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NARRATIVAS E PRODUÇÃO TRANSMÍDIA

EMENTA: Pós-modernidade; Sociedade em rede; Sociedade da informação;


Cibercultura e cultura digital; Processos de midiatização e sua relação com a cultura
digital; Cultura da convergência, conexão e participação; Multimídia, crossmídia e
transmídia; Estudo dos princípios e técnicas da produção narrativa; Narrativas e
realidades sócio-históricas; Narrativas e representação social; Análise estrutural da
narrativa e modelos de configuração (actancial, jornada do herói, morfologia);
Construção de universos narrativos ficcionais e a narração de não-ficção; Metodologias
de análise, planejamento e produção do universo transmídia; Possiblilidades de
transmidiação em produções informativas, publicitárias, corporativas e artístico-
culturais; Mensuração de resultados; Responsabilidade social e impacto da difusão
massiva de informação em múltiplos ambientes midiáticos.
Pós-modernidade
Na pós-modernidade têm lugar os fluxos de informação e o tratamento automático de dados (a
informatização).

A pós-modernidade surgiu com a desconstrução de princípios, conceitos e sistemas


construídos na modernidade, desfazendo todas as amarras da rigidez imposta ao homem
moderno.

“A modernidade não descobriu a comunicação – apenas a problematizou e complexificou seu


desenvolvimento, promovendo o surgimento de múltiplas formas e modulações na sua
realização”. De fato, as próprias comunidades primitivas que deram origem à sociedade só
puderam se estruturar a partir do momento em que o ser humano passou a fazer uso de trocas
simbólicas para se relacionar.

 Teorias da comunicação: A Teoria Hipodérmica, ou Bullet Theory, se fundamenta na


influência manipuladora dos meios de comunicação massiva sobre a sociedade.
Segundo esta teoria, a comunicação entre os indivíduos se dá através de um modelo
behaviorista, que considera toda relação como sendo constituída simplesmente por
um estímulo que gera uma resposta. Dessa forma, a Teoria Hipodérmica coloca que
através dos meios de comunicação massivos é possível controlar o receptor da
mensagem, provocando uma determinada atitude em resposta ao estímulo emitido.
Os teóricos mais relevantes da Teoria Hipodérmica foram: o psicólogo estadunidense
John Broadus Watson (1878-1958) e o psicólogo e sociólogo francês Gustave Le Bom
(1841-1931).

 Após a Teoria Hipodérmica surgiu o Modelo de Lasswell. Esse modelo foi um dos
responsáveis pela defasagem da hipodérmica. O Modelo de Lasswell apontava cinco
questões cruciais para a compreensão correta da mensagem midiática: “Quem? Diz o
quê? Através de que canal? A quem? Com que efeito?”. A partir da obtenção das
respostas para tais perguntas, a mensagem era caracterizada como clara e completa.

 A Teoria da Persuasão é baseada em aspectos psicológicos, e defende que a mensagem


enviada pela mídia não é assimilada imediatamente pelo indivíduo, dependendo de
várias perspectivas individuais. Nessa Teoria, o indivíduo tende a se interessar por
informações que estejam inseridas em seu contexto sócio-cultural e político, e com as
quais ele esteja de acordo.

 Teoria Empírica de Campo (ou Teoria de Efeitos Limitados), embora baseada na Teoria
da Persuasão, fundamenta-se em aspectos sociológicos. Entende-se que a mídia exerce
influência social limitada assim como qualquer outra força social (igreja, política,
escola, etc.), ou seja, a mensagem midiática passa por diversos filtros individuais de
caráter social do indivíduo antes de ser absorvida pelo mesmo.

 A Teoria Funcionalista estuda o papel da mídia na sociedade e não mais apenas os seus
efeitos. O indivíduo deixa de ser analisado apenas por seu comportamento, e passa a
ser estudado por sua ação social, os valores que considera e os modelos sociais que
adquire em comunidade.
 A Teoria Crítica, inaugurada pela Escola de Frankfurt, baseia-se em teorias marxistas
que encaram a mídia como instrumento de influência social capitalista. Ela age por
meio de repetição. A obra de arte perde seu caráter artístico e passa a ter um caráter
capitalista de consumo.

 A Teoria Culturológica, parte do pressuposto de que a mídia não produz uma


padronização cultural, e sim se baseia em uma padronização já existente nas
sociedades, que surge a partir de características nacionais, religiosas e/ou
humanísticas.

Depois disso, desenvolve-se uma segunda fase das Teorias da Comunicação. As Teorias da
segunda fase dividem-se em três: Teoria do Agendamento, Gatekeeper e Newsmaking. A Teoria
do Agendamento estuda a capacidade que os meios de comunicação possuem de enfatizar
algum tema, além de estuda a importância que a mídia tem ao aproximar o indivíduo de uma
realidade distante da sua. Já o Gatekeeper (Guardiões do Portão) estuda as características que
levam uma mensagem a ser ou não divulgada na mídia, dependendo de cada veículo e seus
pressupostos particulares como relevância, influência, confiabilidade, contexto político-social e
até mesmo política empresarial. Por fim, o Newsmaking, que é um aperfeiçoamento do
Gatekeeper, estuda com maior minúcia o trabalho dos profissionais de mídia, na
industrialização das informações cedidas pela realidade, ou seja, a transformação da
informação em notícia.

Sociedade em rede (Manuel Castells)


"Sociedade em rede" é um conceito cunhado pelo sociólogo espanhol Manuel Castells para
descrever a transformação da sociedade contemporânea em uma estrutura social baseada em
redes de comunicação e informação. Essa nova forma de organização social é impulsionada
pela revolução digital e tecnológica que ocorreu nas últimas décadas.

Segundo Castells, a sociedade em rede é caracterizada por três elementos principais: a


tecnologia da informação e comunicação (TICs) como material de base, a flexibilidade e
adaptabilidade como princípios organizacionais e a globalização como condição de operação.
As TICs permitem a conexão em rede de indivíduos, organizações e instituições em todo o
mundo, permitindo a criação de novas formas de comunicação, colaboração e produção. A
flexibilidade e adaptabilidade permitem que as redes se ajustem às mudanças e demandas do
ambiente em tempo real, tornando-as altamente eficientes. A globalização conecta as redes
em uma escala global, criando uma interdependência cada vez maior entre os países e regiões
do mundo.

A sociedade em rede tem profunda influência em diversas áreas da vida social, incluindo a
economia, a política, a cultura e a vida cotidiana. Por exemplo, as redes de produção e
distribuição de bens e serviços tornaram-se mais descentralizadas e fragmentadas, enquanto
as redes de comunicação permitiram o surgimento de novas formas de participação política e
expressão cultural. No entanto, a sociedade em rede também apresenta desafios e dilemas,
como a privacidade, a segurança digital e a desigualdade no acesso à tecnologia e às
oportunidades que ela cria.
Sociedade da informação
Tendo como objetivo promover a inovação tecnológica, a sociedade da informação visa tornar
os processos de comunicação mais ágeis e eficientes para auxiliar no desenvolvimento das
organizações e instituições de ensino unindo pesquisa e informação.

Surgida no contexto da pós-modernidade, a sociedade da informação é essencialmente


informática e comunicacional, constituída principalmente pelos avanços da microeletrônica,
optoeletrônica e multimídia. Adquirir, armazenar, processar e disseminar informações são as
metas básicas do novo sistema.

O termo 'informação' é descrito como os dados estruturados, organizados e processados,


apresentados dentro do contexto, o que o torna relevante e útil para a pessoa que o deseja. A
informação serve para divulgação/compartilhamento e assimilação de conhecimentos,
emoções e intensões.

 Vantagens: Há maior acesso à informação; isso é imediato; Facilita a interação entre os


indivíduos; Facilita a globalização e a transferência de conhecimento em todo o
mundo.; Promove o debate e a diversidade de opiniões; Promove produtividade e
eficiência, devido à sua rapidez.

 Desvantagens: Fake News; O volume de informações dificulta a escolha; São


sociedades pouco pessoais e muito digitais.

Exemplos de sociedades da informação: Assim como nas sociedades do conhecimento, um


grande exemplo desse tipo de sociedade é a Internet. A Internet é a ferramenta que permite a
existência dessas sociedades, por isso é o melhor exemplo possível.

Cibercultura e cultura digital


Cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os
costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família,
como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.

Cibercultura diz respeito à cultura contemporânea que é marcada pelo digital, e pelo estudo de
suas técnicas, ocorrendo no ciberespaço. Se você está lendo este texto agora, tem rede social,
ouve músicas, faz pesquisas, você está inserido na cibercultura. Já a cultura digital, é a
produção e comunicação através dos meios digitais surgidos, alguns chegam a afirmar que ela
teve início após a primeira guerra, quando se iniciou o processo de digitalização.

Para concretizar o pensamento, podemos pensar na Cultura digital como um grande espaço,
onde está inserida a Cibercultura, elas, junto a outras manifestações de cultura, formam a
cultura contemporânea.

Processos de midiatização e sua relação com a cultura digital


Os processos de midiatização são uma forma de analisar como a mídia influencia diferentes
aspectos da sociedade. A cultura digital, por sua vez, é uma expressão que se refere ao
conjunto de valores, práticas e formas de comunicação que emergiram com o advento das
tecnologias digitais.

A relação entre os processos de midiatização e a cultura digital é estreita e complexa. A mídia,


em suas diversas formas, tem sido um agente fundamental na disseminação e difusão da
cultura digital, permitindo que esta se torne cada vez mais presente na vida cotidiana das
pessoas. Por sua vez, a cultura digital tem mudado profundamente a forma como as pessoas
consomem e assimilam conteúdos midiáticos.

Um exemplo claro dessa interação é a forma como as redes sociais se tornaram um meio de
comunicação indispensável na vida das pessoas. As redes sociais são plataformas que
permitem a criação, o compartilhamento e a circulação de conteúdos, além de possibilitarem a
conexão entre indivíduos e grupos. Esse fenômeno não seria possível sem a convergência das
tecnologias digitais e da mídia, que possibilitaram a criação de uma cultura de participação e
colaboração em escala global.

A cultura digital também tem impactado a forma como as empresas e os governos se


relacionam com a mídia. As empresas têm investido cada vez mais em estratégias de marketing
digital, usando plataformas online para se comunicar com seus clientes e criar conteúdos que
possam viralizar nas redes sociais. Por sua vez, os governos têm utilizado as redes sociais como
uma forma de se comunicar diretamente com a população, criando uma cultura de
transparência e participação.

No entanto, a relação entre os processos de midiatização e a cultura digital não é simples e


linear. A midiatização pode levar à homogeneização cultural e à padronização dos gostos e
hábitos, limitando a diversidade e a criatividade. Por sua vez, a cultura digital pode gerar novas
formas de exclusão e desigualdade, à medida que nem todas as pessoas têm acesso ou
capacidade de usar as tecnologias digitais.

Em resumo, os processos de midiatização e cultura digital estão profundamente


interconectados, moldando e sendo moldados mutuamente. A compreensão desses processos
é fundamental para entender as mudanças sociais e culturais que estão ocorrendo na
atualidade e para antecipar as transformações que ainda estão por vir.

Cultura da convergência, conexão e participação


Henry Jenkins, autor do termo e pesquisador da área, explica no livro de mesmo nome o seu
conceito de convergência. Para ele, é a “palavra que define mudanças tecnológicas, industriais,
culturais e sociais no modo como as mídias circulam em nossa cultura”.

A cultura da convergência é uma tendência que se manifesta no mundo contemporâneo,


caracterizada pela integração de diversas formas de mídia em um ambiente digital. Essa
convergência é alimentada pela tecnologia, que permite que diferentes formas de mídia –
como televisão, rádio, internet, videogames e telefones celulares – estejam integradas em uma
única plataforma. A cultura da convergência também é marcada pela interatividade e
participação do usuário, que se tornam produtores e consumidores de conteúdo ao mesmo
tempo.
A cultura da convergência é uma mudança significativa na forma como as pessoas consomem e
interagem com a mídia. Com a convergência, as fronteiras entre produtores e consumidores de
conteúdo se tornam mais difusas, com o público cada vez mais envolvido na produção e
distribuição de conteúdo. Além disso, a cultura da convergência é marcada pela fragmentação
da audiência, com as pessoas cada vez mais escolhendo seus próprios caminhos de consumo
de mídia, em vez de seguir uma programação pré-definida.

A conexão é um elemento central na cultura da convergência. A conectividade é a chave para a


convergência e é alimentada por tecnologias como a internet, redes sociais e dispositivos
móveis. A conectividade permite que as pessoas acessem conteúdo de qualquer lugar, a
qualquer momento, e interajam com outros usuários em tempo real. A conexão também cria
uma sensação de comunidade e pertencimento, permitindo que as pessoas se envolvam em
conversas e debates em torno de conteúdo.

A participação é outra característica importante da cultura da convergência. Com a


participação, os usuários se tornam produtores e distribuidores de conteúdo, não apenas
consumidores passivos. Uma participação pode assumir muitas formas, desde comentar e
compartilhar conteúdo até criar e publicar conteúdo original. A participação também pode ser
colaborativa, com usuários trabalhando juntos para criar conteúdo.

Em resumo, a cultura da convergência é uma tendência marcada pela integração de diversas


formas de mídia em um ambiente digital. Essa convergência é alimentada pela tecnologia e é
marcada pela interatividade, fragmentação da audiência e mudança na relação entre
produtores e consumidores de conteúdo. A conexão é um elemento central da cultura da
convergência, permitindo que as pessoas acessem o conteúdo e interajam com outros
usuários. A participação é outra característica importante, permitindo que os usuários se
tornem produtores e distribuidores de conteúdo.

Multimídia, crossmídia e transmídia


São conceitos formulados como formas de se contar uma história com uso combinado de
diferentes plataformas de mediação

Multimídia: Uma história contada através de diferentes mídias simultaneamente, com sua
narrativa apoiada por artefatos espalhados por vários tipos de mídia. Nenhum desses artefatos
pode contar a história por conta própria e a narrativa não pode ser entendida se faltar um
desses elementos.

Crossmídia: é quando um mesmo conteúdo é exibido em mídias diferentes, mas sem sofrer
modificações no que está informando — apenas se adaptando ao meio que está sendo exibido.
Como exemplo, podemos considerar as partidas de futebol. A transmissão na internet, na TV
ou no rádio não vai sofrer alterações no conteúdo.

Transmídia: acontece quando mensagens diferentes, relativas a um mesmo universo, são


compartilhadas em mídias diversas e de maneira complementar ao conteúdo original. Pense
como exemplo na saga Harry Potter. Quando os livros deram origem aos filmes, chamamos de
adaptação. No entanto, foi quando a autora começou a desenvolver outros aspectos desse
universo, como a criação do site Pottermore e o lançamento de filmes e livros que expandiam o
tema original, que ela utilizou a estratégia transmídia.
Estudo dos princípios e técnicas da produção narrativa
A produção narrativa é um processo criativo que envolve a criação de histórias, roteiros e
outras formas de narrativas que podem ser contadas em diferentes mídias, como literatura,
cinema, teatro, televisão e videogames. Existem diferentes princípios e técnicas que os
criadores e produtores podem usar para criar narrativas cativantes e envolventes que atraem e
mantêm a atenção do público.

Um dos princípios mais importantes da produção narrativa é a criação de personagens


convincentes e bem administrados. Os personagens são a espinha dorsal de qualquer história,
e é importante que eles tenham características distintas, motivações e conflitos que os tornem
interessantes para o público. Para criar personagens realistas e complexos, os escritores podem
usar técnicas como o "arco do personagem", que envolve o desenvolvimento gradual dos
personagens ao longo da história, e o "conflito interno", que coloca os personagens em conflito
com seus próprios desejos e necessidades.

Outro princípio importante da produção narrativa é a estrutura da história. Uma história bem
estruturada deve ter um início, um meio e um fim claramente definido, além de um arco
narrativo que leve o público a uma conclusão satisfatória. Para construir uma história bem
estruturada, os escritores podem usar técnicas como o "ponto de virada", que muda o curso da
história de forma dramática, e a "resolução", que resolve os conflitos da história e dá ao
público uma sensação de encerramento.

Além disso, a produção narrativa também envolve cuidados na escolha de elementos como
cenários, diálogos, cenas e outros detalhes que podem ajudar a criar um mundo convincente e
coeso para a história. Por exemplo, a escolha de palavras e frases específicas pode ajudar a
criar um tom e uma atmosfera para a história, enquanto a escolha de cenários e ambientes
pode ajudar a estabelecer um senso de lugar e tempo.

Por fim, a produção narrativa também envolve a habilidade de apresentar informações de


maneira clara e concisa, sem sobrecarregar o público com detalhes desnecessários ou
informações irrelevantes. Para alcançar isso, os criadores podem usar técnicas como a
"foreshadowing", que preparam o público para eventos futuros, e o "suspense", que criam
tensão e antecipação no público.

Quais são os elementos de uma narrativa?

Enredo: sequência de eventos que acontecem do início ao fim da história.

Tempo: Trata de quando os eventos se desenrolam na linha do tempo da história. Pode ser no
passado, no presente, no futuro ou até uma mistura dos três. 

Espaço: Onde a história se passa.

Narrador: É quem conta a história. Existem três tipos de narrador, que são:

 narrador personagem: além de contar a história, o narrador está presente nela como
um dos personagens da trama. Nesse caso, a história é contada em primeira pessoa, e
tudo é relatado do ponto de vista de quem narra;
 narrador observador: ele não é parte da história, apenas conta os fatos, sem
julgamentos ou ponto de vista. A história é contada na terceira pessoa, de forma
relativamente distante das emoções de cada personagem;

 narrador onisciente: apesar de não ser um personagem e de a história também ser


contada em terceira pessoa, o narrador onisciente sabe tudo o que acontece, inclusive
as motivações dos personagens.

Narrativas e realidades sócio-históricas


Hoje, muitos historiadores já reconhecem no texto literário a possibilidade de se identificar
dados históricos com a peculiaridade e expressividades próprias da linguagem artística, sendo
a literatura, portanto, um campo privilegiado para a investigação histórica.

Narrativas e realidades sócio-históricas estão intrinsecamente relacionadas, pois as narrativas


são construídas a partir das experiências vividas pelas pessoas em suas realidades sociais e
históricas. A maneira como as pessoas contam suas histórias e experiências afeta como elas
são percebidas pelos outros e, portanto, a forma como a sociedade é construída e mantida.

As narrativas são formas de transmitir histórias e experiências de uma pessoa ou grupo de


pessoas. Elas podem ser contadas através de diferentes meios, como a literatura, o cinema, a
música, a arte e a cultura popular. As narrativas são importantes porque ajudam a construir
uma identidade pessoal e coletiva, a preservar a memória e a criar conexões entre as pessoas.

No entanto, as narrativas não são neutras e objetivas, mas são moldadas por fatores sociais,
políticos e culturais. Elas são influenciadas pela posição social, gênero, raça, classe social,
orientação sexual e outras dimensões da identidade. Esses fatores moldam as experiências de
cada indivíduo e afetam a maneira como ele vê o mundo e si mesmo.

As narrativas podem ser utilizadas para reproduzir ou desafiar as realidades sócio-históricas.


Elas podem ser usadas para fortalecer preconceitos e estereótipos ou para desafiar a
dominação e a opressão. Por exemplo, a literatura pode ser usada para perpetuar estereótipos
e preconceitos, como as representações racistas dos personagens negros na literatura do
século XIX. Por outro lado, a literatura pode ser usada para desafiar a opressão e perceber,
como as obras de escritoras negras, como Toni Morrison e Chimamanda Ngozi Adichie,
abordam as experiências de pessoas negras.

As narrativas também podem ajudar a criar mudanças sociais. Elas podem ser usadas para
denunciar as injustiças e mobilizar pessoas para uma ação social. Por exemplo, o movimento
pelos direitos civis nos Estados Unidos foi influenciado por narrativas de pessoas negras que
lutaram contra a ideia racial e a segregação.

Além disso, as narrativas também podem influenciar a construção da história oficial. A história
oficial é geralmente contada a partir da perspectiva das elites e das pessoas em posições de
poder. No entanto, as narrativas de grupos marginalizados e oprimidos podem ajudar a corrigir
as distorções na história oficial e expandir nossa compreensão da história e da sociedade.

Em resumo, as narrativas e as realidades sócio-históricas estão intimamente relacionadas e


moldam a forma como envolvem e compreendemos o mundo. As narrativas podem ser usadas
para perpetuar ou desafiar a dominação e a opressão, e para criar mudanças sociais. É
importante reconhecer que as narrativas são influenciadas por fatores sociais, políticos e
culturais, e que devemos buscar uma ampla gama de perspectivas para entender a
complexidade das experiências humanas e da sociedade em geral.

Narrativas e representação social


As narrativas são enunciados sobre a realidade do mundo, de sua natureza, de seus objetos, de
suas pessoas e de seus fenômenos. Em convergência com o que expressa o campo dos estudos
narrativos, as representações sociais também se dão em um tempo e em um espaço, têm
historicidade, e contam, a partir de um ponto de vista, de uma intenção, sempre alguma coisa,
por tudo isto, são narrativas.

Narrativas e representação social são conceitos intimamente ligados. A narrativa é uma forma
de contar histórias, descrever experiências e transmitir informações. São importantes porque
elas nos ajudam a entender o mundo ao nosso redor e nossa própria experiência nele. Além de
influenciarem a forma como pensamos sobre as coisas e moldamos nossas crenças e atitudes.

A representação social, por sua vez, refere-se à forma como um grupo ou entende um
conceito, uma ideia ou um grupo de pessoas. A representação social é construída através das
narrativas que circulam em uma determinada sociedade. Essas narrativas podem ser
transmitidas através de histórias, mitos, lendas, notícias, entre outras formas.

As narrativas e representações sociais têm um papel importante na construção da identidade


de uma sociedade. Elas moldam a forma como os indivíduos pensam sobre si mesmos e sobre
os outros. Por exemplo, a forma como os meios de comunicação retratam certos grupos de
pessoas pode afetar a forma como esses grupos são vistos pela sociedade como um todo.

As narrativas também podem ser usadas como uma forma de mudança social. Por exemplo,
histórias que contam a luta de um grupo oprimido por seus direitos podem inspirar outras
pessoas a lutar por seus próprios direitos. Além disso, as narrativas também podem ser usadas
para mudar a forma como a sociedade vê certos grupos ou questões. Por exemplo, narrativas
que retratam pessoas LGBTQIA+ de forma positiva podem ajudar a diminuir a discriminação e
aumentar a aceitação.

No entanto, as narrativas também podem ser usadas como uma forma de opressão. Por
exemplo, narrativas que retratam certos grupos como inferiores ou perigosos podem levar à
discriminação e ao preconceito. As narrativas também podem ser usadas como uma forma de
justificar ações opressivas. Por exemplo, a narrativa de que uma determinada guerra é
necessária para proteger a liberdade pode ser usada para justificar ações militares agressivas.

Em conclusão, as narrativas e representações sociais são conceitos importantes que passaram


a moldar a forma como pensamos e agimos. Elas podem ser usadas como uma forma de
mudança social positiva ou como uma forma de opressão. É importante estar ciente das
narrativas que circulam em nossa sociedade e como elas criaram nossa visão do mundo e dos
outros.

Análise estrutural da narrativa e modelos de configuração (actancial, jornada do


herói, morfologia)
A análise estrutural da narrativa é uma abordagem teórica utilizada para entender e descrever
como as histórias são organizadas e construídas. Essa análise se concentra em identificar e
descrever os elementos que compõem a narrativa, bem como as relações entre esses
elementos e a função que eles desempenham na história.

1. Modelo Actancial:

O modelo actancial foi proposto pelo crítico literário francês Vladimir Propp e tem como
objetivo identificar os elementos fundamentais de uma narrativa e a relação entre eles. O
modelo actancial é composto por sete elementos básicos:

 O herói: personagem principal da história

 O antagonista: personagem que se opõe ao herói

 O doador: personagem que fornece um objeto mágico ou informação ao herói

 O ajudante: personagem que ajuda o herói a superar os obstáculos

 O destinatário: personagem que recebe a recompensa da história

 O objeto de busca: o objeto que o herói busca durante a história

 A falta: o problema que o herói precisa resolver

Esses elementos podem ser combinados de várias maneiras para criar diferentes histórias. Por
exemplo, em "Star Wars", Luke Skywalker é o herói que busca destruir a Estrela da Morte
(objeto de busca), enquanto Darth Vader é o antagonista que tenta impedi-lo.

2. Jornada do Herói:

A jornada do herói é um modelo criado pelo estudioso de mitologia Joseph Campbell. Ele
identificou um padrão comum em muitos mitos e histórias ao longo da história, que ele
chamou de "jornada do herói". Esse modelo tem como objetivo mostrar a evolução do
personagem principal ao longo da história. A jornada do herói é composta por doze etapas:

 O chamado para a aventura: o herói é apresentado a uma situação que o leva a buscar
algo além de sua vida cotidiana.

 Recusa do chamado: o herói reluta em aceitar uma missão ou aventura proposta.

 Encontro com o mentor: o herói encontra um mentor que o guia ou o aconselha.

 Atravessar o primeiro limiar: o herói atravessa a fronteira entre o mundo conhecido e o


desconhecido.

 Testes, aliados e inimigos: o herói enfrenta obstáculos, encontra aliados e enfrenta


inimigos.

 Aproximação: o herói se aproxima do objetivo principal.

 Provação difícil: o herói enfrenta seu maior desafio.

 Recompensa: o herói recebe uma recompensa por ter enfrentado uma provação difícil.

 Caminho de volta: o herói começa sua jornada de volta para o mundo conhecido.
 Ressurreição: o herói passa por uma transformação que o faz renascer.

 Retorno com o elixir: o herói retorna com a recompensa ou elixir que irá ajudar a si
mesmo ou aos outros.

 Liberdade para viver: o herói finalmente alcança a liberdade para viver.

3. Morfologia:

O modelo de morfologia foi desenvolvido pelo estudioso francês AJ Greimas. Ele


argumentou que as histórias são compostas de um conjunto de elementos que têm uma
relação estrutural uns com os outros.

 Sujeito: O sujeito é o personagem principal da história, aquele que envelhece e


sofre as consequências de suas ações. Ele é o agente que conduz a ação e busca
atingir seus objetivos.

 Objeto: O objeto é aquilo que o sujeito busca obter, seja um objeto físico, uma
ideia ou um objetivo abstrato. O objeto é a meta que o sujeito busca alcançar.

 Significador: É o personagem ou força que impulsiona o sujeito a buscar o objeto. É


ele quem dá o chamado para a aventura e define o papel do sujeito na história.

 Destinatário: O destinatário é aquele que recebe ou será beneficiado pelo objeto


que o sujeito busca. Ele pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas.

 Adjuvante: O adjuvante é um personagem que ajuda o sujeito a atingir seus


objetivos. Ele pode ser um aliado ou um mentor que fornece ao sujeito
informações, habilidades ou suporte emocional.

 Oponente: O oponente é o personagem que se opõe ao sujeito na busca pelo


objeto. Ele pode ser um vilão ou um antagonista que cria obstáculos e coloca em
risco o sucesso do sujeito.

Esses seis elementos são organizados em pares que se relacionam de maneira estrutural. Por
exemplo, o sujeito e o objeto são opostos complementares, assim como o significador e o
destinatário. Já o adjuvante e o oponente são opostos simétricos, que se relacionam como
aliado e inimigo.

Construção de universos narrativos ficcionais e a narração de não-ficção


Narrativa ficcional é aquela na qual a linha do tempo, os acontecimentos e os personagens são
construídos por meio da imaginação do autor. Ela é o oposto da não ficcional, que se baseia em
fatos e depoimentos da vida real.

A construção de universos narrativos ficcionais envolve a criação de um mundo ficcional


completo, com suas próprias regras, cultura, história e personagens. Para isso, os escritores
utilizam técnicas como a construção de personagens com personalidades e motivações únicas,
o desenvolvimento de tramas que exploram conflitos e desafios e a criação de um cenário
vívido e detalhado que envolve o leitor. A ficção também pode se utilizar de técnicas narrativas
como a suspensão da descrença, a técnica de "mostrar, não contar" e a criação de diálogos
realistas para imergir o leitor no mundo ficcional.

Por outro lado, a narração de não-ficção busca relatar fatos e eventos reais de forma objetiva e
clara. Para isso, os escritores precisam fazer pesquisas, entrevistar fontes e analisar dados e
informações relevantes para construir uma narrativa coerente e factual. Na não-ficção, o uso
de técnicas narrativas é mais restrito, já que o objetivo principal é informar e educar o leitor
em vez de entreter ou emocionar. No entanto, uma narração de não-ficção pode ser
enriquecida com o uso de exemplos, histórias e analogias que ajudem o leitor a compreender
melhor os conceitos apresentados.

Tanto a ficção quanto a não-ficção podem se beneficiar do uso de metáforas, simbolismos e


alegorias para transmitir ideias complexas de forma mais acessível. Ambos também podem se
utilizar da estrutura narrativa, como a divisão em capítulos, a criação de tensão e o uso de
cliffhangers (roteiro em que você interrompe a narrativa, deixando a cena sem terminar, até
retomá-la no futuro) para manter o interesse do leitor.

Realidade e ficção nas narrativas: verossimilhança interna (identificação com a realidade, com
o que o senso comum julga possível, provável) e verossimilhança externa (coerência interna
dos fatos ficcionais dentro da própria narrativa); autor (ser real, responsável pela criação e
construção da narrativa, podem viver em tempo e espaço diferentes um do outro, ter caráter e
pensamentos divergentes, assemelhar-se em maior ou menor escala ou, ainda, em nada);
narrador (ser parcial ou totalmente fictício, voz – criada pelo autor – que relata os
acontecimentos, podem viver em tempo e espaço diferentes um do outro, ter caráter e
pensamentos divergentes, assemelhar-se em maior ou menor escala ou, ainda, em nada).

Metodologias de análise, planejamento e produção do universo transmídia


A produção transmídia se refere a uma estratégia narrativa em que uma história ou universo é
expandido através de múltiplas plataformas de mídia, como filmes, jogos, livros, quadrinhos,
séries de TV, podcasts, entre outros. As metodologias de análise, planejamento e produção de
um universo transmídia podem ser divididas em três fases principais: a fase de concepção, a
fase de produção e a fase de implementação.

A fase de concepção envolve a análise do universo a ser expandido, a definição dos


personagens e trama, e a escolha das plataformas de mídia mais adequadas para a história.
Nessa fase, é importante avaliar como a história pode ser contada de forma coerente e
atraente em cada plataforma, além de definir como as diferentes mídias se relacionarão entre
si.

Na fase de produção, a história é desenvolvida em cada uma das plataformas escolhidas. É


importante garantir que a narrativa seja consistente em todas as mídias, mantendo a
supervisão do universo transmídia. Essa fase envolve a criação de roteiros, design de
personagens e cenários, produção de áudio e vídeo, entre outras atividades específicas de cada
plataforma.

Por fim, na fase de implementação, a história é lançada ao público. É importante promover a


interação dos usuários com o universo transmídia, permitindo que eles possam explorar
diferentes aspectos da narrativa em cada uma das plataformas. Isso pode ser feito através de
jogos, aplicativos, redes sociais e outras formas de interação digital.
Para que uma produção transmídia seja bem-sucedida, é importante considerar as diretrizes.
Em primeiro lugar, a história deve ser coerente em todas as plataformas, evitando conflitos ou
discrepâncias narrativas. Além disso, as diferentes mídias devem ser complementares e não
redundantes, ou seja, cada plataforma deve oferecer novos aspectos da narrativa que
complementam as outras mídias. É importante também considerar a audiência de cada
plataforma, adaptando a narrativa para atender às necessidades e expectativas dos diferentes
públicos.

Outro aspecto importante é o planejamento de longo prazo, uma vez que a produção
transmídia é um processo complexo e envolve múltiplas plataformas. É fundamental que a
equipe de produção tenha uma visão clara do universo transmídia como um todo e estabeleça
um roteiro de produção que permita a expansão contínua da história ao longo do tempo.

Em suma, a produção transmídia é uma estratégia narrativa complexa que envolve múltiplas
plataformas de mídia. Para que uma produção transmídia seja bem-sucedida, é necessário
considerar aspectos como a elaboração narrativa, a complementaridade das plataformas, a
adaptação ao público-alvo e o planejamento de longo prazo. As fases de concepção, produção
e implementação devem ser pensadas e executadas para garantir o sucesso do universo
transmídia como um todo.

Possibilidades de transmidiação em produções informativas, publicitárias,


corporativas e artístico-culturais
A transmidiação é uma estratégia que tem sido cada vez mais utilizada em diferentes tipos de
produções, sejam elas informativas, publicitárias, corporativas ou artístico-culturais. Essa
estratégia consiste em contar uma história ou apresentar uma mensagem através de diferentes
mídias e plataformas, de forma integrada e complementar. Nesse sentido, a transmissão
permite que uma mesma história ou mensagem seja contada de diferentes maneiras,
adaptando-se aos diferentes contextos e públicos.

No caso das produções informativas, a transmissão pode ser uma ferramenta muito útil para
aumentar o alcance e a transmissão da mensagem transmitida. Por exemplo, um jornalista
pode escrever uma matéria para um jornal impresso e, em seguida, utilizar as redes sociais
para compartilhar um vídeo ou uma imagem relacionada ao tema da matéria. Dessa forma, a
mensagem chega a um público mais amplo e diversificado, e é apresentada de maneiras que
podem ser mais atraentes para diferentes perfis de consumidores de informação.

Na publicidade, a transmissão pode ser usada para criar uma experiência mais envolvente para
o consumidor e aumentar o alcance da mensagem. Por exemplo, uma campanha publicitária
pode ser adaptada para diferentes plataformas, incluindo TV, rádio, mídia social e anúncios em
mídia impressa. Além disso, pode incluir conteúdos interativos, como jogos e quizzes, para
envolver o público de forma mais ativa.

No contexto corporativo, a transmissão pode ser utilizada para apresentar a mensagem de uma
empresa ou marca de maneira mais eficaz e envolvente. Por exemplo, uma empresa pode
utilizar diferentes formatos de mídia para apresentar sua história, seus valores e sua cultura
corporativa, para atrair e engajar talentos e clientes. Além disso, a transmissão pode ser
utilizada para desenvolver programas de treinamento e capacitação para funcionários,
utilizando diferentes plataformas e formatos de mídia para tornar o aprendizado mais dinâmico
e efetivo.

Por fim, no âmbito artístico-cultural, a transmissão pode ser utilizada para ampliar o alcance e
a experiência do público com obras de arte e manifestações culturais. Por exemplo, um museu
pode utilizar diferentes plataformas e formatos de mídia para apresentar uma exposição, como
vídeos, áudios, imagens em 3D, entre outros. Dessa forma, a experiência do público com a
exposição é ampliada e enriquecida, tornando-a mais vivida e significativa.

Mensuração de resultados
A mensuração de resultados é uma prática fundamental para a gestão de empresas e
organizações. Trata-se do processo de coleta, análise e interpretação de dados para avaliar o
desempenho de uma empresa ou projeto, com o objetivo de verificar se as metas e objetivos
alcançados foram alcançados. A mensuração de resultados permite identificar o que está
funcionando bem e que precisa ser melhorado, além de fornecer informações para a tomada
de decisões estratégicas.

Para realizar a mensuração de resultados, é necessário pré-definir as metas e objetivos a serem


alcançados. É importante que essas metas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis,
relevantes e temporais (conhecidas como SMART), de forma que possam ser quantificadas e
correspondentes ao longo do tempo. Com as metas inscritas, é possível definir os indicadores
de desempenho que serão utilizados para avaliar o progresso na direção dos objetivos.

Existem diversos tipos de indicadores de desempenho que podem ser utilizados na


mensuração de resultados. Os indicadores financeiros, por exemplo, permitem avaliar a
rentabilidade e o retorno sobre o investimento de uma empresa. Já os indicadores de
produtividade avaliam a eficiência na produção e utilização de recursos. Outros indicadores
importantes incluem a satisfação do cliente, a qualidade do produto ou serviço oferecido, a
taxa de retenção de funcionários, entre outros.

Para coletar os dados necessários para a mensuração de resultados, é preciso implementar um


sistema de monitoramento e avaliação. Esse sistema deve permitir a coleta de dados precisos e
ansiosos, além de ser capaz de analisar e interpretar os resultados obtidos. Existem diversas
ferramentas disponíveis para a implementação de um sistema de monitoramento e avaliação,
como planilhas eletrônicas, softwares específicos e sistemas de gestão integrados.

Uma vez coletados e analisados os dados, é importante compartilhar os resultados com as


partes interessadas. Isso inclui os líderes da empresa, os funcionários, os investidores e os
clientes. A comunicação clara e transparente dos resultados obtidos permite que as partes
interessadas entendam o desempenho da empresa e possam contribuir para a tomada de
decisões estratégicas.

Uma das principais razões pelas quais a mensuração de resultados é tão importante é porque
permite que as empresas tomem decisões tomadas com base em dados concretos. Sem a
mensuração de resultados, as decisões são tomadas com base em suposições ou intuições, o
que pode levar a erros caros. Com a mensuração de resultados, as empresas podem identificar
tendências e padrões, o que pode ajudá-las a tomar decisões.
Responsabilidade social e impacto da difusão massiva de informação em múltiplos
ambientes midiáticos
Responsabilidade social é um conceito que se refere à obrigação das empresas de conduzir
suas atividades de forma ética, transparente e sustentável, levando em consideração não
apenas seus próprios interesses, mas também o impacto que suas decisões e ações têm sobre
a sociedade em geral. As empresas são vistas como agentes importantes na promoção do
desenvolvimento social e econômico, e esperam-se que elas desempenhem um papel ativo na
busca por soluções para problemas sociais e ambientais.

A responsabilidade social pode se manifestar de diversas formas, desde a adoção de práticas


conscientes em sua cadeia de produção, passando pela criação de programas de voluntariado
corporativo e pela colaboração com organizações não governamentais para o desenvolvimento
de projetos sociais. A responsabilidade social também pode se traduzir em ações mais amplas,
como a defesa dos direitos humanos, a promoção da diversidade e inclusão e o apoio à
educação e cultura.

A difusão massiva de informação em múltiplos ambientes midiáticos teve um impacto


significativo na sociedade e na forma como as pessoas se relacionam com o mundo ao seu
redor. A Internet, em particular, tem sido uma fonte de informação cada vez mais importante e
influente, permitindo que indivíduos e organizações compartilhem informações e se
comuniquem em uma escala global.

No entanto, a difusão massiva de informação também pode ter efeitos negativos, como a
disseminação de informações falsas e a introdução da polarização política e social. As redes
sociais, em especial, têm sido frequentemente criticadas por permitirem a influência de
notícias falsas e por serem usadas para a disseminação de ódio e assédio.

Nesse contexto, a questão da responsabilidade social das empresas de tecnologia se tornou


cada vez mais relevante. Empresas como o Facebook, o Twitter e o Google são responsáveis
por plataformas que têm um impacto significativo na vida de milhões de pessoas em todo o
mundo. Como resultado, espera-se que essas empresas sejam transparentes em relação às
suas políticas de privacidade e segurança, bem como que sejam responsáveis pela moderação
do conteúdo que é compartilhado em suas plataformas.

Além disso, a difusão massiva de informação também tem psicologia importante para a
liberdade de expressão e o direito à informação. Embora a disponibilidade de informações
possa ser positiva para a sociedade em geral, é importante garantir que a informação seja
precisa e confiável, e que não seja usada para desinformação ou propaganda.

Em suma, a responsabilidade social e o impacto da difusão massiva de informação em


múltiplos ambientes midiáticos são temas importantes e em constante evolução, que evitaram
uma abordagem cuidadosa e crítica por parte de empresas, governos e indivíduos.

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