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Resumo
O presente artigo abordará o conceito de Representação Social europeu, que nos remete ao
conceito epistemológico de representação coletiva do sociólogo alemão Émile Durkhein.
Numa releitura crítica do Serge Mascovici para evidenciar as influências da representação
social na mídia e na comunicação de massa, transformando e formando as representações
sociais.
Introdução
Inicialmente fazemos uma abordagem histórica para trazer uma reflexão do conceito
de origem da expressão Representação Social, que é européia. Para tanto, é necessário nos
remeter ao conceito de representação coletiva de Émile Durkheim. Esse conceito foi
trazido, novamente, ao meio acadêmico pelo francês Serge Moscovici, que nesta retomada
desenvolveu uma teoria das Representações Sociais no campo da Psicologia Social. Serge
Moscovici foi quem primeiro mencionou a expressão representação social, apresentada em
seu estudo sobre a representação social da psicanálise, na década de 1950. Moscovici
apresentou os resultados de sua pesquisa, na qual procurou compreender de que forma a
psicanálise, ao sair dos grupos fechados e especializados através de sua divulgação pelos
1
Mestranda em Educação em Ciências e Matemática (UFPR), Professora do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), Graduada em Ciências Biológicas (UEPG). E-mail:
adriana.gama@ifpr.edu.br
2
Mestranda em Lingüística Aplicada (UFSC) e bolsista CAPES. Especialista no Ensino de Língua Portuguesa
e Literatura Brasileira (UTFPR), Graduada em Letras (UEPG). E-mail: alinerenee@gmail.com
3
Mestre em Comunicação e Linguagens (UTP), Especialista no Ensino de Língua Portuguesa e Literatura
Brasileira (UTFPR) e em Educação (UFPR), Graduado em Letras (FAFIPAR). E-mail: eduffk@bol.com.br
Moscovici (1978) afirma que o objeto central da Psicologia Social deve ser o estudo
de tudo o que se refere à ideologia e à comunicação do ponto de vista da sua estrutura e
função. Para os pesquisadores que têm uma concepção de ser humano, historicamente
construído, e que enxergam a sociedade como um produto histórico-dialético, a
comunicação obrigatoriamente torna-se um problema a ser pesquisado. Ela deve ser
estudada como um campo de problemas, na medida em que sua prática requer a superação
da própria realidade. Todavia, a preocupação não é mais com o que é comunicado, ou seja,
a mensagem, mas a maneira com que se comunica e, nesta relação, o significado que a
comunicação tem para os seres humanos.
Conforme McLuhan (1969), a comunicação é o processo da troca de experiências
para que se torne patrimônio comum. Ela modifica a disposição mental das partes
envolvidas e inclui todos os procedimentos por meio dos quais uma mente pode afetar
outra. Isso envolve não somente as linguagens oral e escrita, como também a música, as
artes plásticas e cênicas, ou seja, todo comportamento humano. Cotidianamente o ser
humano é envolvido por informações, através de imagens e sons que, de uma forma ou de
outra, tentam criar, mudar ou cristalizar atitudes, persuadir nos indivíduos. Pode-se dizer
que este é o efeito dos meios de comunicação de massa nas relações sociais. McLuhan
chama-se este fenômeno de mundo retribalizado, onde as pessoas passam a ser
constantemente massacradas por inúmeras e variadas informações, vindas de todas as partes
do mundo.
Nesse sentido, vê-se como é o foco de abrangência da comunicação de massa:
dirigida a um público heterogêneo e anônimo, por intermediários técnicos sustentados pela
economia de mercado, a partir de uma fonte organizada, geralmente uma grande empresa,
com muitos profissionais e aparelhagem técnica, extensa divisão de trabalho e
Considerações finais
Referências
THOMPSON, J. B. Ideologia e cultura moderna. Teoria social crítica na era dos meios de
comunicação de massa. 3a ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.