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ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA –


GESTÃO DE CUSTOS DE MATERIAIS

FLAVIO RODRIGO GLORIA - 243422022

PORTIFÓLIO
RESOLUÇÃO DO DESAFIO DO ASSUNTO 04

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Ipatinga
2022
FLAVIO RODRIGO GLORIA

PORTIFÓLIO
RESOLUÇÃO DO DESAFIO DO ASSUNTO 04

Trabalho apresentado ao Curso Engenharia Industrial


Mecânica do Centro Universitário ENIAC para a
disciplina Gestão de Custos de Materiais.

Prof. Walter Antonio da Silva Costa

Ipatinga
2022
Resumo do conteúdo
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Resumo do conteúdo está relacionado ao conceito de custo, suas aplicações
e suas classificações, principalmente no ambiente empresarial.

Os sacrifícios financeiros realizados por uma empresa podem ter diferentes


classificações, porque os fundamentos da contabilidade e as práticas da gestão
financeira, de custos e da controladoria requer que tenham padronização e critério
para alocar os gastos incorridos por uma organização, cujas naturezas podem diferir
significativamente. Os gastos podem ser incorridos a uma compra imediata ou em
uma compra a prazo. Investimentos, custos e despesas são tipos de gastos. Logo,
podemos dizer que o gênero “gastos” é composto pelas “despesas”, pelos “custos” e
pelos “investimentos” (MARTINS, 2018).

Os investimentos são gastos ativados, que possuem suporte tecnológico,


estrutural e operacional, em função de sua utilidade futura de bens e serviços, já os
custos, representam os gastos relativos aos bens ou serviços utilizados na produção
de outros bens ou serviços. As despesas estão relacionadas a todos os bens ou
serviços consumidos na manutenção de atividades operacionais e na obtenção de
receitas não vinculadas à produção de bens e serviços (MARTINS, 2018; SANTOS,
2017).

É importante ressaltar que a classificação de um gasto em investimento, custo


ou despesa não deve ser diretamente ligada à nomenclatura do gasto, mas sim ao
seu contexto, à aplicação e ao objetivo para o qual foi incorrido o gasto.

Agora vamos descrever sobre os custos do produto e custos do período.


Custo do produto está relacionado aos gastos incorridos para a produção da
mercadoria ou serviço relacionados a estes. Já o custo do período não está ligado
necessariamente ao produto, além de serem reconhecidos na medida em que são
incorridos (DUTRA, 2017; PÊGAS, 2017). Custos do produto e do período impactam
de forma relevante os resultados das demonstrações contábeis de uma empresa,
pois custos do período são reconhecidos diretamente como despesas do período,
impactando diretamente ao resultado do exercício. Em contrapartida, os custos do
produto nem sempre afetam diretamente o resultado quando são incorridos.
Para compreender como se comportam os custos do produto, principalmente
que dizem respeito à fabricação, comercialização de produtos ou prestação de
serviços, precisaremos conhecer os custos diretos e indiretos (FERREIRA, 2007).
Os custos diretos são todos aqueles que estão relacionados aos produtos e serviços
realizados pela empresa, que têm impacto no valor final do produto e calculado para
a comercialização, sendo de fácil identificação e de acompanhar, pois contêm itens
como matéria-prima e mão de obra para que o negócio funcione. Já os custos
indiretos são aqueles que não necessariamente estão ligados à atividade proposta
pela empresa. Isso quer dizer que são custos que interferem na produção, seja do
produto ou do serviço, mas que não têm relação direta com estes. Exemplo disto é
os gastos com energia, aluguel, entre outros. Por não terem esta ligação direta, os
custos indiretos não chegam a ser incluídos nos custos do produto ou serviço, é
realizado um rateio, que permite que estes valores sejam integrados ao preço final
daquilo que a empresa oferece (DUTRA, 2017).

Por fim, apresentaremos as categorias fundamentais dos custos, que são de


extrema relevância para a contabilidade das atividades industriais: fixos, variáveis e
mistos.

 Custos fixos permanecem constantes, não dependem do volume de


produção. Exemplo disso é o aluguel do local da empresa e salário dos
funcionários.
 Custos variáveis são crescentes e diretamente proporcionais ao
volume de produção. Exemplo é matéria-prima utilizada para a
produção.
 Custos mistos são aqueles que têm um componente fixo e outro
variável. Um exemplo típico deste custo é o valor fixo cobrado pelas
distribuidoras de energia elétrica para oferecimento do serviço
(HANSEN; MOWEN, 2013).

Existem outros tipos de custos, um deles é o custo primário, que corresponde


à soma dos gastos com matéria-prima e dos gastos com mão de obra direta. Outro
exemplo é o custo de transformação, como o próprio nome já diz são os custos
incorridos para transformar a matéria-prima em produto.

Os custos também são classificados por terem uma grande relevância na


tomada de decisão na frente dos negócios das empresas. Devido esta importância
da gestão de custos para as organizações, foram definidos diferentes tipos de
custos, de forma a permitir sua classificação e auxiliar as empresas na identificação
de seus potenciais estratégicos, conforme Garrison, Noreen e Brewer (2013).

 Custo e receita diferencial: quando é necessário tomar uma decisão,


normalmente é preciso escolher entre algumas alternativas, pensa-se
em uma relação custo–benefício, ponderando e definindo qual será a
melhor para a organização. A diferença que há entre o custo de cada
uma das opções é conhecida por custo diferencial. Já a diferença que
há entre a receita dessas mesmas opções é denominada receita
diferencial.
 Custo de oportunidade: representa o custo associado a uma
determinada escolha, medido em termos da melhor oportunidade
perdida, representando o valor que atribuímos à melhor alternativa de
que prescindimos quando efetuamos a nossa escolha.
 Custos perdidos: são aqueles que não há possibilidade de mudança.
Nenhuma decisão tomada fará com que um custo perdido seja
modificado.

Para finalizarmos vamos abordar os custos de qualidade, composto pelas


despesas incorridas para atingir a qualidade de um produto ou serviço adicionado a
todos os custos necessários com ações corretivas que precisam ser tomadas, em
caso de má qualidade do produto. São quatro os tipos de custos de qualidade dentro
de uma empresa, sendo conhecidos por custo de prevenção, custo de avaliação e
custos de falhas externas e internas, conforme Garrison, Noreen e Brewer (2013).

O custo de prevenção está relacionado ao custo de prevenir falhas, segundo


Marques (2013), uma das técnicas que podem ser adotadas na prevenção de falhas
é o controle estatístico de processos.

Custos de avaliação como o próprio nome condiz, estão relacionados à


avaliação, detecção ou inspeção da qualidade do produto para que atenda aos
requisitos de qualidade.

Enfim, chegamos aos dois últimos tipos de custo com qualidade, os custos de
falhas internas que acontece quando os produtos não chegaram ao consumidor em
decorrência de defeitos, como sucata ou produtos rejeitados e os custos de falhas
externas que é quando o cliente recebe o produto não conforme ao adquirido, sendo
o mais grave dos tipos de custo, pois além de todos os gastos para a produção,
também tem os gastos intrínsecos, que pode afetar a credibilidade da empresa.

Desafio
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Resolução do desafio do assunto 04.
Exercício: Observe os dados constantes no quadro de uma empresa XWQ e
produza um relatório de qualidade com, no mínimo, seis linhas. Neste relatório
deverá ser apontado se os custos são bem ou mal distribuídos, indicando, ainda, se
estes são decorrentes de falhas externas e/ou internas. Verifique também se a
empresa utilizou os custos de avaliação e prevenção e se houve aumento ou
redução dos custos de qualidade.
Resposta
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Conforme evidenciado no relatório, podemos determinar que a maioria dos


custos são oriundos de falhas internas e externas, sendo totalmente mal distribuídos,
pois a empresa tem maior gasto com falhas do que custos com prevenção e
avaliação, o que pode acarretar vários problemas, como: insatisfação de cliente,
retrabalhos, perda de insumos e materiais, atrasos para entrega, entre outros. Nota-
se que no primeiro ano o índice de custos por falhas externas é totalmente
desproporcional aos demais custos, sendo mais que o dobro dos demais custos, em
seguida aparece o custo de falhas internas, avaliação e por último o custo de
prevenção. Já no segundo ano, a empresa investiu um pouco mais em prevenção e
avaliação, o que pode ter contribuído na redução do valor total de gasto com
qualidade, 1º ano 9.000.000 e no 2º 7.500.000. Entretanto, apesar da redução do
valor total, houve um aumento considerável dos custos de falhas internas, saindo de
2 milhões para 3 milhões. Para finalizar, tiveram uma queda dos custos de falhas
externas, saindo 5,15 milhões para 2 milhões. Apesar desta melhora dos resultados,
os custos desta empresa estão muito aquém do ideal de se trabalhar, pois precisam
estarem mais coesos e equilibrados, de preferencialmente, os custos com falhas
externas estarem zerados e de falha interna muito inferior aos custos de prevenção
e avaliação, com isto aumenta a credibilidade e qualidade dos produtos ofertados,
tornando uma empresa mais perene.

CONCLUSÃO

Podemos concluir que é de extrema importância para perenidade das


empresas conhecer afinco os custos, seus métodos e desdobramento, para que
tomem as melhores medidas para solução dos problemas e melhorias. Ações
tomadas após avaliação de todos os custos da empresa torna-se planos de ações
mais robustos e com melhores resultados, além de avaliar a saúde financeira da
organização, que pode chegar a um ponto crítico de que este negócio não seja
viável e rentável para a companhia ou instituição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W.; BREWER, Peter C. Contabilidade gerencial.
Tradução de Christiane de Brito. 14. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
DUTRA, R. G. Custos: uma abordagem prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
FERREIRA, J. A. S. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007. HANSEN, D. R.; MOWEN, M. M. Gestão de custos: contabilidade e controle.
3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
PÊGAS, P. H. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SANTOS, J. J. Manual de contabilidade e análise de custos. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2017
MARQUES, W. L. Contabilidade gerencial à necessidade das empresas. Sorocaba:
Cidade, 2013.

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