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e a Estratégia
Saúde da Família
Alciris Marinho Corrêa Rodrigues
Unidade 4
Livro didático
digital
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
ALCIRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
ALCIRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução.............................................................................10
Competências......................................................................11
Núcleo ampliado de saúde da família e atemção
básica (nasf-ab) ampliação da abrangência.............12
O papel de abrangência do NASF no fortalecimento
da ESF............................................................................................................12
Cenário de ampliação do Núcleo Ampliado de Saúde
da Família....................................................................................................15
O NASF- AB no escopo das ações da Atenção
Primária...................................................................................19
O NASF AB, no fortalecimento das ações em
equipe..........................................................................................................20
O NASF AB, e a reformulação do trabalho na
PNAB/2017................................................................................................23
O NASF AB, e a ampliação na atuação da equipe
atenção básica........................................................................................26
Núcleo de apoio à saúde da familia-NASF, e sua
capacidade de resolutividade.......................................28
O NASF AB, e a avaliação da efetividade do NASF AB
junto a APS.................................................................................................31
Processo de territorialização na estratégia saúde da
família.....................................................................................34
A territorialização na estratégia saúde da família...........34
A territorialização e adstrição na estratégia saúde da
família............................................................................................................38
A territorialização na organização estratégia saúde da
família...........................................................................................................39
As divisões dos territórios SUS..................................................40
Territórios vivos e instrumentos metodológicos no
processo de trabalho na ESF.......................................................45
Região de saúde em seus aspecto organizativos........48
Fases da territorialização................................................................50
Fase preparatória ou de planejamento.................50
Fase de coleta dos dados/informações..............50
Fase de análise dos dados...............................................51
Bibliografia...........................................................................56
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 9
04
UNIDADE
10 Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família
INTRODUÇÃO
Você sabia que o NASF AB, como vimos na
unidade 3, o NASF AB veio com a proposta de oferecer
a assistência às demandas populacionais não obtidas
pelas equipes que compõem a Estratégia de Saúde
da Família (ESF), como apoiadora dessas equipes
na concretização da rede de serviços ofertados aos
usuários e na ampliação de sua abrangência, com a
finalidade de qualificar a assistência dos usuários do
serviço de saúde, no plano da Atenção Básica, que
necessitava de ações mais fortalecidas e eficazes.
Contrapondo o modelo convencional de assistência
curativa, fragmentada, a proposta de processo de
trabalho do NASF AB, veio para inovar a assistência em
direção à corresponsabilização e à gestão integrada do
cuidado, fazendo atenção do cuidado compartilhado
com a equipe, que envolvam o projeto terapêutico que
seja singular voltado ao usuário. A Unidade 4, vai levar
você a uma verdadeira trajetória do NASF, desde a sua
concepção até os dias contemporâneos, ressaltando
o crescimento desde núcleo, a ampliação da oferta de
serviços de saúde na ESF. Entretanto, esse fato ainda
está em vistas de efetiva concretização. Então vamos
lá! Navegar na galáxia do conhecimento! Então! Vamos
para a nave!
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 11
COMPETÊNCIAS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das
seguintes competências profissionais até o término
desta etapa de estudos:
1. Compreender como funciona a ampliação e a
abrangência do NASF;
2. Identificar o escopo das ações da Atenção
Primária;
3. Entender problemas das equipes, comunidade,
pessoas e do território de abrangência apresentando
resolutividade nas questões;
4. Avaliar a importância da territorialização no
processo de reconhecimento da ESF.
IMPORTANTE:
Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família
e Atenção Básica (NASF-AB), como já vimos
na Unidade 3, foram criados em 2008, seu
primordial objetivo maior foi o fortalecimento
e a busca da consolidação da Atenção Básica
no País, ampliando as demandas de ofertas
de saúde na rede de serviços, apontadas na
resolutividade, a abrangência e a qualificação
das ações.
NOTA:
As Portarias GM/MS nº 154/2008 e 2.843/2010
foram revogadas pela Portaria GM/MS nº
2.488, de 2 de outubro de 2011. Nesse interim,
aconteceram alterações no NASF, que
passaram a ser somente duas modalidades:
NASF 1 e NASF 2 (BRASIL, 2011a). Adverte-se
que os dispositivos das portarias anteriores
que não havia conflito a portaria permanecem
em vigor. O NASF 3 foi suprimido a partir
da publicação da Portaria GM/MS nº
2.488/2011 e se tornou automaticamente
NASF 2. Os municípios com projetos de
NASF 3 anteriormente deveriam ser enviadas
ao MS e para a Comissão Intergestores
Bipartite informando as alterações realizadas.
Permanecendo garantido o financiamento
dos NASF intermunicipais já habilitados em
data anterior, no entanto ficaram extintas as
probabilidades de implantação de novos
NASF intermunicipais (BRASIL, 2011a). Porém
com a publicação da Portaria 3.124, de 28 de
dezembro de 2012, o Ministério da Saúde criou
uma terceira modalidade de conformação
de equipe: o NASF 3, abrindo a possibilidade
de qualquer município do Brasil aderir à
implantação de equipes NASF, desde que
tenha ao menos uma (01) equipe de Saúde da
Família.( http://aps.saude.gov.br/ape/nasf)
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 15
ACESSE:
E então quer saber mais sobre os núcleos de
apoio, e quantas ESF, devem ser para cada
tipo de NASF AB? Então acesse a https://aps.
saude.gov.br/ape/nasf/implantar/, e saiba
sobre as Legislações do NASF AB.
RESUMINDO:
Você já prestou atenção que desde a
instituição da Lei 8.080/90, muito progresso
aconteceu no SUS? Foram várias novas
políticas, portarias, programas, resoluções,
notas técnicas, e muito mais, tudo muito
pensado e repensado para que possamos ter
o Sistema Único de Saúde, a fim de fortalecer
a essência doutrinária, ainda temos muito a
caminhar, muitas pedras surgirão com certeza,
mas para que esse sistema de saúde torne-
se um ícone no mundo, será necessário a
participação de todos, e quando digo todos ....
ninguém mesmo de fora, somos todos partes
da construção deste processo....Pensemos
então...voltando ao NASF...Bem os Consultórios
de Rua, tem as suas equipes que realizam
atividades de forma itinerante, ampliando suas
ações da atenção básica nas ruas da cidade, é
a atenção básica chegando ao grupo morador
de rua...como poderíamos integralizar ações
deixando-os de fora? , essas ações a esses
moradores se ampliam também em outros
níveis de assistência e no emaranhado e
cruzamentos de nossa redes de saúde e em
seus pontos de inserção, desenvolvendo
ações em parceria com as demais Equipes
de Atenção Básica do território – as UBS e os
NASF –, contracenando com outras redes de
assistência quando necessárias tais como as
de Atenção Psicossocial, a Rede de Urgência e
com os serviços e instituições que compõem
o Sistema Único de Assistência Social, e
outras estabelecimentos públicos e também
da sociedade civil. Temos também as Equipes
de Saúde da Família especialmente criadas
para a População Ribeirinha que corrobam a
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 19
EXPLICANDO MELHOR:
A fim de garantir a integralidade da atenção, e
a proposta de matriciamento, fundamentados
no direcionamento do Sistema Único de
Saúde, podemos pautar a contribuição de
diversas especialidades e profissionais na
construção do trabalho NASF AB com sua
inserção de abrangência implementada na
ESF, obedecendo os critérios de atendimento
do usuário, compartilhamento de saberes,
integração de equipes AB, rede compartilhada
pautada na referência e o apoio. Finalizando,
esse processo visa garantir às equipes das UBS
um máximo apoio quanto à responsabilização
de todas as equipes dentro da assistência.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 23
RESUMINDO:
Sendo assim, em consonância com as
atribuições correspondentes de todas as
equipes de atenção básica sejam gerais ou
direcionadas a configuração da equipe, o
NASF AB, tem um importante papel, junto
com a eSF e eAB, esse papel se dispõe pelo
território e usuários, produz responsabilidade
solidária pelo cuidado, e amplia o escopo
de ações de AB e cooperando para o
acrescentamento da resolubilidade da AB,
maximizando a capacidade de análise e de
intervenção sobre problemas e necessidades
de saúde, em termos clínicos quanto sanitários,
agregando os diversos núcleos profissionais
que fazem parte da AB. Temos algumas ações
realizadas pela equipe multiprofissional, tais
como: os grupos operativos , os atendimentos
compartilhados, os atendimentos individuais,
as discussões de casos, a preparação de
planos de cuidado e as ações de educação
popular e promoção da saúde.
26 Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família
Figura 1 - Síntese das ideias vinculadas ao Apoio Matricial Apoio das temáticas
do NASF e respectivos focos de atuação junto à ESF
REFLITA:
A Autoavaliação para a Melhoria do Acesso
e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ):
Visa a induzir a implementação de processos
autoavaliativos para as equipes de Atenção
Básica. Essa ferramenta constitui padrões de
qualidade em conformidade com normativas
e documentos técnicos e científicos atuais e
expressa as decorrências almejados.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 33
ACESSE:
Assista os vídeos da Comunidade de Práticas
no NASF AB. Acesse: https://www.youtube.
com/user/comunidadedepraticas.
SAIBA MAIS:
A Comunidade de Práticas é uma plataforma
virtual que permite a composição de
comunidades para a troca de experiências
entre trabalhadores e gestores das três
esferas do Governo do serviço de Atenção
Básica à Saúde. A produção e a construção
de conhecimento compartilhado são uma
das principais atribuições da Comunidade de
Práticas. Acesse o site da Comunidade: https://
novo.atencaobasica.org.br/.
34 Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família
Processo de territorialização na
Estratégia Saúde da Família
Neste módulo você vai conhecer melhor a
territorialização, recomendada pelo Sistema Único
de Saúde, esta é uma das pressuposições básicas
da coordenação do processo de trabalho da ESF-
Estratégia Saúde da Família. O reconhecimento do
território da área adscrita a Unidade Básica de Saúde
é efetiva para a diferenciação da comunidade e de
seus problemas de em seu espaço geográfico na
saúde. Esse conhecer, vai além de uma descrição
da população adscrita e de seus serviços de saúde
demarcados por famílias, é uma eficaz ferramenta
de gestão ao falarmos do processo de cuidar e da
construção de saúde coletiva. Então vamos aprender
o que compreende a territorialização!
A territorialização e adstrição na
Estratégia saúde da Família
DEFINIÇÃO:
Territorialização e Adstrição, é diretriz que
permite o planejamento, a programação
descentralizada e o desenvolvimento de
ações setoriais e intersetoriais com foco em um
território específico, com impacto na situação,
nos condicionantes e determinantes da saúde
das pessoas e coletividades que constituem
aquele espaço e estão, portanto, adstritos
a ele. Para efeitos desta portaria, considera-
se Território a unidade geográfica única,
de construção descentralizada do SUS na
execução das ações estratégicas destinadas
à vigilância, promoção, prevenção, proteção
e recuperação da saúde. (PNAB,2017). Para
a Política Nacional de Atenção Básica, os
Territórios são propostos com a finalidade
de dinamizar a ação em saúde pública, o
estudo social, econômico, epidemiológico,
assistencial, cultural e identitário, permitindo o
amplo espectro de cada unidade geográfica
e subsidiando a ação dos atores envolvidos
no processo de territorialização na Atenção
Básica, e estes, devem atender à necessidade
da população adscrita e ou as populações
específicas.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 39
RESUMINDO:
A territorialização se compõe pela
demarcação de áreas para o que ocorra o
desenvolvimento das ações da ESF, assim
como o reconhecimento das necessidades da
população e os fatores que instituam bloqueios
de acessibilidade ao serviço. Esse processo
vai permitir a criação de vínculos entre os
usuários e profissionais para que vislumbrem
com a visão holística do espaço geográfico
onde concretizam as ações e trabalham
para a promoção da saúde. A territorialização
é o eixo norteador da ESF, e por causa disto
deve ser operacionalizada em toda sua
resolubilidade, e não de maneira superficial,
para que seja efetiva a sua concretização de
território. Ao falarmos em territorialização,
estamos aludindo ao processo de se viver e
vivenciar um território, pela obtenção e análise
de elementos que vão subsidiar as condições
de vida e saúde de populações.
A territorialização na organização
Estratégia saúde da Família
A territorialização vem sendo usada como um
dos mais importantes pressupostos na organização das
metodologias de trabalho e das práticas de saúde no Brasil
ao longo das últimas décadas. Essa proposta de práticas de
saúde fundamentada no território deve ter relevância dos
sistemas de objetos naturais e arquitetados pela sociedade,
identificar os múltiplos tipos de ações no território, como
são entendidos pela população, envolvendo nesta
territorialização os hábitos, comportamentos e problemas
de saúde, cujos atributos são passíveis de identificação.
40 Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família
A territorialização comporta:
Relação de poder: poder compartilhado,
portanto, é uma construção democrática.
Estratégia: múltipla e orientada para as
condições sociais de vida e saúde.
42 Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família
EXPLICANDO MELHOR:
A proposta de territorialização aqui
esquematizada é um esforço da equipe em
vistas do reconhecimento do território que
se delimita muito além do chamado clássico
processo de territorialização que muitas
vezes durante o campo de trabalho vemos
implementado na Atenção Básica à Saúde e
na ESF. Aqui, chamamos a sua atenção para
a proposta, em construção, esta vai delimitar
muito tempo por parte da equipe, pois para
tanto precisamos do envolvimento verdadeiro
ativo e dialógico compartilhado por toda a
gama de profissionais. Aponta-se aqui os
conteúdos, habilidades e atitudes que de
certa forma nem sempre são ofertadas nos
tradicionais processos de formação na área da
saúde para a construção de conhecimento dos
profissionais. A dinâmica das territorialidades,
é permanente e processual. A compreensão
ampliada do processo saúde-doença na
complexidade dos socioespacial atual, instiga
o papel do Estado na segurança jurídica do
direito à saúde. Além disso, o fortalecimento
e organização do trabalho na Atenção Básica
à Saúde, com a reestruturação desta atenção
básica, exemplificando este caso temos os
Núcleos de Ampliação à Saúde da Família
e Atenção Básica (NASF AB), ampliando a
gama de profissionais propostos à relação de
trabalho com o território.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 43
EXPLICANDO MELHOR:
A territorialização concebe importante
ferramenta de organização dos processos
de trabalho e das práticas de saúde, visto
que as ações de saúde são implementadas
sobre uma base territorial possuidora de
uma demarcação espacial antecipadamente
determinada (Monken e Barcellos, 2005). O
implemento das práticas de saúde com base
em substrato territorial vem sendo usada
por iniciativas no âmbito do SUS, como a
Estratégia Saúde da Família, a Vigilância em
Saúde Ambiental, a proposta dos municípios/
cidades saudáveis e a própria descentralização
prevista na Constituição Federal (Monken e
Barcellos, 2005).
SAIBA MAIS:
Faça uma Leitura complementar:
REFLITA:
Vamos refletir? O processo de territorialização
remete as equipes da atenção básica a
construção da integralidade, humanização e
qualidade na atenção, e também da gestão em
saúde; a ampliação de um sistema e serviços
adequados no acolhimento ao usuário, a
responsabilidade para com os impactos das
práticas adotadas, a efetividade dos projetos
terapêuticos singulares, da autodeterminação
dos sujeitos, que compreende os usuários,
população e profissionais de saúde, a afirmativa
da vida pelo desenvolvimento , a fim de ter a
vida saudável.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 47
EXPLICANDO MELHOR:
Afinal, o que é Territorialização? Vamos pensar!
Podemos descrever que é o processo de
apropriação do território pela equipe da ESF,
neste territóriovivo, a eSF conhece as condições
em que as pessoas residem, vivem, trabalham,
adoecem, crescem, amam, e fazem parte do
segmento social no espaço geográfico que
moram. O reconhecimento implica adquirir a
corresponsabilidade pelos indivíduos e pelos
espaços onde esses indivíduos se relacionam.
A adscrição da clientela à unidade de saúde
não é uma mera regionalização formatada no
atendimento, mas um processo imprescindível
para determinar as relações de compromisso
com a comunidade, e o vínculo com o usuário
deste território.
RESUMINDO:
Neste módulo, você conheceu as
características do da territorialização que estão
intimamente ligadas ao planejamento em
saúde, com enforcamento do Planejamento
Estratégico, além desta, identificação da
metodologia histórica de territorialidade que
está arraigada no processo de construção
da atenção básica, onde se insere e sua
aplicabilidade como instrumento de gestão
dos processos de trabalho da equipe da
Atenção Básica.
DEFINIÇÃO:
Afinal o que seria a região de saúde? Vamos
aprender os diversos formatos correlacionados
com os territórios. A região de saúde nada
mais é que o recorte territorial, administrativo-
sanitário que comporta a integralização, a
descentralização de maneira suposta teria
fracionado, gerando para a população um
espaço sanitário de serviços, instituído pelas
redes de atenção à saúde, pautadas na
inteligência sanitária que permita ao usuário, o
acesso ao roteiro terapêutico correspondente
à sua necessidade.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 49
IMPORTANTE:
O processo de trabalho das equipes de
atenção básica tem seu sustentáculo na busca
pela longitudinalidade e pela integralidade da
atenção à saúde, na coordenação da assistência
e pela participação comunitária. Desta forma,
o conjunto de ações redesenhados nas
atribuições da equipe, no cotidianamente
se reconstrói diante das necessidades
identificadas nos territórios pelos quais essas
mesmas equipes são corresponsáveis.
Fases da territorialização
O processo de territorialização ocorre em
fases conectadas com as atividades das equipes,
incorporados na sua rotina. Vejamos as fases
(Unasus,2016):
FASES
TERRITORIALIZAÇÃO
ACESSE:
Acesse o link do tutorial de territorialização, no
Google Earth, que demonstra como demarcar
as áreas e microáreas de atuação da sua equipe
de saúde, como também sinalizar o território
com marcadores. Confira o vídeo. https://
www.youtube.com/watch?v=a8HWNR2ydMA
54 Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família
RESUMINDO:
Com a Unidade 4, fechamos o módulo, então
vamos repensar o que foi aprendido e resumir:
de forma didática, dividimos o território em
suas três fases: a fase preparatória ou de
planejamento, a fase de coleta e a fase de
análise dos dados coletados. Aprendemos
que usamos dois tipos de dados neste
processo de territorialização: os dados
coletados de natureza primária e secundária,
realizados a partir de observações in loco,
acesso aos Sistemas de Informação em
Saúde, entrevistas, prontuários e registros da
unidade de saúde, entre outros. Pautamos a
análise situacional em saúde em permanente,
interdisciplinar, referenciada e contextualizada.
É importante que possamos estruturar um
grupo de estudo do território, abrangendo
profissionais de saúde, moradores locais, e
lideranças. Convidar os sujeitos que fazem
parte deste território, é intencionar trabalhar
com pessoas que conhecem esse território até
mais que a sua equipe, e planejar e elaborar
as ações de saúde, dentro de uma expectativa
dinâmica, a participação destes protagonistas
do território vivo é certamente abonar a
acuidade, adequação e força às futuras
ações dentro do contexto real e imaginário
do espaço geográfico. O fortalecimento no
trabalho com as singularidades do contexto
sócio histórico específico, aos fluxos mais
ampliados comtemplando o território em
toda a sua espacialidade e especificidade.
Então terminamos o quarto módulo,
lembrando que o conhecimento assim como
o território é dinâmico e passa também por
processo de desconstrução e transformação.
Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família 55
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, MBS, ROCHA, PM. Trabalho em equipe:
um desafio para a consolidação da estratégia de
saúde da família. Cienc Saude Colet 2007, 12(2): 455-
64. >. Acesso em: 9 ago. 2018. [ Links ]
FARIA, R. M. A TERRITORIALIZAÇÃO DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE E A CONSTRUÇÃO DE UMA PERSPECTIVA
DE ADEQUAÇÃO DOS SERVIÇOS AOS PERFIS DO
TERRITÓRIO URBANO. Hygeia - Revista Brasileira de
Geografia Médica e da Saúde, v. 9, n. 16, p. 121 - 130, 19
jun. 2013.