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FERNANDA PERA DE CARVALHO

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Divinópolis/MG
2015

FERNANDA PERA DE CARVALHO


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Alfabetização; Letramento; Práticas Educacionais.

PROJETO DE PESQUISA
apresentado como requisito parcial da
disciplina Metodologia Cientifica sob
a orientação da Profª Kátia Cruz
Pome

Divinópolis/MG
2015

Sumário
Resumo:................................................................................................................................................1

1. Definição do assunto:..............................................................................................................2

2. Tema:............................................................................................................................................4

3. Delimitação do tema:................................................................................................................5

4. Hipótese:......................................................................................................................................7

5. Problematização:.......................................................................................................................7

6. Objetivos......................................................................................................................................8

6.1 Objetivo Geral:...................................................................................................................8

6.2 Objetivos específicos:......................................................................................................8

7. Justificativa.................................................................................................................................9

8. Fundamentação teórica:...........................................................................................................10

9. Metodologia................................................................................................................................11

10. Cronograma.................................................................................................................................12

11. Técnicas para coleta de dados:.......................................................................................13

12. Análise e interpretação dos dados:................................................................................13

13. Considerações Finais:........................................................................................................14

14. Referências:..........................................................................................................................14
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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Fernanda Pera de Carvalho

Resumo:

Letramento é palavra e conceito recentes, introduzidos na linguagem da


educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas; seu
surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e
nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que
ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível de aprendizagem da
língua escrita perseguido, tradicionalmente, pelo processo de alfabetização. Esses
comportamentos e práticas sociais de leitura e de escrita foram adquirindo
visibilidade e importância à medida que a vida social e as atividades profissionais
foram-se tornando cada vez mais centradas na e dependentes da língua escrita,
revelando a insuficiência de apenas alfabetizar– no sentido tradicional – a criança ou
o adulto.
Em um primeiro momento, essa visibilidade se traduziu ou numa adjetivação
da palavra alfabetização–alfabetização funcional tornou-se expressão bastante
difundida – ou em tentativas de ampliação do significado de alfabetização,
alfabetizar, por meio de afirmações como “alfabetização não é apenas aprender a ler
e a escrever”, “alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar”,
e outras semelhantes. A insuficiência desses recursos para criar objetivos e
procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o
significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado é que pode justificar o
surgimento da palavra letramento, consequência da necessidade de destacar e
claramente configurar, nomeando-os, comportamentos e práticas de uso do sistema
de escrita, em situações sociais em que a leitura e/ou a escrita estejam envolvidas.
Entretanto, provavelmente devido ao fato de o conceito de letramento ter sua
origem numa ampliação do conceito de alfabetização, esses dois processos têm
sido frequentemente confundidos e até mesmo fundidos.
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Palavras-chave: Alfabetização; Letramento; Práticas Educacionais.

Abstract:

Literacy is word and recent concept, introduced in the education language and
language sciences just over two decades; its appearance can be interpreted as due
to the need to set up and appoint behaviors and social practices in the area of
reading and writing beyond the domain of the alphabetic system and spelling,
language learning level writing chased traditionally the literacy process. These
behaviors and social practices of reading and writing were gaining visibility and
importance as a social and professional activities were becoming increasingly
centered and written language dependent, revealing the failure of just alfabetizar- in
the traditional sense - the child or adult.
At first, this visibility has resulted in an adjective or word-functional literacy
literacy became widespread expression - or attempts to expand the meaning literacy,
literacy, through statements such as "Literacy is not just learning to read and writing
"," literacy is more than just teach encode and decode, "and the like. The failure of
these features to create goals and teaching and learning procedures which effectively
broaden the meaning of literacy, literacy, literacy is that it can justify the emergence
of literacy word, result from the need to highlight and clearly set, naming them, and
behaviors practical use of the writing system, in social situations in which the reading
and / or writing are involved.
However, probably due to the fact that the concept of literacy have its origin in
an expansion of the concept of literacy, these two processes have often been
confused and even merged.

Keywords : literacy; literacy; Educational practices

1. Definição do assunto:

Em relação ao letramento e alfabetização, podem-se fazer algumas


considerações importantes. A partir da necessidade de alfabetizar a população
passa a preocupar-se com a preparação de profissionais para atuar na área
educacional. Contudo, a ideia de institucionalizar escolas próprias para a formação
do professor sofrem grandes influências e acabam por problematizar-se devido às
dificuldades encontradas.
3

Ao refletir sobre a qualidade da educação, encontramos um grande problema.


Muitos educadores confundem o sentido destes dois processos, muitos acham que
alfabetização e letramento tem o mesmo significado, com isso não exercendo um
bom trabalho. Sabemos que uma educação de qualidade começa nas séries iniciais
com uma boa alfabetização.
Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a
escrever levando-a conviver com práticas reais de leitura e de escritas: substituindo
as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim pelo
material de leitura que circula na escola e na sociedade e criando situações que
tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos. (SOARES 2000).
O grande alicerce para a escolha do tema “Alfabetização e Letramento:
Habilidades que se mesclam no processo de alfabetizar”, foi o anseio de degustar e
apropriar-se de conceitos, descobertas e teorias que embasem o aprofundar e o
refletir sobre as práticas de aquisição da escrita e da leitura no processo de
alfabetização e letramento.
É notório, o prolongar deste tema visto que, alguns dados estatísticos revelam
que ainda há uma grande porcentagem de brasileiros analfabetos, a pesar de as
Políticas Públicas Educacionais estarem desenvolvendo projetos e programas que
aderem o minimizar deste problema.
Intitulando alfabetização e letramento: implicações e possibilidades no
âmbito escolar buscou compreender em que medida o processo de Alfabetização
determina a aquisição do letramento para a formação do leitor. Nosso objetivo foi
analisar as implicações entre a alfabetização e letramento na aquisição da leitura e
da escrita e como objetivos específicos compreender o processo da alfabetização e
letramento bem como discutir os procedimentos e reconhecer a sua especificidade.
Esse estudo se caracteriza como pesquisa bibliográfica e está pautado nos
pressupostos teóricos da pesquisa exploratória, desencadeada através da aplicação
de questionários e realização de entrevistas, que foram imprescindíveis para a
aquisição de coleta de dados na análise de possíveis aspectos que giram em torno
dos procedimentos pedagógicos e perspectivas de alguns professores que atuam
nas séries iniciais. Entretanto, os resultados revelaram que as implicações
referentes à alfabetização e letramento possibilitaram a percepção de que
apropriação da leitura e da escrita é um instrumento essencial para formação do
sujeito letrado, bem como o desenvolvimento de práticas sociais cotidianas.
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Objetivamos distinguir alfabetização de letramento, conceitos geralmente


confundidos pelos professores alfabetizadores.
A missão de alfabetizar letrando exige um trabalho árduo por parte dos
professores e de toda a equipe escolar. Assim, verificarei como se dá o processo
ensino-aprendizagem nas escolas estaduais e municipais.
Embora nossos alunos leiam razoavelmente bem, percebe-se que sentem
dificuldades para interpretar textos diversos. Isso me preocupa, uma vez que o
índice de analfabetismo é considerado baixo no Brasil.

2. Tema:

Alfabetização: é um processo dentro do letramento e, segundo Magda


Soares, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.
A criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em um processo de
letramento. Pois, ela faz a leitura incidental de rótulos, imagens, gestos, emoções. O
contato com o mundo letrado é muito entes das letras e vai além delas. Sendo assim
chegamos à seguinte pergunta:
Para que serve a escrita então?
“Letramento como Prática Social”, a escrita e a leitura são consumidas, hoje,
pelas pessoas como meio de sobrevivência, com o objetivo de formação acadêmica,
profissional, integração e interação social, resolução de problemas cotidianos,
condição de entender o mundo e suas tecnologias.
Há diferentes tipos de letramentos associados a diferentes domínios sociais,
por exemplo: letramento tecnológico, literário, religioso. O letramento autônomo é
aquele que acontece somente dentro da escola, desvinculado do mundo. Tais
formas estão...
Atualmente, no Brasil encontramos uma questão de extrema importância ao
se tratar da precariedade da alfabetização, pois nota-se que muitas pessoas já
escolarizadas são consideradas analfabetas funcionais, ou seja, não são capazes de
compreenderem o que leem.
Portanto, através da realidade presente nas escolas é fundamental que os
professores compreendam o que é alfabetização e o que é letramento para poderem
desenvolver melhor a sua prática pedagógica, visando uma alfabetização
significativa. Logo, o presente texto é resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre
5

alfabetização e que teve por objetivo expressar os significados do processo de


alfabetização e do processo de letramento, mostrando a especificidade de cada um
e a importância da conciliação entre ambos, além de propor uma reflexão entre
teoria e prática educacional de se alfabetizar letrando.
Os resultados obtidos na pesquisa mostram que a especificidade da
alfabetização é, em si, o ensino do código alfabético e ortográfico enquanto a
especificidade do letramento é o uso social deste código.
Porém, mesmo sendo processos distintos, precisam ser conciliados para que
as práticas nas classes de alfabetização tenham qualidade, na qual os alunos sejam
capazes de compreender o mundo que os rodeia e percebam que a alfabetização é
uma forma de melhor se expressar e interagir em sociedade. Concluindo assim, que
é possível atingir a qualidade da educação nas classes de alfabetização, com
práticas educacionais que utilizem diferentes metodologias, que proporcionem tanto
o desenvolvimento da alfabetização quanto o desenvolvimento do letramento de
cada sujeito, no qual ele possa contribuir para a transformação social.

3. Delimitação do tema:

Delimitamos este tema a finalidade apresentar as atividades que serão


realizadas no estágio de alfabetização com o objetivo de proporcionar a interação,
análise e reflexão do processo educacional dessa modalidade de ensino.
A alfabetização e o letramento são um fenômeno social, político e histórico,
envolvendo a linguística, a pedagogia, a psicologia e antropologia. Segundo Nunes e
Bryant (1997, pg. 18):
“Uma pessoa é funcionalmente alfabetizada quando ela adquire
conhecimentos e habilidades em leitura e escrita que a capacitam a engajar-se e
efetivamente em todas as atividades nas quais a alfabetização é normalmente
suposta em sua cultura ou grupo.”
È visível que ser alfabetizado, saber ler e escrever de forma mecânica, não
garantirá aos nossos alunos interação plena com os diferentes tipos de textos que
circulam na sociedade. É preciso que eles sejam capazes de não apenas decodificar
sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes
contextos.
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Partindo desses pressupostos, pretendemos com este projeto de pesquisa


conscientizar o professor alfabetizador da importância de seu papel , na formação do
educando em seu exercício em seu exercício das práticas sociais de leitura e escrita
na sociedade em que vive, rompendo com paradigmas tradicionais e fazendo – o
perceber que não basta alfabetizar.
Segundo Jaime Roberto Thomaz (2009), hoje os nossos alunos necessitam
de um processo de aprendizagem que focalize o alfabetizar letrando. Este é o
grande desafio que propomos com nossos estudos, conciliar esses dois processos
(alfabetização e letramento), assegurando aos alunos desde cedo, a apropriação do
sistema.
A alfabetização é a fase em que inicia o processo de formação intelectual e
pessoal da criança, e começa na escola. Por isso, esse período não deve ser
caracterizado apenas como mais uma etapa de sua vida. As salas devem sempre ter
novidades para estimular os alunos. O professor deve ser dinâmico. Deste modo,
terá mais facilidade em trabalhar com o lúdico, instrumento que serve para estimular
o ensinar e o aprender. Estas atividades jamais devem ser deixadas de lado pelo
docente alfabetizador.
A escola deve facilitar a aprendizagem, utilizando-se de atividades lúdicas que
criem um ambiente alfabetizador para favorecer o processo de aquisição da
autonomia da aprendizagem, pois as atividades lúdicas facilitam para a criança o
progresso de sua personalidade integral.
Assim, esta pesquisa tem por objetivo refletir a importância da ludicidade na
prática pedagógica como facilitadora de processo ensino e aprendizagem na
alfabetização.
A proposta inovadora tem como foco principal a organização curricular,
baseada até então numa visão curricular tradicional, centrada nas disciplinas e que
pouco tem a ver com a realidade do aluno e, por isso, não possibilita a formação
crítica. Na verdade, tem que ser elaborada a partir da realidade vivenciada na escola
e da comunidade para haver a interdisciplinaridade e total entendimento no ensino.
É importante que o professor esteja ciente de seu papel na hora da
aprendizagem escrita e que leve em consideração a relação do som com a escrita e
trabalhe sobre isso. É importante o professor trabalhar com textos para ensinar a
importância de se saber escrever.
Um outro aspecto, é achar que as atividades para apropriação da escrita
devem ser feitas em silêncio, já foi comprovado que ao falar (produzir som),a criança
se intera e percebe a relação com a escrita, e mais, trocar ideias com os colegas
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ajuda na construção de mais conhecimento. Também é importante falar com o


professor enquanto se fazem as atividades, já que ensinar é trocar experiências.

4. Hipótese:

Levando em consideração estudos, realizados e adquiridos no decorrer do


tempo, pode ser construída a seguinte hipótese:
A ação pedagógica mais adequada e produtiva para o processo de ensino e
aprendizagem é aquela que contempla de maneira articulada e simultânea a
alfabetização e o letramento. Aprofundando assim os conhecimentos sobre a
concepção de alfabetização na perspectiva do letramento.

5. Problematização:

O que nos move para a realização do tema são as contradições entre as


práticas e a realização da alfabetização e letramento em séries iniciais, bem como
as pesquisas realizadas em campo.
Como a alfabetização e letramento na educação infantil pode contribuir para o
desenvolvimento nas series posteriores dos alunos?
Uma criança pode não ser ainda alfabetizada, mas ser letrada, pois uma
criança que vive num contexto de letramento, que convive com livros, que ouve
histórias lidas por um adulto, que vê adultos lendo e escrevendo e ainda não
aprendeu a ler e escrever, é de certa forma, letrada, tem já um certo nível de
letramento. E a pessoa alfabetizada pode não ser letrada, saber ler e escrever e não
cultivar e nem exercer a pratica de leitura e de escrita ela é alfabetizada e não é
letrada.
Então se considerar que as crianças vivem numa sociedade letrada, em que a
língua escrita está presente de maneira visível e marcante nas atividades cotidianas,
inevitavelmente elas terão contato com textos escritos e formularão hipóteses sobre
sua utilidade, seu funcionamento e sua configuração. Sendo neste sentido
questiona-se: Qual a contribuição da alfabetização e letramento para o processo de
ensino e aprendizagem?
Os professores reconhecem quando é adequado ensinar a pensar em
situações de vivência do aluno e os pais participam da vida escolar do filho com
frequência?
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6. Objetivos

Demonstrar como é viável integrar os dois conceitos, Alfabetização e


Letramento. Segundo a problemática abordada, busca-se elucidar as seguintes
questões:
Apresentar o impulso que o letramento proporciona para as práticas
alfabetizadoras contribuindo para redimensionar a compreensão que hoje temos
sobre os seguintes aspectos: as dimensões do aprender a ler e a escrever; o desafio
de ensinar a ler e a escrever, criando um ambiente alfabetizador, que favoreça a
aprendizagem das crianças.

6.1 Objetivo Geral:

Tem como objetivo principal reconhecer a importância do letramento e da


alfabetização no desenvolvimento do aluno, investigando como é utilizado o
processo leitura/escrita na classe de alfabetização.

6.2 Objetivos específicos:

Comunicar suas ideias e interpretar, os alunos precisam compreender a sua


participação no processo de ensino-aprendizagem. Com isso o professor se torna
um agenciador dessa consciência. A possibilidade de escrever sobre Letramento e
Alfabetização pressupõem pesquisa prévia, leitura, análise, reflexão, construção e
reconstrução de pensamentos e conceitos. Portanto, a possibilidade de escrever
sobre algo é um valioso caminho para elaboração e reelaboração de propostas e
projetos de trabalho.
Aprender a ler e a escrever sob a ótica de uma proposta construtiva nos
permite compreender que alfabetização e letramento não se dissociam e nem são
sequenciais. Não há como conceber, também, a ideia de que alfabetização possa
ser substituída por letramento. Além disso, um não é um pré-requisito para o outro.
O importante é conciliares esses dois processos.
Assim como a alfabetização e o letramento são processos que caminham
juntos, em específico, buscamos repensar a aquisição da língua escrita, baseado no
alfabetizar letrando.
O objetivo é levar educadores a pensarem sobre suas práticas eas
possibilidades de novas linguagens e técnicas e os reais objetivos da alfabetização ,
bem como compreender o exercício da leitura e escrita e suas evoluções.
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Mediante pesquisa cientifica: descritiva, exploratória e experimental/causal,


Bibliográfica, Entrevista e pesquisa de campo.

7. Justificativa

O tema pesquisado decorre sobre as questões levantadas sobre a


alfabetização e letramento na educação infantil .Muitos educadores receiam que a
antecipação de praticas pedagógicas tradicionais do ensino fundamental na
educação infantil esteja associado a perda do lúdico. Já por outro lado há quem
entenda ser fundamental a presença da cultura escrita nesse nível de ensino, uma
vez a familiaridade da criança com o mundo das palavras é importante para o
processo de alfabetização.
Dessa forma, a pesquisa visa colaborar com os professores da área da
educação infantil. Para que ele pode fazer a alfabetização e o letramento sem que a
criança perda o lúdico.
Trata-se, sem dúvida, de tema de evidente relevância social, técnica e
científica, pois durante muito tempo a alfabetização foi entendida como mera
sistematização do bê-á-bá, isto é, como a aquisição de um código fundado na
relação entre fonemas e grafemas. Em uma sociedade constituída em grande parte
por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, a simples
consciência fonológica que permitia aos sujeitos associar sons e letras para
produzir/interpretar palavras parecia ser suficiente para diferenciar o alfabetizado do
analfabeto. Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um
indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos
de uma sociedade (Tfouni, 1995, p. 20). Assim, não se trata de escolher entre
alfabetizar e letrar; trata-se de alfabetizar letrando. Também não se trata de pensar
em dois processos como sequenciais, isto é, vindo um depois do outro, como se
outro processo fosse mais garantido.

8. Fundamentação teórica:

Já pode proporcionar a leitura e a escrita na escola de educação infantil. Mas


existem diferentes opiniões quanto a questão pois alguns educadores receiam a
antecipação de praticas.
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As tendências pedagógicas das principais correntes que são conhecidas


como Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista, não são encontradas em seu
estado puro e sim umas misturadas às outras. Através de vários teóricos conhecidos
como Vygotsky, Paulo Freire e Piaget, fazendo referências as suas concepções no
Construtivismo. Através do método conhecido como Construtivismo, aonde este
conceito reconhece e valoriza o conhecimento prévio do aluno.
Embora os teóricos e filósofos vivessem em épocas diferentes tinham uma
mesma linha de pensamento, a existência do ser humano é uma existência histórico-
social, que vê a maneira de se situar no mundo em que vive, em tempos diferentes.
Se faz de uma maneira onde a experiência adquirida vai se desfazer e se refazer
com novos fatores para alcançar algo novo ou reformulado pela sua interação social
e do mundo.
Conhecer as letras é apenas um caminho para o letramento, que é o uso
social da leitura e da escrita, já a alfabetização permite a construção das bases
intelectuais para a aquisição de conceitos científicos, através da possibilidade de
desenvolvimento da linguagem escrita.
Para compreender os fatos atuais é necessário fazer uma analise mais
centrada na história da alfabetização. Portanto com a origem da alfabetização é
possível notar, que devido às necessidades da comunicação no dia a dia da
humanidade é que surgiu a escrita e a leitura, e que ao inventar a escrita, o homem
também fez surgir à necessidade de que ela continuasse a ser usada e passada
para as futuras gerações.
Devido a essa necessidade surgiu á alfabetização, ou seja, processo inicial de
transmissão de leitura e escrita. Com relação á necessidade do surgimento da
escrita para o dia a dia da humanidade, Cagliari 1999, p.14 afirma:
De acordo com os fatos comprovados historicamente, a escrita surgiu do
sistema de contagem feito com marcas em cajados ou ossos, e usados
provavelmente para contar o gado, numa época em que o homem já possuía
rebanhos e domesticava os animais. Esses registros passaram a ser usados nas
trocas e vendas, representando a quantidade de animais ou de produtos
negociados. Para isso, além dos números era preciso inventar os símbolos para os
produtos e para os proprietários. Com a necessidade que a leitura e a escrita
passassem de geração em geração, surgiram às regras de alfabetização. Cagliari
1999, p.15 afirma que: “Ao longo do processo de invenção da escrita também incluiu
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a invenção de regras de alfabetização, ou seja, as regras que permitem ao leitor


decifrar o que está sendo escrito e saber como o sistema de escrita funciona para
usá-lo apropriadamente.”
Na antiguidade não existiam vários métodos e formas de se alfabetizar uma
pessoa havia apenas um modelo padronizado e mecânico de copia e leitura.

9. Metodologia

Refletindo sobre aquisição da linguagem lida no livro ,a teoria de Vygotsky,


pesquisador e psicólogo russo com a sua forma de pensamento sócio interacionismo
, observamos que Vygotsky ao derrogar o desenvolvimento histórico da linguagem,
ele observa e estuda os diferentes pontos de vista e traz seu novo conceito,
revolucionário a metodologia. Ressalta ainda o comportamento da criança, em suas
buscas, organizando em seu movimento intimo seus potenciais, afirmando a
importância da criança em sua construção individual e social, interagindo seus
conhecimentos com outras pessoa e contextualizando com um mundo melhor, onde
ele na sua teoria afirma a importância do “ter” na sua individualidade sua formação e
sua interação no movimento eterno.
Entendendo tudo isto, permitimos que nossas crianças, organize sua fala,
transmitindo seus sentimentos formando verdadeiros.
Compreensão dos processos de alfabetização e letramento, assim como do
planejamento, desenvolvimento e avaliação práticas de oralidade, leitura e escrita,
que respondam às necessidades de aprendizagem de seus/suas alunos(as), sejam
crianças, adolescentes, jovens ou adultos.
Objetivamos refletir sobre a língua oral como objeto de ensino na escola,
vivenciando e planejando situações de comunicação que contemplem seus diversos
usos; Compreender os processos de aprendizagem da leitura e contextualizar o
papel da escola no ensino dessas habilidades e usos; Identificar e apropriar-se de
princípios e práticas de leitura em sala de aula que respondam às necessidades
específicas da alfabetização; Elaborar conceitos de alfabetização e de letramento,
relacionando-os às práticas pedagógicas desenvolvidas/necessárias na escola;
Compreender os processos de aprendizagem da escrita, refletindo sobre as funções
dos diagnósticos e das avaliações; Refletir sobre os limites e possibilidades do
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ensino atual da escrita na escola, a partir das contribuições da psicogênese da


língua escrita, identificando as implicações pedagógicas dessas descobertas;
Identificar e apropriar-se de princípios e práticas de leitura em sala de aula que
respondam às necessidades específicas da alfabetização; Desvendar limites e
possibilidades do ensino atual da escrita na escola, a partir das contribuições da
psicogênese da língua escrita, identificando as implicações pedagógicas dessas
descobertas; Apreender a natureza dos gêneros textuais e suas implicações para o
ensino e a aprendizagem da língua oral e da escrita; Identificar e apropriar-se de
princípios e práticas de escrita em sala de aula que respondam às necessidades
específicas da alfabetização.

10. Cronograma

ATIVIDADES | MÊSFEVEREIRO2015 | MÊSMARÇO2015 | MÊSABRIL2015 |


MÊSMAIO2015 | MÊSJUNHO2015 | MÊSJULHO2015 | MÊSAGOSTO2015 |
MÊSSETEMBRO2015 | MÊSOUTUBRO2015 | MÊSNOVEMBRO2015 |
MÊSJDEZEMBRO2015

Escolha do tema do projeto | X | | | | |


Pesquisas do Referencial teórico | X | | | | |
Elaboração dos Objetivos Geral e Especifico | | X | | | |
Elaboração da Justificativa | | X | | | |
Revisão do Projeto | | | X | X | |
Entrega do Projeto | | | | | X |

11. Técnicas para coleta de dados:

A revisão bibliográfica é feita mediante leitura sistemática com fichamento de


cada obra e com pesquisa de campo nas escolas do município, por meio de
questionário para professores das séries iniciais do Ensino Fundamental,
especialmente os que atuam no 1º e 2º Fase do 1º Ciclo do Ensino Fundamental.
Responderam também aos questionamentos os coordenadores pedagógicos da
Escola Estadual.
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12. Análise e interpretação dos dados:

Os questionamentos elaborados para essa análise e interpretação de dados


buscam
respostas para definir porque temos presente tantas dificuldades em leitura e
interpretação de textos, numa grande quantidade das crianças de nosso país. Foram
coletadas opiniões de professores das séries iniciais de escolas públicas. Além
destes, os coordenadores pedagógicos também responderam o questionário e
participaram do debate com todos os envolvidos nesse estudo. Quando perguntou-
se sobre o alto nível de dificuldades na leitura e interpretação presente nas crianças
de grande parte das escolas de nosso país, os questionados foram unânimes em
responder que concordavam com a existência desses problemas.
De acordo com as opiniões levantadas, essa defasagem acontece
principalmente porque ainda persiste a falta de educação com qualidade que
trabalhe a realidade do aluno e que explore a linguagem oral na Educação Infantil, e
ainda, porque falta incentivo por parte dos pais e professores à leitura diversificada e
contagem de histórias, existem más condições sócio econômicas e até psicológicas
numa grande parte de crianças brasileiras que geram problemas físicos e de má
convivência familiar e social, e também porque ainda há falta de interesse de
autoridades, de pais e até de professores em disponibilizar materiais e adequar
condições para a pesquisa e construção de novos conhecimentos.
O desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem com qualidade pode
acontecer com sucesso, quando as práticas pedagógicas, que deram certo, sejam
atuantes e criativas em todas as nossas escolas.

13. Considerações Finais:

A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como


início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da
leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes
de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e
letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o
sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas
nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e
lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se
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com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa,


fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler
histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos
personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e
pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.

14. Referências:

CARRAHER, T., CARRAHER, D. & SCHLIEMANN, A. Na vida dez, na escola zero.


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vícios da prática pedagógica” In VIDETUR, n. 21. Porto/Portugal: Mandruvá, 2003,
pp. 21 – 34 (ww.hottopos.com).

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__________ “Alfabetização e cultura escrita”, Entrevista concedida à Denise


Pellegrini In Nova Escola – A revista do Professor. São Paulo, Abril, maio/2003, pp.
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GERALDI, W. Portos de Passagem. São Paulo, Martins Fontes, 1993.

___________ Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas,


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prática social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995.

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