Introdução

Neste presente trabalho pretende-se abordar sobre a Etica na comunicação, televisão e na

internet.
Onde observou- nos últimos anos o interesse crescente dos profissionais da comunicação
pelos problemas éticos. A facilidade de acesso a informação e o aumento considerável dos
canais e formativos criaram certos perigos... E se tratando da internet, a ética no mundo
digital é o que atua para manter a dignidade.
Sendo assim o trabalho traz como um objetivo geral para está temática:
- A importância da Ética na comunicação, na televisão e na internet

Falar-se á também da imagem como representação do real e a manipulação da própria. Em

que as imagens emanam de uma representação do real que pretende ser entendida como tal e
não como mera reprodução, contudo essa realidade quando publicada, por vezes não
corresponde a essência ou o proprio real. Assim sendo extrai-se também um objetivo geral do
trabalho no que concerne a imagem que é: mostrar que é necessário um amplo debate sobre o
tema, e ainda mais importante, que a sociedade precisa organizar-se de forma amplamente
representada de modo que não ocorram desvios nos objetivos reais do acompanha- mento dos
rumos da comunicação, culminando com algum tipo de censura meramente moralista. O
objetivo primordial deve ser a dignidade humana. E que a comunicação sempre contribua de
forma decisiva nesse aspecto.
Ética e Comunicação Social
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra deriva do
grego e significa aquilo que pertence ao caracter. Ética é diferente da moral, pois a moral
fundamenta-se na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou
religiosos- procura ainda fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.

Os meios de comunicação são dispositivos criados para possibilitar a comunicação entre os

pessoas. Existem diferentes meios de comunicação, sendo os individuais (exemplo: telefone,
carta etc.) e os de massa (exemplo: televisão, jornal, internet etc.) que também podem ser
chamados de mídia.

Os meios de comunicação social moldam atitudes, comportamentos e valores. Esses fatores

afetam a vida das pessoas. A situação de crise em que nos encontramos envolve os meios de
comunicação e os valores sociais que ela transmite. A crise também é ética, envolvendo a
aplicação das normas e sua eficácia. A sociedade, na comunicação e constituída pela
comunicação, exige a observância dos valores morais na comunicação social.

A sociedade se constitui na e para a comunicação. É a partir de uma comunicação adequada

que se pode desenvolver uma sociedade sadia, livre e soberana. O pressuposto fundamental
da democracia é a possibilidade de comunicação. Esta é a posição, por exemplo, de
Guillermo Hoyos Vásquez . Por isso, considerando que a comunicação é a condição primária
e constituinte do ser humano e de sua dignidade, pode-se afirmar que o direito à comunicação
é um direito de ser.

O ser humano é e está em comunicação. Para poder relacionar-se e trabalhar coletivamente

no desenvolvimento social e na construção da história, os seres humanos criam condições de
comunicação cada vez mais sofisticadas. Portanto, a comunicação é um fato (existe desde o
momento da hominização, do brotar da consciência) e uma necessidade social (sem ela não
existe ser humano, não existe consciência, não existe sociedade). É a comunicação, e seus
diversos processos, que possibilita que o imenso patrimônio cultural da humanidade possa ser
distribuído, socializado.

A comunicação é a base da vida social. Se as pessoas não puderem comunicar-se livremente,

a fundação de sua sociedade estará ameaçada. O primeiro critério para avaliar a saúde de uma
sociedade é examinar seus canais de comunicação. Se as pessoas podem estabelecer
comunicação livremente, podem acessar todos os habitantes da sociedade e a verdade e a
liberdade são protegidas. Uma sociedade que exclui uma parcela significativa de seus
moradores de participar de conversas está à beira da morte. Uma sociedade com acesso a
recursos comunicativos limitados não é livre, democrática e soberana se for consagrada por
grupos seletos.
Ética e Mídia (TV, Cinema, Internet)
Mídia: todo suporte de difusão da informação que constitui um meio intermediário de
expressão capaz de transmitir mensagens; o conjunto dos meios de comunicação social de
massas. Abrangem esses meios o rádio, o cinema, a televisão, a imprensa, os satélites de
comunicações, os meios eletrônicos e telemáticos de comunicação etc.

A ética da mídia é o termo amplo que descreve os modos adequados de comportamento aos
quais todos os ramos da mídia moderna devem tentar aderir. Os ramos da mídia que tentam
cumprir os padrões éticos incluem televisão, comunicações impressas e Internet.

A ética em comunicação social deve transcender ao óbvio, a simples observação da

informação. “A manipulação de informações se transforma, assim, em manipulação da
realidade.” (ABRAMO, 2003, p.24). Concordamos com Bucci ao dizer que “o ponto crítico
não é portanto a informação em si: é o modo como ela é explorada pela imprensa”. (BUCCI,
2006, p.152), inclua-se também a mídia.

As empresas de mídia e os criadores aderem aos limites éticos, mantendo o compromisso de

servir ao público. Isso é significativamente mais difícil agora do que era antes dos avanços
tecnológicos. Toda empresa de mídia e criador deve navegar por dilemas éticos cada vez
mais complexos devido aos avanços tecnológicos.

O conceito de ética da mídia envolve fornecer informações aos espectadores durante uma
transmissão de notícias.
Quando se trata de criar entretenimento, os produtores de cinema e televisão podem enfrentar
dilemas éticos quanto ao manuseio de elementos da história, como violência e linguagem.
Muitos dos programas e filmes que eles criam apresentam violência e linguagem obscena.
Esses temas são comuns na vida cotidiana e, portanto, são frequentemente expostos ao
público. A arte é um assunto muito sensível para muitas pessoas. Eles não gostam que seus
filhos vejam essas coisas, e a censura por meio de restrições de arte é uma grande questão de
ética da mídia.

Descrevendo um tipo de ética no entretenimento, podemos explicar como a TV determina

uma gama de valores como: verdade, dignidade, não-violência, liberdade de escolha,
honestidade, etc. Muitas vezes, o entretenimento inclui questões como violência e sexo,
colocação de produtos e estereótipos.

As organizações de notícias têm seu próprio conjunto de éticas de mídia a considerar ao levar
informações ao público. Todos os meios de comunicação devem ser verdadeiros e representar
adequadamente as questões ou histórias que estão sendo relatadas.

Nos últimos anos, a internet tornou-se parte da discussão sobre ética na mídia. Embora outros
meios de comunicação geralmente tenham organizações supervisionando suas operações, é
quase impossível regular tudo na internet. Os sites costumam mostrar ao público o que é e o
que não é ético, o que significa que os padrões podem variar de um site para outro. Esses
exemplos são apenas algumas das questões éticas que permeiam todos os aspectos da mídia.

Tratando da internet, ética no mundo digital é o que atua para manter dignidade, segurança,
privacidade e outros valores no ambiente virtual, seguindo tanto os valores morais quanto as
legislações a respeito do assunto.
Uma das questões éticas mais interessantes sobre a ética na internet gira em torno da
privacidade online. A internet pode continuar a ser um meio para inspirar criatividade,
liberdade de expressão e liberdade para compartilhar informações além-fronteiras, mesmo
que se torne uma ferramenta de vigilância em massa.

Nas redes sociais, é sempre importante discutir a ética e como ela deve fazer parte das muitas
situações que as conexões de internet nos trazem, principalmente porque é um momento em
que corremos o risco de encontrar notícias falsas (fake news), propaganda enganosa
( Prometer algo, mas não entrega de boa-fé, parecendo prometer algo, mas na verdade
promete outra) e plágio de conteúdo pessoal ou corporativo.

A comprovação de plágio, quando alguém apresenta um trabalho (texto, pesquisa, ilustração,

reportagem, etc.) feito por outra pessoa como sendo seu, sempre foi problemático no meio
acadêmico e artístico. A Internet trouxe uma revolução nas mais diversas informações
disponíveis a um clique, o que tem aumentado os casos de plágio nas mais diversas formas e
diferentes campos de atuação. Além de ser um ato imoral, o plágio também pode ser
considerado crime! O autor ou fonte de escolha deve sempre ser citado corretamente e não
reproduzir ideias desenvolvidas por aquela fonte.
O acto do plágio é condenado segundo o:
CÓDIGO PENAL
Artigo 320º- Violação de direitos de autor com recurso a meios
informáticos.

Podemos trazer também aqui outros actos puníveis pela lei tais como:

Infracções contra a confidencialidade, integridade e disponibilidade de sistemas informáticos

e dados informáticos:
Acesso ilegítimo (artigo 256o);
Intercepção ilegítima (artigo 256, no 2);
Violação de correspondência ou de comunicações (artigo 253o);
Interferência em dados (artigo 337o);
Interferência em sistemas (artigo 338o) e Uso abusivo de dispositivos (artigo 339o);

Infracções relacionadas com o conteúdo: Pornografia de menores (artigo 211o); Utilização de

menores em pornografia (artigo 212o);
Distribuição ou posse de pornografia de menores (artigo 213o);

Previstos no “CÓDIGO PENAL – Lei n.o 24/2019, de 24 de Dezembro”

Onde:
•Nas Disposições Gerais contempla o Principío da territorialidade (artigo 4o) e Factos
praticados fora do território nacional (artigo 5o), consentâneos com artigo 22, da Convenção
de Budapeste;
A imagem como representação do real
O termo imagem vem do latim "imago" que significa "máscara mortuária". E as civilizações
antigas delegavam as imagens como uma ligação directa com a presença de um ser humano
na terra, e é daí onde surgem as "máscaras mortuárias" que tinham como intenção manter
viva a memória do falecido entre os vivos. Sendo assim, pode se dizer que a imagem é a
representação visual de um objeto.

Do ponto de vista platónico, a imagem seria a projeção da mente, uma projeção da ideia, a luz
da sua teoria do idealismo. E do ponto de vista do Aristóteles, a imagem era a representação
mental do objeto real, sendo requisitada através do sentido.

A imagem desde a sua criação e durante muitos anos foi a essência da representação do real.
A fotografia pede ser usado como um ótimo exemplo de uma representação do real. Segundo
o Jorge Pedro, a fotografia aparece num ambiente positivista, fruto de descobertas e inventos
anteriores e da vontade do homem de encontrar uma forma mecânica de representação do
real.

O conceito de realismo deve ser entendido como percepção do indivíduo observador através
de um vínculo directo com o real. O que se coloca em reflexão não é a discussão sobre a
verdade, mas a certeza de que tal objeto existiu diante da câmara. A fotografia por exemplo
convida-nos a perceber o que está perante uma imagem, imagem essa que não apenas
construída pela imaginação mas que resulta da pela fusão de diversos elementos simbólicos.

Sem mais delongas, a palavra imagem, por vir do latim imago, remete a representação de
algo que se pode ver, que é retratado.

Manipulação de imagem
Manipulação de imagem é um acto que envolve alterar uma fotografia usando vários métodos
e técnicas para atingir os resultados desejados. Algumas manipulações de imagens são
consideradas trabalhos hábeis, enquanto outras são consideradas práticas antiéticas,
especialmente quando usado para enganar o público.
Existe o tratamento da imagem que consiste em melhorar a qualidade da imagem, já a
manipulação, interfere na realidade dos fatos.

Ética na manipulação de imagens

Nem sempre esta manipulação é positiva, e são vários os casos do uso de forma negativa,
onde o editor manipula a imagem de forma a que o conteúdo da mesma distorça a realidade,
ou seja, que não corresponda ao verdadeiro significado da foto

Existe, obviamente, um conflito entre as manipulações e a ética daqueles que a praticam.

Talvez um fotojornalista não se sinta confortável com o que acaba por fazer, mas muitas
vezes os proprietários dos veículos de comunicação exigem tal manipulação porque sabem
que poderão ter mais lucros com aquela imagem manipulada do que com o jornalismo ético e
real.
Considerando que na manipulação digital de fotografias estão envolvidos direta ou
indiretamente atores diversos (o fotógrafo, o veículo de comunicação, o público, a
sociedade), com interesses distintos, pode-se pensar na questão da ética sob diferentes pontos
de vista: sob a ótica da legislação e das normas de conduta profissional impostas pelo Estado,
pelas organizações profissionais e pelos veículos de comunicação; sob a ótica dos aparelhos
prescritivos da sociedade (a família, a igreja, a escola, as ONG ́s etc.); sob o ponto de vista do
resultado que tal prática pode trazer a um grupo ou a toda comunidade; ou, ainda, sob o ponto
de vista da responsabilidade ética do indivíduo, considerando a postura ética do profissional
como membro consciente das consequências de suas ações.

De maneira geral, entende-se que o profissional que intencionalmente altera uma imagem,
ocultando a técnica de manipulação, com o objetivo de reduzir a possibilidade de um olhar
crítico, não estaria agindo de forma ética. Um ato ético, ao contrário, seria expor e justificar
os motivos da alteração, “assumindo integralmente sua atitude” (MARCONDES, 2007, p.
12).
Conclusão
Ao fim do presente trabalho concluímos que a ética aborda assuntos morais, que são partilhados
através dos Meios de Comunicação, sendo eles dispositivos que possibilitam a comunicação entres as
pessoas. Estes influem sobre o molde. Para a Sociedade. É com a comunicação que se Pode
desenvolver uma sociedade sadia, livre e Soberana. Não deve-se esquecer que os tamos da mídia
devem sempre tentar cumprir padrões éticos do modo a expandir os limite éticos e cumprir com o
compromisso de servir ao público com ênfase na Internet uma das questões a sobressaltar é a
privacidade online. O que concerne um tabu enorme para os usuários da Internet. Em suma nenhum
meio do comunicação deve agir de maneira aleatória ou desordeira no campo de sua execução, assim
sendo a ética vem como pilas e norteador de uma ótima comunidade e tranquilidade entre os ouvintes
de toda Informação.
Referências bibliográficas
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[pp. 33-48] In: Revista Comunicação, Mídia e Consumo. São Paulo: ESPM, 2012.

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ECHANIZ, Arantza; PAGOLA, Juan. Ética do Profissional da Comunicação. São Paulo: Paulinas,
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GUARESCHI, P. Comunicação e Poder. A presença e o papel dos meios de comunica- ção de massa
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MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Ética – de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

https://blog.mackenzie.br/mercado-carreira/mercado-de-trabalho/nocoes-de-etica-no-mundo-digital-
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https://rm.coe.int/0900001680a368d2