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da Qualidade
Nara Stefano
Livro didático
digital
Unidade 4
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
NARA STEFANO
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
NARA STEFANO
INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................10
Competências................................................................................11
Desdobramento da função qualidade (QFD) e
benchmarking...............................................................................12
O que é QFD (função da qualidade ou quality function
deployment)?.........................................................................................................12
Versões do QFD e a matriz da qualidade........................................20
Aplicabilidade e benefícios do QFD....................................................27
Benchmarking.....................................................................................................34
Bibliografia.....................................................................................48
Ferramentas da Qualidade 9
04
UNIDADE
10 Ferramentas da Qualidade
INTRODUÇÃO
Em um mercado cada vez mais competitivo as
empresas enfrentam grandes desafios principalmente para
atender às necessidades de seus clientes e funcionários.
As incertezas e riscos têm contribuiu para tornar a liderança
e o gerenciamento particularmente complexos e difíceis.
As organizações são obrigadas a incorporar todos os
esforços para melhorar continuamente seus produtos e
serviços para melhor satisfazer seus clientes e, ao mesmo
tempo, obter lucros e aumentar sua competitividade. A
eficácia da melhoria do produto realizada em diferentes
estágios varia significativamente. Assim, se, por exemplo,
o retorno relativo do esforço de melhoria realizado nos
estágios de fabricação, embalagem e entrega for de um
para um. O mesmo esforço realizado no estágio de design e
planejamento do produto renderia retornos em uma ordem
superior a dez para um, pois os problemas seriam evitados
numa fase anterior e envolvidos não teriam que enfrentar
esses tipos de problemas. Para tanto existem “meios” para
melhorar esse contexto. Pois é, a implantação do QFD
ou função de qualidade é uma ferramenta útil que pode
ajudar uma empresa a avançar para um desenvolvimento
de produto mais proativo. Mas além do QFD há também o
benchmarking que atua na melhoria dos processos, e essas
ferramentas podem ser utilizadas juntas ou separadas.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar
neste universo das ferramentas da qualidade!
Ferramentas da Qualidade 11
COMPETÊNCIAS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes
competências profissionais até o término desta etapa de
estudos:
1. Conhecer a ferramentas QFD (função da qualidade
ou quality function deployment).
2. Verificar as versões do QFD e matriz da qualidade.
3. Analisar a aplicabilidade e os benefícios do QFD.
4. Conhecer o benchmarking.
Fonte: Freepik
IMPORTANTE:
O criador do QFD, Akao, descreve-o como
um método para desenvolver qualidade no
planejamento de produtos e serviços que visa
satisfazer o cliente. Em seguida, traduzir a
demanda do cliente em metas de planejamento
e nos principais pontos de garantia de qualidade
a serem utilizados durante toda a fase de
produção.
Figura 2 – O cliente
Fonte: Freepik
Fonte: Freepik
EXPLICANDO MELHOR:
Outra maneira de pensar em QFD é comparar o
ciclo de desenvolvimento do produto com o corpo
humano. QFD seria o “esqueleto”, que fornece forma
e estrutura ao ciclo e serve como a estrutura que
liga todas as atividades em um pacote completo.
Sem a estrutura, haveria atividade, porém seria
vulnerável a influências externas, como mudanças
de pessoal, redesenho do produto, gerenciamento
inconstante e assim por diante. O QFD documenta
todas as informações pertinentes para manter
todos no caminho certo. Quando decisões críticas
são tomadas, elas são documentadas para que
todas as pessoas da equipe não apenas tomem
consciência delas, mas também as comprem.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema “QFD”?
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de
consulta e aprofundamento: Artigo: “Análise de
distribuição de carga horária de um currículo
de um Curso Superior de Tecnologia utilizando
conceitos de QFD” (TEIXEIRA) acessível pelo link
https://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/
article/view/1357 (Acesso em 15/09/2019).
de processos
Caraterística
dos clientes
Operações
das partes
Medidas
I técnicas II III IV
IMPORTANTE:
A ideia do QFD não é complexa, pois fornece
uma ligação formal entre objetivos (“O que”) e
respostas (“Como”), é um método sistemático
para desenvolver ou implantar o “Como” a
partir do “O que” para definir prioridades. O
QFD também é um repositório de todas as
informações.
E
Matriz de
correlação
C
Medidas técnicas
(“Como”)
A D B
Necessidade Matriz de Matriz de
do cliente relacionamento entre planejamento
necessidades do cliente
(“O que”) e Medidas
técnicas (“Como”)
F
Matriz técnica
IMPORTANTE:
Cada requisito do cliente deve ser examinado
em termos de classificação do cliente; pode ser
perguntado a um grupo de clientes como eles
percebem o desempenho do produto ou serviço
da organização versus o dos concorrentes.
Estes resultados são colocados à direita da
matriz central. Portanto, as classificações de
importância dos requisitos do cliente e as
classificações de concorrência aparecem da
esquerda para a direita em toda a casa.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema “QFD”?
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de
consulta e aprofundamento: Artigo: “Método
QFD como ferramenta para desenvolvimento
conceitual de uma proposta de incubadora de
negócios para fomento do empreendedorismo”
(MELLO; SANTOS; ABRAHÃO) acessível pelo link
https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/
article/view/1826 (Acesso em 15/09/2019).
Fonte: Freepik
Fonte: Freepik
NOTA:
Quando essas informações estão disponíveis,
por meio de um ranking de Pareto, os requisitos
são priorizados e os gerentes pode efetivamente
colocar recursos em que se pode fazer o melhor
possível – nos requisitos que são significativos
para o cliente e que podem ser adotados.
Fonte: Freepik
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema “Aplicabilidade do
QFD”? Recomendamos o acesso à seguinte fonte
de consulta e aprofundamento: Artigo: “Avaliação da
qualidade dos serviços bancários online: Proposta
de integração dos modelos SERVQUAL, Kano
e QFD” (SANTOS; CANDIDO) acessível pelo link
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S2182-
84582016000200016&script=sci_arttext&tlng=es
(Acesso em 15/09/2019).
Benchmarking
Desenvolver uma definição única e abrangente de
benchmarking (Figura 9) não é fácil. É comumente aplicado
a uma ampla variedade de atividades que as organizações
se comprometem a comparar seus níveis de desempenho
(ou performance) com os outros ou identificar, adaptar e
adotar práticas que acreditam melhorar o desempenho.
Figura 9– Benchmarking
Fonte: Freepik
Ferramentas da Qualidade 35
Fonte: Freepik
IMPORTANTE:
Uma das principais diferenças entre
benchmarking e análise competitiva é o nível
de documentação. Uma análise competitiva se
concentra em atender a algum tipo de padrão
da indústria publicado. Isto é, tudo o que pode
ser necessário é algum número publicado. Em
comparação, o benchmarking se concentra não
em um número, mas no processo que permite
que esse padrão não seja apenas alcançado,
mas também superado.
1) Planejamento
Esta fase é formada pelas seguintes etapas:
2) Análise
Esta fase inclui o início da coleta de dados e uma
avaliação dos resultados, engloba as seguintes etapas:
A) Coletar dados interna e externamente
O conhecimento detalhado fornece contexto ao estudo
e ajudará a determinar a receptividade da organização a novos
processos e práticas. Esta informação é melhor obtida falando
com responsáveis pelos processos internos antes de coletar
dados externamente dos parceiros de benchmarking. Para
coletar dados das organizações parceiras, é aconselhável
desenvolver protocolos estruturados que descrevam as
principais perguntas para discussão. Esses protocolos
devem descrever as questões de interesse que informarão o
mapeamento do processo e ajudarão a identificar as variáveis
que contribuem para a conversão dos processos em resultados.
3) Integração
Esta fase refere-se à atividade de estabelecer
metas ou objetivos operacionais para a transformação
organizacional. As duas principais etapas da integração são
a comunicação de resultados de benchmarking para obter
aceitação e o desenvolvimento de planos de ação.
4) Ação
Embora o plano de ação estabeleça a base para quais
etapas e recursos serão necessários para implementar
práticas, essa fase se refere ao processo de executar essas
etapas e adquirir os recursos necessários. Essa fase inclui
a tradução das descobertas do benchmarking para os
funcionários do idioma, ou seja:
A) Implementar ações específicas e monitorar o
progresso
Para monitorar o progresso em relação a ações
específicas, é importante observar as mudanças nas tarefas
e no comportamento. Embora a implementação adequada
das tarefas seja essencial para alcançar o resultado desejado.
Também é importante obter apoio atitudinal dos funcionários
para garantir que as tarefas sejam executadas no nível em
que deveriam ser e com a integridade pretendida.
5) Maturação
Essa fase refere-se ao ponto em que o benchmarking
se institucionaliza dentro da organização e é visto como
um componente crítico do processo de gerenciamento. A
maturidade também se refere à fase em que a mudança
está começando a ser realizada e os resultados desejados
começam a se manifestar. As duas principais etapas da
maturidade incluem:
A) Fechar lacuna de desempenho
Ao aplicar as melhores práticas, as lacunas de
desempenho negativas são eliminadas. Um teste decisivo
Ferramentas da Qualidade 45
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema “benchmarking”?
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de
consulta e aprofundamento: Artigo: “Benchmarking
com foco na satisfação dos usuários do
transporte coletivo por ônibus” (BARCELOS et al)
acessível pelo link https://www.revistatransportes.
org.br/anpet/article/view/1335/657 (Acesso em
11/09/2019).
46 Ferramentas da Qualidade
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza
de que você realmente entendeu o tema de
estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que
vimos. Vimos que o QFD fornece uma estrutura
poderosa para o desenvolvimento de produtos,
serviços e processos. Quando usado de maneira
eficaz, pode trazer um foco correto no cliente para
os projetos que apresentarão um alto grau de
satisfação com a confiabilidade e o custo. Reduz o
ciclo de desenvolvimento do projeto e resulta em
menos alterações de engenharia. Dessa forma,
o produto ou serviço que o cliente recebe não
apenas atende às suas necessidades. Mas, se a
interface do cliente foi realizada corretamente,
pode haver recursos inesperados do produto
que causarão satisfação e lealdade ao produto.
Também haverá um encadeamento comum em
todas as operações, que pode ser rastreado até
o que o cliente realmente deseja. Assim, o QFD
é uma metodologia e, por si só, não soluciona
projetos ruins, elimina desperdícios, resolve
problemas de recursos ou impede que sejam
feitas alterações desnecessárias de engenharia.
Para tanto, requer um programa realista e um
entendimento de que precisa de atenção aos
detalhes. Além disso, o comprometimento da
gerência, o entendimento adequado da técnica, o
trabalho em equipe multifuncional, o treinamento
eficaz são ingredientes vitais para o sucesso. Vimos
também que o benchmarking é uma técnica para
a melhoria contínua dos processos de negócios.
Assim, é importante assegurar que o benchmarking
seja pensado de maneira semelhante, ou seja:
o objetivo é a melhoria contínua do processo
de benchmarking usado para cada projeto,
Ferramentas da Qualidade 47
BIBLIOGRAFIA
CARPINETTI, Luiz Cezar Ribeiro. Gestão da qualidade:
conceitos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.