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CUSTOS
AULA 1
Olá, caro(a) aluno(a), vamos iniciar uma viagem pela análise estratégica
de custos. Vamos aprender mais sobre as maravilhas que sua aplicação e o
discernimento sobre custos em uma perspectiva estratégica podem nos
proporcionar: um diferencial de conhecimento e crescimento profissional. Nesta
aula, serão abordados termos iniciais sobre custos, visando situá-los dentro dos
aspectos de custos, então primeiro vamos tratar sobre a contabilidade de custos
a ser utilizada para a tomada de decisão. Seguindo, será abordada a
conceituação de gastos, desembolso, custos, despesas, investimentos, perdas
e desperdícios, dessa maneira preparando-o(a) para diferenciar cada conceito,
tornando-os mais efetivos na aplicação prática da matéria tratada.
Sabendo esses conceitos, chegará o momento de ser estudado o plano
de contas para a contabilidade de custos, aprofundando gradualmente o
conteúdo para que você aprenda mais. Dessa maneira, você estará cada vez
mais expert em custos.
Bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
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estoques das indústrias, percebeu-se que a contabilidade financeira não poderia
dar o devido suporte.
Martins (2010) relata que naquele momento da história a primeira
aplicação da contabilidade de custos era para resolver problemas da
mensuração monetária dos estoques e do resultado. Esse conceito era
compartilhado pelos contadores, auditores e fiscais. Inicialmente, a contabilidade
de custos não servia como instrumento para a tomada de decisão.
A perspectiva de mudança da utilização da contabilidade de custos
começou com o objetivo de melhoria da eficiência produtiva das atividades
manufatureiras. Nakagawa (1991) afirma que por volta 1880 surgiram os
primeiros sistemas para custear produtos, processo realizado por engenheiros
metalúrgicos. Tais procedimentos perduraram até por volta de 1914, quando
surgiram as práticas contábeis em seu lugar, as quais existem até hoje.
Desde o início dos processos de custear produtos, já eram geradas
informações úteis, tanto para os usuários externos quanto para os internos, que
as usavam nas decisões estratégicas sobre os produtos ou a produção. A
utilidade das informações para tomadas de decisões é clara, pois o sucesso dos
empreendimentos da época vinha da redução de custos com economias em
escala, utilizando sistemas de custeio que impactavam nas tomadas de decisão
gerenciais, afetando a eficiência e a lucratividade, pois geralmente a realidade
era de produção de um único produto (Nakagawa, 1991).
Com a evolução tecnológica impactando no mundo dos negócios e,
consequentemente, no dos produtos, a necessidade de informação relacionada
aos custos produtivos alcançou maior relevância por parte dos gestores.
Controlar os custos evoluiu de apurações de inventário para procedimentos de
custeio, tornando-se a base do planejamento e da gestão.
Martins (2010) expõe que a contabilidade de custos atua em duas frentes,
sendo elas o auxílio ao controle dentro da empresa e a colaboração para as
tomadas de decisões. A primeira frente tem o objetivo de possibilitar o acesso a
dados que possam ser utilizados para estabelecer padrões e orçamentos,
possibilitando acompanhar o que foi planejado frente ao que está sendo
realizado. A outra frente é de muita importância para a(s) tomada(s) de
decisão(ões), visto que decisões importantes sempre são embasadas por
informações coerentes, e, naquilo que tange aos custos, os resultados podem
ser no curto ou no longo prazo, influenciando processos de introdução ou corte
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de produtos da linha produção, decisão sobre preços de vendas e escolhas entre
comprar ou produzir.
Saiba mais
Para complementar seu aprendizado, leia o texto intitulado Custos: um
desafio para a gestão do agronegócio. Disponível em:
<https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/3134>.
Assim, você terá maior proximidade com o assunto.
Essas simples perguntas são decisivas quando se quer atingir uma eficiência
na gestão de custos das empresas, pois uma adequação aos conceitos
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colabora para as apurações corretas nos processos empresariais. Então,
agora, vamos ver esses conceitos um a um para entender melhor.
2.1 Gasto
Autor Definição
Gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa,
Bornia (2010, p. 39)
independentemente de terem sido utilizados ou não.
Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse
Martins (2010, p. 17)
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).
Significam receber os serviços e os produtos para consumo em
Padoveze (2013, p. 16)
todo o processo operacional.
2.2 Investimento
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Quadro 2 – Definição de investimento
Autor Definição
Investimento é o valor dos insumos adquiridos pela empresa não
Bornia (2010, p. 41) utilizados no período, mas que poderão ser empregados em
períodos futuros.
Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
Martins (2010, p. 17)
atribuíveis a futuro(s) período(s).
(...) gastos com a obtenção dos bens destinados à troca
(mercadorias), à transformação (matérias-primas, materiais
secundários, materiais auxiliares e materiais de embalagem) ou
Ribeiro (2013, p. 18)
consumo (materiais de expediente, higiene e limpeza), enquanto
esses bens ainda não forem trocados, transformados ou
consumidos.
2.3 Desembolso
Autor Definição
Desembolso, que é o ato do pagamento e que pode ocorrer em
Bornia (2010, p. 39)
momento diferente do gasto.
Martins (2010, p. 17) Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
(...) se caracteriza pela entrega do numerário, pode ocorrer antes
Ribeiro (2013, p. 18) (pagamento antecipado), no momento (pagamento à vista) ou
depois (pagamento a prazo) da consumação do gasto.
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2.4 Custo
Autor Definição
Custo é o valor dos insumos usados na fabricação dos produtos da
Bornia (2010, p. 39)
empresa.
Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens
Martins (2010, p. 17)
ou serviços.
Compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou
Ribeiro (2013, p. 20)
consumidos na fabricação de outros bens.
2.5 Despesa
Autor Definição
Despesa é o valor dos insumos consumidos com o funcionamento
Bornia (2010, p. 40)
da empresa e não identificados com a fabricação.
Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção
Martins (2010, p. 17)
de receitas.
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Compreende os gastos decorrentes ao consumo de bens e da
Ribeiro (2013, p. 20) utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e
financeira, que direta ou indiretamente visam a obtenção de receita.
De uma maneira bem simples, fica claro que a despesa se difere do custo,
pois ela não está ligada a produção. A despesa é o gasto que tem o intuito de
obter receitas. Sempre que elas ocorrerem, não serão estocadas, e sim vão
diretamente para o resultado do período, diferente do custo, que inicialmente é
estocado e vai para o resultado apenas quando vendido.
Temos como exemplos de despesa salários de vendedores e do pessoal
do departamento administrativo, energia consumida nos setores administrativos,
materiais dos setores administrativos, fretes sobre vendas, entre outras
despesas dentro desse conceito.
2.6 Perda
Autor Definição
A perda normalmente é vista, na literatura contábil, como o valor
Bornia (2010, p. 41)
dos insumos consumidos de forma anormal.
Martins (2010, p. 18) Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
São fatos ocorridos em situações excepcionais, que fogem à
Padoveze (2013, p. 17)
normalidade das operações da empresa.
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de Mariana: caso alguma empresa tenha sido prejudicada por perda de estoque
ou até mesmo tenha sofrido dano ao imóvel, será caracterizada perda.
Caso algum estoque, ou outro item da organização, torne-se obsoleto
antecipadamente da previsão da depreciação, também se identifica uma perda,
mesmo não acontecendo um dano. Apenas o obsoletismo já caracteriza uma
perda.
2.7 Desperdício
Autor Definição
Desperdício é o esforço econômico que não agrega valor ao
Bornia (2010, p. 41) produto da empresa nem serve para suportar diretamente o
trabalho efetivo.
Padoveze (2013, p. 18) (...) desperdício é definido como “gastos sem aproveitamento”(...).
Gasto incorrido nos processos produtivo ou de geração de receitas,
Schier (2011, p. 101) que possa ser eliminado sem prejuízo da qualidade ou quantidade
dos bens, serviços ou receitas geradas.
Vemos que os desperdícios são pontos que devem ser melhorados, para
assim ajudar a empresa a seguir um caminho mais adequado. Vamos a um
exemplo: uma indústria produz roupeiros e cada porta possui as medidas de 150
cm x 45 cm. A matéria-prima são tábuas de madeira e todas possuem as
dimensões de 150 cm x 50 cm.
Logo, a cada tábua, a indústria precisa tirar 5 cm para conseguir fabricar
a porta, então esses 5 cm são desperdício, pois a empresa sabe que está tendo
esse gasto desnecessário. No entanto, ele ocorre devido às medidas da matéria-
prima e da porta serem divergentes. Como solução, a empresa poderia comprar
uma matéria-prima do tamanho exato da porta ou, talvez, aumentar o tamanho
dos roupeiros utilizando a matéria-prima inteira.
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Às vezes, a ineficiência da empresa passa pelos seus processos que
causam desperdício, em outros momentos o desperdício pode ser originado pelo
fato de o fornecedor não ter a matéria-prima nas especificações que a empresa
precisa, gerando desperdício na adequação da matéria-prima.
Ressaltamos a diferença entre perda e desperdício: a perda ocorre sem a
previsão pela empresa, enquanto o desperdício a empresa sabe que vai ocorrer
devido a alguma ineficiência.
Saiba mais
Caro(a) aluno(a), visando demonstrar como o fato de não diferenciar
custo e despesa pode impactar na gestão e na apuração dos custos,
recomendamos a leitura do artigo intitulado Custos na pecuária leiteira: um
estudo sobre empirismo da aplicação conceitual por parte de diferentes
profissionais, pois ele evidencia o impacto da aplicação correta dos conceitos
em estudos empíricos. Disponível em: <goo.gl/e5NVh5>.
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Instituições
1.1.01 Disponível 2.1.01. 3.02 Custos das Vendas
Financeiras
Empréstimos e Custos dos
1.1.01.01 Caixa 2.1.01.01 3.02.01
Financiamentos Produtos Vendidos
Custos das
1.1.01.02 Bancos 2.1.02. Fornecedores 3.02.02 Mercadorias
Vendidas
Obrigações
Custos dos
1.1.02 Realizável 2.1.03. Sociais e 3.02.03
Serviços Vendidos
Trabalhistas
Obrigações
1.1.02.01 Clientes 2.1.04. 3.03 Resultado Bruto
Tributárias
Despesas/Receitas
1.1.03 Estoques 2.1.05 Contas a Pagar 3.04
Operacionais
Produção do Passivo Não Despesas com
1.1.03.01 2.2 3.04.01
Estabelecimento Circulante Vendas
Produtos Despesas Gerais e
1.1.03.01.1 3.04.02
Acabados Administrativas
Perdas pela Não
Produtos em
1.1.03.01.2 2.3 Patrimônio Líquido 3.04.03 Recuperabilidade
Elaboração
de Ativos
Capital Social Outras Receitas
1.1.03.02 Mercadorias 2.3.01 3.04.04
Realizado Operacionais
Mercadorias para Reservas de Outras Despesas
1.1.03.02.1 2.3.02 3.04.05
Revenda Capital Operacionais
Resultado de
Matérias primas e Reservas de
1.1.03.03 2.3.03 3.04.06 Equivalência
Embalagens Reavaliação
Patrimonial
Resultado Antes do
Reservas de Resultado
1.1.03.03.1 Matérias-primas A 2.3.04 3.05
Lucros Financeiro e dos
Tributos
Lucros / Prejuízos Resultado
1.1.03.03.2 Matérias-primas B 2.3.05 3.06
Acumulados Financeiro
Ajustes de
Receitas
1.1.03.03.3 Matérias-primas C 2.3.06 Avaliação 3.06.01
Financeiras
Patrimonial
Ajustes
Despesas
1.1.03.04 Almoxarifado 2.3.07 acumulados de 3.06.02
Financeiras
Conversão
Resultado Antes
Materiais de Outros resultados
1.1.03.04.1 2.3.08 3.07 dos Tributos sobre
consumo abrangestes
o Lucro
Imposto de Renda
Participação dos
Valores e Créditos e Contribuição
1.1.04 2.3.09 Acionistas não 3.08
Recuperáveis Social sobre o
controladores
Lucro
Resultado Líquido
Tributos
1.1.04.01 3.09 das Operações
Recuperáveis
Continuadas
Resultado Líquido
Ativo Não
1.2 3.10 de Operações
Circulante
Descontinuadas
Ativo Realizável a Lucro/Prejuízo do
1.02.01 3.11
Longo Prazo Período
1.02.02 Investimentos
1.02.03 Imobilizado
1.02.04 Intangível
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1.1.03 Estoques
1.1.03.01 Produção do Estabelecimento
1.1.03.01.1 Produtos Acabados
1.1.03.01.2 Produtos em Elaboração
1.1.03.02 Mercadorias
1.1.03.02.1 Mercadorias para Revenda
1.1.03.03 Matérias-primas e Embalagens
1.1.03.03.1 Matérias-primas A
1.1.03.03.2 Matérias-primas B
1.1.03.03.3 Matérias-primas C
1.1.03.04 Almoxarifado
1.1.03.04.1 Materiais de consumo
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trabalhou em cada um e quanto custa cada operário para a empresa, mas
parte dela refere-se aos chefes de equipes de produção e não há
possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos. A
mão de obra vai ser direta quando for possível medir sua utilização, do
contrário será indireta.
Salários da supervisão: mais difícil ainda de se alocar por meio de uma
verificação direta e objetiva da mão de obra dos chefes de equipes de
produção, já que essa supervisão é a geral da fábrica. Representa esse
custo o gasto da supervisão dos chefes de equipes e, por isso mesmo,
muito mais difícil é a alocação aos produtos. Então, custo indireto.
Depreciação das máquinas: a depreciação é considerada um custo
indireto, pois geralmente possui um valor igual em todos os períodos, visto
que a empresa se deprecia linearmente. Como exceção, existe a
possibilidade de apropriá-la diretamente a cada produto caso a
depreciação seja contabilizada de outra forma, ou seja, depreciar por
hora, assim podendo identificar o tempo de utilização em cada produto.
Energia elétrica: parte dela é possível alocar aos produtos, desde que as
máquinas utilizadas na produção possuam um medidor próprio, e a
empresa faça verificações de quanto consome para cada item elaborado.
Porém, existe a energia que é medida globalmente, e não há forma direta
de alocação. Então, se existir medidor de energia individual, torna-se
custo direto; não havendo medidor individual, é custo indireto.
Aluguel do prédio: impossível de se medir diretamente quanto pertence a
cada produto. Por isso, custo indireto.
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TEMA 5 – CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS: FIXOS X VARIÁVEIS
R$ 10.000,00
R$ 8.000,00
R$ 6.000,00
R$ 4.000,00
R$ 2.000,00
R$ 0,00
0 200 400 600 800 1000
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independentemente do volume produzido, os custos fixos continuam sendo R$
6.000,00. Esses custos fixos representam os gastos que não variam
proporcionalmente ao volume produzido, por exemplo a depreciação do prédio
da fábrica e das máquinas, a utilização de materiais de consumo diversos, entre
outros.
Já os custos variáveis vão se elevando conforme aumenta o volume de
produção, partindo de R$ 2.000,00, com a produção de 200 unidades, até R$
10.000,00, com a produção de 1.000 unidades, podendo, assim, ser definido que
o custo variável unitário é de R$ 10,00. O valor do custo variável unitário advém
da soma de matéria-prima, mão de obra indireta e embalagem.
Vamos, então, ver algumas situações: o valor global de consumo dos
materiais diretos por mês depende diretamente do volume produzido. Quanto
maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Portanto, em um período, o
valor do custo de tais materiais varia de acordo com o volume de produção. Logo,
materiais diretos são custos variáveis.
Já o aluguel da fábrica em certo mês é de determinado valor,
independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume
produzido. Por isso, o aluguel é um custo fixo.
Martins (2010) ressalta que é de grande importância notar que a
classificação em fixos e variáveis leva em consideração o período (unidade de
tempo), o valor total de custos com um item nessa unidade de tempo e o volume
de atividade. Não se pode confundir com o caso da classificação de diretos e
indiretos, de um relacionamento com a unidade produzida. Por exemplo, a
matéria-prima é um custo variável, pois, por mês, seu valor total consumido
depende da quantidade de itens fabricados. Porém, por unidade produzida, a
quantidade de matéria-prima é provavelmente a mesma, mas isso não lhe tira a
característica de variável, pelo contrário, reforça-a.
A distinção em fixos e variáveis também tem outra característica
importante: considerando a relação entre período e volume de atividade, não se
está comparando um período com outro (Martins, 2010). Esse fato é de extrema
importância para não confundirmos custo fixo com custo que ocorre em
todos os períodos. Por exemplo, se a empresa realiza depreciação com base
em quotas decrescentes e com isso atribui para cada ano um valor diferente
desse custo, continua tendo na depreciação um custo fixo, mesmo que em cada
período ele seja de valor diferente. Outra situação é se o aluguel é reajustado
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mensalmente em função de qualquer índice e nunca tem valor igual em dois
períodos subsequentes, continua sendo um custo fixo, pois, em cada período,
seu valor é definido e não tem relação com o volume produzido.
Há mais exemplos dessa natureza: mão de obra indireta – normalmente,
é um gasto que, apesar de poder variar em valor de período para período, é um
custo fixo, pois, por mês, tem seu montante definido não em função do volume
de produção; conta dos telefones da fábrica – pode ter seu valor diferente em
cada mês, mas não é um custo variável, pois seu montante não está variando
em função do volume de produtos fabricados.
Nesse momento, sugerimos que seja feita uma pesquisa buscando saber
quais são os possíveis custos fixos e variáveis em uma indústria de roupas. Com
isso, você terá mais proximidade com os conceitos, visualizando um exemplo
prático.
Querido(a) aluno(a), vamos agora conversar no fórum com seus colegas
para tentarmos chegar a pontos comuns sobre as situações expostas a seguir.
a. Sabe-se que existe aquele ditado que fala “quem não é visto não é
lembrado”, então as empresas acabam investindo em marketing para
elevar a venda de seus produtos. Você acha que isso é um custo ou uma
despesa? Justifique sua resposta.
b. Quase todas as atividades de fabricação de produtos necessitam de
energia elétrica, a qual, dependendo da situação, pode ser um custo direto
ou um custo indireto. O que deve ser levado em consideração para fazer
tal distinção?
c. As perdas e os desperdícios são gastos não desejados pelas empresas,
no entanto eles possuem diferenças. Como podemos diferenciar de
maneira simples um do outro? Exemplifique.
d. Como podemos diferenciar de maneira bem simples custo de despesa?
NA PRÁTICA
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produzir o bolo somam 50% do valor dos ingredientes utilizados. O valor da mão
de obra para a produção do bolo corresponde 100% do valor dos ingredientes
adquiridos. Cristina não sabe quanto custou para fazer seu bolo, por isso não
sabe qual pode ser seu preço de venda para não perder dinheiro. Então, vamos
ajudar Cristina? Para isso, precisamos também identificar quais são as
classificações dos custos.
Já conseguiu descobrir o custo do bolo? Não? Então vamos dar uma
ajuda. Vamos começar com a classificação dos custos em diretos ou indiretos e
em fixos ou variáveis.
Vamos aos ingredientes do bolo:
4 ovos.
2 xícaras (chá) de açúcar.
1 xícara (chá) de óleo.
Suco de 2 laranjas.
Casca de 1 laranja.
2 xícaras (chá) de farinha de trigo.
1 colher (sopa) de fermento.
Não podemos esquecer que também temos o gasto com mão de obra.
Conhecendo os insumos e o processo de produção, podemos então classificar
os custos.
18
se de depreciação linear, da qual não podemos ter uma identificação
facilitada ao bolo em questão, por isso trata-se de custo indireto. A energia
elétrica utilizada no liquidificador não determina quanto tempo exato do
processo vai utilizar energia, bem como a energia consumida pelas
lâmpadas do ambiente de preparação, então são custos indiretos, pois
não se tem medição de consumo identificável ao bolo.
A mão de obra e o gás consumido não apresentaram unidade de medida,
dessa forma sendo classificados como custo indireto, no entanto, caso
conste que o tempo gasto de preparo do bolo é de uma hora de trabalho,
isso torna a mão de obra um custo direto devido à medição. Isso também
acontece para o gás, pois, caso haja uma medida de consumo para o
preparo de cada bolo, classifica-se como custo direto.
19
Cristina comprou R$ 15,00 de ingredientes, porém utilizou apenas 60%
desse total. Temos R$ 15,00 x 60% = R$ 9,00. O custo dos ingredientes
que são nossa matéria-prima é de R$ 9,00.
Agora, os gastos gerais, que são aqueles de depreciação dos itens
utilizados, energia elétrica, gás para cozimento. Sabemos que o valor foi
de 50% dos ingredientes utilizados. Temos R$ 9,00 x 50% = R$ 4,50.
Então, temos mais o custo de R$ 4,50.
Por fim, a mão de obra, que corresponde a 100% do valor dos ingredientes
adquiridos por Cristina. O valor adquirido de ingredientes é de R$ 15,00.
Então, o custo do bolo de Cristina encontra-se com a soma dos custos.
Temos R$ 9,00 + R$ 4,50 + R$ 15,00 = R$ 28,50.
Agora que Cristina sabe que o seu bolo custa R$ 28,50, ela já pode formar
seu preço de venda, evitando assim que tenha prejuízo vendendo por valor
inferior ao do custo.
Viu, caro(a) aluno(a), é muito importante conhecer seu custo de produção,
dessa maneira você poderá tomar decisões mais seguras para formar o preço
de venda, bem como, conhecendo a classificação dos custos do seu produto,
poderá realizar um controle mais eficiente dos custos.
Dona Teresa faz lindos bolos de aniversário, mas, coitadinha dela, não
sabe calcular o custo do seu bolo, então vamos ajudar a dona Teresa a calcular
esse valor.
Dona Teresa foi ao supermercado e comprou alguns itens, conforme segue:
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Com os ingredientes em mãos, a dona Teresa trabalhou por 3 horas no
preparo do bolo, sendo que o custo da hora da dona Teresa é de R$ 10,00.
Para fazer o bolo, foram necessários outros gastos, conforme segue:
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Gás R$ 0,50
Aluguel R$ 5,00
Depreciação R$ 3,00
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b. Despesa.
c. Custo.
d. Investimento.
FINALIZANDO
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Fizemos um paralelo entre a classificação dos custos como diretos ou
indiretos. Deixamos claro que custos diretos são aqueles identificáveis aos
produtos por alguma unidade de medida, como a matéria-prima, enquanto os
custos indiretos são aqueles que apresentam dificuldade de identificação ao
produto, devendo utilizar critérios para possibilitar tal identificação. O aluguel, por
exemplo, é um custo indireto.
Finalizamos nossa aula abordando a classificação dos custos em fixos e
variáveis. Conceituamos que os custos fixos são aqueles que não se alteram
proporcionalmente ao volume produzido, já os custos variáveis sofrem alteração
proporcional à quantidade produzida, como bem vimos no gráfico desta aula. O
aluguel ou a depreciação do prédio da fábrica serão custos fixos, pois,
independente do volume de produção, eles não vão variar na mesma proporção.
Já os materiais diretos de produção serão custos variáveis, pois elevam o custo
de materiais diretos conforme a produção aumenta, variando de maneira
proporcional.
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REFERÊNCIAS
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