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Aqueles que utilizam a mídia são sujeitos ativos e competentes, quando não poderosos, bem
como capazes de emprega-la na experiência cotidiana, a fim de satisfazer suas necessidades. P.
14
Teoria da midiatização: a mídia não é separada das instituições culturais e sociais, nos cabe
compreender como essas instituições mudaram de caráter, função e estrutura em resposta à
presença da mídia.
A partir de uma abordagem institucional que nos permite fazer generalizações entre as
interações microssociais de indivíduos de um determinado setor da cultura e da sociedade,
mas no impede de estimar por completo a influência universal dos meios de comunicação no
nível macro. P. 17
Ressalta-se: não confundir que a evolução das mídias signifique sempre uma mudança das
relações sociais
Devemos, portanto, tomar cuidado para não confundir o perpétuo e mui visível caráter de
“novidade” da evolução dos meios de comunicação com uma transformação contínua dos
arranjos sociais e culturais. P. 19-20
Introdução
Em uma etapa inicial, midiatização: impacto da mídia sobre a comunicação política e a outros
efeitos verificados na esfera política. P. 23
Definição
Por midiatização da cultura e da sociedade entendemos o processo pelo qual ambas as esferas
se tornam cada vez mais dependentes da mídia e de sua lógica. P. 36
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Direta (forte): situações em que uma atividade antes não mediada adquire uma forma
mediada (ex.: xadrez físico pro PC; atividades bancárias online, etc.);
Indireta (fraca): quando uma atividade passa a ser cada vez mais influenciada (em
forma/conteúdo/organização/contexto) pelos símbolos ou mecanismos midiáticos
(ex.: a experiência de ir num Burger King ou McDonalds que envolve exposição a filmes
e animações, ou brindes).
A divisão entre ambas nem sempre é clara, fica mais necessário em termos analíticos. A direta
quando é percebido a substituição de uma atividade social (de não mediada para mediada); a
indireta não afeta a atividade das pessoas, é mais sutil e geral, relaciona-se a dependência das
instituições sociais com os meios de comunicação.
Os meios intervêm na atividade de outras instituições (família, política, etc) ao mesmo tempo
que proporcionam um espaço comum (fóruns virtuais compartilhados)
Uma orientação de mercado mais forte levou os veículos de mídia a preocupar-se mais em
atender seus próprios públicos e usuários. P. 49
Meios de comunicação, hoje, tem uma função dupla: privada e pública. Privada por atender
demandas de mercado; pública por ainda assim cumprir uma função coletiva na sociedade.
Portanto, a lógica que orienta os meios de comunicação não pode ser reduzida a uma lógica
exclusivamente de mercado. Sim, os meios de comunicação vendem produtos aos
consumidores, mas também prestam serviços a seus usuários, quer como público em geral,
quer como indivíduos pertencentes a contextos institucionais específicos. P. 49-50
Características do meio e sua relação com a interação social: affordances (James Gibson)
Qualquer objeto físico dado, em virtude de suas características materiais (forma, tamanho,
consistência, etc.), presta-se a uma série de usos. De acordo com Gibson, as affordances de um
objeto são esses usos potenciais. P. 52
As affordances são também definidas pelo grau de “compatibilidade” entre as características
do objeto e as do usuário. P. 53
Reconhecemos os meios de comunicação como tecnologias dotadas, cada uma das quais, de
um conjunto de affordances que facilitam, limitam e estruturam a comunicação e a ação. P. 53
o Interação face a face: tanto a expressão verbas com ao não verbal estão
disponíveis a todos;
o Interação mediada: indivíduos identificados interagindo em igualdade (ex.:
telefone);
o Quase-interação mediada: interação monológica
O fato de ocorrer entre indivíduos que não compartilham o mesmo tempo e espaço físico
altera as relações entre os participantes. P. 56