Você está na página 1de 53

Educação

Financeira
Unidade 2
Planejamento e Gerenciamento
Financeiro Pessoal
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MARTIELE CORTES BORGES
AUTORIA
Martiele Cortes Borges
Olá. Meu nome é Joana Áurea Cordeiro Barbosa. Sou formada
em Psicologia, especialista em Psicopedagogia, mestre e doutora em
Ciências da Educação: formação de professores. Tenho experiência como
professora no ensino superior há mais de dez anos. Sou apaixonada por
educação, e por isso me interesso em pesquisas de maneira incessante
na área de formação de professores e aprendizagem escolar. É um grande
privilégio transmitir minha experiência àqueles que estão iniciando suas
profissões.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Diagnóstico financeiro pessoal...............................................................10
Conceitos iniciais em finanças pessoais.........................................................................10

Problemas financeiros.................................................................................................................. 13

Alocação de recursos financeiros pessoais................................................................. 16

Impacto da saúde financeira na vida pessoal............................................................. 19

Processo de planejamento financeiro pessoal e familiar...........21


Conceitos básicos de comportamento humano...................................................... 21

Planejamento financeiro pessoal no dia a dia.............................................................25

Fluxo de caixa pessoal e ferramentas para diagnóstico de finanças


pessoais...................................................................................................................................................28

A importância da Educação Financeira ..........................................................................29

Tecnologias aplicadas às finanças pessoais....................................31


Conceitos iniciais.............................................................................................................................. 31

Uso de tecnologias e planejamento doméstico.......................................................32

Juros em finanças pessoais......................................................................................................37

Finanças pessoais e empresariais: dicas para microempresários......40

Gestão financeira em pequenos negócios................................................................... 40

Fluxo de caixa nas empresas..................................................................................................44

Contabilidade nas empresas e na vida pessoal dos indivíduos................... 46

Classificação das empresas.....................................................................................................47


Educação Financeira 7

02
UNIDADE
8 Educação Financeira

INTRODUÇÃO
Finanças pessoais é a matéria que estuda a forma que os indivíduos
e famílias lidam com o seu dinheiro. Isso porque cada um tem uma forma
de agir, de modo que a decisão tomada relacionada às finanças desse
indivíduo é parte desse comportamento. Nesse sentido, há pessoas que
buscam a acumulação e aumento de patrimônio, há quem se endivide
seriamente. O ser humano se comporta de diversas formas ao longo
de sua vida. Isso acontece devido a variadas influências que sofremos
em nosso dia a dia e tem relação com a forma que absorvemos tais
informações e com a nossa ação a partir disso.

Nesse sentido, é fundamental conhecer o comportamento dos


consumidores, uma vez que as famílias são compostas por pessoas que
consomem e cada uma tem a sua forma de tomar decisões financeiras.
Por outro lado, as finanças também devem ser planejadas pelas
empresas, porque sem uma organização financeira adequada não tem
como atuar de forma competitiva no mercado. Dessa forma, indivíduos e
organizações devem conhecer o funcionamento das finanças. Entendeu?
Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Educação Financeira 9

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:

1. Analisar a saúde financeira à luz das finanças pessoais, planejando


meios e medidas para solucionar problemas e gerar prosperidade
no curto e no longo prazo.

2. Planejar o processo de gerenciamento financeiro ao longo da


vida, implementando procedimentos periódicos, criando hábitos
e gerando a cultura da disciplina do planejamento e da gestão
financeira.

3. Aplicar um sistema de gerenciamento das finanças domésticas,


utilizando os recursos tecnológicos para automação dos
lançamentos e conciliação bancária.

4. Discernir sobre as diferenças e similaridades entre gerenciar as


finanças domésticas e as de sua empresa, conscientizando-se da
importância de não misturar os dois fluxos financeiros, mas sim
conciliá-los por meio dos recursos tecnológicos.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
10 Educação Financeira

Diagnóstico financeiro pessoal

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de analisar a


saúde financeira à luz das finanças pessoais, planejando
meios e medidas para solucionar problemas e gerar
prosperidade no curto e no longo prazo. Isso será
fundamental para o exercício de sua profissão, pois fará
com que você empregue melhor o seu dinheiro e planeje
seus custos. E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Vamos lá. Avante!

Conceitos iniciais em finanças pessoais


Finanças pessoais é a matéria que estuda a forma que os indivíduos
e famílias lidam com o seu dinheiro. Isso porque cada um tem uma forma
de agir, de modo que a decisão tomada relacionada às finanças desse
indivíduo é parte desse comportamento. Há pessoas que buscam a
acumulação e aumento de patrimônio, há quem se endivide seriamente.
Assim como ocorre com a gestão das empresas, na vida pessoal também
é necessário que sejam pensadas estratégias de curto, médio e longo
prazo conforme os objetivos que o indivíduo tenha em sua vida, bem
como as metas a serem atingidas.

REFLITA:

Como é o seu comportamento em relação às suas finanças


pessoais? Você poupa ou gasta mais?

Utiliza-se como ferramenta o planejamento financeiro, para que se


mantenha uma saúde das finanças pessoais. Para Frankenberg (1999), o
planejamento financeiro é uma estratégia pensada e executada (de curto,
médio ou longo prazo) que tem como principal função a de geração de
patrimônio pessoal do indivíduo.
Educação Financeira 11

Figura 1 - Criando patrimônio individual

Fonte: Wikimedia Commons

EXEMPLO: vamos considerar que você deseje fazer uma viagem


com sua família para a Europa. Você terá dois anos para juntar o valor
necessário para pagamento das passagens, bem como os valores que
for utilizar para se manter durante quinze dias com seus familiares. Como
você fará para acumular esse valor? O planejamento financeiro auxilia
nesse sentido, pois com ele você consegue identificar as suas receitas
mensais, bem como as suas despesas. Portanto, a partir disso, pode
verificar qual valor você consegue guardar para sua viagem. Por isso você
pensou em guardar mensalmente uma quantia estipulada pelo prazo de
dois anos, pois é quando conseguirá atingir todo o valor que você orçou
para a viagem.

Para que se alcance uma saúde financeira que traga ao indivíduo


ou família uma maior estabilidade, é necessário que seja realizado um
orçamento pessoal. Esse orçamento deve apresentar as fontes e os
valores de receitas, assim como as despesas e é muito importante que a
diferença entre eles seja maior que zero, para que se possa ter um valor
para investimento.

Para isso, é necessário que se busque uma saúde financeira,


levando em consideração:
12 Educação Financeira

• O indivíduo tenha uma receita suficiente ao seu custo de vida.

• As despesas e as receitas sejam acompanhadas de forma regular,


por exemplo, mensalmente.

• A realização dos ajustes necessários no consumo e nos


investimentos, de maneira a considerar o custo de vida e repensá-
lo sempre que necessário.

• As despesas sejam menores que as receitas.

• O pagamento das contas seja mantido em dia para evitar multas


e juros.

• Com as receitas maiores que as despesas, o valor que sobra deve


ser investido.

• A existência de uma reserva de valores para casos emergenciais,


assim, os imprevistos não serão geradores de endividamento.

• O planejamento com objetivos de curto, médio e longo prazo.


Assim, tem-se um equilíbrio e um auxílio na programação das
despesas.

Figura 2 - Aumentando as economias

Fonte: Freepik
Educação Financeira 13

Uma pesquisa realizada pela Confederação de Dirigentes Lojistas


(CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apresentou as
razões para que 67% das pessoas entrevistadas não guardam dinheiro
mensalmente.

• Não sobra dinheiro fim do mês (40%).

• Foram surpreendidos por imprevistos financeiros (18%).

• Tiveram gastos extras atípicos (15%).

• Perderam o controle dos gastos (13%).

SAIBA MAIS:

Caso queira se aprofundar no assunto, acesse o artigo


sobre saúde financeira do blog Onze clicando aqui.

Problemas financeiros
As organizações, na prática da sua atividade econômica, necessitam
de recursos financeiros para que consigam atingir os seus objetivos
organizacionais. Assim, as empresas buscam manter uma organização
de suas despesas e de suas receitas. É, entretanto, possível que, mesmo
com essa organização, as empresas percam o controle de suas finanças.

Em sua vida pessoal, os indivíduos também podem passar


por situações não planejadas e, ao resolvê-las, encontrarem-se em
um problema financeiro. Para entender melhor, na sequência serão
apresentados alguns problemas que ocorrem nas finanças organizacionais
e que se apresentam nas finanças pessoais também.

• Crédito nem sempre disponível: quando necessária alguma


aquisição, ou mesmo na solução de algum imprevisto, nem sempre
o indivíduo consegue crédito no mercado. Nessa perspectiva, é
necessário pensar bem antes de aceitar uma proposta que venha
a ser uma forma de endividamento.
14 Educação Financeira

Figura 3 - Problemas dos indivíduos

Fonte: Freepik

• Ineficiência no fluxo de caixa: aqui aparecem os problemas ao


gerenciar as despesas e as receitas dos indivíduos. É essencial
que se tenha um saldo positivo para manter a saúde financeira.
Nesse sentido, deve-se guardar os comprovantes e registrar tudo
que entra e sai em termos financeiros mensalmente na vida desse
indivíduo ou família.

• Negligência em relação à redução das despesas: aqui é importante


ressaltar a importância de tentar reduzir as despesas ao máximo,
principalmente identificando pontos de desperdício de dinheiro.

EXEMPLO: o indivíduo paga o valor promocional referente ao


período de doze meses de um pacote de serviços da academia que
frequenta, mas, ao chegar no terceiro mês, muda-se para outro bairro
e não vai mais à academia. Nesse caso, o indivíduo continuará pagando
pelos próximos nove meses e não usufruirá dos serviços. Aqui, deve-se
pensar em diminuição das despesas, ou seja, usar o dinheiro de forma
mais consciente.

• Falta de controle financeiro: ao não realizar o controle de suas


finanças, os indivíduos desconhecem o montante total referente
aos valores que recebem e aos valores que gastam ao longo do
mês. Dessa forma, não se consegue fazer a gestão adequada dos
valores. Assim, o indivíduo não sabe se está com saldo positivo
Educação Financeira 15

para investimentos ou negativo com endividamento. Atualmente


existem diversos aplicativos que facilitam a vida das pessoas
em termos de controle financeiro, muitos indivíduos não utilizam
planilhas (as tradicionais formas de controle financeiro) por
desconhecimento e dificuldade em utilizar, mas esses aplicativos,
geralmente, são acessíveis e de fácil utilização.
Figura 4 - Uso de aplicativos para finanças pessoais

Fonte: Freepik

• A mistura das contas pessoais com as do negócio: aqui se apresenta


um problema que é muito comum entre os empreendedores.
Como muitas vezes a empresa é composta apenas pelo indivíduo
ou é ele quem faz a sua gestão, acaba confundindo o que é
despesa e receita da empresa e o que é seu pessoalmente. Nesse
sentido, muitas vezes, o indivíduo pode se endividar por precisar
de valores para investir na empresa, ou pode levar a empresa
à falência devido aos custos de vida que são custeados com
dinheiro da empresa.

EXEMPLO: vamos pensar que você é uma pessoa que gosta muito
de receber seus familiares e amigos em sua casa. Ao receber visitas, você
sempre oferece um jantar farto e acompanhado de vinhos de alto valor
agregado. Essas visitas são bem comuns para você e ocorrem mais de
duas vezes por semana.
16 Educação Financeira

Além disso, você é um empreendedor do ramo do varejo e tem um


mercado em seu bairro, um local pequeno que abastece as pessoas do
entorno.

Ao receber suas visitas, você vai ao seu mercado e retira todos os


itens de que precisa para realizar seu jantar. Sempre que é necessário,
você pega diretamente do seu mercado, já que ele é seu mesmo. Porém,
aqui está um problema comum! Você está usando os produtos que vende
na empresa como se fossem de consumo pessoal.
Tendo em vista que a busca para uma Educação Financeira
é um processo muito complexo, em virtude da influência
dos fatores psicológicos, comportamentais, culturais e
econômicos dos indivíduos, conclui-se que a qualidade
de vida e a qualidade de trabalho dos trabalhadores em
geral estão diretamente relacionadas a uma boa saúde
financeira. (SEGHETTO, [s. d.])

Ou seja, existem outros fatores que são fundamentais na boa saúde


financeira. Tais fatores apresentam a forma como os indivíduos tomam
suas decisões financeiras, os pesos que dão para cada uma delas.

Alocação de recursos financeiros pessoais


Os autores Silva e Da Silva (2015) realizaram uma pesquisa a respeito
do perfil comportamental financeiro dos indivíduos. Nesse estudo, os
autores consideraram um município do estado de Minas Gerais (MG).
Em seus resultados, fizeram um panorama de alocação dos recursos
conforme as respostas dos entrevistados. Os resultados desse estudo
apresentam-se no Quadro 1, a seguir:
Educação Financeira 17

Quadro 1- Perfil financeiro dos entrevistados

Fonte: Elaborado pela autora com base em Silva e Da Silva (2015, p. 9).

No Quadro 1, estão grifadas as opções que mais apareceram nas


entrevistas (grifo realizado pela autora deste e-book). O que se pode
perceber é que as pessoas estão, em sua maioria, usando o crédito
(endividamento) para suas compras mensais e não estão conseguindo
gerenciar suas despesas de forma a sobrar algum valor para poupança ou
demais tipos de investimentos. Em resumo, estão gastando mais do que
recebem, pois estão somando os valores de crédito a suas receitas, como
é o caso do cheque especial.

Outra contribuição importante trazida pelos autores foi o


levantamento dos fatores que levam os indivíduos ao endividamento e
as soluções usadas para resolução desse problema. Essas contribuições
aparecem no Quadro 2, a seguir.
18 Educação Financeira

Quadro 2 - Fatores de endividamento e soluções

Fonte: Elaborado pela autora com base em Silva e Da Silva (2015, p. 11).

Ainda, o grifo realizado no Quadro 2 também foi por escolha da


autora desse e-book. Desse modo, pode-se notar que a maior parte
dos indivíduos está em situação de endividamento, em que o credor
geralmente é um familiar. Além disso, o fator de endividamento que mais
apareceu na pesquisa foi a falta de planejamento financeiro, o que é bem
alarmante.
Figura 5 - Planejamento financeiro

Fonte: Freepik
Educação Financeira 19

Impacto da saúde financeira na vida pessoal


O Brasil vem sofrendo uma recessão econômica nos últimos anos,
fato que afeta diretamente o cotidiano das pessoas. O estudo realizado
pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC),
realizado no ano de 2018 pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo, apontou resultados a respeito do endividamento
e inadimplência dos brasileiros. Segundo a PEIC, 25% das unidades
familiares estavam com contas atrasadas e dívidas, sendo que 10,3%
não estavam em condições financeiras de negociar e pagar os valores
em atraso (CNC, 2018). Reafirmando isso, a pesquisa feita pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC) apontou que 41% da população brasileira adulta
estava com alguma conta em atraso. Esse contexto se formou devido ao
reflexo do aumento do desemprego e diminuição da renda da população
(LAGUNA, 2018).

Com isso, as pessoas estão cada dia mais preocupadas com as


suas contas, porque, muitas vezes, as famílias não têm receitas suficientes
para pagar suas despesas básicas mensais. Essa preocupação acaba por
se tornar estresse e, conforme Harder (2018), pode desencadear diversos
tipos de doenças.

Conforme Souza (2017), o estresse financeiro ocorre por


preocupações decorrentes das dificuldades de gerir adequadamente os
recursos financeiros pessoais e acaba por levar a efeitos na saúde humana:
Um estudo feito em 2016 nos Estados Unidos pela empresa
de bem-estar financeiro Payoff (2016) teve um resultado
ainda mais alarmante. Os pesquisadores descobriram que
23% da amostra apresentaram sintomas de comumente
associados a Transtorno de Estresse Pós-Traumático -
TEPT com relação as suas finanças. Entre Millenials, este
percentual foi de 36%. Essas pessoas apresentaram um
quadro de estresse financeiro agudo (Acute Financial
Stress), com comportamentos irracionais, evasivos e de
negação, deixando-as menos capazes para planejar e
gerenciar suas vidas financeiras. (SOUZA, 2017, p. 16)
20 Educação Financeira

O problema do endividamento na vida dos indivíduos é ainda mais


alarmante quando se percebe que pode gerar, além dos problemas de
saúde física e psicológica, também problemas sociais e pobreza.

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que a saúde financeira das famílias depende de um
planejamento e da execução dele. Desse modo, ter um
orçamento organizado, de modo a conhecer as despesas
e receitas decorrentes de suas atividades e de seu estilo
de vida, é fundamental para que se possa ter um controle
financeiro que permita ter investimentos que sejam usados
como forma de renda e de uso para realização de planos
e sonhos. A falta de saúde financeira pode gerar fortes
impactos sociais e de pobreza, acarretando problemas de
saúde humana. Portanto, é necessário buscar conhecimento
e aplicá-los de forma a evitar o endividamento e, no caso
de já existir, conseguir solucioná-lo.
Educação Financeira 21

Processo de planejamento financeiro


pessoal e familiar

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de planejar o


processo de gerenciamento financeiro ao longo da vida,
implementando procedimentos periódicos, criando hábitos
e gerando a cultura da disciplina do planejamento e da
gestão financeira. Isto será fundamental para o exercício
de sua profissão e da sua vida cotidiana. Isso ajudará você
a empregar melhor o seu dinheiro e planejar seus custos.
E então? Motivado para desenvolver esta competência?
Vamos lá. Avante!

Figura 6 - Planejamento financeiro

Fonte: Freepik

Conceitos básicos de comportamento humano


O ser humano se comporta de diversas formas ao longo de sua
vida. Isso acontece devido a diversas influências que sofremos em
nosso dia a dia. Tem relação, portanto, com a forma que absorvemos
essas informações e com a nossa ação a partir disso. Nesse sentido, é
fundamental conhecer o comportamento dos consumidores, uma vez
22 Educação Financeira

que as famílias são compostas por pessoas que consomem, de modo


que cada uma tem a sua forma de tomar decisões financeiras.

Para Churchill e Peter (2008, p. 146), o comportamento do


consumidor pode ser considerado “pensamentos, sentimentos e
ações dos consumidores e as influências sobre eles que determinam
mudanças.” As influências externas e as características individuais que
somadas dão origem a esse comportamento do homem. A importância
do entendimento do comportamento do consumidor se dá devido ao fato
de que, em muitos casos, o endividamento ocorre devido a compras em
excesso ou de compras que não estão de acordo com o poder aquisitivo
do indivíduo.

Esse conceito de comportamento do Marketing Tradicional aborda


as influências sofridas pelos fatores de contexto pessoal e as características
pessoais, como na questão da decisão de compra dos indivíduos.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

De acordo com as sentenças a seguir, marque a alternativa que


contém a sequência correta. F (falso) e V (verdadeiro).

I. O consumista é aquele que, ao escolher um produto, leva em


consideração questões como preço, marca, impacto ambiental e custo-
benefício.

II. O consumidor consciente é aquele que compra por compulsão,


pelo simples prazer de comprar.

III. O consumidor consciente tem um bom orçamento pessoal e/ou


familiar, dificilmente tem problemas com dívidas acumuladas.

A) F-V-F.

B) F-V-V.

C) F-F-V.

D) F-F-F.

E) V-F-V.

Resposta certa: B Disponível clicando aqui.


Educação Financeira 23

Figura 7 - Compras

Fonte: Freepik

O comportamento do consumidor pode ser influenciado pelo


ambiente social, econômico e cultural em que está inserido. Pode-se
considerar fatores do contexto pessoal que influenciam o ser humano:

• Cultura - influencia o ser humano devido à aprendizagem que


ele adquire a partir das características culturais distintas entre as
diversas regiões e grupos sociais.

• Classe social - “hierarquia de status nacional pela qual os indivíduos


e grupos são classificados em termos de valor e prestígio, com
base em sua riqueza, habilidade e poder” (CHURCHILL; PETER,
2008, p.159).

• Grupos de referência - são exemplos de grupos que podem


interferir no processo de decisão do consumidor; a família, o grupo
de empresários da organização a qual o indivíduo atua, amigos,
entre outros.

Ainda pensando nos fatores de influência do comportamento


humano, podemos pensar nas características pessoais. São elas:

• Gênero.

• Idade.
24 Educação Financeira

Fatores Psicológicos: afetam individualmente a pessoa.

- Personalidade: “a noção de unidade integrativa da pessoa, com


todas as características diferenciais permanentes (inteligência, caráter,
temperamento, constituição, entre outras) e suas modalidades únicas de
comportamento” (LIMEIRA, 2008, p.113).

- Motivação: “A necessidade de uma pessoa se torna um motivo


quando aumenta de intensidade, ou seja, um motivo – ou impulso – é
uma necessidade que se torna forte o bastante para levar o indivíduo a
buscar a satisfação” (MEIRA; OLIVEIRA, 2005, p.57).

- Percepção: a partir do memento em que duas pessoas podem


estar expostas às mesmas influências em um mesmo ambiente e
interpretar a situação de forma diferente.

- Aprendizagem: a partir de experiências vivenciadas pelos


indivíduos, surge a aprendizagem.

- Atitude: “atitude é uma predisposição aprendida para responder de


maneira consistentemente favorável ou desfavorável a um determinado
objeto” (MORSCH; SAMARA, 2005, p. 118).
Figura 8 - Consumidores e compras

Fonte: Freepik
Educação Financeira 25

REFLITA:

Quando você está alegre, você realiza compras na mesma


proporção de quando está triste? Quando você está com
fome e vai ao mercado, consegue seguir a lista de itens
pré-pronta?
Quando você está com seu grupo de amigos realiza
compras da mesma forma que quando está sozinho?

As Finanças Comportamentais constituem um novo


campo de estudos, que se contrapõem ao pressuposto
de racionalidade dos tomadores de decisão adotado pelas
Finanças Tradicionais. Conceitos provindos de ciências
como economia, finanças, e psicologia cognitiva oferecem
subsídios às Finanças Comportamentais com o objetivo de
construir um modelo mais detalhado do comportamento
humano nos mercados financeiros; calcado basicamente
na ideia de que os agentes humanos estão sujeitos a
vieses comportamentais que, muitas vezes, os afastam de
uma decisão centrada na racionalidade. (OLIVEIRA; SILVA,
2005, p. 02)

EXEMPLO: para exemplificar, veja uma situação comum de quem


consome alimentos pelo marketplace iFood e outros aplicativos do mesmo
tipo: você está em casa e recebe um grupo de três amigos. Vocês não
querem cozinhar e entram na plataforma do marketplace e compram uma
pizza de tamanho grande. Se você estivesse sozinho, também poderia
pedir a pizza grande, mas existem outras opções de lanches individuais,
como pizza em fatia e tamanhos menores. Ou seja, você decidiu de forma
diferente porque considerou o contexto em que estava.

Planejamento financeiro pessoal no dia a dia


Existem diversas formas de se organizar financeiramente e planejar
suas finanças. Uma das formas é a apresentada pela Nubank:1

1. Utilize uma planilha para organizar as despesas e as receitas


mensais. Para planejar é necessária organização. Nesse sentido,
deve-se tomar nota dos ganhos fixos (geralmente é feito
1 Disponível em: https://blog.nubank.com.br/planejamento-financeiro-pessoal/
26 Educação Financeira

mensalmente) como salário, recebimento de aluguéis e outros.


Para esse mesmo período de tempo (mês), calcule as despesas
que são fixas como o pagamento de aluguel, a conta da internet,
prestação do carro, entre outros. É importante que se considere
também contas que são variáveis, como a de luz e água. Assim,
você conseguirá entender melhor a sua situação financeira e
poderá tomar as decisões a partir disso.

2. Ajuste a sua rotina com as informações conhecidas de despesas e


receitas. Nesse sentido, com base no levantamento anteriormente
realizado é necessário que se faça a adequação dos gastos
mensais de sua rotina aos valores de receitas. Para melhor controle
dos gastos, coloque na sua planilha todos os valores - inclua o
cartão de crédito e as compras de supermercado. Para que você
consiga sanar todas as necessidades mensais, sugere-se que
crie um limite de gastos por categoria, como alimentação, lazer e
outras. Essa divisão irá ajudar a ver onde você gasta mais e o que
é necessário cortar em caso de emergências.

3. Estude Educação Financeira, visto que esse assunto é essencial


e você precisa aprender tudo o que puder a respeito. Isso
porque, geralmente, o brasileiro não tem por hábito fazer o
controle orçamentário, portanto, o primeiro passo é entender
que a educação é essencial para um melhor aproveitamento das
informações financeiras.

4. Cuide do seu dinheiro! Para evitar impactos negativos de


imprevistos ou para realização de planos e sonhos que você tenha,
deve-se guardar uma quantia mensal que pode ser investida de
várias formas, dependendo do seu perfil de investidor.
Educação Financeira 27

Figura 9 - Finanças pessoais

Fonte: Freepik

ACESSE:

Caso queira se aprofundar no assunto, assista ao vídeo


“Dificuldade para organizar seu ORÇAMENTO?” clicando aqui.
Esse vídeo é uma explicação da regra que será comentada
a seguir e dá dicas de como começar a se planejar
financeiramente.

Uma sugestão para o planejamento pessoal das finanças da família


é usar a regra 50/30/20. Você conhece essa regra?

Recomenda-se que 50% da receita mensal deve ser empregada


no pagamento das despesas fixas mensais da família. Entram nessa
categoria as despesas essenciais como moradia e alimentação. Já os
gastos relacionados ao conforto e ao estilo de vida dos indivíduos e da
família não devem superar 30% das receitas mensalmente. Os demais 20%
devem ser investidos e mantidos para uma reserva de valores emergencial
para situações imprevistas como desemprego involuntário e doenças na
família.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

José recebe seu salário e gasta seu dinheiro sem controle. Ao


conhecer Raquel, que faz uso de um orçamento financeiro, ele começa
28 Educação Financeira

a ver que está consumindo de forma inconsciente. Por isso, ele deve
mudar suas ações, iniciando com o corte de gastos desnecessários. Qual
a melhor forma de José organizar os seus gastos?

A) A melhor forma de José cortar seus gastos é guardar todos os


recibos em uma caixa de sapato.

B) A melhor forma de José cortar seus gastos é comprar produtos


sem necessidade.

C) A melhor forma de José cortar seus gastos é anotar vez ou outros


seus gastos.

D) A melhor forma de José cortar seus gastos é comprar apenas no


cartão de crédito.

E) A melhor forma de José cortar seus gastos é criar uma planilha e


anotar tudo que gastar.

Resposta correta: E

Disponível clicando aqui.

Fluxo de caixa pessoal e ferramentas para


diagnóstico de finanças pessoais
Para que o fluxo de caixa pessoal seja organizado, é necessário
entender o que é despesa e o que é receita.

Receita é todo valor que é recebido pelo indivíduo ou família. Já as


despesas são aqueles valores que são pagos pelos indivíduos ao longo
de determinado período, geralmente a unidade de tempo usada é o mês.
Por isso, geralmente as categorias presentes nas planilhas de organização
financeira são, conforme CAPES (2018):

• Despesas básicas com alimentação e moradia.

• Despesas pessoais, relacionados aos cuidados pessoais.

• Despesas de saúde, do indivíduo e da família quando são


considerados uma unidade.
Educação Financeira 29

• Despesas educacionais.

• Despesas com lazer.

• Despesas financeiras, como taxas referentes a conta corrente, ao


cheque especial e cartão de crédito.

• Despesas variáveis ou eventuais, aquelas como IPVA, férias e IPTU.

• Receitas - todos os valores recebidos pelo indivíduo ou família,


tanto os fixos como os variáveis.

Para organização, sugere-se então algumas ferramentas.

a. Processo de resolução de problemas: ferramenta usada para


identificar o problema do seu planejamento orçamentário. Nele,
você cria objetivos e metas, delimita o problema, diagnostica, pensa
nas alternativas, toma a decisão e reavalia sempre que necessário.

b. Teorema de Pareto (80/20): em que se define as receitas e as


despesas que serão 80% do valor total. Ou seja, ferramenta para
melhor empregar o seu dinheiro.

c. Diagrama de Ishikawa ou escama de peixe: usado para agrupar as


categorias de despesas e receitas.

A importância da Educação Financeira


A Educação Financeira é o processo pelo qual
consumidores e investidores melhoram sua compreensão
sobre conceitos e produtos financeiros e, por meio de
informação, instrução e orientação objetiva, desenvolvem
habilidades e adquirem confiança para se tornarem mais
conscientes das oportunidades e dos riscos financeiros,
para fazerem escolhas bem informadas e saberem onde
procurar ajuda ao adotarem outras ações efetivas que
melhorem o seu bem-estar e a sua proteção. (OCDE, 2005
apud ORIENTE; LIMA; RIBEIRO, 2015)

A Educação Financeira dos indivíduos é uma temática ainda pouco


explorada no Brasil. Apesar de termos parte da população em situação
de endividamento, ainda não se tem uma prática significativa de gestão
financeira nas escolas e nos diferentes níveis de ensino.
30 Educação Financeira

Diante disso, é importante ressaltar que a Educação Financeira não


se trata apenas de ler um material informativo no site de um banco, mas
sim o entendimento de todo o contexto em que se vive, a economia do
país em que vivemos e a forma como usamos nosso dinheiro.
Figura 10 - Educação Financeira

Fonte: Freepik

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que para ter uma saúde financeira, é importante organizar
todas as contas e as receitas que você tem. Para isso, você
pode usar algumas ferramentas básicas da administração e
aplicar nas finanças pessoais. Para uso dessas ferramentas,
você precisa conhecer as categorias que pode agrupar
cada uma das entradas e saídas de dinheiro. Você tem que
levar em consideração o seu perfil de consumidor, pois, ao
se conhecer, você sabe o que pode ou não influenciar no
seu comportamento de compra e o que pode desencadear
em endividamento. Assim, conhecendo o seu processo
de decisão de compra é importante que se entenda de
finanças pessoais, o que mostra a importância da Educação
Financeira para o seu dia a dia.
Educação Financeira 31

Tecnologias aplicadas às finanças pessoais

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de aplicar


um sistema de gerenciamento das finanças domésticas,
utilizando os recursos tecnológicos para automação dos
lançamentos e conciliação bancária. Isso será fundamental
para o exercício de sua profissão, uma vez que poderá
lhe ajudar a empregar melhor o seu dinheiro e planejar
seus custos. E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Vamos lá. Avante!

Conceitos iniciais
Para que o planejamento financeiro seja colocado em prática,
diversas são as ferramentas utilizadas, mas é importante que se ressalte o
uso de tecnologias na sua aplicação.

Podemos definir o planejamento financeiro como um plano para


se chegar à condição financeira desejada, não somente material, mas
também pessoal e profissional. Ou ainda, com o processo de gerenciar
o dinheiro, de controlar a situação financeira, visando atingir ou permitir
a satisfação pessoal para atender necessidades e alcançar objetivos no
decorrer da vida (PAIVA, 2009, p. 47).
Figura 11 - Uso de tecnologias nas finanças pessoais

Fonte: Freepik
32 Educação Financeira

A organização financeira deve ser realista para que seja colocada


em prática. A educação para as finanças é fundamental nesse sentido,
pois conhecer as despesas e receitas e conseguir fazer com que o seu
estilo de vida seja adequado ao seu orçamento é essencial para manter
as contas pagas e investir parte de seu dinheiro.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

Em relação ao orçamento financeiro pessoal, podemos afirmar,


EXCETO:

A) É uma ferramenta de planejamento financeiro.

B) Oferece uma oportunidade para você avaliar sua vida financeira.

C) Contribui para você identificar e entender os hábitos de consumo.

D) Não necessita de acompanhamento.

Resposta: D

Fonte: De Sousa (2013, p. 59).

Uso de tecnologias e planejamento doméstico


O uso de tecnologias já é amplamente utilizado na administração das
finanças empresariais, o que ocorre a partir de investimentos de valores
para que as ferramentas disponíveis sejam adequadas a cada negócio. Na
vida pessoal dos indivíduos, no entanto, esse uso tecnológico ainda não é
amplamente usado, uma vez que muitas famílias desconhecem seu uso.
Os softwares disponíveis no mercado são, geralmente, complexos, o que
não incentiva as pessoas a utilizarem algo desse tipo.

Para que o controle financeiro das famílias seja preciso, com todos
os lançamentos de despesas e receitas, usar tecnologias, como aplicativos
de celular para gestão financeira doméstica, aperfeiçoa o processo.

Sob essa ótica, muitos dos recursos tecnológicos exigem


conhecimento específico em linguagem de programação para serem
criados, mas para o usuário não é tão complicado assim. Usar esses
recursos costuma ser mais simples e não exigir grandes habilidades, o
que auxilia na difusão do seu uso.
Educação Financeira 33

Figura 12 - Uso de aparelho celular nas finanças pessoais

Fonte: Freepik

Foram apresentados por Debastiani (2015) alguns programas que


realizam a gestão do orçamento doméstico, como :

• ProFamilia.

• FinanceDesktop.

• Hábil.

• FinançasBR-Cofrinho.

• MoneyWise.

• iContas.

• FinanceMobile.

Adicional a isso, podemos apresentar alguns aplicativos de uso em


aparelho celular para a gestão financeira das famílias no dia a dia.

• Guia de Bolso: é um dos mais usados no país, além de ter


conectividade com as contas bancárias dos indivíduos. Oferece
categorização de compras e disponibiliza dicas de onde é possível
economizar.

• Mobills: auxilia no acompanhamento de metas e apresenta


gráficos. Possui a versão desktop. Na sua versão gratuita, não
cadastra contas e cartões.
34 Educação Financeira

• Money Manager: gráficos interativos. Possui notificações de aviso


para atualizar as despesas e receitas diariamente.

• Money Wise: o maior diferencial desse aplicativo é que não


necessita estar conectado a internet para ser usado.

• Organizze: oferece relatórios completos e notificações de aviso de


contas a pagar. Oferece a versão gratuita e a premium. Apenas na
segunda é possível fazer cadastro de cartões de crédito e contas.

• Wisecash: seu uso é prático e possui as funções de aviso, gráficos


e metas.

Soares (2019) apresenta uma comparação entre a funcionalidade de


alguns dos aplicativos comentados anteriormente:
Quadro 3 - Comparativo de funcionalidades

Fonte: Elaborado pela autora com base em Soares (2019).

Essas são algumas das ferramentas que auxiliam as famílias na


gestão das finanças, mas você entende a razão de ser tão importante
fazer o controle de gastos diariamente?

Para que o consumidor tenha o controle de seus gastos, é necessário


praticar as seguintes ações (DA CUNHA LOPES, 2011).

• Fazer uma lista composta de suas prioridades para o consumo.

• Negociar dívidas.

• Praticar a economicidade.
Educação Financeira 35

• Reduzir o tempo das ligações telefônicas, energia, luz, água.

• Possuir apenas um cartão de crédito.

• Determinar objetivos e metas.

• Buscar novas soluções para aumentar a renda.

Desse modo, conhecer os seus gastos diários é uma forma muito


simples e eficiente para saber onde devem ser cortados os gastos
excessivos e que desperdiçam dinheiro. Além disso, pagar as contas em
dia evita pagamento de multas e juros que podem comprometer parte de
sua renda.

Uma pesquisa realizada a partir do MyFinances, aplicativo financeiro


de controle orçamentário doméstico, apontou alguns requisitos que
são necessários a esse programa e que são importantes nos demais
aplicativos que desempenham a mesma função:

Primeiramente são apresentados os funcionais.

• Cadastrar despesas.

• Visualizar despesas.

• Cadastrar receitas.

• Visualizar receitas.

• Cadastrar metas.

• Visualizar metas.

• Cadastrar cartão de crédito.

• Visualizar relatório de despesas e receitas.

E após isso, são apresentados os requisitos não funcionais.

• Interface intuitiva.

• Layout moderno.

• Usabilidade.

• Segurança.
36 Educação Financeira

• Desempenho.

• Confiabilidade.

Essas características e funções são imperativas para que o usuário


possa aproveitar da melhor forma as funcionalidades na sua vida cotidiana.
Figura 13 - Uso de aparelho celular para controle orçamentário

Fonte: Freepik

ACESSE:

Caso queira se aprofundar no assunto, acesse a matéria


na página do Canaltech a respeito da internet das coisas
e como pode facilitar as finanças pessoais disponível
clicando aqui.

“Se você ainda não ouviu falar sobre o termo “Internet das Coisas”
(IoT, da sigla em inglês “Internet of Things”), que significa conectar itens
usados no dia a dia à internet, saiba que esse é o futuro. A IoT pode ser
um dos grandes nomes por trás dessa revolução na forma como lidamos
com nosso dinheiro. Um bom exemplo de como a tecnologia já está nos
ajudando no controle das finanças são os aplicativos de gerenciamento
financeiro.”
Educação Financeira 37

Juros em finanças pessoais


Os juros usados para calcular os valores a serem pagos são os
compostos.

Juros compostos são os mais utilizados e considerados vilões na


hora de pagar suas contas, pois significa que a taxa de juros aplicada será
sempre o valor inicial somado ao valor de juros do período anterior.

Entretanto, quando o dinheiro é investido e a remuneração ofertada


por ele é oriunda de juros compostos, é uma vantagem ao investidor, pois
aumenta seus ganhos.

FÓRMULA:

J = P · [(1 + i)n – 1]

Onde J é o valor dos juros.

P é o valor inicial.

i é a taxa de juros.

n é o período.

EXEMPLO: marcos abriu uma caderneta de poupança com um valor


de R$ 1.000,00. Considerando uma previsão da taxa de rendimento de
1% ao mês, o capital inicial de R$ 1.000,00 terá os seguintes rendimentos:
Tabela 1 – Exemplo de rendimento de poupança
38 Educação Financeira

Observe que em cada intervalo o juro produzido foi somado ao


capital, formando, assim, o montante do período, que é o capital inicial
dos juros a serem calculados no próximo período. (FREITAS, [s. d.])

Por isso, é fundamental que se pague as contas em dia, de maneira


a evitar o pagamento de juros.

Em relação aos investimentos, quanto maior o valor investido, a taxa


de juros e o tempo de investimento, maior será o montante final que o
individuo irá acumular.
Figura 14 - Cálculo das contas a pagar

Fonte: Freepik

Entendeu como funciona? Vamos exercitar:

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:

Qual é o valor dos juros produzidos na aplicação no regime de


capitalização composta do capital de R$ 6.000,00, à taxa mensal de 1,2%,
por 4 meses?

Resolução:

J = P · [(1 + i)n – 1] ⇒ J = 6 000 · [(1 + 0,012)4 – 1]

⇒ J = 6.000 · [(1,012)4 – 1] ⇒ J = 6 000 · [1,048870932736 – 1]

⇒ J = 293,225596416 ⇒ J ≅ 293,23

Foram produzidos R$ 293,93 de juros. (FREITAS, [s. d.])


Educação Financeira 39

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que a saúde financeira das famílias depende de um
planejamento e da implementação de ferramentas que
proporcionem melhor conhecimento sobre as entradas e
saídas de dinheiro. Nesse capítulo, vimos alguns aplicativos
desenvolvidos no país e que dão suporte a esse uso diário
das famílias, sempre mantendo atualizados os gastos e as
receitas. Diversas são as opções, mas o importante é que
todos auxiliam na gestão orçamentária da família ou do
indivíduo. Além disso, muitas ferramentas têm notificações
com avisos de pagamento, outras, integração com conta
ou cartões para realização de pagamentos. Seja qual for a
opção, é sempre importante lembrar que pagar as contas
em dia ajuda a não ter custos extras com juros e multas.
Além disso, investir o seu dinheiro é uma forma de assegurar
financeiramente alguns imprevistos que venham a ocorrer.
Portanto, escolha a forma que fique mais fácil para você e
sua família se organizarem e coloquem em prática!
40 Educação Financeira

Finanças pessoais e empresariais: dicas


para microempresários

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de discernir


sobre as diferenças e similaridades entre gerenciar as
finanças domésticas e as de sua empresa, conscientizando-
se da importância de não misturar os dois fluxos financeiros,
mas sim, conciliá-los por meio dos recursos tecnológicos.
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão,
pois fará com que você empregue melhor o seu dinheiro
e planeje seus custos. E então? Motivado para desenvolver
esta competência? Vamos lá. Avante!

Gestão financeira em pequenos negócios


O conceito de valor do dinheiro no tempo possibilita a
compreensão sobre a transformação do dinheiro no tempo
e seus resultados a partir da avaliação dos investimentos
realizados pela organização em contextos econômicos
diversos, considerando também a administração de riscos
e retornos. (RODRIGUES, 2014, p. 13)

As empresas, no exercício das suas atividades, necessitam ter o


controle total de suas receitas e despesas, bem como uma organização
para o melhor uso dos valores que recebem.

Para que essa empresa se mantenha competitiva no mercado, é


importante que a tomada de decisão seja feita com base em informações
sólidas e atualizadas, principalmente no que tange à área financeira
e contábil. Independente do porte da empresa, é necessário controle
financeiro.
Educação Financeira 41

Figura 15 - Finanças empresariais

Fonte: Freepik

[...] a administração financeira permite que o gestor obtenha


informações precisas e bem delineadas para solucionar
problemas de ordem financeira e operacional da empresa.
Isso devido ao fato de estar diretamente ligada à alocação
e captação de recursos. Além disso, as ferramentas e
informações financeiras contribuem significativamente
para a melhor tomada de decisão nos processos de análise
de investimentos e captação de recursos, bem como para
atingir as metas empresariais. (SELEME, 2010, p. 3)

Para ter uma gestão financeira eficiente, é importante que sejam


emitidos relatórios gerenciais para verificação de indicadores de
desempenho, de modoque se tenha a real ideia de como está a atuação
da empresa. São importantes os seguintes relatórios (SEBRAE, [s.d.]):

• Balanço gerencial - é entender os “ativos”, que é onde se empregou


os valores que a empresa possui. Ter claro as fontes de recursos
(passivo e patrimônio líquido). “Passivo” é o que a empresa tem de
empréstimos e dívidas com terceiros. “Patrimônio Líquido” é o que
foi investido na empresa a partir de seus sócios.

• Fluxo de caixa - registro de entradas e saídas e apuração do saldo.


Deve-se ter as mesmas informações de Controle de Movimento
de Caixa, citado a seguir.
42 Educação Financeira

• Apuração dos resultados da empresa - apuração de resultado


líquido do mês, que é, na realidade, a receita menos as despesas
e os custos das mercadorias. São importantes as informações:

a. Lucro bruto.

b. Valores das vendas.

c. Custos das mercadorias que foram vendidas.

d. Despesas variáveis.

e. Margem de contribuição.

f. Despesas fixas.

g. Despesas financeiras.
Figura 16 - Cálculo das margens

Fonte: Freepik

• Controle das vendas realizadas: geralmente as pequenas


empresas fazem ideia das vendas que realizam mensalmente,
por se tratar de valores menores de transação, mas para fazer a
gestão da melhor forma é importante conhecer as margens de
ganhos nas vendas e o lucro gerado no período. Portanto, apenas
a informação da receita total não é suficiente. Nesse sentido, é
importante que se conheça:

a. Vendas a prazo e a vista.

b. Custos de venda.
Educação Financeira 43

c. Lucro bruto.

d. Margem de lucro.

• Controle de caixa do movimento realizado: registro de entradas


e saídas de valores financeiros. Deve ser realizado diariamente.
Deve-se ter em mente:

a. Saldo inicial e o valor deve estar acompanhado do dinheiro,


cheque ou outra forma de pagamento que some o valor.

b. Saldo no banco.

c. Entradas no caixa.

d. Saídas do caixa.

e. Saldo final de fechamento do dia e o lucro líquido correspondente.

Para geração e análise desses relatórios é de muita importância


que se tenha, pelo menos, os indicadores de desempenho financeiro
(SEBRAE, [s.d.]):

• Ponto de equilíbrio.

• Nível de endividamento da empresa.

• Rentabilidade dos negócios.

• Poder de pagamento da empresa.

• Margem de contribuição.

• Lucratividade.

Assim como as empresas, na vida pessoal os indivíduos precisam


ter o controle financeiro e conhecer seus valores de entrada e saída, bem
como quando esses valores irão entrar na sua conta e quando irão sair.
Em termos de ponto de equilíbrio, lucratividade e rentabilidade podemos
pensar nas condições que o indivíduo tem em relação a sua receita para
saber até quanto ele pode usar para pagamento de suas despesas e, a
partir do conhecimento sobreo valor que ele pode investir, deve saber
o quanto rende mensalmente. Além disso, em caso de empréstimo, é
essencial saber qual valor de juros será pago.
44 Educação Financeira

Fluxo de caixa nas empresas


É um instrumento de controle, que tem por objetivo auxiliar o
empresário a tomar decisões sobre a situação financeira da empresa.
Consiste em um relatório gerencial que informa toda a movimentação
de dinheiro (entradas e saídas), sempre considerando um período
determinado, que pode ser uma semana, um mês etc (SEBRAE, [s.d.], p. 4).
Figura 17 - Cálculo do fluxo de caixa

Fonte: Freepik

Para entendimento do fluxo de caixa, é necessário conhecer os


termos usados.

Saldo inicial das empresas é o valor que existe no caixa quando


inicia a atividade para fins de cálculo. Para esse tipo de saldo, entra o valor
físico em dinheiro e os disponíveis na conta bancária. Já para o indivíduo,
na sua organização doméstica, equivale ao seu dinheiro físico e seu saldo
no banco.

Já entradas de caixa nas empresas equivalem ao valor das vendas


que foram realizadas no período bem como recebimentos de duplicatas,
cheques, valores de cartões e demais recebimentos.

Saídas de Caixa nas empresas correspondem aos valores usados


para pagamentos, como fornecedores, folha de pagamento, impostos
e demais despesas no período. Na vida pessoal do indivíduo, as saídas
Educação Financeira 45

correspondem tanto aos valores de aluguel, alimentação e contas mensais


como aquelas compras e pagamento que ocorrem ao longo do dia.

EXEMPLO: nas contas pessoais dos indivíduos, ocorrem pagamentos


de forma variável, como é o caso de uma compra de um guarda-chuva
em dia que chove e a pessoa não levou o seu.

O saldo operacional é referente ao valor das entradas subtraindo-


se os valores de saídas nesse mesmo período (considera-se o dia, nas
empresas).

Já o saldo final de caixa é o saldo operacional somado ao saldo


inicial. É importante saber que o saldo final de caixa do dia 1 se torna o
valor de saldo inicial do dia 2 e assim por diante.
Figura 18 - Pagamentos e recebimentos

Fonte: Freepik

Portanto, existem algumas vantagens na utilização do fluxo de


caixa, conforme SEBRAE (2015, P. 14):

• Permite saber, a qualquer momento, a condição de pagamento


das obrigações, evitando-se o uso de empréstimos bancários sem
necessidade.

• Orienta a empresa no estabelecimento de negociações


com fornecedores, adequando seus compromissos com as
disponibilidades existentes.
46 Educação Financeira

• Facilita, por meio do uso sistemático e consciente da ferramenta, a


descoberta de erros, permitindo o aperfeiçoamento dos controles
financeiros da empresa.

É interessante que, quando um indivíduo realiza o pagamento de seu


almoço em um restaurante, esse valor é uma saída para o comprador, mas
é uma entrada para a empresa, que nesse caso é o restaurante. Portanto,
as finanças das empresas estão, de alguma forma, associadas também
as do indivíduo. Ainda, quando um país passa por crises econômicas e as
pessoas param de consumir, as empresas param de vender e de receber,
acarretando prejuízos e algumas vezes o fechamento do negócio.

As empresas precisam estar sempre atentas as suas despesas,


portanto sugere-se para diminuir os custos/gastos (SEBRAE, 2015, p. 21):

• Controle dos impostos incidentes e análise do sistema tributário,


em conjunto com o contador ou advogado tributarista.

• Análise de ficha técnica de produto sobre possibilidades de


novas matérias-primas e/ou fornecedores e quantidade dos itens
utilizados;

• Análise das embalagens (material, espessura, fornecedor).

• Análise das taxas cobradas pelos cartões de crédito e eventuais


antecipações de valores a receber.

• Análise dos gastos com comissões.

Contabilidade nas empresas e na vida


pessoal dos indivíduos
A contabilidade deve estar presente em todas as empresas,
mas também deve aparecer na vida pessoal dos indivíduos. Para tal,
é necessário que exista um sistema de informação que, alimentado
adequadamente, poderá gerar relatórios que auxiliam na tomada de
decisão.

A contabilidade, na qualidade de metodologia especialmente


concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os
Educação Financeira 47

fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas


de qualquer ente, seja uma pessoa física, entidade de finalidades não-
lucrativas, empresa, ou mesmo pessoa de Direito Público, tem um campo
de atuação circunscrito às entidades supramencionadas, o que equivale
a dizer muito amplo. A contabilidade assume relevância ao proporcionar,
por meio de suas técnicas inseridas no processo de gestão, subsídio
seguro ao usuário, pessoa física, na tomada de decisão quanto ao seu
patrimônio (IUDICIBUS, 1995, p. 21).

A definição anterior deixa claro seu papel nas organizações e,


portanto, também é relevante nos patrimônios individuais. Conhecimentos
dessa área são muito úteis na gestão do orçamento doméstico e possibilita
conhecer a situação financeira vivida.

Além disso, “A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a


administração a tomar decisões” (MARION, 1998, p.27). Esse é um conceito
que, além de ser aplicado às empresas, pode facilmente ser aplicado à
contabilidade pessoal.
Figura 19 - Contabilidade

Fonte: Freepik

Classificação das empresas


As empresas são classificadas de acordo com o seu porte. O porte
de uma empresa define os valores referentes a pagamento de impostos
que deve realizar, portanto impacta nos recursos financeiros. Além disso,
48 Educação Financeira

as transações ficam mais complexas quanto maior o porte da empresa.


São definidas, conforme SEBRAE (2009):
Quadro 4: Classificação das empresas

Fonte: Sebrae (2009).

As empresas que não possuem capital de giro suficiente para as


transações sofrem sérios problemas e correm o risco de fechar. Conforme
SEBRAE (2009), essa é uma das causas mais recorrentes de negócios que
não dão certo. Isso devido à falta de planejamento e controle dos valores.
Tal problema ocorre, geralmente, com as micro e pequenas empresas.

A dificuldade dos empreendedores, principalmente de pequenos


negócios começa com a falta de valores em caixa, ou seja, a reserva
destinada ao caixa não supre a necessidade do mês de referência, de
modo que os valores acabam antes de concluir o mês. Portanto, isso gera
problemas na busca de recursos de terceiros, como empréstimos que
supram as despesas como folha de pagamento e a compra de matéria
prima para produção ou comercialização de produtos. Dessa forma, é
muito importante, ao empreendedor, ter todos os valores sob controle,
evitando gerar dívidas desnecessárias.
Educação Financeira 49

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que assim como os indivíduos e as famílias necessitam
de controle financeiro e orçamentário para ter saúde
financeira e colocar em prática seus objetivos e desejos,
as empresas também precisam disso. As empresas que
não têm controle de dados e não usam as informações
para tomada de decisão podem estar fadadas a fechar
antes do que desejam. Muitas micro e pequenas empresas
realizam suas finanças de forma desordenada, mas devido
a isso não conseguem ter a noção exata de como estão os
negócios - se está lucrando ou apenas pagando as contas.
Ainda, faz-se essencial, à gestão de qualquer empresa, os
cuidados com os relatórios de indicadores de desempenho
e o acompanhamento diário para que tudo ocorra bem.
50 Educação Financeira

REFERÊNCIAS
FRANCO, G., & VALE, L. A Importância e Influência do Setor de
Compras nas Organizações. TecHoje.[s. d.]. Acesso em 04 de Jul de 2017,
disponível em http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/
detalhe_artigo/1004. Acesso em: 18 ago. 2021.

SANCHES MALASSISE, R. L.; KFOUR, A. V.; REGINA SAMPAIO, H.


(org.). Básico em finanças pessoais. Universidade Federal Tecnológica do
Paraná, Paraná, 2018.

CHURCHILL, G. A. Jr.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os


clientes. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS


E TURISMO. Percentual de famílias com dívidas diminui em abril de
2018. CNC. 2018. Disponível em: http://cnc.org.br/sites/default/files/
arquivos/analise_peic_abril_2018.pdf. Acesso em: 9 maio 2018.

CREMOZENI, A. L. Myfinances: Aplicativo móvel para o


gerenciamento de finanças pessoais. Centro Universitário de Araraquara
(UNIARA), São Paulo, 2015.

DA CUNHA LOPES, J. César et al. Finanças Pessoais: como


administrar consumo e gerar poupança. In: SEGeT: VIII SEGeT – Simpósio
de Excelência em Gestão e Tecnologia, Rio de Janeiro, 2011.

DEBASTIANI, J. A. Aplicativo desktop para gerenciamento de


atividades e planejamento domésticos. 2015. Trabalho de Conclusão de
Curso (Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas).
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Paraná, 2015.

DE SOUSA, E. R.; ARAUJO, F. de A. L.; FAGUNDES, J. V. de A.; SOUZA,


M. A. P. de; ORSI, R. V.; MATTA, R. O. B.; BISI, R. M. (org.). Caderno de
Educação Financeira: Gestão de Finanças Pessoais. Banco Central do
Brasil, Brasília: [s. n.], 2013.

DE SOUSA, E. R. Caderno de Educação Financeira: Gestão de


Finanças Pessoais. 2013. p. 59.
Educação Financeira 51

FRANKENBERG, L. Seu futuro financeiro: você é o maior


responsável. São Paulo: Gulf Professional Publishing, 1999.

HARDER, E. M. Saúde financeira dos colaboradores: gestão da


qualidade de vida no trabalho. 2018. Trabalho De Conclusão De Curso
(MBA em Gestão Financeira e Controladoria) - Centro Universitário
UNIFAAT, São Paulo, 2018.

IUDÍCIBUS, S. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 1995.

LAGUNA, E. Inadimplência sobre 3,5% e chega a 62 milhões de


brasileiros, diz pesquisa. Exame, 9 maio 2018. Disponível em: https://
exame.abril.com.br/economia/inadimplencia-sobe-35-e-chega-a-62-
milhoesde-brasileiros-diz-pesquisa/. Acesso em: 10 maio 2018.

LIMEIRA, T. M. V. Comportamento do Consumidor Brasileiro. 1. ed.


São Paulo: Saraiva, 2008.

MARION, J. C. Preparando-se para a profissão do futuro. Contabilidade


Vista & Revista, Belo Horizonte, v. 9, n. 1, p. 14-21, 1998.

MEIRA, P. R. e OLIVEIRA, R. Luiz de. Comportamento do Cliente:


Princípios teóricos e recentes pesquisas na área. Pelotas: Educat, 2005.

MORSCH, M. A.; SAMARA, B. S. Comportamento do Consumidor:


Conceitos e casos. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

OCDE. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento


Econômico. Estudo Econômico sobre o Brasil, 2005.

ORIENTE, A. C. N.; LIMA, L. L. F.; RIBEIRO, A. J. M. Como as famílias


utilizam a educação financeira. Simpósio de Excelência em Gestão e
Tecnologia, 2015. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/
artigos15/33922386.pdf. Acesso em: 17 mar. 2018.

PAIVA, J. T. O segredo da educação para saúde financeira. Clube


de Autores, 2009. Disponível em: https://books.google.com.br/books/
about/O_Segredo_Da_Educa%C3%A7%C3%A3o_Para_Sa%C3%BAde_
Fina.html?id=vc15DwAAQBAJ&redir_esc=y Acesso em: 15 set. 2015.

RODRIGUES, L. B.; RODRIGUES, L. B. A gestão financeira e suas


vertentes como modelo gerencial dos pequenos negócios. Trabalho de
52 Educação Financeira

Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Contábeis) – Faculdade


Vale do Cricaré, Espírito Santo, 2014.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS


EMPRESAS (SEBRAE). Guia do Empreendedor. [s.d.]

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS


EMPRESAS (SEBRAE). A importância da administração financeira da
empresa. 2009.

SEGHETTO, A. C.; MANGANELLI, P. C.; SCHOLZ, R. H. Planejamento


financeiro pessoal: reflexões sobre o campo de atuação dos sujeitos da
economia solidária. [s. l.], [s.d].

SELEME, R. B. Diretrizes e práticas da gestão financeira e


orientações tributárias. Curitiba: Ibpex, Série Gestão Financeira, 2010.
E-book.

SILVA, F. C.; DA SILVA, J. G. “Devo não nego...” Uma análise da gestão


financeira pessoal dos consumidores de Ituiutaba/MG. In: IV SINGEP.
Anais. São Paulo, 08, 09 e 10/11/2015.

SILVA, J. T. de L.; SOUZA, D. A. de; FAJAN, F. D. Análise do


endividamento é dos fatores que influenciam o comportamento de
alunos universitários. In: XII SEGET, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:
https://www.inovarse.org/sites/default/files/T_15_302_8.pdf. Acesso
em: 31 mar. 2018.

SOARES, A. G. PoupaGrana: aplicativo gerenciador de finanças


pessoais com interface conversacional. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Ciência da Computação) – Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2019.

SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC BRASIL). Inadimplência


está concentrada em dívidas mais altas.

Você também pode gostar