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4.

CUSTOS
MICROECONOMIA I (1GE105)

II – CONCEITOS BÁSICOS
4. CUSTOS
4.1. CUSTOS RELEVANTES PARA A DECISÃO
4.2. FUNÇÕES CUSTO
4.3. CUSTOS E DIMENSÃO DAS EMPRESAS
4. CUSTOS

Leituras obrigatórias
Mata, J, op. cit., pp. 153-176
Link: https://s.up.pt/q3ke

Besanko e Braeutigam (2015, 5ª edição, ISBN:9781118716380), caps. 7-8, pp. 201-266

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4. CUSTOS

Objetivos de aprendizagem
Distinguir entre diferentes tipo de custos, como custos Determinar a curva de custo total de curto e longo prazo a partir de
contabilísticos e custos económicos, custos explícitos e implícitos, uma função de produção;
custo de oportunidade, custos afundados e custos não afundados;
Ilustrar graficamente a relação entre as curvas de custo total de
Conhecer os principais tipos de custos relevantes para a tomada de curto e longo prazo;
decisão;
Entender a alteração das curvas de custo de longo prazo com o
Conhecer as funções de custo das empresas; preço dos inputs;
Entender o conceito de minimização dos custos da empresa no Derivar as curvas de custo médio e de custo marginal de curto e
longo prazo; longo prazo a partir da curva de custo total correspondente;
Ser capaz de usar a estática comparada para analisar as Entender e distinguir entre os conceitos de custo médio de curto
consequências da alteração do preço dos inputs e da quantidade prazo, custo marginal de curto prazo, custo variável médio, custo
produzida; fixo médio;
Entender o problema de minimização do custo de produção da Entender o conceito de economias e deseconomias de escala;
empresa no curto prazo e analisar a escolha dos fatores de
produção; Entender o conceito de economias de gama e de experiência;

Traçar e entender o conceito de curva de custo total de curto e Identificar algumas das formas funcionais mais comuns utilizadas
longo; para estimar funções de custo total.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

O que são custos?


Os custos da empresa são um elemento fundamental para a tomada de decisões.
Para tal a empresa não pode considerar apenas os custos contabilísticos, mas a
totalidade dos custos em que incorre, mesmo que estes não tenham uma
contrapartida monetária explícita. Temos assim que distinguir diferentes tipos de
custos. Note-se que o conceito de custo para a maior parte dos agentes é distinto do
conceito económico de custo.
Para uma firma o que são os custos? Para o Governo o que são os custos? Para um
consumidor o que são os custos?
O conceito de custo relevante para os economistas é o conceito de custo de
oportunidade: o valor das oportunidades sacrificadas.
Exemplo: Qual o custo de oportunidade desta aula de microeconomia? Para cada um dos estudantes? Para o professor? Para a FEP?

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos contabilísticos, custos explícitos e custos implícitos


Nem todos os custos equivalem a despesas monetárias diretas. Assim vamos distinguir
entre:

Custos explícitos: custos que envolvem uma despesa ou gasto monetário direto. Como
os salários dos trabalhadores, despesas com eletricidade, água, seguros,
telecomunicações, combustíveis, etc.
Custos implícitos: custos que não envolvem um fluxo monetário direto, mas que são
efetivamente incorridos e devem ser considerados na tomada de decisão da empresa.
Não há contudo qualquer obrigação contratual de pagamento, como as rendas a que a
empresa renuncia por não arrendar as suas instalações ou por não alugar os seus
equipamentos.
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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos relevantes
O conceito de custo relevante é o conceito de custo de oportunidade.

Custo de oportunidade: o valor de um recurso na melhor aplicação alternativa possível.

Considere que uma empresa tem que decidir entre um conjunto de alternativas
mutuamente exclusivas (A, B, C, D) sendo que B é melhor do que D, que é melhor do
que A, que por sua vez é melhor do que C.

A empresa escolhe a alternativa B. O custo de oportunidade é o custo (rendimento


perdido) por não ter escolhido a alternativa D, a melhor das alternativas restantes.
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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custo de oportunidade
Exemplo:

a) um projeto financiado por recursos a empréstimo bancário e capitais próprios;


b) uma empresa que funciona num escritório pertencente ao próprio empresário sem
que este cobre qualquer renda;
c) um empresário que trabalha na sua própria empresa.

Identifique os custos explícitos e implícitos em cada um dos casos.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custo de oportunidade
O custo de oportunidade de uma decisão é o valor da melhor alternativa sacrificada,
quando outra alternativa é escolhida, ou seja, o valor que a empresa obteria se fizesse
a melhor aplicação possível daquele recurso.

Exemplo 1: A empresa Peixe e Peixe, S.A. é detentora de uma fábrica de conservas na cidade Dragão Azul. A fábrica é proprietária das suas próprias
instalações, as quais se encontram já amortizadas. Admita que o Plano Diretor Municipal permite a construção de apartamentos naquela localização.
O terreno no qual a fábrica se encontra instalada tem 10000m2. O preço médio dos terrenos para construção de habitação, naquela localização é de
1000€/m2. Como calcularia o custo de oportunidade? Porquê?

Exemplo 2: O João é dono de uma empresa de serviços informáticos. Neste momento está a analisar se deve ou não continuar a sua atividade
empresarial em 2015. No estudo que realizou considerou o total dos custos em que tinha que incorrer (salários dos trabalhadores, custos variáveis,
amortizações, juros, impostos, etc.) no valor de 70000€/ano. Contudo o João recebeu uma proposta para trabalhar numa empresa de informática na
Califórnia auferindo um salário de 250000€/ano. Qual o custo de oportunidade do negócio, se o João resolver continuar em Portugal e manter a
empresa a funcionar?

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custo de oportunidade
Os custos de oportunidade são utilizados para avaliar as diversas alternativas
(mutuamente exclusivas) com que a empresa se defronta. Os custos de oportunidade
dependem das alternativas que a empresa tem quando toma uma dada decisão.

Nota: o conceito de custo de oportunidade não se aplica apenas às escolhas


empresariais.

Exemplo: Admita que está previsto um concerto para o fim de ano e que cada bilhete custa 50€. Admita ainda que comprou 2 bilhetes. No momento
da compra o custo de oportunidade dos bilhetes é o preço dos bilhetes, ou seja 100€. Admita agora que há uma procura excedentária de bilhetes e
que os bilhetes se esgotaram logo que foram postos à venda. No dia seguinte, na internet, vendiam-se 2 bilhetes a 150€. Qual o custo de
oportunidade dos bilhetes?

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custo de oportunidade
Para as empresas o custo de oportunidade de utilizar um dado fator de produção é o
preço corrente do fator produtivo no mercado.

No exemplo anterior, para um consumidor, o custo de oportunidade é, no momento da compra, o preço dos bilhetes: se não comprar os bilhetes ele
poupa 100€. Mas, no dia seguinte, é o que ganha (o que deixa de ganhar) se (não) revender os bilhetes: 150€. Em ambos os casos o custo de
oportunidade por unidade de bem (fator) é o preço de mercado do bem (fator).

Os custos de oportunidade devem ser avaliados no momento da tomada de decisão:


são o valor do que sacrificamos no momento da decisão.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custo de oportunidade
Assim, por exemplo, admitam que uma empresa de construção metálica adquiriu há
seis meses aço no valor de 1M€. Hoje o valor de mercado do aço que se encontra em
stock e que a empresa vai começar a utilizar na produção é de 1,2M€. Qual o custo de
oportunidade do aço há 6 meses? E hoje?
O custo de oportunidade hoje é distinto da despesa em aço que a empresa realizou há
6 meses. De facto, há seis meses as opções eram comprar (e gastar 1M€) ou não
comprar (e poupar 1M€): o custo de oportunidade da decisão de adquirir o aço é de
1M€.
Hoje, a decisão da empresa é usar o aço que tem em stock para a produção dos
produtos da empresa ou vender o aço no mercado. Se vender o aço no mercado a
empresa recebe 1,2M€. Esse é o custo de oportunidade de usar o aço na produção.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custo de oportunidade
Os custos de oportunidade são diferentes porque há diferentes alternativas, para
decisões diferentes em circunstâncias diferentes.
Em ambos os casos o custo de oportunidade foi avaliado tomando como referência o
preço do recurso no mercado. O custo de oportunidade de um recurso é o que a
empresa poupa (ou ganha) por não utilizar o recurso.
Podia, há seis meses, não adquirir o aço (poupava o custo do aço no mercado) ou pode
hoje não utilizar o aço e vendê-lo no mercado.
Em qualquer dos casos o custo de oportunidade é o preço de mercado do recurso, no
momento da tomada de decisão: o preço do aço há seis meses quando decidiu entre
comprar ou não comprar; o preço do aço hoje quando decide entre utilizar o aço na
produção ou vendê-lo.
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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos contabilísticos, custos históricos e custos económicos


A distinção entre custos contabilísticos e custos económicos está relacionada com a
distinção entre custos explícitos e custos implícitos.

Os custos que são refletidos nas contas das empresas são os custos explícitos.
Os custos explícitos são insuficientes para a tomada de decisões.

Para a tomada de decisões todos os custos em que a empresa incorre, sejam explícitos
ou implícitos, são relevantes.
Exemplo: a utilização de recursos próprios tem que ser considerada para calcular os custos económicos e determinar o lucro económico.

Há assim que distinguir entre custos contabilísticos e custos económicos.


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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos contabilísticos, custos históricos e custos económicos


Custos contabilísticos: o total dos custos explícitos incorridos no passado.

Em regra os custos contabilísticos reportados nos documentos contabilísticos excluem


os custos implícitos. Há contudo exceções:
• As empresas incluem na sua contabilidade financeira as depreciações dos bens de
equipamento;
• Num projeto de investimento inclui-se uma remuneração para o gestor do projeto.

Custos económicos: o total dos custos da empresa, explícitos ou implícitos.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos contabilísticos, custos históricos e custos económicos


Limitações dos custos históricos: o valor relevante de um ativo para a tomada de
decisões da empresa é o valor que a empresa teria que pagar para adquirir esse ativo
ou valor que a empresa poderia obter se quisesse vender esse ativo.

Para determinados ativos o valor atual pode ser muito diferente do valor de aquisição,
sobretudo quando os equipamentos se tornam rapidamente obsoletos.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos contabilísticos, custos históricos e custos económicos


Para tomar decisões sobre: o que produzir? Onde? Em que quantidade? Qual o melhor
processo produtivo? Que quantidade de fatores utilizar?
A empresa precisa de conhecer não só os custos no passado mas a variação dos custos
com as diferentes alternativas que tem ao sue alcance. Ou seja a empresa precisa de
conhecer as funções de custos de produção.
O conceito relevante de custo é o conceito de custo económico: o valor das
oportunidades sacrificadas.

Exemplo: se a empresa detém as suas próprias instalações esse custo não é em regra reportado contabilisticamente (para além das
depreciações/amortizações) mas deve ser considerado do ponto de vista económico.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos afundados
Custos afundados (sunk costs): são custos irrecuperáveis no caso da empresa querer
encerrar a sua atividade. São custos que não podem ser evitados quando a empresa
decide encerrar. São custos em que a empresa já incorreu e que não consegue
recuperar independentemente das decisões que toma.
Os custos afundados não fazem parte dos custos de oportunidade.
Custos não afundados (nonsunk costs): custos em que a empresa incorre apenas se
toma uma determinada decisão.

Exemplo: admita que vai construir uma pista de bowling. A construção da pista custa 1M€ e a pista não tem qualquer uso alternativo.
Para decidirmos se construímos ou não a pista, o custo da pista (1M€) não é um custo afundado, porque antes de construir esse custo pode ser
evitado. Mas após a construção da pista, o custo da pista é um custo afundado (se quisermos decidir se vamos abrir a pista ou se a vamos encerrar)
porque o investimento realizado não pode ser recuperado ou pode ser apenas parcialmente recuperado (neste caso o valor do custo afundado seria o
valor do investimento que não pode ser recuperado).

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos afundados
Os custos afundados são custos irreversíveis, irrecuperáveis se a empresa decidir
interromper a sua atividade. A irreversibilidade dos custos está associada, em regra, a
duas características dos ativos da empresa: a durabilidade e a especificidade.
Durabilidade: se o investimento se amortizar num período curto o valor do
investimento pode ser rapidamente incorporado no produto a que dá origem; o valor
residual é baixo e portanto os custos afundados serão baixos. Contudo os investimentos
têm em geral efeitos (benefícios) económicos que se fazem sentir por períodos
alargados de tempo. Admitam que a empresa realizou o investimento necessário ao
início de operações, que uma parte significativa desse investimento são bens de
equipamento e instalações e que confrontada com a deterioração das condições de
mercado a empresa decidiu encerrar as instalações. Neste caso a empresa não vai
conseguir recuperar uma grande parte do valor do investimento inicial.
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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Custos afundados
Especificidade: Se os bens forem muito específicos de uma dada atividade, se não
forem facilmente utilizáveis por outras atividades, os custos afundados podem ser
elevados. O custo do fator produtivo é um custo afundado se não existir nenhum uso
alternativo para esse fator.

Exemplo: Um estudo de mercado para lançar um produto novo; um estudo de uma marca publicitária; uma linha de caminho de ferro para servir uma
mina ou uma fábrica (versus o material circulante); as tuneladoras do metro de Lisboa.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Para efeito de cálculo económico que valor deve ser atribuído a um ativo?
O seu custo de oportunidade. Para efeito de cálculo económico o valor relevante é
quanto a empresa deixa de poder receber por usar o ativo. Assim, no cálculo do valor
de um investimento futuro o valor a atribuir é o custo de oportunidade do
investimento: se em vez de investir 1M€ num negócio decidisse colocar 1M€ em
produtos financeiros, com uma taxa de remuneração de 10%/ano. Como valorizar um
ativo?
Suponha que a empresa, no momento zero, pondera comprar uma máquina que custa
10.000€. Depois da máquina instalada, se a empresa quiser desfazer-se da máquina,
não consegue obter mais de 500€.
CO antes de fazer o investimento (comprar a máquina) = 10.000€
CO depois de realizar o investimento (máquina comprada e instalada) = 500€
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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Quando é que um custo é afundado?


Depende da decisão que está a ser tomada. No exemplo anterior, no momento em que
decide se compra ou não a máquina, e antes de a comprar, o custo do investimento é
evitável.

Após realizar o investimento uma parte ou a totalidade do custo do investimento é um


custo irrecuperável inevitável, afundado. Quer a empresa decida continuar a sua
atividade ou encerrar a atividade, o custo do investimento em que a empresa incorre é
o mesmo. Logo, para a tomada dessa decisão (continuar a atividade ou encerrar a
atividade) os custos afundados (não recuperáveis) devem ser ignorados porque são
invariáveis, qualquer que seja a decisão da empresa.

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4. CUSTOS
4.1. Custos relevantes para a decisão

Para estimar os custos de uma decisão devem considerar-se apenas os custos que são
efetivamente influenciados pela decisão em avaliação.

Na avaliação de decisões alternativas devem considerar-se apenas os custos não


afundados, uma vez que os custos afundados serão em princípio invariáveis qualquer
que seja a decisão tomada.

Em particular, os custos passados, associados a decisões de investimento irreversíveis,


são irrelevantes para a decisão da empresa.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

As funções de custos relacionam, para as diferentes quantidades produzidas, os níveis


de custo que lhes estão associados.

Por seu turno as funções de receitas relacionam as receitas com as quantidades


vendidas pela empresa.

Para tomar decisões a empresa deve comparar os diferentes níveis de custo em que
incorre quando produz diferentes quantidades com os diferentes níveis de receita
associados a cada uma das quantidades.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custos fixos e custos variáveis


Custos variáveis são custos que variam com a quantidade produzida. Aumentam
quando a empresa produz uma maior quantidade, diminuem quando a empresa
diminui o seu volume de produção.
Exemplos: os salários pagos aos trabalhadores, o custo das matérias-primas, o custo da energia, etc.

Custos fixos são custos que não variam com a quantidade produzida, custos em que a
empresa incorre independentemente da quantidade produzida.
Exemplos: o custo de um equipamento, as rendas das instalações ou as amortizações das instalações, o valor das licenças e alvarás, etc.

A distinção nem sempre é clara.


Exemplos: salários são em geral custos variáveis mas em determinados casos as empresas têm restrições à redução do volume de emprego; também
os gastos de energia podem comportar um parte fixa e uma parte variável.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período longo


A função custo total de período longo (CTPL)
relaciona cada volume de produção (Q) com o
seu custo mínimo de produção, sendo todos os
fatores variáveis (L e K), dados os preços dos
fatores (w e r). O CTPL é crescente dado que
para produzir um maior volume de produção é
necessário utilizar uma maior quantidade de
fatores produtivos.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período longo


À medida que o output aumenta de 1
milhão de unidades para 2 milhões de
unidades, dados os preços dos fatores
de produção, as combinações de fatores
que minimizam o custo total de
produção deslocam-se de TC1 para TC2,
o que pode ser representado na curva
de CTPL no gráfico inferior.

(B&B, op. cit., p. 237)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período longo


Com o acréscimo do preço do input a
linha de isocusto tangente à isoquanta
desloca-se de C1 para C3 e a combinação
de fatores que minimiza o custo total de
produção desloca-se de A para B.

(B&B, op. cit., p. 239)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período longo


Um aumento do preço do capital
(trabalho) faz rodar a curva de CTPL para
cima. A e B correspondem às
combinações de fatores que minimizam
o CTPL antes e depois do aumento do
preço do fator, mantendo constante o
preço do outro fator e de Q.

O aumento do preço de um ou dos dois


fatores de produção aumenta o CTPL
associado a cada nível de produção. (B&B, op. cit., p. 239)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período longo


Se os preços dos inputs se alterarem na
mesma proporção (aumento de 10%), a
combinação de fatores mantém-se
inalterada e a inclinação da isocusto e
da tangente à isoquanta também não se
alteram. A curva de CTPL roda para cima
pelos mesmos 10%.

(B&B, op. cit., p. 240)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo médio de período longo


O custo médio é o custo total de produção por unidade de output. É o custo que em
média a empresa suporta para produzir uma unidade de produto. Obtém-se dividindo o
CT por Q.

CmdPL(Q) = CT(Q)/Q

O CmdPL é infinito quando Q = 0 e é decrescente com Q até ao ponto em que o CmdPL =


CmgPL. A partir daí o CmdPL é crescente com Q.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo marginal de período longo


O custo marginal é o custo associado à produção de uma unidade adicional de produto.
É a variação do custo total em resposta a uma alteração da quantidade produzida,
mantendo constantes os preços dos inputs. O custo marginal é igual à inclinação da
curva de custo total nesse ponto.

CmgPL(Q) = ∆CT(Q)/∆Q

O custo marginal é decrescente até uma dada quantidade e depois é crescente.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo marginal de período longo


Custos marginais decrescentes podem resultar de economias obtidas com o aumento
da quantidade produzida devido, por exemplo, a oportunidades de especialização e de
divisão do trabalho. A partir de uma dada quantidade as instalações podem ser uma
restrição e os custos marginais são crescentes.

Os custos marginais podem ser constantes, o que é a situação típica de algumas


atividades de comércio.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custos médios e marginais de PL


Quando o CmgPL é decrescente o CTPL
cresce a uma taxa decrescente. Quando
o CmgPL é crescente o CTPL cresce a uma
taxa crescente.
Se o CmdPL é decrescente com a
quantidade, o CmdPL é superior ao CmgPL
(CmdPL > CmgPL). Se o CmdPL é crescente
com a quantidade, o CmdPL é inferior ao
CmgPL (CmdPL < CmgPL).
Se o CmdPL não variar com a quantidade
então o CmdPL é igual ao CmgPL.
(B&B, op. cit., p. 242)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período curto


A função custo total de período curto (CTPC) relaciona cada volume de produção (Q)
com o seu custo mínimo de produção, sendo todos um dos fatores de produção fixo
! dados os preços dos fatores (w e r). O CTPC é crescente dado que
(normalmente 𝐾),
para produzir um maior volume de produção é necessário utilizar uma maior
quantidade do fator variável.
! = CFT (𝐾)
CTPC(Q, 𝐾) ! + CVT(Q), ! = r𝐾,
CFT(𝐾) ! CVT(Q)=wL
A função custo fixo total (CFT) é uma constante igual ao custo de todos os inputs fixos.
A função custo variável total (CVT) é o lugar geométrico dos pontos que indicam o
mínimo CVT de produção para produzir cada quantidade (Q), quando a empresa utiliza
os fatores na proporção ótima, mantendo constantes os preços dos fatores e fixa pelo
menos a quantidade utilizada de um dos inputs (𝐾).!
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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo total de período curto


A função custo total de período curto (CTPC)
relaciona cada volume de produção (Q) com o
seu custo mínimo de produção, sendo todos
um dos fatores de produção fixo (normalmente
! dados os preços dos fatores (w e r). O CTPC
𝐾),
é crescente dado que para produzir um maior !
r𝐾
volume de produção é necessário utilizar uma
maior quantidade do fator variável.
!
r𝐾

(B&B, op. cit., p. 249)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo Fixo Médio


O custo fixo médio (CFM) é o CFT por unidade
de output. É o custo fixo que em média a
empresa suporta para produzir uma unidade
de produto. Obtém-se dividindo o CFT por Q.

CFM(Q) = CFT(Q)/Q

É decrescente com Q e tende para zero quando


a quantidade aumenta, o que permite diluir os
custos fixos por um maior número de unidades.
(B&B, op. cit., p. 252)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo Variável Médio


O custo variável médio (CVM) é o CVT por unidade
de output. É o custo variável que em média a
empresa suporta para produzir uma unidade de
produto. Obtém-se dividindo o CVT por Q.
CVM(Q) = CVT(Q)/Q
Tem ordenada na origem igual ao CmgPC : o CVM
da primeira unidade é igual ao seu custo marginal.
É decrescente com Q enquanto o CmgPC for
inferior ao CVM e crescente a partir do ponto em
que CmgPC = CVM.
(B&B, op. cit., p. 252)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo Total Médio (ou Custo médio de período curto)


O custo médio de período curto é o CTPC dividido
por Q, ou seja o custo unitário médio, no curto
prazo, mantendo fixa a quantidade de um dos
inputs (K) e o preço de ambos os inputs.

CmdPC(Q) = CTPC(Q)/Q = CFM(Q)+CVM(Q) CFT

A função CmdPC é a soma vertical das funções CFT


CVM e CFM e é mínima quando CmgPC = CmdPC.
(B&B, op. cit., p. 252)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Custo marginal de período curto


O custo marginal de período curto é a variação do
CTPC, com o aumento de uma unidade produzida,
mantendo constante a quantidade de fator fixo e
os preços dos fatores.

CmgPC(Q) = ∆CTPC(Q)/∆Q = ∆CVT(Q)/∆Q

(B&B, op. cit., p. 252)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Relação entre custos e produtividades


CmgPC(Q) = ∆CVT(Q)/∆Q = w ∆L/∆Q = w/PmgL
CVM(Q) = CVT(Q)/Q = wL/Q = w/PmdL
A forma da curva de CmgPC está relacionada com a forma da
curva de PmgL. As duas curvas são “espelho” uma da outra.
A parte crescente da curva de PmgL corresponde à parte
decrescente da curva de CmgPC.
A parte decrescente da curva de PmgL corresponde à parte
crescente da curva de CmgPC.
O PmgL é máximo quando o CmgPC é mínimo.

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Relação entre custos e produtividades

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Qual a relação entre a curva de custo total de longo e de curto prazo?


Lembrando que em ambos os casos temos a relação entre a quantidade e o mínimo
custo total de produção, o mínimo custo total de produção no longo prazo é sempre
igual ou inferior ao de curto prazo, porque no longo prazo a firma pode minimizar os
custos totais pelo menos tão bem quanto no curto prazo, porque defronta menos
restrições.

A curva de custo total de curto prazo está acima da curva de longo prazo.

Quando a quantidade é tal que a quantidade de input fixo utilizada (no curto prazo)
coincide com a quantidade ótima desse fator no longo prazo, a curva de curto prazo e a
de longo prazo coincidem.
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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Qual a relação entre a curva de custo total de longo e de curto prazo?

(B&B, op. cit., p. 250-251)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

Qual a relação entre a curva de custo total de longo e de curto prazo?


K1 é a quantidade de capital que, no
longo prazo, minimiza o CTPL, quando a
quantidade produzida é Q=1.
Quando Q é tal que a quantidade de
input fixo utilizada coincide com a
quantidade ótima desse fator no longo
prazo, a curva custo total de curto prazo
e de longo prazo coincidem. Chamamos
a essa quantidade de fator fixo o volume
de produção típico (VPT).
(B&B, op. cit., p. 251)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

A envolvente do CmdPL
As curvas de CmdPC estão
acima da curva de CmdPL
exceto nos pontos
assinalados.
Se a empresa quisesse
produzir Q=1, no longo
prazo deveria escolher
uma dimensão K1; Q=2,
K2; mas se produzir Q=2
no curto prazo, com K1, o
custo seria C.
(B&B, op. cit., p. 251)

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4. CUSTOS
4.2. Funções custo

A envolvente do CmdPL
As curvas de CmdPC estão
acima da curva de CmdPL
exceto nos pontos A, B e
D.

(B&B, op. cit., p. 251)

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Economias e deseconomias de escala


Se o CmdPL decresce com a quantidade
produzida, tudo o mais constante, a função
custo exibe economias de escala. Se há
economias de escala, o CmdPL é decrescente
com a quantidade produzida.
Se o CmdPL cresce com a quantidade
produzida, tudo o mais constante, a função
custo exibe deseconomias de escala.
A quantidade para a qual o CmdPL atinge o
seu valor mínimo é a escala mínima eficiente
(EME). (B&B, op. cit., p. 245)

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Relação entre rendimentos à escala e economias de escala


Quando a função de produção exibe rendimentos crescentes à escala, o custo médio de
longo prazo exibe economias de escala, pelo que o CmdPL é decrescente com Q, tudo o
mais constante.

Quando a função de produção exibe rendimentos decrescentes à escala, o custo médio


de longo prazo exibe deseconomias de escala, pelo que o CmdPL é crescente com Q,
tudo o mais constante.

Quando a função de produção exibe rendimentos constantes à escala, o custo médio de


longo prazo é uma linha horizontal, pelo que o CmdPL é constante com Q, tudo o mais
constante.
48
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Elasticidade do Custo Total à quantidade


A elasticidade custo total à quantidade é a variação percentual no custo total em
resposta a uma variação de um porcento na quantidade produzida.

𝜖CT,Q = (∆ CTPL(Q)/ CTPL(Q))/(∆Q /Q)= (∆ CTPL(Q)/∆Q)/(CTPL(Q)/Q) = CmgPL / CmdPL

Se a 𝜖CT,Q < 1 => CmgPL < CmdPL, pelo que o CmdPL é decrescente com Q. A função custo
exibe economias de escala.
Se a 𝜖CT,Q > 1 => CmgPL > CmdPL, pelo que o CmdPL é crescente com Q. A função custo
exibe deseconomias de escala.
Se a 𝜖CT,Q = 1 => CmgPL = CmdPL, pelo que o CM é invariável com Q.

49
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Como estimar as economias de escala?


A figura representa a evolução dos custos médios
com a quantidade e observa-se em muitos setores.
A maioria das atividades apresenta economias de
escala até uma certa dimensão (Q1). A partir dessa
dimensão pode haver um intervalo de dimensão
no qual os custos médios não variam muito com a
dimensão (Q1 a Q2).
Embora em muitos setores não se atinja nunca a
dimensão Q2 e não se observe a fase ascendente
dos custos médios, em algumas atividades isso (Mata, op. cit., p. 167)
acontece.

50
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Como estimar as economias de escala?


O ponto Q1 a partir do qual os custos médios
atingem o mínimo chama-se escala mínima
eficiente (EME) . A partir desse ponto aumentos na
dimensão da empresa não conduzem a ganhos de
eficiência.

Podemos expressar as desvantagens associadas a


uma dimensão inferior a EME como:

(Mata, op. cit., p. 167)


(C’-C*)/C*

51
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Estimação econométrica das economias de escala


Uma curva de custo médio tem a seguinte forma
geral:
d
CM = + a + bQ + gQ 2
Q

Pelo que recorrendo a métodos econométricos é


possível estimar os valores de δ, α, β e γ
correspondentes à curva que melhor se ajusta aos
pontos observados.
A curva estimada permite calcular o CmdPL
(Mata, op. cit., p. 167)
mínimo, se existir, e analisar a aumento de custos
associados a dimensões inferiores à EME.
52
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Outros métodos de estimação das economias de escala


Inquirição direta de especialistas: qual a dimensão que minimiza o CmdPL (a EME) e
qual o aumento do CmdPL associado a escalas inferiores?
Tende a ignorar que a partir de uma dada dimensão o acréscimo de dimensão pode
obter-se apenas com aumento de custos devido, por exemplo, à dificuldade de recrutar
mão-de-obra qualificada.
Observação do mercado (os sobreviventes): observar o número de empresas em cada
dimensão, ao longo do tempo. A tendência esperada é que as empresas se concentrem
na dimensão associada à EME.
As observações têm que ser ao longo do tempo; se a tecnologia mudar, a EME pode
também alterar-se. Também não permite obter informação sobre as desvantagens de
custos associadas a dimensões inferiores à EME.
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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Economias de gama
Existem economias de gama se a produção de um conjunto de produtos por uma
mesma empresa, é feita de forma mais eficiente (a um menor custo) do que a produção
dessa mesma quantidade dos mesmos produtos por por empresas diferentes,
produzindo cada uma um só produto.

CT(Q1, Q2) < CT(Q1, 0) + CT(0, Q2)

As economias de gama não estão associadas à dimensão da empresa mas ao facto de a


empresa produzir conjuntamente os bens 1 e 2.

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

De que resultam as economias de escala e de gama?


Disseminação dos custos de estrutura
A existência de custos fixos é um primeira fonte deste tipo de vantagens. O aumento da
dimensão ou a produção conjunta permite repartir os custos fixos por um maior
número de produtos.
Adoção de tecnologias mais eficientes
A existência de tecnologias alternativas, que estão disponíveis para determinadas
dimensões.
Maior produtividade dos fatores variáveis
O aumento da escala pode permitir obter ganhos de produtividade nos fatores
variáveis, como acontece com a possibilidade de especialização e divisão do trabalho.

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

De que resultam as economias de escala e de gama?


Regra do cubo quadrado
Existem razões físicas presentes em determinados processos produtivos. Em alguns
casos os custos aumentam com o quadrado de uma dada variável mas a capacidade
aumenta com o cubo dessa variável.
Economias de marketing
Os gastos com publicidade têm uma componente de custos fixos importante, o que
acentua as economias de escala e de gama.
Economias de aprovisionamento
As empresas de grande dimensão conseguem obter melhores condições junto dos seus
fornecedores.

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

De que resultam as economias de escala e de gama?


Economias de I&D
As atividades de investigação e desenvolvimento exigem escalas mínimas que podem
ser elevadas. Os resultados destas atividades podem ser utilizados em mais do que um
produto.

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

De que resultam as deseconomias de escala?


Custos laborais
Empresas maiores pagam salários mais altos que podem estar associados a maiores
benefícios sociais; também podem decorrer de maior sindicalização e poder negocial.
Burocracia
O aumento da dimensão cria burocracias e dificuldades de comunicação e de
motivação dos trabalhadores; pode haver maior desencontro entre os objetivos da
empresa e dos trabalhadores.
Ativos não replicáveis
Há ativos que não são replicáveis. O acréscimo de produção pode determinar o acesso
a fontes de matérias-primas com custos acrescidos.

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Economias de experiência ou economias de escala dinâmicas


A observação empírica da evolução dos tempos necessários à execução de
determinadas tarefas em determinados setores da economia permitiu concluir que há
ganhos de eficiência associados à experiência.
As economias de experiência são vantagens de custo (o custo de produção de cada
unidade diminui com o aumento da quantidade acumulada produzida) que resultam da
experiência acumulada pela empresa (“learning-by-doing”).
Inicialmente observadas nas indústrias aeronáuticas e de semicondutores, são
extensíveis a outras atividades. Os custos médios de produção num dado momento do
tempo são função da quantidade total produzida pela empresa até esse momento.
As economias de experiência também se designam por economias de escala dinâmicas.

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4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Economias de experiência
A variação dos custos à medida que varia o volume de produção acumulado pode ser
representada por uma função do tipo:
-b
QC =CQ1

que relaciona o custo variável médio com o volume de produção acumulada.

C1 é o custo de produzir a 1ª unidade; CQ o custo unitário após produzir Q unidades e β


o parâmetro que mede a intensidade das economias de experiência.
0 > β > 1 – mede a variação % do custo variável médio para cada aumento de 1% no
volume acumulado de produção.
60
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Economias de experiência
O que é o volume de produção acumulado?

Ano Nº anual de aviões Produção acumulada


2016 30 30
2017 45 75
2018 50 125
2019 70 195
2020 60 255
2021 50 305
2022 50 355

61
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Representação da curva de experiência (experience ou learning curve)


Estudos empíricos demonstram que para a maior
parte das empresas quando a quantidade
produzida acumulada duplica o custo variável
médio associado a essa quantidade é 80% do custo
variável médio inicial.
Note-se contudo que a partir de uma dada
quantidade acumulada, quando a firma já é muito
experiente, o acréscimo da quantidade produzida
acumulada não determina ganhos significativos de
experiência: o custo variável médio diminui pouco
com o aumento da quantidade produzida (Mata, op. cit., p. 173)
acumulada.
62
4. CUSTOS
4.3. Custos e dimensão das empresas

Distinção entre economias de escala e economias de experiência


As economias de escala (estáticas) referem-se à diminuição do custo médio de
produção com o aumento do volume de produção, num dado momento do tempo.
As economias de experiência (economias de escala dinâmicas) referem-se à diminuição
do custo médio devida à experiência acumulada pela empresa.
As economias de escala podem ser significativas, mesmo quando as economias de
experiência são insignificantes: processos produtivos capital intensivos e maduros,
como a produção de latas de alumínio.
As economias de experiência podem ser significativas e as economias de escala
insignificantes: atividades complexas trabalho intensivas como, por exemplo, o fabrico
manual de relógios.

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4. CUSTOS

Conceitos a reter (a enumeração dos conceitos é meramente indicativa)


Custos; Custo variável médio;
Custos contabilísticos e económicos; Relação entre o custo total, o custo médio, o custo
marginal, o custo fixo médio e o custo variável médio;
Custos implícitos e explícitos;
Economias e deseconomias de escala;
Custos de oportunidade;
Economias de gama;
Custos afundados e não afundados;
Fatores explicativos das economias de escala e de gama;
Custos variáveis e fixos;
Fatores explicativos das deseconomias de escala;
Custos total de longo prazo;
Economias de experiência;
Variação do custo total de longo prazo com o preço dos
fatores de produção; Curva de experiência ou de aprendizagem;
Custo médio e marginal; Economias de escala estáticas versus economias de
escala dinâmicas.
Custo fixo médio;

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