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da Qualidade
Nara Stefano
Livro didático
digital
Unidade 2
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
NARA STEFANO
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
NARA STEFANO
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................10
Competências................................................................................11
Ferramentas para o controle e melhoria da qualidade...........12
O porquê do uso das ferramentas........................................................12
As sete ferramentas da qualidade.......................................................16
Ferramentas gerenciais da qualidade...............................................33
PDCA E MASP......................................................................................................41
Bibliografia.....................................................................................49
Ferramentas da Qualidade 9
02
UNIDADE
10 Ferramentas da Qualidade
INTRODUÇÃO
Você sabia que sob um sistema de controle
da qualidade, espera-se, por exemplo, encontrar
especificações detalhadas de produto e desempenho,
um sistema de controle de documentos e procedimentos,
matérias-primas e atividades intermediárias de testes e
relatórios de produtos, registro de dados elementares de
desempenho de processos, e feedback das informações
do processo para o pessoal e fornecedores apropriados.
Isso mesmo. Com o controle da qualidade, haverá algum
desenvolvimento da atividade de inspeção básica em
termos de sofisticação de métodos e sistemas, auto
inspeção por operadores aprovados, uso de informações e
as ferramentas e técnicas que são empregadas. Embora o
principal mecanismo para impedir que produtos e serviços
fora da especificação sejam entregues aos clientes é a
inspeção de triagem, as medidas de controle da qualidade
levam a um maior controle do processo e a uma menor
incidência de não conformidade. Mas como controlar a
qualidade? Para tanto existe ferramentas, as amis simples
as mais complexa? Entendeu? Ao longo desta unidade
letiva você vai mergulhar neste universo das ferramentas
da qualidade!
Ferramentas da Qualidade 11
COMPETÊNCIAS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes
competências profissionais até o término desta etapa de
estudos:
1. Conhecer o porquê do uso das ferramentas.
2. Compreender as sete ferramentas da qualidade.
3. Identificar as ferramentas gerencias da qualidade
4. Verificar o que é PDCA e MASP
Fonte: Freepik
NOTA:
Como essas ferramentas fornecem gráficos
e tabelas muito fáceis de entender, elas
também podem ser consideradas as principais
ferramentas de comunicação do grupo. Com
um problema específico identificado, as
ferramentas de análise podem ser usadas. As
ferramentas de análise são o diagrama de causa
e efeito, o diagrama de dispersão e as cartas
de controle (histogramas também podem ser
considerados uma ferramenta de análise).
Fonte: Pixabay
A) Estratificação
A estratificação é uma ferramenta simples, apesar
de seu nome. Envolve investigar a causa de um problema
18 Ferramentas da Qualidade
B) Folha de verificação
Folhas de verificação são formulários usados para
coletar dados sistematicamente. Eles dão ao usuário um
“lugar para começar’ (um grande obstáculo para alguns)
e fornecem uma estrutura para coletar os dados. Eles
também ajudam o usuário a organizar os dados para uso
posterior. Os dados reunidos em uma folha de verificação
podem ser usados na construção de histogramas, gráficos
de Pareto, cartas de controle, etc.
Os benefícios primários das folhas de verificação são
que eles são muito fáceis de usar e entender e podem
fornecer um panorama claro da situação. As folhas de
verificação permitem essencialmente que o usuário fale
com fatos (um princípio fundamental do gerenciamento da
qualidade total). A Figura 4 mostra um exemplo de folha de
verificação.
Figura 4 – Exemplo de folha de verificação para defeitos.
C) Diagrama de Pareto
O princípio de Pareto foi definido pela primeira vez em
um artigo escrito pelo Dr. Joseph M. Juran em 1950. Enquanto
estudava defeitos da qualidade como jovem engenheiro na
década de 1920, o Juran observou um fenômeno que ele
chamou de “os poucos vitais e muitos triviais”. Ele descobriu
que, se os defeitos da qualidade fossem organizados em
ordem de frequência de ocorrência, relativamente poucos
desses defeitos representavam a maior parte dos defeitos.
Mais tarde, em seus trabalhos, Juran novamente
observou que um fenômeno semelhante existia no
absenteísmo dos funcionários, causas de acidentes e
outras áreas gerenciais. No final da década de 1930,
enquanto trabalhava temporariamente na General Motors,
um dos executivos revelou à Juran que esse fenômeno
também existia em outros campos. Durante esse período,
o Dr. Juran descobriu o trabalho de Vilfredo Pareto, um
economista do século 19 que havia feito extensos estudos
sobre a distribuição desigual da riqueza.
Pareto observou que 80% da riqueza pertencia a
apenas 20% da população. Pareto desenvolveu vários
modelos matemáticos para quantificar essa distribuição
desigual. A observação de Pareto a respeito da economia
foi semelhante à observação de Juran.
O poder do princípio de Pareto vem de como ele é
ilustrado por meio do gráfico de Pareto e da facilidade com
que esse gráfico pode ser entendido. Um gráfico de Pareto
é basicamente um gráfico de barras no qual as barras são
organizadas em ordem decrescente de altura, começando
à esquerda.
22 Ferramentas da Qualidade
DEFINIÇÃO:
O brainstorming é um método de gerar ideias,
normalmente composto por 4 ou 12 indivíduos para
solução de problemas. O processo é relativamente
simples. O líder do grupo descreve o problema e
responde a todas as perguntas enviadas pelos
membros. Depois disso, o grupo gera ideias que
são gravadas sem comentários ou anotadas em
quadros brancos ou às vezes em adesivos post-
it. Após cerca de meia hora (ou quando as ideias
terminam), as ideias são avaliadas pelo grupo.
Aqueles que oferecem mais valor aparente
estão sendo submetidos a uma avaliação mais
aprofundada que em que se pode desenvolver
essas ideias.
E) Histograma
O histograma é um tipo de gráfico de barras que exibe
visualmente a variabilidade de um produto ou processo.
Ele mostra as várias medidas de tendência central
(média, moda e média). Ele pode ser usado para ilustrar
se as especificações do produto estão sendo atendidas.
Um histograma também pode ser usado para estudar e
identificar a distribuição da variável em estudo.
A construção de um histograma se dá por meio de
dois eixos. A linha de base (eixo x) é dividida de acordo com
as divisões dos dados, e a frequência de exibição vertical
(eixo y). Uma barra (ou coluna) é desenhada para cada
divisão. É convencional que os comprimentos dos grupos
(eixo x) sejam iguais, o que significa que a variação nas
barras é apenas na altura.
Oliveira (2016, p. 66) destaca as seguintes etapas para
a construção do histograma: 1. coletar os dados e ordená-
los sequencialmente; 2. escolher o número de classes e
determinar o tamanho da classe; 3. determinar os valores
extremos para cada classe; 4. contar e registrar o número
de elementos em cada classe; 5. construir o diagrama de
barras.
No entanto, em circunstâncias em que o comprimento
do grupo é desigual, a largura da barra também pode
ser alterada, isto é, pode ser proporcional à frequência
correspondente. A altura é definida como proporcional à
proporção: frequência do grupo/comprimento do grupo. A
Figura 7, mostra um exemplo de histograma, em que se
está́ controlando o peso de determinado produto.
Ferramentas da Qualidade 27
EXPLICANDO MELHOR:
Como o parâmetro do processo é alterado
(variável independente), é anotado, juntamente
com qualquer alteração medida na variável do
produto (variável dependente), e isso é repetido
até que dados suficientes tenham sido coletados.
Os resultados, quando plotados em um gráfico,
fornecem o que é chamado de gráfico de
dispersão, gráfico de dispersão ou diagrama de
dispersão.
Ferramentas da Qualidade 29
G) Gráfico de controle
Em 1920 Shewhart fez essa distinção entre as causas
especiais e as comuns para melhorar os processos por
meio do uso de técnicas estatísticas. Shewhart, então
funcionário da Bell Laboratories, desenvolveu a tabela de
controle o viria ser o gráfico de controle.
Um gráfico de controle é um tipo especial de gráfico de
execução com limites. Mostra a quantidade e a natureza da
variação no processo ao longo do tempo. Também permite
a interpretação de padrões e a detecção de alterações no
processo.
IMPORTANTE:
Existem três razões principais para usar um gráfico
de controle. Primeiro, ele é usado para monitorar
um processo a fim de determinar se o processo
está operando apenas com causas ocasionais de
variação. Se for, então o processo é dito estar no
controle estatístico. Se não for, então o processo é
dito fora de controle. Se o processo estiver fora de
controle, o gráfico de controle poderá ser usado
para ajudar a identificar as causas atribuíveis
da variação e corrigir o processo. Segundo,
são usados para estimar os parâmetros de um
processo. Em terceiro lugar, são usados para
reduzir a variabilidade de um processo.
30 Ferramentas da Qualidade
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema “ferramentas da
qualidade”? Recomendamos o acesso à seguinte
fonte de consulta e aprofundamento: Artigo:
“Aplicação das Ferramentas da Qualidade na
Solução de Problemas de Contaminação em
uma Fábrica de Chocolate” (CORREA e OLIVEIRA)
acessível pelo link http://revistas.poli.br/~anais/
index.php/repa/article/view/557. (Acesso em
21/08/2019).
A) Diagrama de relações
É usado para identificar, entender e esclarecer relações
complexas de causa e efeito para encontrar as causas e
soluções para um problema e para determinar os fatores-
chave na situação em análise. Esse diagrama, também,
é empregado para identificar os principais problemas de
algum resultado desejado.
O diagrama de relação pode ser considerado uma
versão mais livre e ampla do um diagrama de Ishikawa. A
Figura 10 mostra o diagrama de relações de causa e efeito:
causas para alta dispersão de um processo de fabricação.
34 Ferramentas da Qualidade
B) Diagrama de afinidades
Organiza um grande número de ideias em seus
relacionamentos naturais, é a saída organizada de uma
sessão de brainstorming. É utilizado para gerar, organizar
e consolidar informações relacionadas a um produto,
processo, problema complexo ou problema. Depois de
gerar ideias, agrupe-as de acordo com sua afinidade ou
semelhança. Esse método de criação de ideias aproveita
a criatividade e a intuição de uma equipe. Foi criado na
década de 1960 pelo antropólogo japonês Jiro Kawakita.
O diagrama de afinidade auxilia um grupo a
desenvolver seu próprio sistema de pensamento sobre um
problema complexo. Um grupo pode usar esse diagrama
Ferramentas da Qualidade 35
C) Diagrama em arvore
Esse diagrama é usado para examinar, de maneira
sistemática, os meios mais apropriados e eficazes de
planejar para realizar uma tarefa (“como fazer”) ou resolver
um problema; os eventos são representados na forma de
um relacionamento de “raiz e ramificação”. O diagrama em
arvore, também, exibe em detalhes cada vez maiores os
meios e caminhos necessários para atingir um objetivo
específico ou para esclarecer os componentes que levam à
causa raiz de um problema. A Figura 12 ilustra a utilização de
um diagrama em árvore para representar o desdobramento
de um requisito de produto (sapato) declarado pelo cliente.
Ferramentas da Qualidade 37
D) Matriz de priorização
É uma técnica útil para identificar quais problemas
são os mais importantes para serem resolver primeiro. A
38 Ferramentas da Qualidade
E) Matriz de relações
Essa matriz visa detectar a existência de afinidades
ou relações entre variáveis. Um exemplo do uso da matriz
de relações encontra-se na casa da qualidade do método
QFD (Figura 14). A casa da qualidade é a voz da ferramenta
de análise de clientes e um componente-chave da técnica
de implantação funcional da qualidade. Começa com a voz
do cliente. É uma ferramenta para traduzir o que o cliente
deseja em produtos ou serviços que atendam ao cliente
em termos de valores de design de engenharia, criando
uma matriz de relacionamento.
Figura 14 – Ilustração de uma matriz de relações: a casa da qualidade
G) Diagrama de atividades
Em muitos projetos ou atividades (Figura 16), o trabalho
é dividido em um conjunto de tarefas interdependentes,
em que a ordem das tarefas é importante, mas em que
algumas tarefas podem ser executadas simultaneamente.
Figura 16 – Ilustração de um diagrama de atividades
PDCA E MASP
O ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act) (Figura 17) foi
originalmente concebido por Walter Shewhart em 1930 e
posteriormente adotado por W. Edwards Deming. O modelo
fornece uma estrutura para o aprimoramento de um processo
ou sistema. Ele pode ser usado para orientar todo o projeto
de melhoria ou para desenvolver projetos específicos, uma
vez que áreas de melhoria foram identificadas.
42 Ferramentas da Qualidade
AN
DO
PL
PDCA
CK
T E
AC
CH
IMPORTANTE:
A otimização de processos, alcançada por meio
do ciclo PDCA, promove redução de custos
e aumento de produtividade, o que significa
criar novos produtos, com menor utilização de
recursos, o que resulta em competitividade,
uma vez que a produção se torna superior à
dos concorrentes. Da mesma forma, a taxa de
complexidade da informação vai crescendo
cada vez que o PDCA é totalmente concluído.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza
de que você realmente entendeu o tema de
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que
vimos. Você deve ter aprendido que todas essas
ferramentas apresentadas podem ser facilmente
criadas e examinadas usando vários tipos de
software ou simplesmente mapeando-as no papel.
Eles também podem ser facilmente integrados
em reuniões de equipe, boletins informativos
organizacionais, relatórios de marketing e para
várias outras necessidades de análise de dados. A
integração adequada e o uso dessas ferramentas
ajudarão no processamento de dados, como
identificar políticas de coleta, melhorar o fluxo
de trabalho, como mapear procedimentos
de aquisição, garantir a satisfação do cliente
pesquisando suas necessidades e analisando-as
adequadamente, criando um alto nível geral de
qualidade em todas áreas da sua organização.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema “PDCA e MASP”?
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de
consulta e aprofundamento: Artigo: “Aplicabilidade
da metodologia de análise de soluções de
problemas MASP através do ciclo PDCA no Setor
de Embalagens: Estudo de caso na “Indústria de
Embalagens” no Brasil” (MARTINS; MARTINS e
FERREIRA) acessível pelo link http://ojs.sites.ufsc.
br/index.php/lean/article/view/1216. (Acesso em
21/08/2019).
Ferramentas da Qualidade 49
BIBLIOGRAFIA
CARPINETTI, Luiz Cezar Ribeiro. Gestão da qualidade:
conceitos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.