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PMSUS 1- reflexão

Facilitador: Sdnei Gomes dos Santos


Oficina de trabalho 1 - Políticas Públicas, necessidades de saúde e SUS.

Síntese provisória
PONTOS CHAVES
Disparador 1: 200 Países, 200 anos, 4 Minutos por Hans Rosling’s para a BBC.
1. Evolução;
2. Revolução Industrial;
3. Primeira Guerra Mundial;
4. Desigualdade social;
5. Ascensão política e econômica;
6. Grande depressão;
7. Segunda Guerra Mundial;
8. Exposição gráfica;
9. Temporalidade.
Disparador 2: Serviço Social- Políticas Públicas.
1. Ações governamentais;
2. Direitos humanos;
3. Saneamento básico;
4. Educação, saúde, lazer, esporte, moradia e trabalho;
5. Falta de recursos na saúde;
6. Conceito de bem-estar social.
Disparador 3: O que é Estado?
1. Estado;
2. Mediador;
3. Poder;
4. Política;
5. Servidores públicos;
6. Leis;
7. Territorialidade;
8. Instituições públicas;
9. Cidadãos;
10. Individualidade e coletivo.
Disparador 4: O que são políticas públicas?
1. Programas governamentais;
2. Plano de governo;
3. Cidadania;
4. Voto;
5. Políticas públicas;
6. Praticidade;
7. Decisões e eficácias;
8. Fiscalização e prestação de contas;
9. Poder legislativo.
Disparador 5: A História da Saúde pública no Brasil- com Paulo Sérgio.
1. Reforma sanitária;
2. Recursos financeiros;
3. Desigualdade;
4. Leis trabalhistas;
5. Licença maternidade;
6. Aposentadoria;
7. Direito a saúde;
8. Conferências Nacionais de Saúde (Ênfase na 8º CNS)
9. Sistema Único de Saúde;
10. Santas Casas de Misericórdias;
11. Constituição federal;
12. Avanços na saúde.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

 Conhecer a definição de Estado, suas funções, origens e relações sociais;


 Compreender o modo de organização do Estado e suas consequências para
sociedade;
 Relacionar o conceito de bem-estar social com o sistema universal de saúde;
 Identificar o conceito e modelo de seguridade social no Brasil;
 Detalhar a definição de políticas públicas;

1. Buscar as histórias das políticas públicas de saúde no Brasil e como ocorreu a


reforma sanitária;

- O período colonial foi marcado pela ocorrência de epidemias e a assistência à saúde era
conduzida pelos poucos médicos e cirurgiões que atuavam no país com sangrias e purgantes,
além dos remédios recomendados por curandeiros, negros e indígenas.

- Em 1808, o Rio de Janeiro tornou-se sede provisória da coroa Portuguesa, transformando-se


sede das ações sanitárias; e em 1813 e 1815, no Rio de Janeiro e na Bahia, respectivamente,
são inauguradas as primeiras academias médico-cirúrgicas do País.

- Em 1829, cria-se a Junta de Higiene Pública.

- Com a proclamação da República, em 1889, a situação política exigia mudanças que visassem
à modernização do País; a economia capitalista insere-se neste contexto.

- No período conhecido como República Velha (1889-1930) a economia estava baseada na


cafeicultura, os lucros ocasionados pela exportação do café estimulavam a industrialização das
cidades com o aumento da população urbana e emigração de estrangeiros. Para conciliar o
desenvolvimento econômico houve uma melhora qualitativa das condições sanitárias dos
portos, e a criação dos institutos com fins de pesquisas que beneficiaram a população urbana.
- Em 1904, ocorreu a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro em função da obrigatoriedade da
vacinação contra a varíola, com conflitos populares. Diante dos desgastes ocasionados com a
revolta, o governo revoga a obrigatoriedade e propõem outras formas de relacionamento com
a sociedade para estimular a adesão às medidas de saúde pública.

- Com as condições de vida insatisfatórias, com o predomínio das doenças transmissíveis,


fortificaram o surgimento de movimentos sociais urbanos, que propiciaram a criação da Lei
Eloi Chaves que institui as Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAP e um novo regulamento
para o Departamento Nacional de Saúde Pública.

- De 1930 a 1945, institui-se o Estado Novo e Getúlio Vargas assume o poder, situação política
marcada pela crise do café no cenário mundial.

-Neste momento político, a saúde pública brasileira se encontrava sob a responsabilidade do


Ministério da Educação e Saúde e do Ministério do Trabalhador quanto à saúde ocupacional,
sendo que as decisões acerca das ações de saúde eram tomadas exclusivamente por políticos e
burocratas.

- Fruto da reivindicação dos trabalhadores ocorre à criação dos Institutos de Aposentadorias e


Pensões (IAP) para aqueles com carteira assinada. A Constituição de 1934 assegura algumas
garantias para os trabalhadores: assistência médica, licença remunerada, jornada de trabalho
de oito horas, dentre outras.

- Em 1945, Vargas é deposto devido às diversas repercussões das manifestações populares.


Após a destituição de Vargas o país perpassa um período de redemocratização (1945-1965).

-O Ministério da Saúde (MS) é criado em 1953, mas, nessa época, a organização da assistência
à saúde ainda era permeada por forte clientelismo, troca de votos por prestação de serviços,
sem uma reformulação eficiente da organização do setor saúde.

-O Instituto Nacional de Previdência Social é criado em 1966 com o objetivo de assistir a


população em um contexto individual, em contrapartida o Ministério da Saúde
responsabilizava-se pelas ações de caráter coletivo.

-O Ministério da Previdência e Assistência Social é instituído em 1975, em função dos custos


excessivos com o setor privado, visando controlar e fiscalizar os serviços oferecidos e os
repasses feitos pelo setor privado.

-Devido à situação de crise instaurada na 5º Conferência Nacional de Saúde (1975),


apresentasse uma proposta de Sistema Nacional de Saúde que define uma série de ações para
cada esfera do governo.

-Durante a VII CNS, por iniciativa do governo de Figueiredo, discutem-se as possibilidades de


implantação de um sistema de reorientação da atenção à saúde com enfoque na atenção
básica, participação da comunidade, regionalização e hierarquização, denominada Prev-Saúde,
não sendo implantada novamente pelas pressões do setor privado.

-O descontrole financeiro evidenciado na falência do setor militar propicia nos anos de 80 e 90


uma nova estrutura política administrativa. Em 1988 entra em vigor a nova constituição, em
1989 ocorre à eleição para presidente e a democracia é reinstaurada numa situação de grave
crise econômica.
-Os movimentos sociais que reivindicavam mais saúde unem-se às universidades, instituições e
profissionais de saúde que desde o período militar estudavam e pesquisavam instrumentos
para reorganizar a assistência. Assim, nasce o Movimento Sanitarista/Reforma Sanitária com as
propostas da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) e do
Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES) objetivando lutar pelo direito universal e
equânime à saúde.

-Na VIII Conferência Nacional de Saúde foi discutida a saúde de forma ampliada tendo como
propostas centrais: conceito ampliado da saúde; reconhecimento da saúde como direito;
criação do Sistema Único de Saúde; participação popular; constituição e ampliação do
orçamento da saúde.

- No período de 1989 a 2002, denominado de pós-constituinte, o País apresenta um cenário


econômico instável marcado pela hiperinflação. Nesse período, contudo, foi possível iniciar a
implantação do SUS e aperfeiçoar os instrumentos legais de gestão do mesmo. Sendo
aprovada a Lei 8080/90 que elencou as condições de promoção, proteção e recuperação da
saúde, e a organização e funcionamento dos serviços de saúde.

- Posteriormente, a Lei 8142/90 em caráter complementar é promulgada, para a regulação da


participação da comunidade, instituindo as conferências e conselhos de saúde como
instrumentos deliberativos de estímulo ao controle social.

-Norma Operacional Básica (NOB) 01/93, foi editada logo após a IX Conferência Nacional de
Saúde, que abordava diferentes formas de gestão para ocorrer a efetiva municipalização.

-No ano seguinte ocorre à implantação do Programa de Saúde da Família (PSF) que foi
inspirado nas práticas positivas desenvolvidas anteriormente pelo Programa de Agentes
Comunitários e Saúde.

2. Estudar o conceito de políticas sociais (pesquisar as listadas no capítulo Ordem


Social da constituição federal de 1988);

As políticas sociais são aquelas políticas públicas voltadas para a oferta de bens e serviços
básicos à população, compreendendo às áreas da educação, saúde, alimentação, trabalho,
moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância,
e assistência aos desamparados (BRASIL, CF, 1988).

As Políticas Sociais e a Constituição de 1988: conquistas e desafios, que objetiva recuperar as


principais características das políticas sociais vigentes até 1988, bem como as críticas a estas
direcionadas, para então demarcar as principais inovações trazidas pela Constituição e poder
chegar à situação atual das políticas sociais no Brasil.

No primeiro volume, agruparam-se as áreas sociais vinculadas à proteção social, que desde a
CF/88 estão unidas sob o conceito de Seguridade Social, destinadas a reduzir e mitigar riscos e
vulnerabilidades a que qualquer indivíduo está exposto em uma sociedade de mercado, tal
como o da não possibilidade de prover o seu sustento e o de sua família por meio do trabalho,
seja por velhice, morte, doença ou desemprego.

Distributiva: ofertar serviços do estado e equipamentos;

Redistributiva:: voltada para o financiamento;


Regulatória: As políticas regulatórias são criadas para avaliar setores no intuito de criar
normas ou implementar serviços;

• Responsável pela normatização das políticas distributivas

e redistributiva e está mais relacionada à legislação

3. Entender de qual forma o SUS se enquadra como política pública;


As políticas públicas, por definição, são conjuntos de programas, ações e decisões
tomadas pelos governos nacional, estadual ou municipal que afetam a todos os cidadãos,
de todas as escolaridades, independente de sexo, cor, religião ou classe social. A política
pública deve ser construída a partir da participação direta ou indireta da sociedade civil,
visando assegurar um direto a determinado serviço, ação ou programa. No Brasil, o direto
à saúde é viabilizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) que deverá ser universal,
integral e gratuito.

Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA),


desenvolvido pela Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas, tem como papel
estratégico a indução do processo de aplicação dos resultados das pesquisas em soluções
no campo das políticas públicas e modelos de atenção e gestão à saúde, buscando
aperfeiçoar o desempenho do SUS e a melhoria das condições de vida e saúde da
população.

4. Debater os princípios doutrinários e organizativos do SUS;

Princípios Doutrinários

 Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao


Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser
garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou
outras características sociais ou pessoais.
 Eqüidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as
pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm
necessidades distintas. Em outras palavras, eqüidade significa tratar desigualmente
os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
 Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a
todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações,
incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a
reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade pressupõe a articulação da
saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial
entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida
dos indivíduos.

Princípios Organizativos
Estes princípios tratam, na realidade, de formas de concretizar o SUS na prática.

 Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis


crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica,
planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento
da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre
os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a
hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de
acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos
limites dos recursos disponíveis numa dada região.
 Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e
responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde,
descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o
controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela
saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao
município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer
esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção
constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e
soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a
participação da sociedade.
 Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para
isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam
formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. 

5. Compreender a relação entre necessidades de saúde e o SUS.

As necessidades em saúde não são apenas necessidades médicas, nem problemas de saúde
como doenças, sofrimentos ou riscos, mas dizem respeito também a carências ou
vulnerabilidades que expressam modos de vida e identidades.

As necessidades em saúde podem funcionar como analisadoras das práticas em saúde,


considerando que seus reconhecimento e enfrentamento estão vinculados aos princípios do
Sistema Único de Saúde (SUS), o que implica, por parte das equipes de saúde, em esforço de
tradução e atendimento às necessidades trazidas pela população. Acredita-se que os serviços
de saúde, quando se organizam com foco nas necessidades da população, podem ou tendem a
serem mais eficientes, no sentido de apresentar maior capacidade de escutar e atender as
necessidades em saúde.

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http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4135/1/bps_17_introducao.pdf
https://portal.fiocruz.br/politicas-publicas-e-modelos-de-atencao-saude
http://www.conselhodesaude.rj.gov.br/noticias/577-conheca-o-sus-e-seus-principios-
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