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Daniel Campelo

Controle e
monitoramento de
qualidade, aquisições e
custos em projetos
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
DANIEL CAMPELO
AUTORIA
Daniel Campelo
Olá. Meu nome é Daniel Campelo. Sou economista, mestre em Gestão
do Desenvolvimento Local Sustentável e especialista em Metodologia do
Ensino a Distância. Possuo experiência técnico-profissional na área de
economia, gestão e mercado de mais de 15 anos. Há 10 anos atuo na
docência do ensino superior nos cursos de graduação e pós-graduação,
sendo os últimos 5 anos dedicados ao ensino a distância. Por acreditar
que a educação é transformadora e um excelente caminho para uma
sociedade mais justa passei a me dedicar transmitindo minha experiência
profissional e de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões.
Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Controle e monitoramento de projetos..................................................10
A importância do controle e monitoramento..............................................................10

Controle e monitoramento nas nove áreas de conhecimento....................... 12

Qualidade no gerenciamento de projetos............................................16


A qualidade no gerenciamento de projetos................................................................. 16

Planejamento da qualidade.................................................................................. 18

Garantia da qualidade............................................................................................... 20

Controle de qualidade.............................................................................................. 21

Aquisição em projetos.....................................................................................25
Processos de aquisição no gerenciamento de projetos.....................................25

Faturamento por tempo e material.....................................................................................27

Faturamento de custo fixo.........................................................................................................28

Custos de projetos ........................................................................................... 31


Os custos em gerenciamento de projetos.................................................................... 31

Estimando os custos de um projeto..................................................................................34

Técnicas de estimativa de custos.....................................................................35

Análise de custo-benefício para projetos..................................................................... 38


Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 7

03
UNIDADE
8 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

INTRODUÇÃO
Agora que passamos da metade da nossa disciplina você já deve ter
conhecimento suficiente para entender o que é um projeto e saber como
gerenciá-lo. Vimos temas importantes até aqui, mas agora iremos dar um
passo e focar agora no objetivo principal da nossa disciplina: a viabilidade
econômica e financeira de projetos. Para tanto, iniciaremos nossa unidade
tratando sobre o controle e monitoramento de projetos, avançaremos
destacando o processo de qualidade no gerenciamento de projetos. Mais
adiante, estudaremos a processo de aquisição para projetos e finalizamos
a unidade tratando dos custos de um projeto. Todas estas temáticas serão
elementares para a viabilidade econômica e financeira do projeto (que
será aprofundada na última unidade). Após todo esse conhecimento
acredito que você terá amadurecido seu conhecimento e estará cada vez
mais qualificado para atuar profissionalmente. Vamos lá?
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 9

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o
término desta etapa de estudos:

1. Discernir sobre a importância do controle e monitoramento de


projetos.

2. Aplicar práticas de qualidade no gerenciamento de projetos.

3. Identificar o processo de aquisição de recursos materiais e serviços


em projetos.

4. Interpretar os custos de projetos com foco na viabilidade


econômica e financeira.

Então, vamos em frente? Estarei com vocês caminhando por todas


estas temáticas e ajudando a construir novos conhecimentos. Vamos lá!
10 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Controle e monitoramento de projetos


INTRODUÇÃO:

Ao término deste capítulo você compreenderá a importância


do controle e monitoramento de projetos. Tudo que é
planejado (focaremos no planejamento na próxima unidade)
e não é controlado e monitorado tende a não ser realizado
conforme previsto. Quando você quer perder peso, por
exemplo, é natural que você mude sua alimentação (planeja
uma nova dieta), mas deve se pesar rotineiramente, para
saber se está obtendo resultado. Da mesma forma um
corredor que quer melhorar seu tempo de corrida. Ele irá
monitorar constantemente para saber se os treinos realizados
conforme planejado estão trazendo os resultados esperados.
Para que um projeto seja viável ao longo do tempo é preciso
que ele seja controlado e monitorado. É o que estudaremos
a partir de agora. Vamos em frente! Avante!

A importância do controle e
monitoramento
O gerenciamento de projetos envolve várias funções que permitem
a execução tranquila e organizada do projeto. Essas várias funções
agrupadas de acordo com sua finalidade e esses grupos são denominadas
áreas de conhecimento.
Figura 1 - O controle e monitoramento são fundamentais para um projeto

Fonte: freepik
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 11

É importante para garantir a viabilidade econômica e financeira


do projeto (e outras viabilidades, como a ambiental, por exemplo) que
estas áreas de conhecimento sejam devidamente observadas dentro
de um projeto. As áreas de conhecimento são baseadas em recursos
comuns, enquanto os grupos de processos de gerenciamento de projetos
determinam a ordem das atividades de gerenciamento de projetos.

O controle e monitoramento do projeto é o grupo de processos


que envolve o rastreamento do progresso do projeto para reconhecer
o desvio no plano do projeto. Um plano de projeto (veremos sobre o
planejamento de projetos na unidade 4) é a base para monitorar atividades,
transmitir status e tomar medidas corretivas.

O monitoramento e controle do projeto permitem que ações


corretivas sejam tomadas oportunamente quando o desempenho se
desvia significativamente do plano. Um desvio é significativo se o desvio
afetar o projeto de atingir seu objetivo.

O monitoramento e controle do projeto é um processo muito


importante, pois ajuda a fornecer produtos de qualidade, no menor custo
e tempo possível.
Figura 2 - É preciso que o gestor entenda o controle
e monitoramentos nas nove áreas de conhecimento.

Fonte: freepik

Como o monitoramento e controle do projeto rastreiam o projeto


com base nas 9 áreas de conhecimento, vamos estudar como funciona
todo este processo nestas nove áreas de conhecimento. Vamos lá!
12 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Controle e monitoramento nas nove áreas


de conhecimento
Já entendemos no tópico anterior como o controle monitoramento
é importante para o projeto e sua viabilidade. Agora vamos entender como
funciona isto em cada uma das nove áreas de conhecimento.

1. Gerenciamento do escopo do projeto

A interação com cliente faz com que o gerente do projeto saiba


se eles estão satisfeitos ou não. Nessa interação, o projeto pode obter
mudanças informais no seu escopo. Isso significa que tal escopo pode ser
alterado sem adicionar cronograma, orçamento ou recursos.

Para isso, o monitoramento e o controle ajudam o gerenciamento do


escopo do projeto, comparando periodicamente o escopo e acordando
alterações entre as partes interessadas.

A mudança no escopo é corrigida e tratada adicionando o novo


elemento ou recurso com a ajuda das partes interessadas. Quando o
recurso adicionado tem este processo executado de maneiro formal, o
orçamento e o cronograma dos projetos também são alterados.

Daí a importância deste controle e monitoramento para o


acompanhamento da viabilidade econômica e financeira do projeto.

2. Gerenciamento de tempo do projeto

Gerenciamento de tempo do projeto é planejar o cronograma do


projeto de acordo com o tempo disponível. O monitoramento e controle
verifica periodicamente o cronograma planejado para conhecer o
status do cronograma, influenciar os fatores que causam alterações no
cronograma, determinar que o cronograma foi alterado e gerenciar as
alterações quando elas ocorrem.

Para monitorar o tempo, a variação do cronograma é calculada e,


consequentemente, o atraso pode ser percebido.

Neste caso, o gerente pode fazer o controle do tempo total do


projeto em que o existe um caminho crítico mantido, adicionando mais
recursos às tarefas deste caminho crítico.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 13

Mais uma vez, o tempo é um fator determinante para a viabilidade e


as atividades devem ser fortemente controladas.

3. Gerenciamento de custos do projeto

O gerenciamento de custos é importante para a organização, pois


se o projeto é significativamente grande, pode afetar o retorno sobre o
investimento da empresa. O monitoramento e controle ajudam a monitorar
o orçamento do projeto.

Se algum desvio for observado no custo orçado, as ações corretivas


serão tomadas. A ação corretiva garante que apenas as alterações
apropriadas do projeto sejam incluídas na base de custos revisada.
As alterações são informadas às partes interessadas do projeto sobre
alterações autorizadas no projeto que afetam o custo.

4. Gerenciamento da qualidade do projeto

A qualidade dos resultados do trabalho é importante em termos


de satisfação do cliente e reputação da organização. A qualidade é
monitorada e controlada durante todo o projeto, avaliando os requisitos
de qualidade do produto ou serviço especificados para o projeto.

Os requisitos de qualidade incluem os processos do projeto e as


metas do produto. Para controlar a qualidade das entregas, são utilizadas
várias técnicas, incluindo diagrama de causa e efeito, gráfico de Pareto,
histograma, gráfico de execução, diagramas de dispersão etc.

Por se tratar de um item importante na viabilidade de um projeto,


trataremos sobre a qualidade no gerenciamento de projetos de forma
mais detalhada no próximo capítulo.

5. Gerenciamento de recursos humanos do projeto

O gerenciamento de recursos humanos inclui a atribuição da pessoa


certa à tarefa certa. Também inclui o número de pessoas necessárias para
a execução das atividades.

O monitoramento e controle incluem o monitoramento do


desempenho individual, fornecendo feedback oportuno, resolvendo
problemas e conflitos e coordenando as mudanças.
14 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

A parte de controle inclui a adoção de ações corretivas se alguém


não estiver trabalhando ou gerenciando mais pessoas de acordo com o
escopo ou o cronograma de desvio do plano.

6. Gerenciamento de comunicação do projeto

A comunicação garante que a expectativa e o entendimento dos


resultados sejam iguais. O principal objetivo do monitoramento e controle
das comunicações é garantir o fluxo ideal de informações ao longo do
ciclo de vida do projeto.

Existem muitos documentos que contêm informações duplicadas e


inter-relacionadas no ciclo de vida do projeto. A comunicação de controle
garante que as informações de desempenho do trabalho, solicitações de
mudança, etc. sejam confiáveis.

As atualizações de documentos e as atualizações de ativos do


processo organizacional são atualizadas em qualquer lugar, sem qualquer
ambiguidade. Para melhorar a comunicação, muitos especialistas internos
e externos são acionados para ajudar.

7. Gerenciamento de riscos do projeto

O gerenciamento de riscos do projeto não para após a análise


inicial dos riscos. Ele precisa de monitoramento contínuo dos riscos
identificados, monitoramento de riscos residuais, identificação de novos
riscos e avaliação da eficácia do plano de resposta aos riscos.

As mudanças e novos riscos são documentados com um plano


de ação para mitigá-los. O monitoramento e controle de riscos incluem
reavaliação de riscos, auditorias de riscos, medições de desempenho
técnico, análise de reservas e análises periódicas de riscos.

8. Gerenciamento de aquisições de projetos

O gerenciamento de compras envolve os contratos entre


fornecedores (vendedores). O monitoramento e controle do projeto
apoiam o gerenciamento de compras, revisando periodicamente o
desempenho e comparando-o com o plano acordado e as disposições
contratuais.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 15

As alterações observadas são gerenciadas através da revisão


do contrato, garantindo pagamentos apropriados aos fornecedores e
coordenando o trabalho entre os fornecedores e o projeto.

Por se tratar de um item importante na viabilidade de um projeto,


trataremos sobre o gerenciamento de aquisições de forma mais detalhada
nos capítulos mais adiante.

9. Gerenciamento integrado de projetos

A integração envolve e coordena basicamente todas as outras áreas


de conhecimento. Ele garante que todos os elementos do gerenciamento
de projetos se reúnam no momento certo.

Portanto, aqui o monitoramento abrange o rastreamento de todo o


projeto e o gerenciamento da mudança no trabalho do projeto. A equipe
do projeto monitora o desempenho do trabalho do projeto e identifica a
área que requer atenção.

RESUMINDO:

O monitoramento e controle do projeto envolvem


basicamente o rastreamento de alterações nas atividades
acordadas ou planejadas. O principal objetivo do
monitoramento e controle do projeto é alertar as partes
interessadas relevantes sobre os problemas que estão
causando problemas e que podem causar problemas no
futuro. A equipe de gerenciamento de projetos monitora e
controla continuamente o trabalho do projeto para decidir
se são necessárias ações corretivas ou preventivas, qual é
o melhor curso de ação e quando agir.
16 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Qualidade no gerenciamento de projetos


INTRODUÇÃO:

Ao término deste capítulo você terá aprendido sobre a


qualidade no gerenciamento de projetos. Você sabia que
nas organizações alguns gerentes de projetos ignoram
a qualidade do projeto e isso acaba prometendo sua
viabilidade? Isto mesmo! Então, é importante entendermos
sobre a qualidade na gestão de projetos. Começaremos
estudando sobre o planejamento da qualidade, depois
avançaremos estudando sobre a garantia da qualidade
e finalizaremos este capítulo estudando sobre o controle
da qualidade. Após aprender todos estes conceitos você
irá perceber como é importante que o gestor observe a
qualidade do projeto, trabalhe em cima desta qualidade e
como ela é capaz de apoiar a viabilidade de um projeto.
Então, vamos caminhar neste novo caminho. Vamos em
frente!

A qualidade no gerenciamento de projetos


Para a maioria das pessoas, analisar números, lidar com dados e criar
gráficos simplesmente não é muito divertido. Provavelmente, os dados
que você deseja ou precisa são difíceis de acessar ou inexistentes. Se
você realmente pode acessar os dados, obtê-los no formato necessário
pode ser outro aborrecimento.

Para piorar a situação, a análise de dados, especialmente grandes


conjuntos de dados, pode ser confusa e totalmente monótona. No entanto,
poucos argumentariam que ter bons dados de suporte facilita a vida do
projeto, principalmente quando se comunica com as partes interessadas
e a alta gerência.

O uso e aplicação adequados de dados e análise de dados podem


ajudar praticamente qualquer projeto a ter mais sucesso. Infelizmente,
muitas vezes, os gerentes de projeto lutam com o uso eficaz de dados e
várias técnicas de análise para tomar decisões melhores e mais informadas.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 17

“Gerenciamento de qualidade” é um daqueles tópicos ambíguos que


podem ser bastante confuso e talvez um pouco assustador.

Os gerentes de projeto que lutam com o aspecto da qualidade do


gerenciamento de projetos precisam de alguns conhecimentos diretos e
práticos sobre como aplicar as ferramentas e técnicas de qualidade.
Figura 3 - A qualidade de um projeto pode estar nos detalhes.

Fonte: freepik

O que trataremos a seguir tenta oferecer a você várias sugestões e


diretrizes sobre a incorporação de conceitos, ferramentas e técnicas de
qualidade no gerenciamento bem-sucedido de qualquer projeto.

O gerenciamento da qualidade do projeto é dividido em três


processos principais: (1) planejamento da qualidade, (2) garantia da
qualidade e (3) controle da qualidade. À primeira vista, cada grupo de
processos possui uma lista imponente de entradas, ferramentas e técnicas
e saídas.

Lembre-se de que essas ferramentas não são novas. Eles têm sido
usados em ambientes de negócios há décadas. A maioria das técnicas de
análise e gráficos pode ser feita em uma planilha básica. A chave para os
gerentes de projeto é simplesmente incorporar as ferramentas certas de
cada processo durante o curso de um projeto.
18 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

ACESSE:

Antes de continuar vamos assistir um vídeo. Clique aqui.


Nele, Andriele Ribeiro explica em um vídeo de 7 minutos e
20 sobre a área de qualidade do PMBOK.

Vamos a partir de agora estudar os três processos principais do


gerenciamento da qualidade dos projetos:

Planejamento da qualidade
Um dos aspectos mais importantes do planejamento da qualidade
é o estabelecimento de métricas de qualidade. Os gerentes de projeto
devem ir além das métricas tradicionais de escopo, tempo e custo. É
relevante vincular um projeto aos objetivos estratégicos da empresa,
organização ou unidade de negócios.

Para obter melhores resultados do projeto os esforços do gerente


de projeto em qualquer projeto que ele esteja gerenciando devem resultar
em algum tipo de melhoria para os negócios. Por fim, é por isso que existe
um projeto - para melhorar uma parte dos negócios.

Se um gerente de projeto deseja interesse, participação e apoio


ativos dos principais patrocinadores, é essencial vincular o projeto a
alguma métrica de importância para os negócios. Uma medida pela qual
o patrocinador é responsável é uma maneira fácil de abordar esse vínculo.

Um aspecto fundamental do planejamento da qualidade é o gerente


de projetos entender os processos que seu projeto está impactando. O
gerente do projeto deve então desenvolver medidas de processo para o
projeto, a fim de medir o impacto das alterações recomendadas para os
processos impactados.

É bastante comum que as pessoas lutem com métricas. Elas são


um desafio, sem dúvida. Uma ótima maneira de pensar em métricas é
categorizá-las em três grupos: medidas de negócios, medidas de clientes
e medidas de processo.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 19

Vamos ver um exercício prático através de um passo-a-passo de


como podemos fazer um planejamento da qualidade:

• Passo 1: Como um grupo, a equipe do projeto deve apresentar


um fluxograma do processo em que o projeto toca como é hoje.
Durante este exercício, identifique quais etapas são os gargalos,
restrições, soluções alternativas ou áreas problemáticas. Todo o
exercício de fluxograma não deve demorar mais do que 3 horas.

• Passo 2: Em seguida, determine onde os intervalos lógicos ou


transferências estão dentro do processo. Podem ser transferências
entre departamentos, registros de data e hora, marcos ou qualquer
outra quebra lógica do processo. Reúna dados sobre essas
medidas de intervalo ou processo e faça um gráfico delas.

• Passo 3: Por fim, vincule cada medida do processo à medida final


do cliente ou da empresa que o projeto deve melhorar. Essas
medidas de processo com a melhor ligação ou correlação são
onde a equipe do projeto deve se concentrar para melhorar os
resultados.

Outras sugestões para os gerentes de projeto a considerar em


relação à vinculação de suas métricas ao que é importante para a
organização têm a ver com as métricas de custo da qualidade.

Se o objetivo de um projeto é reduzir os custos de falhas, como


retrabalho, (re)inspeção, sucata, devoluções, reclamações de garantia
ou reembolsos, essas métricas devem ser rastreadas e vinculadas às
recomendações e alterações de processo finais do projeto.

Existem muitas ferramentas associadas ao planejamento da


qualidade. É necessário tomar decisões sobre quais ferramentas e
técnicas são necessárias para avançar no projeto.

Todo projeto, no entanto, deve estar em melhor situação se o gerente


dedicar algum tempo para vincular seu projeto ao que é importante para
a organização, fazer um fluxograma dos processos afetados pelo projeto,
estabelecer métricas apropriadas e utilizar ferramentas poderosas de
verificação, como o design de experimentos.
20 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Agora que já entendemos como fazer o planejamento da qualidade,


vamos estudar sobre a garantia da qualidade.

Garantia da qualidade
O processo de garantia de qualidade está associado à melhoria
contínua e à análise de processos. Antes que os níveis de qualidade
possam ser verificados, é importante ter dados precisos. Como diz o
velho ditado americano: “lixo dentro, lixo fora”, ou seja, dados de entrada
defeituosos geram resultados sem sentido.

Portanto, toda equipe de projeto deve realizar uma análise


completa do sistema de medição para verificar a precisão e a integridade
do sistema de medição e dos dados. Existem vários componentes para
um bom sistema de medição:

• Fidelidade: os dados refletem o valor real da propriedade ou o que


está sendo medido.

• Precisão: os dados estão medindo com precisão o que é medido.

• Repetibilidade: medições sucessivas pelo mesmo avaliador


devem ser sempre iguais.

• Reprodutibilidade: diferentes avaliadores que medem o mesmo


item obtêm o mesmo resultado.

O gerente e a equipe do projeto devem dedicar tempo e esforço para


garantir a precisão e credibilidade do sistema de medição. A credibilidade
das decisões futuras é baseada nesta etapa vital da garantia da qualidade.

A análise de processos é outro aspecto essencial da garantia da


qualidade. A análise de processo inclui os tópicos de análise de causa
raiz e análise de valor agregado. A maioria dos gerentes de projeto está
familiarizada com a análise de causa raiz, em particular o uso de uma causa
e efeito ou diagrama de espinha de peixe.

O que é importante lembrar sobre a análise de causa raiz é incluir as


cinco principais categorias: pessoas, métodos, máquinas, materiais, sistema de
medição e ambiente ao investigar as fontes de problemas. É fácil concentrar a
maioria dos esforços de melhoria e ações corretivas nas pessoas.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 21

VOCÊ SABIA?

85% dos problemas nos negócios podem estar associados


ao gerenciamento? Como sugeriu o guru da qualidade
Edwards Deming, a gerência decide sobre os métodos,
procedimentos, materiais, etc.

A análise de valor agregado é outra abordagem facilmente aplicada,


porém eficaz, para a melhoria contínua. A regra geral para determinar se
uma etapa agrega valor é se um cliente estaria disposto a pagar por essa
etapa específica.

O tempo real de processamento pode ser adicionado a cada etapa


do processo e, a partir daí, podem ser feitos cálculos básicos de eficiência
do processo. Geralmente, a área de oportunidade para melhoria é o
tempo de espera ou espera entre cada etapa.

Garantia de qualidade tem tudo a ver com melhoria contínua


de processos. Isso inclui a investigação ou a análise da causa raiz dos
problemas nos processos, bem como a avaliação contínua de quais etapas
do processo estão agregando valor. Agora que estudamos a garantia da
qualidade, vamos para o nosso último processo do gerenciamento da
qualidade do projeto: o controle de qualidade.

Controle de qualidade
O último processo sob gerenciamento de qualidade do projeto é o
controle de qualidade.

O controle de qualidade tem a ver com o monitoramento das


métricas do projeto, identificadas na fase de planejamento da qualidade,
para garantir que essas métricas tenham desempenho satisfatório.

O controle de qualidade também inclui a compreensão do conceito


de variação, bem como a comunicação eficaz com os dados. As métricas
foram identificadas no estágio de planejamento da qualidade, enquanto
a coleta de dados precisos para essas métricas fazia parte da garantia da
qualidade.
22 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

No processo de controle de qualidade, são utilizadas ferramentas


de análise gráfica para exibir os dados, para que as decisões possam ser
tomadas com facilidade e rapidez em relação à qualidade da saída do
processo. É fácil entrar no modo «paralisia da análise» com esta etapa,
portanto a chave é manter o rastreamento o mais simples possível. Na
maioria das vezes, deve-se usar ferramentas simples, como gráficos de
execução.

NOTA:

Para saber mais sobre a paralisia da análise, estudamos


sobre ela na segunda unidade de nossa disciplina.

Os gráficos de execução, geralmente chamados de gráficos de


linhas, respondem à pergunta: “Como estamos indo ao longo do tempo?”
Ao analisar os dados ao longo do tempo, a ferramenta apropriada é um
gráfico de execução ou gráfico de controle, não um gráfico de barras. Os
gráficos de execução são predecessores naturais para controlar gráficos;
eles simplesmente não têm limites de controle.

Os gráficos de Pareto são a ferramenta simples e apropriada para


categorias de informações como: razões para erros de pedidos de serviço,
resultados por região ou tipos de reclamações de clientes. Os gráficos
de Pareto respondem à pergunta: “Quais coisas estão afetando a métrica
principal?”

Todo gráfico de execução deve ter um conjunto associado de


gráficos de Pareto para ajudar a explicar o que está afetando a métrica
principal de interesse. O gráfico de execução e o gráfico de Pareto são
uma ótima combinação e percorrem um longo caminho em direção a uma
comunicação simples, porém eficaz, com grupos de partes interessadas.

Já os gráficos de dispersão são a ferramenta apropriada para mostrar


visualmente se existe uma correlação entre duas variáveis. Lembre-se: se
é possível colocar duas medidas em um gráfico, implica dizer que há uma
relação entre essas medidas.

Outras sugestões para mapear e monitorar os resultados incluem:


Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 23

• Uma métrica por gráfico é uma boa regra geral.

• Evite se tornar um “cartunista”. Mantenha os gráficos o mais simples


possível.

• Os gráficos devem falar por si. Se você precisar explicar o gráfico,


ele não está cumprindo sua finalidade.

• Evite adicionar linhas de “tendência” aos gráficos. É muito fácil fazer


uma interpretação incorreta de uma “tendência” que, na realidade,
pode até não existir.

• Tente não usar apenas dados mensais nos gráficos. A plotagem


de dados diários ou semanais facilita muito a identificação do
que está acontecendo no processo. As mudanças de processo
também são detectadas muito mais rapidamente do que com os
dados mensais.

• Compreender a diferença entre variação normal e pontos de


dados incomuns é, talvez, a área que poderia ajudar a melhorar a
tomada de decisões nos negócios e nos projetos.

Compreender os diferentes tipos de variação é realmente bastante


simples, mas é extremamente difícil de aplicar no cenário comercial do
cotidiano. As pessoas são solucionadoras de problemas naturais.

Em um ambiente de negócios, os gerentes têm essa necessidade


inerente de agir, mesmo que, na realidade, não haja necessidade de
agir. Os gerentes de projeto podem percorrer um longo caminho para
reduzir as reações instintivas em seus projetos quando diferenciam entre
variações de causas comuns e especiais.

O gráfico de controle fará isso por você. O gráfico de controle é uma


ferramenta extremamente poderosa que deve ser usada no processo de
monitoramento para determinar se os processos estão sob controle.

Quando apenas uma variação de causa comum está presente,


mas os resultados não estão onde precisam estar, talvez um projeto de
experimento ajude a determinar como mudar o processo na direção certa.

Se uma medida do processo estiver no controle, ou seja, ela só tem


variação de causa comum, mas os resultados não são bons o suficiente,
isso indica que o processo deve ser alterado ou aprimorado.
24 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Pedir às pessoas para explicar as diferenças nos dados entre os


limites de controle não é apenas frustrante, mas também uma perda de
tempo. Uma abordagem melhor é reconhecer que o processo atual não é
capaz de se concentrar em melhorar o processo.

A melhor maneira de melhorar os processos é através de uma


equipe de projeto de melhoria de processos. Compreender a variação
facilita muito a tomada de decisões. Investigue causas especiais, reduza a
variação e decida se o processo é bom.

Se o processo não for bom, em vez de continuar tentando corrigir,


forme uma equipe de projeto de melhoria de processo para estudar o
processo e mudá-lo na direção certa.

O monitoramento de processos é parte integrante do controle de


qualidade. As ferramentas de qualidade usadas nesse processo podem
ajudar os gerentes de projeto de várias maneiras, incluindo: diferenciação
entre ruído normal no processo e algo incomum, comunicação eficaz com
análises gráficas fáceis de entender e tomada de decisões melhores e
menos emocionais com base em dados e fatos sólidos.

RESUMINDO:

Projetos são quase sempre empreendimentos emocionais


uma boa parte dos envolvidos do que de apenas algumas
partes interessadas. Para tirar essa emoção da tomada de
decisão e se comunicar de maneira mais eficaz com a alta
gerência, é essencial incorporar processos de qualidade em
cada projeto. Para melhorar com sucesso os resultados a
longo prazo, os gerentes de projeto devem desenvolver uma
mentalidade de melhoria contínua. Isso pode ser feito, como
vimos, familiarizando-se e utilizando as várias ferramentas
e técnicas de qualidade em cada projeto. Os gerentes de
projeto que tomam tempo para estabelecer boas métricas de
projeto, analisar os processos afetados pelo projeto e entender
o conceito de variação, devem melhorar significativamente a
eficácia do gerenciamento de seus projetos.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 25

Aquisição em projetos
INTRODUÇÃO:

Ao término deste capítulo você terá entendido como realizar


a aquisição (compras) em projetos. Além de ser vigilante
quanto a qualidade do projeto, o gestor precisa estar atento
às práticas utilizadas para aquisições. Iremos aprender sobre
o processo de aquisição no gerenciamento de projeto. Após
entendermos a definição e os primeiros conceitos, vamos
focar em dois tipos de faturamentos bastante utilizados em
projetos e que ajudam no processo de aquisição. O primeiro
é o faturamento por tempo e material e, o segundo, o
faturamento de custo fixo. Entendido estes conceitos, ficará
claro como realizar a aquisição em projetos. E é para isso
que estamos aqui! Iremos te dar todos estes elementos
para que você continue avançando em seu conhecimento.
Vamos em frente!

Processos de aquisição no gerenciamento


de projetos
A arte do gerenciamento de projetos exige um aumento da vigilância
sobre a qualidade e os processos relacionados, como acabamos de
estudar. O gerente de projeto deve estar ciente das melhores práticas
usadas para o projeto e deve garantir que ele as adapte ao uso do
gerenciamento de projetos.

Uma área de preocupação hoje em dia é a ausência de processos


em compras e pessoal. Essas são áreas de preocupação não apenas para
o gerente do projeto, mas também para as organizações.

É necessário equilibrar os requisitos do ciclo rápido de compras


e pessoal com os processos adequados a serem seguidos. Tem havido
muito debate em muitas organizações sobre a falta de qualidade no
recrutamento e aquisições.
26 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Figura 4 A aquisição é importante para a viabilidade econômica e financeira.

Fonte: freepik

Essas áreas afins de qualidade e compras, quando mal gerenciadas,


podem arruinar as chances de um projeto ser bem-sucedido e, portanto,
o gerente do projeto tem a responsabilidade de orientar o curso e garantir
que não haja perda da qualidade.

Existem várias áreas do gerenciamento de projetos que precisam


de controle de qualidade e existem vários parâmetros de qualidade que
podem ser usados para atender a esses padrões.

Por exemplo, muitas organizações usam processos específicos para


orientá-los na arte da qualidade e no atendimento às especificações de
qualidade. Essa é apenas uma instância de como a estrutura de qualidade
é usada para diferenciar os processos livres de erros e os que precisam
de revisão e retrabalho.

O método de amostragem, por exemplo, pode ser usado para


melhorar a qualidade dos processos empregados pelas organizações.
Este método, em particular, se relaciona à melhoria contínua, um tema
que encontraria ressonância no mundo supercompetitivo hoje.

Todas as organizações buscam a qualidade e encontram a vantagem


que as diferenciaria das demais e, portanto, são essas iniciativas que o
gerente de projetos deve esperar e implementá-las em sua organização.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 27

Para resolver os problemas decorrentes de práticas inadequadas


de compras e de pessoal, o gerente de projeto deve estar em contato
constante com uma parte interessada importante, ou seja, as equipes de
compras e de pessoal e é aqui que se espera que o gerente de projeto
mostre seu nível de competência gerenciando o ciclo de compras e de
pessoal.

ACESSE:

Antes de continuar, vamos assistir ao vídeo “Entenda a


área de AQUISIÇÕES do PMBOK em tempo recorde”. Nele,
Andriele Ribeiro discorre acerca do gerenciamento das
aquisições do projeto. Clique aqui.

Uma das competências que o gerente deve ter no controle de


aquisição é conhecer as diferenças entre faturamento por tempo e material
e faturamento com custo fixo. Vamos entender melhor o que isto significa!

Faturamento por tempo e material


O faturamento por tempo e material refere-se ao processo de
faturamento em que o número real de horas trabalhadas e os recursos
implantados são faturados como base, com a margem adicionada a ele.
Figura 5: O faturamento por tempo e material observa alguns aspectos específicos

Fonte: freepik
28 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Em outras palavras, o faturamento por tempo e material refere-


se ao faturamento feito de acordo com o número real de horas / dias /
meses trabalhados pelos recursos (quantas vezes) e multiplicando os dois
para chegar ao valor consolidado.

O faturamento de tempo e material é muito popular na indústria de


software, pois os horários são geralmente difíceis de gerenciar e, portanto,
os gerentes de projeto cobram dos clientes pelo trabalho real e não pelo
trabalho estimado.

Além disso, o faturamento por tempo e material tem a vantagem


de levar em consideração os excedentes do projeto, o que significa que,
mesmo quando o projeto ultrapassa o prazo estimado, o fornecedor é
coberto por causa do faturamento real que ocorre.

Por outro lado, os clientes nos últimos tempos relutaram em


participar de um faturamento de custos reais e de tempo devido aos
riscos envolvidos em termos de saldos e atrasos no orçamento. Em outras
palavras, o faturamento de tempo e material pode levar a excedentes de
custos e problemas associados.

Faturamento de custo fixo


Por outro lado, o faturamento de custo fixo introduz um elemento
de disciplina tanto para o fornecedor quanto para o cliente, pois o
faturamento é feito com base na estimativa de custos e em uma margem
adicionada pelo fornecedor.

Nos últimos anos, a indústria de software mudou para o modo


de custo fixo devido ao fato de que os atrasos nos projetos se tornaram
comuns e os clientes não querem sofrer pelos erros do fornecedor.

Obviamente, os atrasos também podem ser do lado do cliente e


essa é a razão pela qual muitos contratos especificam explicitamente as
cláusulas de multa e outros detalhes, para que o fornecedor e o cliente
estejam protegidos.

O faturamento de custo fixo garante que o fornecedor tenha uma


proteção contra excedentes de custos, além de garantir que o fornecedor
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 29

tenha um incentivo para entregar dentro do prazo. Além disso, o


faturamento de custo fixo também garante que os clientes não possam se
atrasar porque o fornecedor pode invocar a cláusula de penalidade. É por
esses motivos que o faturamento de custo fixo se tornou muito popular
nos últimos anos.

Isso não quer dizer que o faturamento de tempo e material seja


desprezível ou não esteja sendo usado. Por outro lado, o faturamento de
tempo e material é muito importante quando as multinacionais têm suas
subsidiárias em locais no exterior como centros de custo.

EXPLICANDO MELHOR:

Esses centros de custo são configurados com o objetivo


expresso de fornecer serviços às multinacionais e não
se espera que sejam orientados para o lucro. Em outras
palavras, eles são conhecidos como centros de custo
porque precisam mostrar que foram responsáveis por seus
custos e retornaram algum lucro à sede.

O faturamento de custo fixo é preferível quando o cliente e o


fornecedor estão entrando em um relacionamento pela primeira vez,
onde cada um precisa se avaliar quanto à genuinidade e aderência aos
termos do contrato.
Figura 6: O faturamento por custos fixo nas aquisições
é cada vez mais utilizado nas organizações

Fonte: freepik
30 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Um outro aspecto do gerenciamento de projetos bastante


importante é a prática de compras inteligentes de materiais e recursos
necessários para o projeto. Todo gerente de projeto é encarregado da
seleção de recursos e pessoas para o projeto.

Em um projeto de negócios de “produção limpa”, por exemplo,


o gerente de projeto deve garantir que seja feito de forma inteligente
a aquisição de materiais. O que a aquisição inteligente significa é que
o gerente de projeto deve garantir que os contratados e fornecedores
selecionados para fornecer recursos estejam em conformidade com
as normas ambientais internacionais e que atendam às especificações
estabelecidas pela organização para suas práticas de compras

Toda organização precisa instituir um conjunto de diretrizes para


compras e no caso de um projeto de produção limpa, o gerente de projeto
teria que elevar os recursos no que diz respeito às normas ambientais
para compras.

O gerente de projeto precisa convencer o departamento de


terceirização a fazer exceções ao seu projeto, pois é um projeto altamente
específico em seus objetivos. Em seguida, a seleção de fornecedores e
contratados para o fornecimento de recursos deve atender não apenas
aos critérios de custo-benefício, mas também às normas ambientais
aprimoradas necessárias ao projeto.

O processo de compras inteligentes usa uma combinação de


procedimentos existentes para compras, combinada com exceções únicas
para o projeto em relação à fonte de recursos e materiais para o projeto.
Quando os projetos são considerados de natureza “verde” e, portanto,
precisam de bens e serviços específicos e personalizados, o gerente
de projetos pode ter que estender sua rede amplamente para alcançar
fornecedores e contratados que não são fornecedores tradicionais da
organização.

Portanto, são necessárias práticas inteligentes de compras, bem


como um processo ágil e eficiente para selecionar fornecedores e
contratados para a compra de suprimentos. Um projeto de negócios de
produção limpa precisa ter uma verificação em todas as etapas do projeto,
para verificar a poluição que está gerando em cada etapa.

Observe que todos estes elementos de aquisições trazem impacto


financeiro e orçamentário para a organização.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 31

Custos de projetos
INTRODUÇÃO:

Ao término deste capítulo terá compreendido os custos de


projetos como foco na viabilidade econômica e financeira.
Iremos entender inicialmente sobre os custos envolvidos
nos projetos, tais como: diretos, indiretos, fixos, variáveis.
Avançaremos estudando um tema muito importante para
quem trabalha com projetos: como podemos estimar os
custos do meu projeto? Apresentaremos quatro técnicas
utilizadas para fazer a estimativa de custo. Por fim,
estudaremos sobre como fazer a análise custo-benefício
de um projeto. Este tema é bastante importante para
compor a viabilidade econômica e financeira de um projeto.
Conhecer bem esta temática é elemento relevante no seu
conhecimento e em sua profissão. E então? Motivado para
desenvolver este novo conhecimento? Então vamos lá.
Avante!

Os custos em gerenciamento de projetos


Neste momento vamos começar a estudar uma temática importante
para a viabilidade econômica e financeira de um projeto. Vamos estudar
sobre os custos em gerenciamento de projetos e entender os custos
associados aos projetos

Inicialmente vamos conhecer os custos associados aos projetos.


Vamos lá!

• Custos diretos

Quaisquer custos diretamente atribuíveis ao trabalho de um único


projeto. Isso pode incluir os salários pagos a equipe, a taxa de cobrança
dos recursos e custos do software e hardware usados na criação do
projeto.
32 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

• Custos indiretos

Esses custos são distribuídos em muitos projetos e não podem ser


vinculados a um único projeto. Esses custos incluem aqueles incorridos
em serviços compartilhados, como custo de espaço para escritório,
impostos pagos pela organização e outros serviços, como secretaria,
recepcionista e zelador.

• Custos variáveis

Custos que mudam proporcionalmente à quantidade de tempo e


material gastos no projeto.

• Custos fixos

Custos que não mudam com a linha do tempo ou o progresso do


projeto.

• Custos acumulados

Os custos cumulativos do projeto são aqueles incorridos até uma


fase ou etapa específica do projeto. Ele pode ser medido usando um Índice
de Desempenho de Custo, que mede a proporção do valor agregado em
relação ao custo real incorrido no projeto. Conforme descrito, todos os
custos acumulados até uma determinada fase podem ser chamados de
custos cumulativos do projeto.

Entendi os custos envolvidos em um projeto, é importante também


quem você saiba da importância do orçamento faseado e o controle de
custos. Vamos ver o que são estes conceitos agora!

Um orçamento faseado no tempo inclui os custos incorridos em


cada intervalo ou etapa do projeto. Os marcos para este projeto seriam
requisitos, design, codificação, teste e implementação. O orçamento para
ele seria os custos em cada etapa do projeto.

O orçamento geral do projeto deve ter todos os componentes dos


custos incluídos, como custos diretos e indiretos, custos fixos e variáveis,
etc., juntamente com o custo em cada fase ou etapa do projeto.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 33

A variação de custo deve ser medida usando a técnica de valor


agregado. Essa técnica permite ao gerente avaliar a conclusão do projeto
em cada etapa, de acordo com o custo incorrido e o valor acumulado
até então. A variação entre essas duas medidas fornece uma estimativa
precisa da saúde do projeto.

Dada a importância do para a viabilidade econômica do projeto,


estudaremos na próxima unidade a gestão orçamentária de forma mais
detalhada.

O plano de gerenciamento de custos deve incluir o plano para


controle dos custos do projeto. Deve haver uma medida dos custos
envolvidos e suas variações rastreadas, se houver. Qualquer variação no
orçamento deve ser controlada pelo controle do impacto das alterações
de custo.
Figura 7 - É importante controlar os custos de um projeto

Fonte: freepik

Além disso, o controle de custos pode ser feito na área de custos


indiretos e despesas gerais e administrativas.

Agora que entendemos os custos, o orçamento faseado e o controle


dos custos, vamos estudar sobre como estimar os custos de um projeto.
34 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Estimando os custos de um projeto


A estimativa de custos é um dos processos mais importantes no
gerenciamento de projetos. Você pode usá-lo para muitos propósitos,
como por exemplo se uma organização quiser saber o custo correto ao
fazer um lance para um projeto.

Pode ser necessário usar o processo de estimativa de custos no


meio do projeto, no caso de grandes mudanças e pode ser repetido a
qualquer momento quando houver necessidade.

Mas afinal, objetivamente, o que é estimativa de custos? A estimativa


de custos é o processo de previsão do custo do projeto com um escopo
definido.

A estimativa de custo é a soma de elementos de custo individuais,


usando métodos estabelecidos e dados válidos, para estimar os custos
futuros de um projeto, com base no que é conhecido hoje.

O PMBOK (que estudamos na unidade anterior) define o processo


de estimativa de custos como “o processo de desenvolvimento de uma
aproximação do custo dos recursos necessários para concluir o trabalho
do projeto”.
Figura 8 - Estimar um custo de um projeto pode ser peça chave para o sucesso

Fonte: freepik
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 35

Em um primeiro momento, você pode achar este processo difícil,


mas você tem várias técnicas para realizar essa tarefa. Depois de entendê-
las, você pode estimar os custos do projeto facilmente.

Vamos estudar algumas ferramentas que auxiliam os envolvidos no


projeto a fazerem as estimativas de custos. Vamos lá!

Técnicas de estimativa de custos


Como vimos, o custo do projeto deve incluir os recursos e a reserva
de contingência. Para calcular os custos de recursos de um projeto, você
pode usar quatro técnicas principais:

• Estimativa análoga;

• Estimativa paramétrica;

• Estimativa de três pontos;

• Estimativa de baixo para cima.

Entre todas, a estimativa análoga é a menos precisa e a estimativa


de baixo para cima é a mais precisa.

Há uma diferença entre a estimativa de custos e o processo de


duração estimado de um projeto, porém, ambos usam as mesmas
ferramentas para estimativa. Um é destinado ao dinheiro disponível para
gastar e o outro é destinado ao tempo gasto.

Vamos estudar melhor cada uma das quatro técnicas!

Estimativa análoga

Você usa essa técnica quando informações limitadas do projeto


estão disponíveis. Essa técnica não fornece uma estimativa confiável. Os
benefícios desta técnica são um resultado rápido com menos esforço.

Aqui, você estima o custo do projeto comparando-o com qualquer


projeto semelhante no passado. Você analisará os registros históricos da
organização. Em seguida, você usará seu julgamento especializado para
encontrar a estimativa de custo do seu projeto.
36 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Se sua organização concluiu muitos projetos semelhantes, você


selecionará o que mais se parecer com o seu. Você traçará um paralelo
entre os projetos atuais e os anteriores e fará ajustes para obter o custo
do projeto.

A estimativa pode ser precisa se a semelhança for alta e os


estimadores forem especialistas.

A estimativa análoga também é conhecida como estimativa de


cima para baixo.

Pontos importantes desta técnica:

• Esta é a técnica mais rápida, mas menos precisa;

• Essa técnica é útil quando você tem menos detalhes.

Estimativa paramétrica

Como a estimativa análoga, a estimativa paramétrica usa dados


históricos para calcular o custo, porém, ela usa dados estatísticos. Ela
pega variáveis de projetos semelhantes e as aplica ao atual.

Por exemplo, você assumirá o custo do concreto por metro cúbico


de seus projetos anteriores, encontrará a quantidade de concreto do
projeto atual e os multiplicará. Isso fornecerá o custo total do concreto
para o seu projeto.

Da mesma forma, você pode calcular o custo de outros parâmetros:


recursos humanos, materiais, equipamentos etc.

A estimativa paramétrica é mais precisa que a estimativa análoga.

Pontos importantes desta técnica:

• Usa o relacionamento estatístico entre dados históricos e variáveis.

• Essa técnica é mais precisa que a estimativa análoga.

Estimativa de três pontos

Essa técnica ajuda a reduzir vieses e incertezas ao estimar


suposições. Aqui, você determina três estimativas, em vez de uma, e
mede a média delas para reduzir as incertezas, riscos e preconceitos.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 37

Duas comumente usam estimativas de três pontos: beta e triangular.

O PERT (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é baseado


na distribuição beta.

A fórmula de estimativa PERT é:

Ce = (Co + 4Cm + Cp) / 6

Onde:

• Ce = Custo Esperado

• Cm = Custo mais provável. Considera um caso típico em que tudo


acontece normalmente.

• Cp = Custo pessimista, onde quase tudo dá errado.

• Co = Custo otimista, onde tudo corre melhor do que se supõe.

Já a fórmula da estimativa triangular é:

Ce = (Co + Cm + Cp) / 3

Essa técnica minimiza as visualizações tendenciosas dos dados.

Pontos importantes desta técnica:

• Essa técnica reduz o viés, o risco e a incerteza da estimativa.

• É mais preciso que as técnicas de estimativa análogas e


paramétricas.

Estimativa de baixo para cima

A estimativa de baixo para cima também é chamada de “técnica


definitiva”. Essa é a técnica mais precisa, porém mais demorada e cara.
Aqui, você calculará o custo de cada atividade com o mais alto nível de
detalhe e os agrupará para calcular o custo total do projeto.

Simplificando, você dividirá o trabalho do projeto em seus menores


componentes de trabalho. Em seguida, você estimará o custo de cada
componente e o agregará para obter o cálculo de custo do projeto.

Pontos importantes desta técnica:

• Essa é a técnica mais precisa e fornece resultados confiáveis;


38 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

• Você pode usar essa técnica quando tiver todos os detalhes do


projeto;

• Essa técnica é cara e consome tempo.

A estimativa de custos é um processo iterativo. Pode ser repetido


em diferentes estágios do ciclo de vida do projeto, conforme definido no
plano de gerenciamento de custos. Esse processo ajuda a estabelecer a
linha de base dos custos.

É importante observar que quanto mais preciso o método, mais


caro e demorado ele se torna. Você usará a técnica de estimativa mais
adequada à sua situação. Nem sempre é aconselhável usar estimativas
de baixo para cima quando você tem pouco tempo ou recursos.

IMPORTANTE:

A estimativa de custo é um processo importante, pois o


sucesso do seu projeto depende disso. Se você obtiver um
projeto com uma estimativa defeituosa, precisará concluir
o projeto do próprio bolso. Isso é ruim para o seu projeto e
afeta a credibilidade da sua organização.

Agora que entendemos como realizar a estimativa de custos de


um projeto, vamos para o nosso último tópico da nossa terceira unidade.
Estudaremos agora sobre como fazer uma análise de custo-benefício de
um projeto. Vamos em frente!

Análise de custo-benefício para projetos


Este tópico vai te oferecer orientações para realizar análises de
custo-benefício para projetos de rodovias. Assim, estudaremos alguns
temais importantes, tais como:

• Informações básicas sobre a análise de custo-benefício e como


ele pode se encaixar no processo de desenvolvimento do projeto;

• Discussão de termos e princípios econômicos;

• Revisão de etapas relevantes na realização de uma análise de


custo-benefício para projetos;
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 39

• Conselhos sobre o uso de resultados de custo-benefício.

Cabe destacar que a análise de custo-benefício não é a mesma


coisa que análise de viabilidade econômica e financeira (embora a análise-
custo-benefício compõe a análise de viabilidade econômica e financeira).

Uma análise de custo-benefício é uma avaliação sistemática das


vantagens econômicas (benefícios) e desvantagens (custos) de um
conjunto de alternativas de investimento. Normalmente, um “caso base”
é comparado a uma ou mais alternativas (que apresentam algumas
melhorias significativas em comparação ao caso base).

A análise avalia diferenças incrementais entre o caso base e as


alternativas. Em outras palavras, uma análise de custo-benefício tenta
responder à pergunta: que benefícios adicionais resultarão se essa alternativa
for adotada e quais custos adicionais são necessários para trazê-la?
Figura 9 - A análise custo-benefício é uma excelente
ferramenta de viabilidade de um projeto

Fonte: freepik

O objetivo de uma análise de custo-benefício é traduzir os efeitos


de um investimento em termos monetários e contabilizar o fato de que os
benefícios geralmente se acumulam por um longo período, enquanto os
custos de capital são incorridos principalmente nos anos iniciais.

Se formos analisar um projeto de transporte que podem ser


monetizados são, por exemplo: custos de tempo de viagem, custos de
operação de veículos, custos de segurança, custos de manutenção em
andamento e valor restante de capital (uma combinação de gasto de
capital e valor residual).
40 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

Para alguns tipos de projetos, como desvios, os tempos de viagem


e a segurança podem melhorar, mas os custos operacionais podem
aumentar devido a distâncias maiores. Uma análise de custo-benefício
adequadamente conduzida indicaria se o tempo de viagem e a economia
de segurança excedem os custos de projeto, construção e os custos
operacionais em longo prazo.

As análises de custo-benefício são usadas como ferramenta pelos


gerentes de projeto para ajudar a avaliar conceitos preliminares durante os
primeiros estudos de planejamento, para avaliar alternativas e selecionar
uma alternativa preferida como parte da documentação do projeto e para
avaliar as possíveis opções de ampliação do projeto s.

RESUMINDO:

Uma análise de custo-benefício fornece uma medida


monetária da conveniência econômica relativa das
alternativas do projeto, mas os tomadores de decisão
geralmente pesam os resultados em relação a outros
efeitos e impactos não monetizados do projeto.

Mas como a análise de custo-benefício pode ser utilizada durante a


fase de desenvolvimento de um projeto?

Como vimos, uma análise de custo-benefício é uma ferramenta


para auxiliar os gerentes de projeto quando eles estão avaliando e
comparando diferentes alternativas. Comparações alternativas são feitas
em diferentes pontos do processo de desenvolvimento do projeto,
incluindo: desenvolvimento do conceito, documentação ambiental,
design e construção.

Os resultados de uma análise de custo-benefício, juntamente


com informações públicas e demais documentação do projeto, podem
ser usados ​​
para avaliar os efeitos e os impactos monetizados e não
monetizados de alternativas quando uma decisão precisa ser tomada.
Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos 41

Embora a análise de custo-benefício sempre tente responder


à pergunta: “Do ponto de vista econômico, os benefícios valem o
investimento?” Esta pergunta é feita de diferentes maneiras em
diferentes pontos do processo de desenvolvimento do projeto, conforme
observamos abaixo:

• Planejamento do projeto: Do ponto


​​ de vista econômico, os
benefícios de uma nova construção valem os custos do projeto
(em comparação com o sistema atual)?

• Projeto e estudo ambiental: Do ponto de vista econômico, os


benefícios do local “A” valem os custos do projeto? Como a
localização “A” se comparada a “B” ou “C”?

• Planejamento da construção: Do ponto


​​ de vista econômico, os
benefícios de fechar algumas ou todas as faixas de uma estrada,
por exemplo, durante a construção valem o atraso no tráfego e os
custos de desvio (em comparação com a manutenção de algumas
faixas abertas)?

Em princípio, uma análise ideal de custo-benefício projetaria e


avaliaria todas as possibilidades, mas isso não é possível nem prático, pois
envolveria grandes incertezas. Então, é preciso focar em um elemento e
observar se a relação custo-benefício é positiva.
42 Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

REFERÊNCIAS
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e
gestão. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

MARTINS, Elizeu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

MENEZES, Luis Cesar de Moura. Gestão de Projetos, Atlas, 3. ed.


2009.

PADOVEZE, Clovis Luiz. Introdução à administração financeira: texto


e exercícios. 2. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e prática.


2.ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SOUZA, Bernardo Pimentel. Manual de processo empresarial. 7ed.


São Paulo Saraiva, 2011.

VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade de custos:


um enfoque direto e objetivo. 11.Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
Daniel Campelo
Análise de Viabilidade
Econômica e Financeira
de Projetos

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