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https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/blog/cibercultura
Cibercultura: definições e principais teorias
Viver sem internet é praticamente impossível hoje em dia. Já estamos tão acostumados
com as facilidades da rede e o acesso massivo a qualquer tipo de informação que
muitas atividades passaram a ser realizadas no modo online. Ler mensagens, fazer
transações financeiras e até as reuniões de trabalho são algumas rotinas que se
tornaram digitais, visando a otimização do tempo e o aproveitamento de todas as
ferramentas que a tecnologia oferece.
A comunicação, no caso, se tornou totalmente mutável, evoluindo a níveis
surpreendentes em um curto espaço de tempo. Há 10 anos as mensagens de texto ainda
eram os meios mais eficazes, hoje em dia temos aplicativos modernos em que é possível
conversar em tempo real, enviar fotos e até interagir por vídeo. Surpreendente ou não,
essa é apenas uma pequena parte de todo o universo da cibercultura.
Esse movimento está ganhando força e abre margem para uma porção de teorias.
Podemos identificá-lo tanto nessa dependência digital humana quanto em uma série
de aspectos, principalmente com a ascensão das chamadas tecnologias de
informação e comunicação (TICs), ou, como define o autor Pierre Lévy, a revolução
digital. Segundo ele, "as mudanças das técnicas, economia e costumes estão mais
rápidas e desestabilizantes". O quadro de mutações é tão grande que mal
conseguimos acompanhá-lo, o que gera até certo transe frente a tantas novidades –
para se ter ideia, atualmente a sociedade de massa se transformou em sociedade de
rede, em que as relações estão, literalmente, conectadas.
Pierre Lévy
2. A cibercultura por Pierre Lévy
Pierre Lévy é um dos maiores estudiosos sobre cibercultura do mundo. Suas obras
são ótimos referenciais para entender o impacto da internet e dos meios digitais na
sociedade, em seu famoso livro "Cibercultura", o autor revela que esse movimento é
responsável por uma série de técnicas que se aplicam a praticamente todos os
campos do conhecimento e as relações sociais, da educação à arte (como até um
aprimoramento da indústria cultural), da organização do território físico para o
ciberespaço, no qual tudo passa a ser programado, conectado e interativo –
principalmente no comportamento humano até as mais variadas ações.
Lévy analisa tanto a parte benéfica da cibercultura, sobretudo em termos de
educação, até os fatores desfavoráveis que pode acarretar. Se por um lado as TICs
facilitam o acesso a uma variedade de cenários e contribui para o aprendizado, por
outro acabam tornando as relações pessoais mais distantes e até gerando conflitos.
O mundo virtual, a inteligência coletiva e as redes digitais são amplamente destacadas
pelo autor por todo o livro, porém há espaço também para inúmeras
problematizações acerca desses fenômenos, algo como uma "abordagem dos dois
lados" da cibercultura. Para ter uma ideia, vale considerar uma afirmação sobre o
que ele chama de comunidade virtual:
Jean Baudrillard
Tarefa