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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

Custos financeiro

Zeca Carlos Banze

Licenciatura em Administração Pública

Chimoio, Agosto de 2021


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

Custos financeiros

Disciplina: Contabilidade Básica


Docente: dr. Nazaré Machava
Realizado por: Zeca Carlos Banze

Licenciatura em Administração Pública

Chimoio, Agosto de 2021


Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1. Objectivos........................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral......................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos...........................................................................................3

1.2. Metodologia.....................................................................................................................3

2. Custos financeiros...................................................................................................................4

2.1. Classificação de custos....................................................................................................5

2.1.1. De acordo com a possibilidade de identificação ou não dos custos às unidades


produzidas...........................................................................................................6

2.1.2. De acordo com a variação dos custos com relação ao nível de actividades..........6

2.2. Custos que representam desembolso e custos que são imputados..................................7

2.3. Estrutura de custos...........................................................................................................7

3. Conclusão..............................................................................................................................10

4. Referências bibliográficas.....................................................................................................11
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1. Introdução

O presente trabalho visa abordar sobre custos financeiros, pois estes são conceituados como
sendo os gastos que uma empresa tem e que estão directamente relacionados ao processo de
produzir bens e serviços para serem vendidos no mercado.  É através dos custos que uma
empresa consegue os insumos e mão de obra necessários para realizar suas actividades
produtivas. Uma montadora, por exemplo, precisa gerar custos para conseguir as máquinas,
peças e os trabalhadores necessários para montar os carros. Já para vendê-los ela irá
gerar custos com logística, como os gastos com marketing, transporte, pátios para guardar os
carros, entre outras coisas mais. Estes custos podem ser divididos em várias categorias: custos
directos, custos indirectos, custos fixos, custos variáveis, custos financeiros, entre outros.
Como mencionado anteriormente o trabalho será desenvolvido falando dos custos financeiros
desde o seu conceito, descrição e tipos.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender os custos financeiros.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceituar os custos;
 Classificar os custos
 Explicar os custos que representam desembolso e custos que são
imputados;
 Descrever a estrutura de custos.

1.2. Metodologia

Para fazer face a realização do trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir
informações que versam sobre o conteúdo em estudo. As tais fontes incluem manuais físicos
que se referem a livros e trabalhos realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos
por via da internet e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do
trabalho, onde estão pontuados como referências.
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2. Custos financeiros

Custo é a expressão monetária do consumo ou desgaste de factores necessários à produção de


um bem ou serviço. Todo processo de produção de um bem supõe consumo ou desgaste de
uma série de factores produtivos. O conceito de custo está ligado ao sacrifício incorrido para
produzir esse bem. Então, o custo pode ser definido como sendo qualquer recurso sacrificado
ou decidido para atingir um objecto específico. Para orientar as suas decisões, os gestores
necessitam de dados sobre determinada actividade.

Querem o custo de qualquer actividade ou produto ou centro de responsabilidades para o qual


se deseja uma medida separada de custos que constitui o objecto dos custos. A adopção de
controles internos em empresas fabris há muito tem sido um procedimento administrativo
imprescindível para monitorar o desempenho das diversas áreas e respectivos
sectores/departamentos. Inicialmente, os controles internos eram utilizados para proteger os
activos das organizações, ao longo dos anos, foram aprimorados e passaram a servir
prioritariamente como fonte de informações úteis à tomada de decisões gerenciais.

Essa evolução também aconteceu no âmbito dos controles internos relacionados com os itens
estocados, uma vez que o foco inicial na mensuração da quantidade física existente foi
expandido para responder a questões ligadas à adequação dos valores monetários de insumos
ou produtos prontos armazenados e aos respectivos prazos de estocagem, entre outros
aspectos relevantes (WERNKE; VARGAS, 2014).

Com a rentabilidade da empresa tornando-se cada vez mais apertada, mudanças se fazem
necessárias para que as organizações se adaptem às rápidas transformações do ambiente
externo. É importante ter informações de custos adequadas para apoiar decisões de
planejamento, e assim não se cometam decisões erradas.

Kaplan e Cooper (1998) esclarecem que: As mudanças nos negócios ocorridas desde meados
da década de 70, desencadeadas pela competição global e pelas inovações tecnológicas,
provocaram inovações impressionantes quanto à utilização de informações financeiras e não
financeiras pelas empresas. O novo ambiente demanda informações mais relevantes
relacionadas a custos e desempenho das actividades, processos, produtos, serviços e clientes.
No passado, muitas empresas tentaram suprir as suas necessidades de informações para a
tomada de decisões com um único sistema de custeio.
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Mas como a variedade de produtos e processos era limitada, sem contar que a excelência nos
processos de manufactura não era essencial ao sucesso, talvez um único sistema de custeio
bastasse. Portanto, não existe um único custo para um produto ou serviço que possa ser
utilizado para diversas finalidades. Cada objectivo exige um custo diferente. Para calcular um
determinado custo, é preciso saber qual será a sua finalidade, ou seja, a qual objectivo irá
atender. Qualquer empresa para dar início, e desenvolver as suas actividades, sejam elas
industriais, comerciais ou na área de serviços, deve, necessariamente alocar uma certa
quantidade de recursos, expressos em valores monetários.

Assim, adquirirá máquinas, equipamentos, móveis e demais utensílios que serão instalados
em um determinado local (próprio ou alugado); contratará empregados; comprará matéria-
prima, materiais secundários, materiais de escritório; contratará vendedores, investirá em
propaganda, etc. Quando estiver em funcionamento, deverá pagar os seus fornecedores e os
seus empregados; incorrerá em despesas tributárias e, enfim, realizará uma série de outros
gastos necessários para a fabricação e venda de seus produtos e/ou serviços.

A identificação de onde os recursos serão colocados, bem como o montante adequado a ser
aplicado, depende das actividades da empresa, dos produtos e/ou serviços fabricados e
vendidos, dos mercados onde a empresa actua e de outros aspectos por ela considerados e
analisados quando do estabelecimento de sua estratégia global de actuação, tanto a nível de
sua estrutura quanto ao nível de seu funcionamento.

Na medida em que os recursos vão sendo utilizados, transformam-se e são consumidos nos
produtos fabricados e vendidos pela empresa. Dessa forma, a empresa incorre em uma série
de gastos para a fabricação e venda de seus produtos, gastos estes que podem ser chamados,
na acepção mais ampla do termo, de custos. Custos são, portanto, os recursos utilizados e
consumidos pela empresa para a fabricação e venda de seus produtos e serviços.

2.1. Classificação de custos

Os recursos utilizados pela Empresa para a fabricação e venda de seus produtos podem ser
analisados, identificados e classificados de várias formas. Assim, podemos agrupar os custos
ocorridos ou a ocorrer na Empresa, utilizando diversos critérios.
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2.1.1. De acordo com a possibilidade de identificação ou não dos custos às unidades


produzidas
a) Custos Directos

São todos os custos que podem ser directamente associados às unidades produzidas (ou
vendidas). Tais são, por exemplo, os custos com matéria prima, com mão de obra directa, com
materiais de embalagem, com comissões, com despesas tributárias (ICM, IPI).

b) Custos Indirectos

São todos os custos que não podem ser directamente associados às unidades produzidas (ou
vendidas). Tais são, por exemplo, as despesas administrativas, os demais custos de fabricação
(mão-de- obra indirecta de produção, energia eléctrica, materiais secundários), as despesas
financeiras.

2.1.2. De acordo com a variação dos custos com relação ao nível de actividades
a) Custos Variáveis

São todos os custos que aumentam ou diminuem de acordo com as alterações no volume de
produção ou venda de uma empresa, numa determinada unidade de tempo. Assim, os custos
com matéria- prima, materiais secundários, energia eléctrica, salários com mão de obra
directa, despesas tributárias, comissões, despesas financeiras com capital de giro, aumentam
ou diminuem de acordo com as unidades produzidas, mês a mês.

b) Custos Fixos

São todos os custos que permanecem inalterados, apesar das variações no volume de
produção de uma empresa. É o caso das despesas administrativas, aluguel, depreciação, taxas,
seguros, ordenados com mão de obra indirecta.

2.1.3. De acordo com a origem funcional dos custos


a) Custos de fabricação;
b) Despesas administrativas;
c) Despesas comerciais;
d) Despesas financeiras.
e) Despesas tributárias.
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A estes grupos de custos e despesas funcionais podem ser agregados outros grupos,
dependendo das características e forma de actuação da empresa com os seus clientes. Assim,
por exemplo, podem ser identificadas despesas de distribuição, despesas com transporte,
despesas com montagem externa, despesas com projectos, etc.

2.2. Custos que representam desembolso e custos que são imputados


a) Custos que representam desembolso ou saída de valores monetários. Por exemplo,
pagamento de salários, materiais, aluguel, impostos, etc.

b) Custos que não representam saída de valores monetários, mas são calculados e
agregados ao custo total dos produtos. É o caso de: depreciação, juros sobre o
capital imobilizado, custo do capital de giro próprio.

O quadro a seguir exemplifica uma classificação de custos e despesas, baseada nos vários
critérios apresentados. É evidente que alguns dos itens de custos e despesas tem
características diferentes de empresa para empresa. Assim, por exemplo, energia eléctrica em
alguns casos pode ser um custo fixo.

2.3. Estrutura de custos

A partir da classificação vista no item anterior é possível identificar a estrutura de custos e


despesas de uma empresa. Complementando-a com a estrutura de receitas (composto de
vendas) e a análise do resultado do período, obtém-se uma série de informações e dados a
serem utilizados com diversos objectivos, como por exemplo, controle de custos, sistema de
custeio a ser adoptado, etc.

A discussão desses temas deve ter como ponto de partida e pano de fundo, a preocupação com
a taxa de retorno da empresa, objectivo básico da empresa capitalista, já que tanto a margem
de lucro quanto a rotação do capital produtivo estão directamente ligados à estrutura de custos
e receitas do empreendimento. Neste sentido, e tendo presente as diferentes classificações de
custos, anteriormente discutidas, deve-se entender a estrutura de custos e despesas, como um
instrumento para decisão e controle de custos.

Formalmente a estrutura de Custos e Despesas mostra a participação de cada elemento de


Custo e Despesa (aqui chamada indiscriminadamente de Custo) no total de custos da empresa,
num dado período, ou a sua proporção em relação ao Facturamento do mesmo período.
Verifica-se, desse modo, quanto se "gastou" para fabricar o produto da empresa, desde a
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compra das matérias- primas até sua entrega aos clientes. Contém, portanto, os Custos de
Fabricação, Administrativos, Comerciais, Financeiros, Tributários, etc.

Evidentemente, esta estrutura será específica para cada empresa, reflectindo sua estrutura
administrativa, a tecnologia empregada na produção, o número de empregados que possui, a
estrutura comercial e a política de vendas que pratica, etc.

Percebe-se, desde logo, a existência de diferentes estruturas de custos dentro de empresas até
do mesmo ramo e porte, reflectindo diferentes usos dos recursos disponíveis em cada uma
delas, além de formas diferentes de administrar os recursos existentes.

Objectivamente, de uma Estrutura de Custos pode-se obter:

1. A participação dos diferentes tipos de Custos e Despesas na produção dos bens


fabricados pela empresa.
2. Os principais itens de Custo a serem acompanhados e controlados periodicamente.
3. Informações acerca do método ou métodos mais adequados de apropriação dos Custos
aos produtos elaborados pela empresa.

A própria estrutura de Custos e Despesas reflecte uma certa Estrutura de Receitas (ou
composto de Vendas) do empreendimento, ou seja, o fato da empresa vender (por opção
própria ou obrigada pelo mercado) determinada quantidade de certos itens de sua(s) linha(s) a
determinados preços, interfere directamente na sua estrutura de custos, na medida em que
obriga a um gasto determinado com matéria-prima, operários, supervisores, energia eléctrica,
máquinas, embalagens, vendedores, etc.

A Estrutura de Receitas indica quais produtos, em que quantidade e a que preço estão
contribuindo para o facturamento total da empresa no período analisado.

Assim, evidentemente, a estreita relação existente entre a Estrutura de Custos e a Estrutura de


Receitas apresenta uma indicação clara de como se formou o Resultado da empresa no
período, indicação este de extrema importância tanto para o controle (que itens foram
produzidos e quanto custaram), quanto para decisões frente ao mercado da empresa (quanto
produzir e quais itens para um melhor resultado).

A partir, então, da estrutura de Custos e Despesas, da estrutura administrativa existente, do


porte da empresa e tendo também como objectivo o controle dos custos, pode ser definido o
sistema de custeio a ser adoptado, sistema de custeio aqui entendido como um método para
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apropriação dos custos e despesas no(s) produto(s). Dos diversos métodos existentes
destacam-se dois tipos básicos (Integral e Variável), já os demais (Estimado e Padrão) podem
ser considerados instrumentos auxiliares de análise dos sistemas básicos.
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3. Conclusão

Com a realização do trabalho pude perceber que os custos financeiros são aqueles inerentes a
todo o processo de estocagem e incluem todo o capital financeiro que foi investido na
aquisição das mercadorias, além de outros custos, como juros e taxas financeiras que a
empresa necessita arcar para poder ter o estoque. Dessa maneira, a empresa deve analisar
cautelosamente os aspectos financeiros para poder tomar as decisões empresariais adequadas
para o mantimento dos estoques em altos níveis, ou em baixos níveis, como reposição
periódica, ou continua, entre outros aspectos, pois sempre estarão consumindo recursos que
são importantes para todos os sectores empresariais e para o negócio como um todo.
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4. Referências bibliográficas
 Assaf Neto, A.; Lima, F. G. (2009). Curso de administração financeira. São
Paulo: Atlas.
 Assef, R. (1999) Administração financeira: pequenas e médias empresas. Rio de
Janeiro: Campus.
 Faria, A. C.; Costa, M. F. G. (2005). Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas.
 Heymann, H. G.; Bloom, R. (1990). Opportunity cost in finance and accounting.
Westport: Quorum Books.
 Martins, E.; Assaf Neto, A. (1993). Administração financeira. São Paulo: Atlas.
 Viana, J. J. (2002). Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas.

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