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(EFA)
Domínio de Referência: 3 – Contexto Institucional
NG 5. Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) Tema: Media e Informação
- Atuar nas práticas culturais reconhecendo a importância dos media para os
processos de difusão e receção dos bens culturais e artísticos.
Formando(a): Data: Formadora: Ana Rita Vieira
Texto de opinião
Introdução
No processo de comunicação onde está envolvido algum tipo de aparato técnico que
intermedeia os locutores dizemos ter uma comunicação mediada informação.
A comunicação social é hoje, no seu conjunto, algo mais que o «quarto» poder.
Vivemos numa época em que, praticamente, não há uma notícia boa. O próprio
desaparecimento de valores e referências é angustiante. Ora neste contexto a política e os
políticos que mais se expõem são muitas vezes transformados nos bombos da festa. O
facto da comunicação social ser fortemente critica do poder político não é sintoma de maior
liberdade de expressão, pode até significar que os políticos têm cada vez menos poder.
Os Mass Media têm na nossa sociedade uma forte influência na formação dos
conhecimentos dos indivíduos. Pode-se então afirmar que os Mass Media são efetivamente
um potencial meio de controlo, de direcção e de inovação na sociedade.
As vantagens que os Mass Media emitem, são que a sociedade está sempre muito
bem informada do seu quotidiano. Muitos casos foram resolvidos devido à divulgação dos
mass media pelas novas tecnologias, mas temos que ter alguns cuidados porque nem tudo
o que se ouve é a mais pura das verdades e é por este motivo que os mass media
contribuem com frequência para as injustiças e os desequilíbrios que dão origem aos
sofrimentos. Todos devem de saber que um grande bem e um grande mal provêm do uso
que as pessoas fazem dos meios de comunicação social.
Os Mass Media têm uma grande influência na vida das populações, pois através dos
vários meios de comunicação, os Mass Media conseguem transmitir e moldar a opinião
social. Através de publicidades, notícias e outras coisas, os Mass Media podem influenciar a
opinião pública sobre um determinado tema, ou até mesmo levar a população ao
consumismo. Presentemente, os media desempenham uma função que não tinham há anos
atrás. Se antes reportavam decisões e atitudes, hoje interferem diretamente e de uma
maneira ativa nessas mesmas decisões. Os cidadãos têm, aparentemente, maior
participação nessas decisões, mas na prática muitas vezes isso não acontece. Porque os
media são propriedade de grupos com interesses económicos e políticos, reportando mais
claramente esses interesses do que propriamente os dos cidadãos. Dadas as novas
tecnologias e a capacidade de influência que os media têm, este problema é fundamental
nos dias de hoje. Hoje, não podemos falar de uma opinião pública nos termos em que se
falava, por exemplo, na primeira metade do século XX.
Fala-se muito de que a comunicação social representa o Quarto Poder nas nações
democráticas, sendo os outros três poderes o executivo, o legislativo e o judicial. Enquanto
os três são reconhecidos como poderes constitucionais, a comunicação social já não o é. A
etiqueta de Quarto Poder radica da perceção que se tem do desempenho da sua função
primária: como um elemento estruturante, ou se quisermos, formador de uma opinião
pública crítica. O termo Quarto Poder é mais académico e foi cunhado por Thomas Carlyle
nos meados do séc. XIX. O que o historiador quis tão-somente dizer é que os meios de
comunicação têm a grande responsabilidade, “viabilizar uma participação política ativa,
enformada e contínua dos cidadãos”, quer ao nível dos processos de formulação de
políticas e de tomada de decisões, quer no que respeita à avaliação do desempenho dos
governantes, influenciando assim o princípio de alternância no exercício do poder político.
Com a grandeza vêm grandes responsabilidades, costuma-se dizer. Pelo que, este
atributo de Quarto Poder tem as suas responsabilidades - mas deve afirmar-se que o poder
se conquista e raramente é dado de bandeja. Uma das características do jornalismo como
Quarto Poder é o dever de ser credível. A credibilidade ganha-se através de um exercício
independente, mas responsável do jornalista. De realçar que independência aqui não se
refere a um exercício baseado nas ideias de neutralidade e imparcialidade estritamente
puritanas, muito menos se refere a uma postura em que o jornalista se coloca acima das
questões abordadas. Trata-se sim do sentido de independência, que significa a não
obediência a outros fatores e interesses que não sejam o seu juízo próprio e produto da
compreensão dos factos e do que é um assunto de interesse público que advêm não só da
sua responsabilidade profissional, mas também do facto de que o jornalista também é
sujeito e ator nos processos sociais.
Na perspetiva económica o mercado não é uma norma de moralidade, mas pode servir a
pessoa, e os Mass Media desempenham um papel indispensável na economia de mercado.
A comunicação social apoia os negócios, o comércio, ajuda a estimular o crescimento
económico, o emprego e a prosperidade, encoraja o aperfeiçoamento de bens e serviços,
promove a concorrência responsável e torna as pessoas capazes de fazerem opções
informadas. Em síntese, a eliminação dos Mass Media provocaria a decadência das
estruturas económicas fundamentais.
Em questões religiosas a vida das pessoas é enriquecida por meio dos Mass Media
transmitindo notícias e informações acerca de eventos, ideias e personalidades religiosas:
servem de transporte para a evangelização e a catequese. Por vezes, contribuem para o
enriquecimento espiritual das pessoas, por ex. eventos da Igreja, em Roma, transmitidos via
satélite.
Uma comunicação deste tipo procura o bem e a realização dos membros da comunidade,
no respeito pelo bem comum de todos. Mas é necessário o diálogo para discernir o bem
comum.
Os Mass Media podem ser usados também para obstruir a comunidade e prejudicar o
bem: afasta, marginaliza ou isola os indivíduos, atraindo-os para comunidades com falsos
valores e destrutivos, fomentando a hostilidade e o conflito. Existem em cada uma das
áreas que acabamos de mencionar.
Diante das injustiças, não é suficiente que os comunicadores digam que o seu papel
consiste em narrar as coisas como elas são. Algumas instâncias do ser humano são
ignoradas pelos Mass Media, enquanto outras são difundidas. Enquanto isso refletindo uma
decisão de comunicadores, espelhando também uma seleção injustificável.
Certos políticos sem escrúpulos utilizam os Mass Media para a demagogia e o engano, em
benefício de políticas injustas e de regimes opressivos. Desvirtuam os adversários e
deturpam e suprimem a verdade. As convenções da democracia são observadas, mas a
técnica emprestada da publicidade e das relações-públicas são utilizadas em vantagem das
políticas exploradoras.
Em síntese, os Mass Media podem ser utilizados para o bem ou para o mal, é uma questão
de escolha. Afirma que nunca se deve esquecer que a comunicação transmitida pelos Mass
Media não é um exercício utilitarista, com a finalidade de persuadir ou vender. Tão pouco é
um veículo para ideologias. A comunicação tem a tarefa de unir as pessoas e de enriquecer
as suas vidas.
Alguns Princípios Éticos Relevantes
O segundo seria complementar do primeiro: o bem das pessoas não pode realizar-se
sem o bem comum das comunidades às quais pertencem. O bem comum deve ser
compreendido como a soma total de objetivos comuns dignos.
Os recetores, por sua vez, afirmam que também têm deveres éticos. Devem informar-se
sobre os Mass Media (conteúdo, modo de operar e estrutura) e fazer opções responsáveis.
Exercícios