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ENADE

2022
Profª Bany Lima
revisão
Origem de cada meio de comunicação
Surgimento da Industria Cultural: Walter Benjamin;
Adorno e Horkheimer
Foco nos meios: Marshal Mcluhan
Convergência entre meios: Henry Jenkins
Cultura Participativa, Inteligência Coletiva e Transmídia.
O que é cultura? (do latim colere – cultivar)

Manifestações técnicas, artísticas e identitárias da humanidade.

“Todo aqueles complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a


arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e
capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”
Edward B. Taylor

“Associada ao conceito de civilização, confunde-se com


desenvolvimento e costumes.”
Cibercultura

"O conceito criado por Gibson neste livro é uma


representação física e multidimensional do universo
abstrato informação. Um lugar pra onde se vai a
mente, catapultada pela tecnologia, enquanto o
corpo fica pra trás.”
autores
Manuel Castells André Lemos
Pierre Levy Raquel Recuero
Henry Jenkis Adriana Amaral
Steve Jhonson Lúcia Santaella
•Jornalismo
Pós-Industrial

O que
fazemos
hoje?
O processo de mudanças no jornalismo remete à última
década no século XX, com a utilização comercial da
internet.
A partir de 1994, as principais empresas de
comunicação passaram a transpor o seu conteúdo para
o World Wide Web e ampliação do processo de
informatização das redações
A principal crise para o jornalismo atual tem início a
partir de 2002, com o surgimento das redes sociais
digitais.
O jornalismo pós-industrial representa um processo de
ruptura do modelo tradicional diante das novas tecnologias
e forma de consumo de informação pelo público (SASTRE e
BELDA, 2019).
consumo recepção

MUDANÇAS
DO JORNALISMO
COM A CRIAÇÃO
DAS REDES
SOCIAIS DIGITAIS

produção informação
"A participação dos usuários na linha de produção de
conteúdos digitais representa um dos momentos mais
disruptivos para o jornalismo, uma transformação do papel
tradicional dos meios noticiosos."
(Salaverría, 2019)
"A participação dos usuários na linha de produção de
conteúdos digitais representa um dos momentos mais
disruptivos para o jornalismo, uma transformação do papel
tradicional dos meios noticiosos."
(Salaverría, 2019)
Como promover um
jornalismo
participativo?
Exercício: 3 ideias em 3 minutos
“Algo que torna a era atual notável é que
podemos agora tratar o tempo livre como
um bem social geral que pode ser aplicado
a grandes projetos criados coletivamente,
em vez de um conjunto de minutos
individuais a serem aproveitados por uma
pessoa de cada vez”. (Shirky, p. 15)
“A simples noção de mídia é a camada intermediária em qualquer meio de
comunicação, seja ele tão antigo quanto o alfabeto ou tão recente quanto o
telefone celular. Além dessa definição direta e relativamente neutra, há outra
noção, herdada dos padrões de consumo de mídia ao longo das últimas décadas,
de que mídia se refere a um conjunto de negócios, de jornais e revistas até rádio e
televisão, com maneiras específicas de produzir material e formas específicas de
fazer dinheiro.

E, enquanto usarmos “mídia” para nos referirmos apenas a esses negócios e a esse
material, a palavra será um anacronismo, inadequada ao que acontece hoje em dia.
Nossa capacidade de equilibrar consumo, produção e compartilhamento, nossa
habilidade de nos conectarmos uns aos outros, está transformando o conceito de
mídia, de um determinado setor da economia em mecanismo barato e globalmente
disponível para o compartilhamento organizado”. (Shirky p. 40-41)
As redes sociais digitais dissolvem a pragmática da comunicação
que, desde a invenção da escrita, havia reunido o universal e
totalidade.

Isso acontece na medida em que a interconexão e o dinamismo em


tempo real das memórias online tornam novamente possíveis, para
parceiros da comunicação, compartilhar o mesmo contexto, o
mesmo imenso hipertexto vivo.

Qualquer que seja a mensagem abordada encontra-se conectada a


outras mensagens, a comentários, a glosas em evolução
constante, às pessoas que se interessam por ela (LEVY, 2011, p.
120).
“Publicar costumava ser algo que precisávamos pedir permissão
para fazer; as pessoas cuja permissão precisávamos pedir eram os
editores. Não é mais assim. Os editores ainda cumprem outras
funções, como selecionar o texto, editá-lo e fazer o marketing
(dezenas de pessoas além de mim trabalharam para melhorar este
livro, por exemplo), mas não são mais a barreira entre textos
públicos e privados.” (Shirky, p. 23- 24)
“Nosso ambiente de mídia ( ou seja, nosso tecido conjuntivo)
mudou. (...) para um mundo no qual se mesclam a comunicação
social pública e a privada, em que a produção profissional e a
amadora se confundem e em que a participação pública voluntária
passou de inexistente para fundamental.” (Shirky p. 44)
"Dividindo, reduzindo e gerando certa
confusão a cultura do cotidiano mediada
pelas tecnologias, cujos meios de
comunicação de massa sustentam e
reproduzem a estabilidade social".
Keen, 2012
O autor afirma que pode estar acontecendo o contrário do que
se entende por “inteligência coletiva”, e a rede pode estar
compondo um cenário de “comportamento de rebanho” no
qual os indivíduos apresentam se comportar e pensar como
ovelhas ao invés de contestar e demonstrar insatisfação, numa
tentativa de pertencer a rede ou grupos.

A digitalização tornou o conteúdo jornalístico tão acessível e onipresente que o


esvaziou quase de valor. Ou seja, a informação tornou-se o que os anglo-saxões
chamam de mercadoria, uma matéria-prima onipresente com pouco valor agregado.
(SALAVERRÍA, 2019, p.10)
Keen coloca que, em breve, através das redes transparentes,
todos saberão de tudo ao nosso respeito e a solidão não existirá e
que essa revolução poderá significar laços fracos e menos
liberdade dos indivíduos;

As redes sociais faturam exclusivamente através da publicidade e


são as informações pessoais que engendram essa economia.

A visibilidade pode ser uma armadilha trágica - Caso do México

"Todos saberão de tudo ao nosso respeito e a solidão não existirá e que essa
revolução poderá significar laços fracos e menos liberdade dos indivíduos."
(Keen, 2012)
E onde ao jornalismo
foi parar?
O surgimento das redes sociais e das plataformas de streaming e
sua grande capilaridade na sociedade fez com que os recursos
publicitários, que antes eram quase que completamente
direcionados para os meios de comunicação tradicionais, fossem
praticamente todos direcionados para essas novas empresas
(Anderson, Bell e Shirky, 2013)
Sites de Redes Sociais
a) interfaces ricas e fáceis de usar;
b) gratuidade na maioria dos sistemas disponibilizados;
c) maior facilidade de armazenamento de dados e criação de páginas
online;
d) vários usuários podem acessar a mesma página e editar as informações;
e) as informações mudam quase que instantaneamente;
f) os sistemas passam a ser atualizados e corrigidos a todo instante,
trazendo grandes benefícios para os usuários;
g) a atualização da informação é feita de forma colaborativa e se torna mais
viável com o crescimento do número de pessoas que acessam e atualizam
o sistema
Nessa reestruturação, todo aspecto organizacional da
produção de notícias deverá ser repensado. Será
preciso ter mais abertura a parcerias, um maior
aproveitamento de dados de caráter público; um maior
recurso a indivíduos, multidões e máquinas para a
produção de informação em estado bruto; e até um
uso maior de máquinas para produzir parte do produto
final (ANDERSON, BELL E SHIRKY, 2013, p. 38).
Crowdfunding
e o perfil de Paywall
Publicidade
consumo brasileiro.

ADAPTAÇÕES
Para o jornalismo digital

Conteúdo Estratégia
Compreendendo
onde estamos, para se
adaptar ao meio:

Site de Redes Sociais


Redes Sociais
Mídias Sociais
As redes sociais online se configuram como expressão
das redes sociais, inseridas em sites (sites de redes
sociais), mas possuindo uma dinâmica própria de
atuação, pois articulam um conjunto de ferramentas a
fim de promover a interação e diálogo entre os
indivíduos dentro das singularidades de cada
plataforma.

Mobilização de afetos e individualidades.


Já a Mídia Social é o formato de Comunicação Mediada
por Computador (CMC) que permite a criação,
compartilhamento, comentário, avaliação, classificação,
recomendação e disseminação de conteúdos digitais de
relevância social de forma descentralizada, colaborativa
e autônoma tecnologicamente.

Foco na difusão de informações, construção e


compartilhamento de conteúdo, mobilização e ação
social.
A principal diferença entre rede social e mídia social é
que a mídia está em que a mídia social foca nas
dinâmicas de criação de conteúdo, difusão de
informação e trocas dentro dos grupos sociais
estabelecidos nas plataformas online;

Os sites de redes sociais oferecem espaço tanto para


exposição caracterizada com mídia social, bem como
apresentam ferramentas para expressão de redes
sociais
Ilustração de Redes Sociais dentro dos sites de redes sociais
Ilustração de Mídia Social em dentro dos sites de redes sociais

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