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A POLÍTICA DE SAÚDE
NO BRASIL E O SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE
Ranielly Santos de Aquino
COORDENADORIA DE GESTÃO
DO TRABALHO E EDUCAÇÃO
NA SAÚDE (CGTES)
MÓDULO I
GOVERNADORA
Maria de Fátima Bezerra
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Adriana Gomes Maia
Iolanda da Silva Araújo Foss de Oliveira
Janaina Karla Gomes Santos
ORGANIZADORES
Lucas Martorelli Gondim Luz
Ranielly Santos de Aquino
AUTORES DO MÓDULO
Ranielly Santos de Aquino
REVISÃO
Jacyane Melo de Oliveira Santos
Cybelle Araújo de Medeiros Lucena
Referências ---------------------------------------------------------------------- 15
Aula 01
PARA REFLETIR!
Caro(a) Aluno (a), antes de começar esta aula, é importante que seja feita
uma reflexão sobre os antecedentes do SUS. Por isso, vamos praticar com
essas atividades?
Período Colonial
No período colonial, o Brasil era governado pela metrópole Portugal num
contexto político de exploração e econômico à margem do capitalismo, através
PARA REFLETIR!
da exportação de pau-brasil, cana-de-açúcar, mineração e café. No que
concerne às práticas de saúde, a grande população usava da medicina Folk*,
pois a prática médica era desconhecida para os mais pobres e, principalmente,
para os escravos, que se utilizavam da solidariedade de curandeiros para tentar
resolver os problemas de saúde. Já para os grandes Senhores, a prática médica
acontecia por profissionais legais.
**A medicina folk, ainda de acordo com Kleinman (1980), é largamente utilizada nas sociedades não
industrializadas. Os especialistas deste setor não fazem parte do sistema médico oficial e ocupam uma
posição intermediária entre os setores popular e o profissional. Existem diversos tipos de especialistas folk,
que variam de acordo com a sociedade: especialistas espirituais, xamãs, herbanários, curandeiros,
videntes, entre outros.
Com isso, o presidente Rodrigues Alves adotou medidas que mudaram o Rio de
Janeiro, ao implantar um conjunto de reformas urbanas de saneamento que
objetivavam transformar e erradicar os ciclos de epidemias que existiam
anualmente.
PARAOutra medida tomada pelo chefe de estado foi convidar o
REFLETIR!
Sanitarista Oswaldo Cruz para conduzir a Saúde Pública do país e combater os
ciclos epidêmicos de varíola, peste bubônica e febre amarela. Com isso, foi
instituída a vacina obrigatória, o que criou grande descontentamento da
população e ocasionou a Revolta da vacina.
O fator que marcou esse período foi a reforma sanitária, que difundiu a ideia
de educação sanitária, colocando as questões de higiene e saúde do
trabalhador em pauta e com a estratégia para a promoção da saúde e
prevenção de doenças (Bertolozzi;Greco, 1996).
SAIBA MAIS
A análise desse período revela uma história significativa para a saúde pública
no Brasil, tanto no que diz respeito às inovações da esfera institucional, quanto
no âmbito da formação profissional e no envolvimento dos profissionais. O
governo Vargas contribuiu decisivamente para a institucionalização de diversos
serviços e para a consolidação de uma estrutura não só burocrática, mas de
serviços de saúde de amplo atendimento à população, com fortes
características centralizadoras.
SAIBA MAIS
Durante o final da década de 40, foi instituído o Plano Salte, um plano para
valorização das áreas da Saúde, Alimentação, Transporte e Energia.
PARA REFLETIR!
Caro aluno, você consegue perceber que os investimentos e ampliação do
acesso aos serviços de saúde, valorização e da previdência nessas décadas
se devem a fatores econômicos?
Nesta aula podemos observar todas as etapas das Políticas de Saúde antes das
transformações que levaram a construção do Sistema Único de Saúde. Caso deseje
aprofundar seus conhecimentos, sugerimos a leitura dos textos das referências
utilizadas para esta aula.
PONTE, Carlos Fidelis; REIS, José Roberto Franco; FONSECA, Cristina M. O. Saúde
pública e medicina previdenciária: complementares ou excludentes? In: PONTE,
Carlos Fidelis; FALLEIROS, Ialê (Org.). Na corda bamba de sombrinha: a saúde no
fio da história. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/COC; FIOCRUZ/EPSJV, 2010. p. 111-150.
Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/cap_4.pdf. Acesso em: 20
abr. 2021.