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Tema:
Modelo de Newcomb
Discente:
Discentes:
- Erasmo Vasco Mutaripo
- Hérica Milena Nombora
- Leila Lino
- Sílvia João Fernando Sozinho
- Vanessa de Azvedo
1.1. Objectivos.......................................................................................................................3
1.2. Metodologia....................................................................................................................3
2. Modelo de Newcomb..............................................................................................................4
3. Conclusão................................................................................................................................8
4. Referências bibliográficas.......................................................................................................9
1. Introdução
O presente trabalho tem como tema o Modelo de Newcomb. Em 1953, Newcomb sugere um
modelo de comunicação com uma forma triangular e é uma extensão de um trabalho antigo do
psicólogo Heider (1946, citado em McQuail e Windahl, 1993). Heider preocupava-se com os
processos cognitivos internos que envolviam dois indivíduos e Newcomb desenvolveu a sua
ideia, mas tendo em conta dois ou mais indivíduos. Este seria o pioneiro dos modelos a
introduzir o papel da comunicação na sociedade ou numa relação social. Nas páginas a seguir
estão presentes tópicos que tem como finalidade facilitar a percepção do tema em estudo.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender o Modelo de Newcomb.
1.2. Metodologia
Para fazer face a realização do trabalho foi necessário a consulta de fontes de modo a adquirir
informações que versam sobre o conteúdo em estudo. As tais fontes incluem manuais físicos
que se referem a livros e trabalhos realizados anteriormente e manuais electrónicos adquiridos
por via da internet e os seus respectivos indicadores estão presentes na última página do
trabalho, onde estão pontuados como referências.
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2. Modelo de Newcomb
2.1. Conceitos gerais dos modelos de comunicação
A Teoria (matemática) do Caos demonstra que, por um lado, os modelos nunca podem
contemplar todos os elementos (variáveis) que interferem num acto comunicativo, porque
tudo está relacionado com tudo. Isso seria impossível, excepto para um ser omnisciente. Por
outro lado, a mesma teoria demonstra que os modelos não conseguem dar conta de todas as
interacções estabelecidas entre todos os elementos que interferem no processo de
comunicação. Inclusivamente, não só todos os elementos do processo de comunicação
apresentam contínuas mudanças no tempo como também as interacções que eles estabelecem
entre si são evolutivas e sujeitas a perpétua mudança. (Alvez, 1999)
As palavras não só mudam com o tempo como também podem assumir diferentes significados
para emissor e receptor. Além disso, a linguagem também é uma invenção humana incapaz de
espelhar a realidade. A linguagem recria a realidade, tornando esta última compreensível,
sobretudo ao nível fenomenológico, mas não cognoscível, em particular ao nível ontológico.
Há ainda um terceiro problema com que os teóricos da comunicação têm de lidar quando
procuram construir modelos dos actos comunicativos: a observação depende do observador.
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Esta é uma realidade de que as ciências sociais e humanas foram adquirindo consciência a
partir da introdução, na física, do Princípio da Incerteza de Heisenberg e da Teoria da
Relatividade, respectivamente. Os modelos são, assim, no dizer de John Fiske (1993: 58),
uma espécie de mapa, que representa características seleccionadas do seu território.
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No entanto, a tendência é que A e B cheguem a um novo ponto de equilíbrio na sua atitude
para com X, negociando as suas orientações em relação a este último. Ou seja, os esforços de
co-orientação de A e B em relação a X tendem a conduzir, com o tempo, a nova situação de
simetria:
Quanto mais X for importante para A e B (uma pessoa importante, uma instituição
importante, etc.), mais necessidade existe para A e B restabelecerem o equilíbrio,
comunicando. Por exemplo, se X é o patrão de A e B e A gostar do patrão e B não gostar
então A e B vão ter de comunicar entre ambos para tentarem chegar a um consenso a respeito
de X. Se X muda, mais A e B necessitam de comunicar para estabelecer a sua atitude em
relação a X.
Ou por outra, oois sujeitos A e B teriam o papel de emissor e receptor e um terceiro elemento
X faria parte do seu ambiente social (pode não ser uma coisa ou uma pessoa, poderá ser
qualquer elemento do ambiente que A e B partilham), ou seja, ABX é um sistema em que as
relações internas que se estabelecem são interdependentes pois se A se altera, B e X também
vão ser alterados, o que equivale a dizer que se A mudar a sua relação com X, B terá de
mudar a sua relação com X ou com A (Fiske, 2004; Peixoto, 2010).
Desta forma, quanto mais importante for o lugar que X no enquadramento social de A e B
mais urgente será a sua motivação para partilharem um parecer a seu respeito. (Pasquali, A.
1979)
Em suma, pode dizer-se que o modelo de Newcomb, mais do que descrever como decorre um
acto comunicativo, atenta nos motivos que explicam as dinâmicas e motivações
comunicacionais das pessoas em interacção, mostrando que as percepções que os
interlocutores fazem uns dos outros e dos referentes externos influenciam a comunicação.
Incentivando equilíbrios, a comunicação interpessoal fomenta a probabilidade de os
interlocutores (A e B) negociarem orientações similares em relação aos referentes (X) da
comunicação que estabelecem entre eles.
Por outras palavras, os actores sociais não estão isolados, pelo que a sua orientação em
relação a referentes externos depende do contexto social em que se movem, nomeadamente da
orientação dos outros actores sociais em relação a esses mesmos referentes. A comunicação é,
em síntese, o processo que permite às pessoas co-orientar as suas condutas.
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3. Conclusão
Com a realização deste trabalho percebemos que Newcomb parte do princípio de que
qualquer relação em sociedade existe sempre sob a forma de um equilíbrio. Como existe uma
interdependência no sistema ABX, o equilíbrio é sempre procurado pelas personagens
intervenientes na relação: “se A muda, B e X mudarão também», ou ainda «se A mudar a sua
relação com X, B terá que mudar a sua relação ou com X ou com A”. Este modelo pressupõe
que as pessoas precisam de informação, no entanto e embora esta seja um direito, nem sempre
se tem a percepção dessa necessidade. Sem ela não existiria o sentimento de pertença a um
grupo, a uma sociedade e se a informação que se recebe for a mais adequada e relativa ao
nosso ambiente social, mais facilmente se saberá como reagir e como partilhar nesse
ambiente.
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4. Referências bibliográficas
Alves, A. (1999). Ciências da Comunicação, área interdisciplinar. Comunicação e
Sociedade I, Cadernos do Noroeste, Série Comunicação, Vol. 12 (1-2) 5-18.
Berlo, D. K. (1960). O Processo da Comunicação. São Paulo: Livraria Martins
Fontes, 1985.
Ferraz, Peixoto (2010). Linhas de comunicação para regiões. Universidade do
Minho.
Fiske, J. (1993). Introdução ao Estudo da Comunicação. Porto: Asa.
PasqualI, A. (1979). Comprender la comunicación. Caracas: Monte Avila.
Sousa, Jorge Pedro (2006). Elementos de Teoria e Pesquisa da Comunicação e
dos Media. 2 a edição revista e ampliada; Porto.