

Palavras chave: Educação Inclusiva, Profissionais da Educação,


Política de Educação.

ABSTRACT

The National Policy on Special Education in the Perspective of Inclusive


(2008) Education has been drafted according to the precepts of a school where
every student has the opportunity to learn from their skills and abilities, and that
knowledge is constructed without resistance or submission to which is selected
to compose the curriculum, resulting in the promotion of some students and the
marginalization of others in the school process. Understanding of special
education in this perspective is related to a design and the practices of the
common school changing the logic of schooling, their organization and the
status of knowledge that are the subject of formal education. As a modality that
does not replace the education of students with disabilities, global
developmental disorders and high ability / gifted, this education involves a
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school that does not exclude students who do not meet the idealized profile
institutionally.

Special education permeates all levels, steps and other types of


education, without replacing them, offering students services, resources and
strategies to environment and accessibility of school knowledge. In this context,
it ceases to be a parallel system of education with their own levels and stages.

Signaling a new concept of special education, the policy gives rise to new
teaching practices, in order to fit the characteristics of students who are your
target audience and ensure the right to education for all. Points to the need to
subvert the hegemony of a segregated school culture and the ability to reinvent
its principles and school practices.

The reports mentioned here are for understanding in a school and its
articulation with the special education and its services, especially Specialized
Educational Service - AEE. His intention is to enlighten the reader about the
possibility of making the ordinary classroom space for all students, no
exceptions. He will address the interface between the right of all to education
and the right to difference in other words, the fine line drawn between them and
how this right will permeating all changes that the school needs to do to become
an inclusive educational environment.

Inclusive education is a political, cultural, social and pedagogical action,


triggered to defend the right of all students to be together, learning and
participating, without discrimination of any kind.

To recognize that the difficulties in learning systems stress the need to


confront discriminatory practices and creating alternatives to overcome them,
inclusive education takes center stage in the debate about contemporary
society and the role of the school in overcoming the logic of exclusion.

Keyword: Inclusive Education, Professional Education, Education


Policy.
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1. Tema:

O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social


e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de
estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na
concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como
valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e
fora da escola.

Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação


Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das
lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação
de qualidade para todos os alunos.

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a


constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público alvo os
alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam transtornos
funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o
ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais
especiais desses alunos.

Consideram-se alunos com deficiência aqueles que têm impedimentos


de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em
interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e
efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do
desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das
interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e
atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos
com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com
altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer
uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,
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liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade,


grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu
interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia,
disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade,
entre outros.

1.1 Delimitação do tema:

Considerando que a educação especial hoje vive uma mudança nos


paradigmas de atendimento, este curso tem por objetivo favorecer a discussão
acerca das políticas e legislação que permeiam a Educação Especial/Inclusiva,
com foco em ações pedagógicas sustentadas no aprofundamento das
deficiências/transtornos e suas peculiaridades. Procura-se uma consonância
com o movimento mundial pela inclusão que implica uma ação política,
educacional e social, desencadeada para que todos os alunos possam estar
juntos tendo direito a um desenvolvimento pleno, aprendendo e participando
sem discriminação.

1.2 Problematização:

Desatrelada das conquistas de movimentos em favor da inclusão escolar


e contrários à discriminação e preconceitos de qualquer natureza, a educação
especial, até 2008, diferenciava o atendimento a seus alunos, excluindo-os dos
ambientes comuns de escolarização, em classes e escolas especiais.

O propósito atual da educação especial é alinhar-se ao que preceitua a


nossa Constituição, ao estender e aprofundar a compreensão do direito à
educação pela internalização desses e de outros documentos internacionais
dos que o Brasil é signatário.

Mas não é tão fácil e palatável aos sistemas de ensino e aos que
pleiteiam a educação especial na sua concepção excludente assumir essa
virada de sentido da diferenciação. Essa dificuldade, embora até certo ponto
esperada, tem se traduzido por uma resistência vazia de argumentos e de
embasamento teórico metodológico que convença a volta atrás, o retrocesso
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aos tempos em que o entendimento da educação comum e da educação


especial permitia e sustentava os benefícios de diferenciar para excluir.

Pais e professores, autoridades educacionais, políticos engajados no


atendimento a pessoas com deficiência ainda enfrentam o ceticismo, o
pessimismo de muitos, cujos olhos, embaçados pelo assistencialismo, a
benemerência, o paternalismo, não conseguem vislumbrar o que esse novo
sentido da diferenciação traz de avanços e vantagens para todos,
indistintamente.

A diferenciação para excluir – motivo de discriminação e a diferenciação


para incluir, que promove a inclusão, têm sido exaustivamente explicitadas
pelos que se dispõe a esclarecer as atuais pretensões da educação especial.

As iniciativas em favor do acesso dos alunos da educação especial às


turmas das escolas comuns e aos novos serviços especializados propostos
pela Política de 2008 visam à transposição das barreiras que os impediam de
cursar com autonomia todos os níveis de ensino em suas etapas e
modalidades, resguardado o direito à diferença, na igualdade de direitos.

A máxima de Souza Santos (2006) amplia e reafirma a origem do direito


de todos à educação ao afirmar que temos o direito de sermos iguais, quando a
diferença nos inferioriza e o direito de sermos diferentes, quando a igualdade
nos descaracteriza.

Munidos das prescrições de nosso Ordenamento Jurídico, é possível e


urgente que se garanta a igualdade de direitos a uma educação, que livra o
aluno de qualquer diferenciação para excluir e/ou inferiorizá-los e que assegure
o direito à diferença, quando lhes é propiciado um atendimento especializado,
que considera suas características e especificidades.

2. Hipótese:

A política de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva


de janeiro de 2008 (MEC-SEESP, 2008), assegura o direito de toda criança
frequentar a escola comum, esclarecendo ações que são de competência da
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educação especial daquelas que são de competência do ensino comum. Este


último, é responsável pela escolarização de todos os alunos, indistintamente,
nas classes comuns de ensino, o primeiro, pelos serviços de que podem
necessitar os alunos público alvo da educação especial qual seja, alunos que
apresentam: deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas
habilidades - superdotação.

Dentre esses serviços a política orienta para a oferta do Atendimento


Educacional Especializado - AEE. De acordo com essa política este
atendimento assegura que os alunos aprendam o que é diferente do currículo
do ensino comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras
impostas pela deficiência. O Atendimento Educacional Especializado foi
regulamentado pelo Decreto nº 6571 de 17/09/2008.

O referido decreto reestrutura a educação especial, consolida diretrizes


e ações já existentes, voltadas à educação inclusiva, e destina recursos do
Fundo da Educação Básica (Fundeb) ao atendimento de necessidades
específicas do segmento. As escolas públicas de ensino regular que oferecem
atendimento educacional especializado terão financiamento do Fundeb a partir
de 2010. A matrícula de cada aluno da educação especial em escolas públicas
regulares será computada em dobro, com base no censo escolar de 2009,
aumentando o valor per capita repassado à instituição.

O Atendimento Educacional Especializado - AEE- destinado aos alunos


público alvo da educação especial, é um serviço que: Identifica, elabora e
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras
para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades
específicas. O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno com
vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.

Este atendimento privilegia o desenvolvimento dos alunos e a superação


dos limites intelectuais, motores ou sensoriais. Visa especialmente, o acesso
ao conhecimento, permitindo ao sujeito sair de uma posição passiva e
automatizada diante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do
próprio saber. O Atendimento Educacional Especializado tem como objetivo dar
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apoio complementar à formação dos alunos que apresentam deficiência física,


mental, sensorial (visual e pessoas com surdez parcial e total). Alunos com
transtornos gerais de desenvolvimento e com altas habilidades. Quando
necessário, esses alunos devem ser atendidos nas suas especificidades, para
que possam participar, ativamente do ensino comum. O AEE deve ser
realizado no período inverso ao da classe comum frequentada pelo aluno e na
própria escola ou em outra escola próxima desse aluno.

De acordo com a política de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva de janeiro de 2008 o AEE se realiza na sala multifuncional,
que é um espaço equipado e organizado preferencialmente em escolas
comuns das redes de ensino. Nessa sala podem ser atendidas as crianças da
escola e de escolas vizinhas. O professor de AEE oferece acompanhamento
em sala de aula para ensinar o uso de recursos destinados aos alunos com
deficiência aos professores e demais alunos. O professor do AEE deve
identificar e desenvolver estratégias educativas visando à superação das
dificuldades de aprendizagem dos alunos. Ele inclui em suas ações: avaliação
do aluno, a gestão do seu processo de aprendizagem e acompanhamento
desse aluno na sala de recurso multifuncional e na interlocução com o
professor do ensino comum.

Apesar de assegurado pelo decreto 6571/2008 o AEE ainda não está


implementado em todas as escolas brasileiras, e, como se trata de um serviço
recente, não dispomos de pesquisas que indiquem o impacto desse
atendimento na aprendizagem dos alunos que dele se beneficiam. O
atendimento educacional por si só não garante a aprendizagem dos alunos,
mudanças substanciais no interior da escola e nos sistemas de ensino são
necessárias para garantir a aprendizagem de todos os alunos.

A colaboração entre os diversos agentes da escola tais como os


gestores e equipe técnica, os professores da sala comum e os professores do
AEE é imprescindível para o desenvolvimento de uma prática sintonizada com
as necessidades dos alunos. Esses profissionais devem aprender a trabalhar
juntos e orquestrar seus esforços em favor do desenvolvimento de uma
educação de qualidade.
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Faz-se necessário às redes de ensino conceberem um modelo de


formação e acompanhamento que permita a cada um desses grupos
desenvolver um saber e um saber fazer que valorize a participação de cada um
como membro que contribui com as ações daquela comunidade educativa.
Este mesmo preceito deve ser observado no interior da sala de aula, espaço
pedagógico em que cada aluno se constitui em sujeito de aprendizagem que
contribui efetivamente para elaboração de um saber que só tem sentido
quando compartilhado por todos os membros da classe.

A concretização da política de inclusão se expressa pela criação de


salas multifuncionais nas escolas públicas brasileira, por uma política de
formação de professores em Atendimento Educacional Especializado voltado
para o atendimento das crianças nessas escolas, bem como, pela
transformação das práticas pedagógicas e da gestão escolar nas redes de
ensino. Deste modo, o desafio de escolarizar todas as crianças no ensino
comum, não é tarefa da educação especial, mas das redes públicas de ensino.

Uma política de vanguarda não garante a acessibilidade aos saberes


escolares se não houver uma verdadeira transformação no interior da escola.
Se faz necessário concretizar no cotidiano dessa instituição o que já está
assegurado por lei. Não basta garantir a acessibilidade, é preciso criar as
condições para que a escola se transforme em espaço verdadeiro de trocas
que favoreçam o ato de ensinar e aprender. Neste sentido nosso país ainda
têm um importante caminho a percorrer para assegurar educação a todos os
jovens, crianças, adultos e adolescentes que integram o sistema público de
ensino.

De acordo com a nova Política de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva os sistemas de ensino devem se organizar para oferecer a
TODAS as crianças, não somente o acesso e a permanência na escola, mas
também, os serviços educacionais que forem necessários para garantir a
aprendizagem escolar. A articulação entre o ensino comum e a educação
especial, sobretudo através do atendimento educacional especializado, deve
visar sempre a aprendizagem dos alunos que se beneficiam desse serviço.
Transformar a escola significa criar as condições para que TODOS os alunos
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possam atuar efetivamente nesse espaço educativo focando as dificuldades do


processo de construção do conhecimento para o ambiente escolar e não para
as características particulares dos alunos.

3. Objetivos:

Objetivos gerais:

Os objetivos da educação especial na perspectiva da educação inclusiva


asseguram a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de
ensino para:

 Garantir o acesso de todos os alunos ao ensino regular


(com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais
elevados de ensino;
 Formar professores para o AEE e demais professores para
a inclusão;
 Prover acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos
mobiliários, comunicações e informação;
 Estimular a participação da família e da comunidade;
 Promover a articulação Inter setorial na implementação
das políticas públicas educacionais;
 Oferecer o Atendimento Educacional Especializado - AEE.

Objetivos específicos:

Os objetivos do AEE, ao serem absorvidos pelas redes de ensino, vão


exigindo das escolas: espaço físico, recursos , equipamentos, formação
continuada de professores em serviço, integração da educação especial nos
Projetos Político-Pedagógicos.

Por meio desse e de outros tipos de atuação, a educação especial está


se introduzindo pouco a pouco nas escolas comuns e redesenhando os seus
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contornos educacionais, conquanto não estejam ainda verdadeiramente


comprometidas com a inclusão escolar.

A homogeneização das turmas escolares decorre da identidade que se


impõe como a desejável, embora o normal só se defina pelo anormal, o branco
pelo preto, ao velho pelo novo, o bom pelo mau e vice–versa.

Explica-se por tais razões a facilidade que temos de apontar, decidir


/definir quem fica e, automaticamente, quem sai das turmas por ter ou não
condições de ficar “dentro” delas. Na inclusão, ninguém sai; todos estão dentro
da escola, até mesmo o Atendimento Educacional Especializado, embora
ainda preferencialmente!

Por ora, vivencia-se a intrincada situação de formar professores para a


educação especial e mais precisamente para o Atendimento Educacional
Especializado – AEE.

4. Justificativa

A educação de alunos com necessidades educacionais especiais e


deficientes, não é eficaz na escola regular. Mesmo que o professor esteja
qualificado para atender às necessidades de um aluno deficiente, e a escola
ofereça acessibilidade e recursos variados, a educação na escola regular
acontece de forma uniforme, onde indivíduos que não se adaptam ao sistema
acabam ficando de lado, acontecendo então uma falha na educação e isso não
pode se caracterizar por inclusão.

Além dos alunos deficientes e com necessidades educacionais especiais


encontrarem problemas quanto à socialização e ao relacionamento com os
alunos regulares, o que ocasiona uma separação, pois os alunos regulares não
são educados a conviver e respeitar as diferenças, ainda mais se a diferença
na sala de aula é de um ou dois deficientes para 20 alunos ditos “normais”, isso
pode gerar um desconforto, dificultando a aprendizagem e a inserção do aluno
na rede regular.
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5. Fundamentação teórica:

O objetivo deste texto é refletir sobre o desafio, agora proposto à Escola


Fundamental, de incluir alunos com necessidades especiais (deficientes
mentais, crianças com limitações sensoriais ou neurológicas etc.). Como
proporcionar, no espaço e no tempo escolares, um conhecimento para todas as
crianças, quaisquer que sejam suas condições físicas, sociais, de saúde ou
suas possibilidades relacionais? Nossa hipótese é de que, para isso, seja
necessário repensarmos o modo de funcionamento institucional, pautado na
lógica da exclusão, em favor de outro, pautado na lógica da inclusão. Quais
são essas duas lógicas? Como nosso raciocínio se organiza preferencialmente
em termos de uma ou de outra? Quais são os desafios, as mudanças de
hábitos, as reformulações pedagógicas necessárias para se substituir um modo
de raciocínio por outro? Como aprender com os excluídos? Questões como
essas serão colocadas a seguir.

A Educação Inclusiva, hoje:

Como cuidar, integrar, reconhecer, relacionar-se com crianças (e


pessoas de um modo geral) com necessidades especiais e que, por isso,
diferenciam-se ou utilizam recursos diferentes dos normalmente conhecidos ou
utilizados, sempre foi um problema social e institucional. Essa tarefa estava,
antes, restrita à família ou a alguma pessoa que, por alguma razão, assumisse
esse papel, bem como às instituições públicas (hospitais, asilos, escolas
especiais etc.), especialmente dedicadas ao problema. Agora, espera-se que
as escolas fundamentais incluam crianças que apresentem limitações.

Refletir sobre os fundamentos da educação inclusiva significa analisar o


que está na base, apoia, e – mesmo que não tenhamos consciência, que não
tenhamos obrigação de trabalhar em sala de aula –, está presente e de alguma
forma regula nosso trabalho. É fundamental refletir sobre isso, procurar saber e
tomar uma posição sobre o que pode estar definindo as características de
nosso trabalho.
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Como base de nossa reflexão queria colocar a premissa de que há, pelo
menos, dois modos de organizarmos nossa vida e nosso trabalho na escola:
pela classe ou pelo gênero[2]. Um modo não exclui o outro: coordenam-se, ora
como meio, ora como fim. O que define a exclusão é como os articulamos e
como negamos um ou outro. Na Educação Inclusiva, propõe-se uma forma de
articulação entre eles diferente daquela à qual estamos acostumados.

Há, agora, dispositivos legais favoráveis à inclusão, ou seja, aos


relacionamentos pela lógica do gênero e não mais preferencialmente pela
lógica da classe; relacionamentos em um contexto de integração, de presença
de uma coisa em relação à outra. Gostaria de analisar os aspectos positivos da
inclusão; mas, também, seu lado perverso e negativo que já pode ser
observado. Talvez seja útil começar analisando os aspectos positivos da
classe, da forma de organizar a vida por classes. Gostaria de lembrar, também,
os aspectos negativos que todos nós chegamos a sofrer na própria pele ou,
então, na pele de nossos filhos, de nossos pais, de nossos amigos, ou de
quem quer que tenha alguém próximo e excluído na sociedade.

O que é organizar o conhecimento, a vida, pela lógica da classe? Por


que isso é positivo e, também, perverso ou negativo? Lembraria, primeiro, a
ironia que pode estar contida na expressão Educação Inclusiva. Se
considerarmos como excluídos, além dos portadores de alguma deficiência,
também os pobres, analfabetos, famintos, os que não têm onde morar, os
doentes sem atendimento, então, a maioria de nossa população estaria na
categoria dos excluídos. A minoria “normal” seria de vinte ou trinta por cento.
Então, se os excluídos são a maioria, a Educação Inclusiva é uma proposta
tardia de colocar essa maioria junto aos que têm acesso às boas condições de
aprendizagem e de ensino na escola e que podem receber uma educação em
sua versão ordinária, comum, ou seja, não especial ou excepcional.

A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de sociedade


inclusiva: aquela que não elege, classifica ou segrega indivíduos, mas que
modifica seus ambientes, atitudes e estruturas para tornar-se acessível a
todos.
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Fundamenta-se na concepção de direitos humanos, para além da


igualdade de oportunidades.

Define-se pela garantia do direito de todos à educação e pela


valorização das diferenças culturais, étnico-raciais, sexuais, físicas, sensoriais,
intelectuais, emocionais, linguísticas e outras

Tem como objetivo alterar a estrutura tradicional da escola,


fundamentada em padrões de ensino homogêneo e critérios de seleção e
classificação.

1990 – Conferência Mundial de Educação para Todos – Tailândia

“(...)Promover as transformações nos sistemas de ensino para assegurar


o acesso e a permanência de todos na escola.”

1994 - Conferência Mundial de Necessidades Educativas Especiais:


Acesso e Qualidade - Espanha

Declaração de Salamanca:

“(...) proclama que as escolas comuns representam o


meio mais eficaz para combater as atitudes
discriminatórias, ressaltando que: O princípio fundamental
desta linha de ação é de que as escolas devem acolher
todas as crianças, independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou
outras. Devem acolher crianças com deficiência e
crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que
trabalham; crianças de populações distantes ou nômades;
crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e
crianças de outros grupos e zonas desfavorecidas ou
marginalizados.“

1994 – Política Nacional de Educação Especial – Brasil

“(...)alicerçado no paradigma integracionista,


fundamentado no princípio da normalização, com foco no
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modelo clínico de deficiência, atribuindo às características


físicas, intelectuais ou sensoriais dos estudantes, um
caráter incapacitante que se constitui em impedimento
para sua inclusão educacional e social.”

1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Brasil

2001 – Resolução 02 do Conselho Nacional de Educação – Brasil

“(...)Denotam ambiguidade quanto à organização da


Educação Especial e da escola comum no contexto
inclusivo. Ao mesmo tempo em que orientam a matrícula
de estudantes, público alvo da educação especial nas
escolas comuns da rede regular de ensino, mantem a
possibilidade do atendimento educacional especializado
substitutivo à escolarização.”

Pessoas com Deficiência:

São aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual


ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.

Art. 24 – (...) Que as pessoas com deficiência não sejam excluídas do


sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com
deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório,
sob alegação de deficiência;

(...) Que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino


fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com
as demais pessoas na comunidade em que vivem. Onu, 2006

(...) A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa


todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional
especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua
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utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do


ensino regular.

(...) Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a


integrar a proposta pedagógica da escola, promovendo o atendimento às
necessidades educacionais específicas de estudantes com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
atuando de forma articulada com o ensino comum.

Objetivo

Promover o acesso, a participação e a aprendizagem de estudantes com


deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades /
superdotação nas escolas comuns, garantindo:

1) Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até


o ensino superior;

2) Atendimento educacional especializado;

3) Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino;

4) Formação de professores para o atendimento educacional


especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar;

5) Participação da família e da comunidade;

6) Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e


equipamentos, nos transportes , na comunicação e informação; e

7) Articulação Inter setorial na implementação das políticas públicas.

Art. 5º - A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas


públicos de ensino dos Estados, Municípios e Distrito Federal, e as instituições
comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a
finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular.
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§ 2º - O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta


pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno
acesso e participação dos estudantes ,atender às necessidades específicas
das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação
com as demais políticas públicas.

Art. 14 – Admitir-se-á, para efeito da distribuição dos recursos do


FUNDEB, o cômputo das matrículas efetivadas na educação especial oferecida
por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,
com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder
Executivo competente.

Art. 1º - Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas


de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do
ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado
em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento
Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.

Art. 5º - O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos


multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no
turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns,
podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional
Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou
órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios.

- Programa Implantação de salas de recursos multifuncionais

- Programa Escola Acessível

- Programa Educação Inclusiva: Direito a Diversidade

- Transporte Escolar Acessível

- Programa de Formação Continuada de Professores na


Educação Especial – Modalidade à Distância
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- Programa Interministerial BPC na Escola

- Programa Incluir

- Proesp

- Pro libras

- Livro Accessível

“Existem épocas em que tudo parece depender da vontade da maioria, e


épocas nas quais a obstinação de alguns indivíduos, de alguns grupos, é
suficiente para decidir o curso das coisas”

(S. Moscovici, 1981)

5.1 Procedimentos metodológicos:

Este projeto norteará a elaboração de outros projetos, assim como o


plano de ação anual da coordenação e professores do AEE. Será utilizado o
método dialógico servindo-se do tripé ação-reflexão-ação em todo o
desenvolvimento do mesmo.
Para a realização das ações, seguiremos as Diretrizes Operacionais da
Educação Especial para o AEE na escola básica.

 Identificar as necessidades de alunos com deficiência, altas habilidades


e transtornos globais de desenvolvimento; 

 Elaborar plano de atuação de AEE propondo serviços e recursos de
acessibilidade ao conhecimento; 

 Produzir material, transcrever, adaptar, confeccionar, ampliar, gravar, de
acordo com as necessidades dos alunos; 

 Adquirir e identificar materiais, como software, recursos e equipamentos
tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos, dicionários e outros; 

 Acompanhar o uso dos materiais na sala de aula do ensino regular
frequentada pelo aluno: verificar a funcionalidade e a aplicabilidade, os
efeitos, possibilidades, limites, distorções do uso na sala de aula e na
escola; 

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 Orientar professores da escola regular e família dos alunos a utilizar


materiais e recursos; 

 Promover formação continuada para os professores do AEE, para os
professores do ensino comum e para a comunidade escolar em geral; 

 Oferecer tecnologia assistiva (TA). 

Pretende-se que, o curso de capacitação para os professores da rede
regular seja desenvolvido através de estudo do material de formação docente
“Educar na Diversidade” com duração de 40h.

Em outro momento serão desenvolvidos estudos sobre as deficiências


baseado em estudos de casos reais, de alunos que já se encontram na escola
regular, onde serão analisados e em conjunto serão encontradas as possíveis
soluções para o desenvolvimento dos alunos.

A avaliação do projeto será realizada em todas as ações, através de


análise, reflexão e reformulações, servindo-se de vários instrumentos
avaliativos como; discussões, relatórios, reuniões, entrevistas com gestores,
professores e pais, assim como as atividades desenvolvidas com os alunos
através das professoras do AEE.

5.2 Técnicas para coleta de dados:

a. Recursos materiais:

 Espaço físico (salas para o AEE)


 Jogos pedagógicos
 Materiais didáticos
 Módulo para formação docente.
 Recursos tecnológicos.

b. Recursos humanos:

 Profissionais da saúde. Professores do AEE.


 Profissionais da educação
20

c. Ações a serem desenvolvidas.


 Apresentar o programa aos professores. 

 Elaborar o mapeamento dos alunos especiais. 

 Observar os alunos especiais (já indicados pelos gestores e
professores) e detectar outros. 

 Realizar entrevista com os pais dos alunos. 

 Fazer reunião com os secretários municipais, a fim de estabelecer
parcerias. 

 Dar apoiar aos professores da escola regular. Realizar o AEE nas
escolas. 

 Organizar o tipo e o número de atendimento aos alunos na sala de
recursos. 

 Confeccionar carteirinha de estudante do AEE 

 Realizar momentos de sensibilização e reflexão sobre o respeito às
diferenças nas escolas regulares. 

 Orientar na identificação e registros das necessidades, aprendizagens e
realizações dos alunos. 

 Orientar na elaboração de plano de AEE- Atendimento Educacional


Especializado, bem como no PDI - Plano de Desenvolvimento Individual
do aluno. 

 Sugerir aquisição de materiais, indicando a aquisição de softwares,


recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos,
dicionários e outros. 

 Acompanhar o uso dos serviços e recursos em sala de aula, verificando


a funcionalidade e a aplicabilidade dos mesmos, seu impacto, os efeitos,
as distorções, a pertinência, a negligência (quando houver), os limites e
as possibilidades da aplicação e uso na sala de aula e na escola. 

 Manter atualizados dados referentes ao atendimento Educacional


Especializado, bem como aqueles referentes ao desempenho escolar
dos alunos com necessidades educacionais especiais, tanto no que se
refere ao AEE, bem como no ensino regular. 
21

 Facilitar e organizar a assistência do professor especialista aos


professores de salas de aula comuns, da própria escola ou de outra,
através de contato com a equipe gestora de ambas as escolas e
cronograma de ações. 

 Orientar e acompanhar aos diretores na realização do plano de ação do


Projeto Escola Acessíveis, assim como, na compra dos materiais. 

 Acompanhar a implantação de Sala de Recursos Multifuncionais no


município. 

 Realizar a parte burocrática sobre o AEE. 

 Realizar Acs com professores do AEE 

 Fazer reunião com os pais dos alunos especiais. 

 Promover curso de capacitação para os professores da escola comum 

 Fazer o acompanhamento das aulas de AEE 

 Acompanhar e apoiar na realização de projetos voltados para inclusão. 

 Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos e de


acessibilidade na escola. 

 Promover atividades e espaços de participação da família. 

 Orientar aos professores quanto à promoção dos alunos especiais. 

 Produzir relatório final. 


22

5.3 Análise e interpretação dos dados

 Eliminar e /ou amenizar as barreiras de acessibilidade 


 Melhorar o desempenho dos alunos especiais. 
 Contribuir com o professor da escola comum. 
 Garantir a permanência dos alunos especiais nas escolas
regulares. 
 Atender com qualidade a todos os alunos especiais do nosso
município
 Professores capacitados para trabalhar com alunos especiais. 

6. Considerações Finais

Para finalizar, gostaria de ressaltar que tentei realizar, no espaço deste


texto, um movimento que posso chamar de retomada da história da Educação
Especial, no qual busquei, com auxílio da cronologia da documentação legal,
destacar os complexos processos vividos por essa área. A reflexão permitiu-me
compreender que a perspectiva inclusiva vem conferindo outros desenhos a
essa modalidade da educação. Espaço temporal no qual se destacam duas
importantes produções: as Diretrizes Nacionais para a Educação

Especial na Básica e o documento Política Nacional de Educação


Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

No percurso compreensivo, a abordagem cognitiva, instigou-me a


apreender a dimensão simbólica da construção da política a qual é constituída
de valores, crenças, visões de mundo e de sociedade que dão sentido a ação
do Estado. Com base em tais apontamentos passei a pensar na possibilidade
de uma política pública ser também caracterizada como um paradigma, sendo
assim, os objetivos das políticas ganham ênfase, pois os mesmos constituem
o que comecei a chamar de desenho do percurso da política.
Assim, no contexto dos possíveis efeitos dessa política da Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, inscreve-se o de assegurar o
23

direito à educação regular/comum às pessoas com deficiência. Esse


movimento, segundo a minha percepção, também parece ‘marcar’ a escola
pública comum/regular como lugar de todos.

7. Referências:

 BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, lei N.º


8069 de13 de julho de 1990.

 BRASIL. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de


deficiência, sua integração social, lei N.º 7.853 de 24 de outubro
de 1989.

 BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional, lei


9394/96 de dezembro de 1996.

 BRASIL. Constituição do estado do Rio Grande Do Sul.


Educação, da Cultura, do Desporto, da Ciência e Tecnologia, da
Comunicação social e do Turismo.

 CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos


nos “is. 4ª Ed. Porto Alegre: Mediação, 2006.

 DE SÁ, Elisabet Dias, CAMPOS, Izilda Maria de, SILVA, Myriam


B. Campolina. Deficiência Visual, Formação Continuada a
Distância de Professores para o Atendimento Educacional
Especializado. SEESP / SEED / MEC: Brasília, 2000.

 DIEHL, Rosilene de Moraes. Jogando com as diferenças. São


Paulo: Phorte, 2006.
24

 GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das


inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1994.

 GOMES, Adriana L. Limaverde. FERNANDES, Anna Costa.


BATISTA, Cristina Abranches Mota. SALUSTIANO, Dorivaldo
Alves. MANTOAN, Maria Teresa Egler. FIGUEOREDO, Rita
Vieira de. Deficiência Mental: Formação Continuada a Distância
de Professores para o Atendimento Educacional Especializado.
SEESP / SEED / MEC: Brasília, 2007.

 MANTOAN, Maria Teresa Egler. Compreendendo a deficiência


mental, novos caminhos educacionais. Scipione: 1989.

 MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão escolar: O que é? Por


quê? E como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

 MACEDO, L. de; PETTY, A.L.S. & PASSOS, N.C. 4 Cores, senha


e dominó. São Paulo: Editora Casa do Psicólogo, 1997.

 MACEDO, L. de; PETTY, A.L.S. & PASSOS, N.C. Aprender com


jogos e situações-problema. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.

 PIAGET, J. L’équilibration des structures cognitives: problème


central du développement. Paris: Presses Universitaires de
France, 1975.

 PIAGET, J. (1980) As formas elementares da dialética. Tradução


de Fernanda Mendes Luiz. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.

 PIAGET, J. (1949) Ensaio de lógica operatória. Tradução de


Maria Ângela Vinagre de Almeida. São Paulo e Porto Alegre:
Editora da Universidade de São Paulo e Editora Globo, 1971.

 PIAGET, J. De la Pédagogie. Paris: Editions Odile Jacob, 1998.

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