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Resumo – OS MEDIA NA EDUCAÇÃO

TEMA 1

1. Os media influenciam o processo de democracia, actualmente?


Referência: Rieffel, início página 11.

Efeitos da mediatização sobre a vida política


Mudanças de atitude e ou conversões provocadas pelos media são bastante raras.

Pistas de Resolução: Os media influenciam o processo de democracia atual e devemos compreender que a relação entre
os media e a política constitui um factor importante para a compreensão dos desafios relacionados com a evolução das
democracias contemporâneas.

Influência dos Media sobre o comportamento eleitoral dos cidadãos


* Os media têm tendência a reforçar as condições preexistentes nos receptores
* Têm também a capacidade para provocar alterações nas intenções de voto
* Uma boa prestação mediática pode determinar o resultado das eleições e conseguir convencer os indecisos
- É errado afirmar que a televisão faz uma eleição, mas por vezes contribui para o resultado final

Mediatização da vida política – utilização intensiva e regular, por parte da classe política, da rádio, da imprensa e
sobretudo da televisão
Apoiando-se cada vez mais no impacto aparente da imagem, as figuras da política tornam-se muito sensíveis ao modo
como intervêm no pequeno ecrã.
Tudo concorre para uma encenação um tanto ou quanto teatral da prestação do político.
O papel dos jornalistas consistirá, pois, em encontrar formas e linguagens que não afastem o telespectador leigo e em
provocar no público a curiosidade.

3 Modelos:
1 – Modelo impositivo: o político responde a questões feitas pelo jornalista
2 – Modelo ágora: o político além do jornalista responde ao cidadão comum, sem haver troca de ideias
3 – Modelo interactivo: o político tem um diálogo directo e prolongado com o público, ficando o jornalista reduzido ao
mínimo.

2. Caracterize e destaque os elementos que constituem a agenda-setting function.


Referência: Rieffel, início página 30.

→ Influência dos media sobre o estabelecimento da ordem do dia dos problemas da atualidade
Este conceito é caracterizado pela determinação que os media fazem dos acontecimentos que nós falamos no nosso
quotidiano. Através da selecção de informações os media impõem à sociedade quais são os acontecimentos da
actualidade que estão na ordem do dia, influenciando as pessoas a pensar e a discutir sobre esses mesmos
acontecimentos. Portanto a atenção do público é desviada para determinados temas em detrimento de outros.

* Determinação que os media fazem dos acontecimentos do nosso quotidiano.

Elabora do por: Rita Pires (2014/2015) 1


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* Selecção de informações impõe à sociedade os acontecimentos na ordem do dia


* A atenção do público é desviada para determinados temas em detrimento de outros.
Pistas de Resolução: Agenda–setting function é a influência dos media sobre o estabelecimento da ordem do dia dos
problemas da atualidade.

3. “ …alguns investigadores abandonaram a ideia de um receptor indefeso perante a ideologia vinculada pelos media
….” Analise essa afirmação caracterizando outra percepção sobre o receptor indefeso perante os media.
Referência: Rieffel, início página 181.

Pistas de Resolução: O receptor é um indivíduo ativo, socializado, a culturalmente inserido, isso influencia na
decodificação pessoal de cada um sobre as mensagens. A recepção não é uma absorção passiva de significações pré-
construídas. Existe uma grande diversidade de contextos e recepção e uma pluralidade de códigos.

4. Compreensão das reflexões sobre a desinformação.


Referência: Rieffel, início página 68.

Desinformação: é uma argumentação indirecta, conscientemente mentirosa e enganosa.


É uma acção que consiste em fazer com que um receptor, que se quer enganar intencionalmente, aceite uma certa
informação que não é real, e que o emissor faz parecer uma informação segura e comprovada.
Jogo de aparências. Os directos permitem ser o primeiro a dar a noticia.
É mais importante a captação de audiências do que a veracidade da informação que é transmitida.
A informação só é comprovada à posteriori, dando lugar a que haja desinformação.
Mesmo que esta depois seja corrigida já se atingiram os objectivos pretendidos.
Os interessados dissimulam a realidade dos factos, procuram abafar os casos, tentam manipular os jornalistas e os media
enviando-lhes informações incompletas ou falsas.
Os media encontram-se, no centro da tensão democrática, pois tentam descobrir o que os poderosos tanto escondem.

A propaganda é uma argumentação manipulada, enquanto a desinformação é uma argumentação indirecta,


conscientemente mentirosa e enganadora. É uma acção que consiste em fazer aceitar, por um receptor que se quer
intencionalmente enganar, uma certa descrição do real favorável ao emissor, fazendo-a passar por uma informação
segura e comprovada. É uma mentira, muitas vezes emitida sem comprovação das fontes e dada pela pressa de
apresentar notícias.

A desinformação também pode ser definida como propagação de rumores


Os traços característicos do rumor:
1. A implicação: o emissor sente-se de algum modo implicado na mensagem transmitida;
2. A atribuição: o rumor não surge de um testemunho directo, mas sim do testemunho de um testemunho;
3. A instabilidade: ao ser divulgado, o seu conteúdo altera-se por redução, acentuação, adição, omissão, síntese dos
factos relatados;
4. A negatividade: relata, principalmente, acontecimentos perturbadores ou dramáticos, como agressões, escândalos,
acidentes, ameaças entre outros.

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Pistas de Resolução: Existem técnicas dos medias para a desinformação, que tem como vantagem desviar a atenção de
determinados tópicos e evitar eventual crítica. Por isso, essa desinformação é fruto do excesso de informação, o uso de
tecnologias da comunicação e informação muito sofisticadas, com uma supremacia de imagens e a instantaneidade,
além de uma fiabilidade pouco discutível.
5. Explique porque o século XX pode ser entendido como a “era das multidões”, e qual a relação disso com a
propaganda política? Interpretação crítica sobre a cultura de massa.
Referência : Rieffel, início página 59.

Inicialmente os media eram considerados como instrumentos de progresso, devido a uma maior e melhor circulação da
informação no seio das sociedades. Esta perspectiva inicial dos media foi alterada quando se verificou o uso dos mesmos
em benefício de indivíduos, grupos e partidos políticos interessados em consolidar o seu poder sobre o povo.

Portanto, com o desenvolvimento das sociedades de massas dá-se o grande crescimento dos meios de comunicação
que se subordinaram a interesses pessoais, de grupos e de partidos políticos. Para que estes conseguissem atingir os
seus objectivos desenvolveram-se técnicas (repetição, manipulação cognitiva, amálgama cognitiva efectiva) sofisticadas
de manipulação e persuasão dos indivíduos e das multidões. Desenvolveu-se a Publicidade (comercial) e a Propaganda
(política).

A Propaganda tem um objectivo de fazer o publico agir e pensar do modo que interessa os criadores dessa mesma
propaganda.
A Era das Multidões:
* Os indivíduos inseridos em Multidão agem de modo diferente do que estivessem isolados.
* A multidão é sensível a imagens e a palavras sensíveis e formulas.
* O homem é um imitador, segue em Multidão os líderes de opinião e crenças.

Pistas de Resolução: As multidões significam uma soma de indivíduos, que a compõem e que o simples fato de estarem
juntos em grande número atribui a multidão uma unidade mental particular, também uma sociedade de massas,
marcada pelo desaparecimento das comunidades locais, pela mistura de categorias sociais, por uma real mobilidade do
indivíduo, vivendo muitas vezes sem ligação entre si. A relação disso com a propaganda política está exatamente na
facilidade de manipulação dessa massa e os mecanismos que a propaganda utiliza para essa manipulação.

O efeito de propaganda dos media depende de características internas aos media.


A propaganda para ter o efeito desejável terá que se basear no conhecimento psicológico do público a que se dirige
(opinião, sentimentos) e no conhecimento das correntes principais da sociedade (crenças, valores), apresentar uma
relação directa com a actualidade e ainda respeitar os seguintes regras:
* Simplificação: utilização de slogans e de palavras de ordem, que transmitam uma ideia com a força da evidência, não
dando motivo para discussão devido à sua precisão;
* Ampliação: consiste em eliminar todas as informações que possam ser prejudiciais e, manter apenas as que apoiam o
discurso do propagandista. Ampliam-se uns pormenores e eliminam-se outros;
* Orquestração: consiste na repetição constante das ideias principais, a fim de sujeitar o público-alvo à informação que
se pretende incutir, ou das representações que se pretende fazer assimilar;
* Transfusão: consiste em nunca entrar em discordância com as convicções prévias do público-alvo. Deve-se, sim, fingir
que se pretende adoptá-las e depois moldá-las no sentido mais conveniente. A transfusão permite, por conseguinte, a
adaptação aos diferentes públicos que se pretende atingir;

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* Contágio: trata-se de criar uma ilusão de uma concordância, de explorar o desejo que os Homens têm de ser iguais
aos outros, a sua tendência para o conformismo.

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Identificar as diversas correntes dos estudos sobre o efeito dos media no receptor.

Anos 40 - 60
A “Corrente Crítica” defende que os efeitos dos media no receptor são directos e poderosos. Os media manipulam,
efectivamente os indivíduos. Estes teóricos da sociedade de massas defendem que os media influenciam fortemente as
atitudes e os comportamentos dos receptores.
Os receptores são apresentados como indivíduos passivos sujeitos ao domínio das indústrias culturais sobre as mentes.
Numa sociedade de massas os media provocam um conformismo e uniformização em direcção ao consumismo e à
rentabilidade.

A “Corrente Empírica” defende que os media não provocam quaisquer alterações de atitudes ou comportamentos nos
receptores.
Informação selectiva – o receptor não é passivo nem vulnerável e reage, p restando mais atenção aos temas que lhe
despertam interesse em detrimento de outros.
A intensidade de informação depende do grupo (receptores influenciados pela pressão dos grupos – efeito da
mensagem indirecto, distribuído por um dos elementos do grupo, ou guia de opinião, que está mais exposto às
mensagens mediáticas e efectua a filtragem e triagem da informação que retransmite ao grupo) – as mensagens
mediáticas não atingem todos de igual forma → efeitos indirectos e limitados

Anos 60/70
A “Corrente Funcionalista” propõe análise mais psicológica das relações entre os receptores e os media. Capacidade e
einiciativa do receptor em responder de diversas formas face às mensagens difundidas – contexto social dos receptores

Assim, passou-se de um modelo que definia a acção dos media a partir das fontes, dos emissores (modelo dos efeitos),
para um modelo que descobre a importância dos receptores → passa-se de um modelo unidireccional para um modelo
conversacional da comunicação.

TEMA 2

1.Caracterizar a cultura de massas de acordo com as análises de Tornero.


Referência: Tornero, início página 17
Pistas de Resolução: As características desta cultura em linhas gerais são a fragmentação, a dispersão e a desordem; a
uniformidade das mensagens, o esquematismo e a superficialidade; a seleção dos valores rentáveis em corcordância
com a ideologia necessária; a moral do sucesso como fundamento da cultura dominante esta seria a razão da presença
da violência e a homogeneidade, repetição do mesmo modelo de sucesso para todas as mensagens, para uniformizar o
espectador.

2. O título do artigo de Mcluhan, “ El aula sin muros”, exprime graficamente a tensão entre o conhecimento produzido
na escola e o gerado fora dela, que continua a crescer, com vantagens para este último.
Analise esse comentário pensando sobre a sociedade da informação e suas novas fontes de saber e de acumulação
do conhecimento, para além da escola.

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Referência: Tornero, início página 33

Pistas de Resolução: O conhecimento produzido fora da escola, nos dias de hoje, é muito amplo, os media são os
responsáveis por isso, existem muitas fontes de informação atualizadas que não estão necessariamente na escola.

A televisão constitui uma janela aberta sobre o mundo e é uma fonte de aprendizagens diversas para as crianças (como
aprender a cantar, a falar a própria língua e as estrangeiras, a saber mais sobre o mundo animal e os problemas do meio
ambiente)

3. compreensão sobre a competência comunicativa.


Referência: Tornero, início página 62

O desenvolvimento de competências e de práticas comunicativas devem ser trabalhadas a nível individual e grupal e
devem promover uma cultura de comunicação na escola, na família ou num determinado movimento local. A
participação na concepção dos meios de comunicação escolares ou comunitários deve constituir uma intenção cívica e
pedagógica, potenciando a tomada de consciência sobre o mediatismo. A criação e animação de jornais, rádios escolares
ou comunitários são uma forma de dar voz às crianças e jovens e de criar contextos de aprendizagem responsáveis pela
consciência cívica e política.
É preciso desenvolver o conhecimento dasd linguagens dos media, trabalhar no desenvolvimento de aptidões para a
sua interpretação crítica e promover os recursos para a sua utilização criativa.

→ decifrar a linguagem da comunicação e saber servir-nos dela


→ uma educação para a comunicação
→ promover uma nova competência comunicativa

Criação de um ambiente que promova a utilização das novas tecnologiase de media educativos. A escola deve procurar
novas orientações que assegure o seu papel de desenvolvimento das capacidades e competências necessárias na
sociedade da informação.

Pistas de Resolução: O que se chama de competência comunicativa pode ser definida em dois aspectos referidos a
linguagem oral e a sua visão escrita, mas atualmente existem os diversos processos semióticos e icónicos com os media
e a sua linguagem, modificando assim as necessidades da competência comunicativa.

4. Caracterização dos três paradigmas históricos no ensino sobre o audiovisual: o modelo proteccionista, o modelo
avaliador e o modelo representacional.
Referência: Tornero, início página 110

o modelo protecionista: distinção entre cultura popular e alta cultura, o intuito era proteger o aluno do mau gosto. O
ensino sobre os media fazia-se contra os media. Evidenciava-se o seu caráter manipulador e o seu gosto, por oposição
aos valores eternos da grande literatura, pintura ou música.

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o modelo avaliador: desenvolver no estudante a capacidade de escolher, entre a grande quantidade de itens da cultura
popular, produtos passíveis de produzirem prazer estético ou intelectual.

o modelo representacional: a ideia de que os media audiovisuais não opera como espelho da realidade, mas como meio
de produção ou construção dessa realidade

5. Compreensão das principais razões do uso didático da televisão na educação.


Referência: Tornero, início página 175

Pistas de Resolução: Dentre as razões as principais estão, o estímulo e interesse dos alunos, acesso das crianças a
mundos desconhecidos, favorecer o processo de comunicação em sala de aula, etc.

É necessário apostar na televisão numa vertente didática e integradora, em que se ensine o funcionamento deste media,
indicando como se deve interpretar corretamente a sua imagem audiovisual, de modo a obter alunos com capacidade
critica e reflexiva.

- Visto que os media, e em especial a televisão, alteram a nossa forma de ser e de estar no mundo, é sem dúvida
importante aproveitar este recurso tecnológico como meio didático e pedagógico, sempre com o propósito de fazer
uma leitura crítica das suas mensagens.
- A televisão oferece uma multiplicidade de possibilidades educativas que se impõe descobrir.
- Educar para o visionamento televisivo na escola é, assim, uma estratégia que pode favorecer a formação crítica
- Falamos da utilização da televisão como instrumento e recurso no processo aprendizagem.

Educação para as imagens (vectores)


Devemos ter em conta que as imagens proporcionam ao ser humano a possibilidade de representação daquilo que
sofre, sente ou deseja.

Os efeitos das imagens dependem de vários factores.


* Na recepção das imagens o espectador é confrontado com um conteúdo cuja apreensão é condicionada por vários
aspectos da sua vida pessoal e social (consoante o grupo a que pertence) e também pela relação que estabelece com o
espectáculo audiovisual.
* O espectador é condicionado pelas reacções do grupo a que pertence.
* Toda a contemplação de imagens mobiliza em simultâneo registos imaginários e processos simbólicos específicos. A
interligação estreita destes registos e processos constitui a explicação das nossas relações individuais e colectivas com
as imagens.

Mecanismos Psicológicos usados na mobilização das imagens


As forças psíquicas de envolvimento estão na base do nosso sentimento de pertença ao mundo e de formarmos uma
continuidade com ele. As forças de transformação complementam as de envolvimento e dão-nos a possibilidade de nos
vermos a nós próprios como agentes transformadores do mundo.

→ Envolvimento
* sentimento de pertença

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* capacidade de despertar experiências emocionais ou sensoriais


* ilusão de que uma imagem é vista de modo idêntico por todos os espectadores
* poder de envolvimento das imagens que nos convida a entrar nelas e a confundir a realidade numa ilusão a que o
espectador pode optar por se entregar ou opor.
Estes poderes de envolvimento, que no fundo são formas de convencimento que proporcionam a relação satisfatória
com as mesmas.

→ Transformação
* participam na constituição do símbolo
* mobilizam o espectador ao nível da capacidade de passar de um registo de simbolização para outro.
* criação de novos objectos
Processamento de imagens violentas - Provocam sobretudo emoções desagradáveis:
* Angústia
* Medo
* Cólera
* Repugnância
Provocam sofrimento psíquico, mas também a desmobilização.

Através da transformação, pode minimizar essas emoções desagradáveis e, em grupo pode ter manifestações de
agressividade, transformando-se em prazer.
(ex: bonecos violentos = medo / em grupo, brincam às lutas = prazer / divertimento)

Teorias para compreender o efeito das imagens violentas nos receptores:


* Teoria da agressividade – a visualização constante de imagens violentas, torna as crianças mais agressivas
* Teoria da Dessensibilização – a visualização constante de imagens violentas, torna as pessoas menos sensíveis à
violência na realidade
* Teoria do Medo – o receptor pode confundir a violência fictícia com a realidade, demonstrando mais medo, temendo
ser vítima de agressão.

Reconhecer o papel desempenhado pelas “representações” que os pais e os educadores têm sobre a televisão quando
se equaciona a relação das crianças com este media.
Relação entre as crianças e a televisão à As representações que os pais fazem da TV, condicionam as visões e os
discursos, e provavelmente as práticas destes adultos. São “mediocêntricas” e:
* Lamentam o excessivo tempo ocupado pela televisão considerando-o um desperdício;
* Acreditam no poder manipulador das mensagens mediáticas independentemente do contexto;
* Preocupam-se com a dimensão crítica das mensagens televisivas (apelos ao consumo, desvendamento de aspectos
relacionados com o comportamento sexual);
* Acham que a televisão significa uma perda ou privação de uma ordem social e de estilos de vida (os hábitos de leitura,
o diálogo familiar, a convivência social, eram antes, factores valorizados).

TEMA 3

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Apropriação = construção persoanlizada da utilização

Apropriação da Internet
Consiste em avaliar a intensidade de integração da Internet nos hábitos e vida quotidiana.
Para os jovens a Intenet é de fácil utilização e integra-se no seu quotidiano sem dificuldades. Encaram a Internet como
uma evolução e como uma diversão, sabendo que tem utilidade na aprendizagem e profissionalmente. Comparam a
Internet com uma mega biblioteca.
Todos os jovens querem a presença da Internet nas escolas, por ser fundamental no ensino e para futura integração
profissional.
A integração das TIC nas escolas favorece uma melhor compreensão do universo mediático, encoraja a aquisição de
aptidões intelectuais, desenvolve o espírito crítico e a capacidade criativa.

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Formas de Apropriação
Femininas:
* Menos curiosidade e entusiasmo;
* Práticas articulam-se em torno de um sentimento de vínculo. Ouvem mais música;
* Exploram as ferramentas que favorecem os relacionamentos;
* Favorecem uma utilização mais utilitária e prática
Masculinas:
* Usam mais as consolas de jogos de vídeo,
* Cultura de jogos constitui uma forte sociabilidade de grupo;
* Mais curiosidade e mais habilidade com o computador e TIC;
* Clivagens nas interacções familiares associadas ao género.
Etiquetagem Social - Sexo, classe, idade

1. Listar as dimensões existentes e caracterizar cada uma delas.


Referência: Reiffel, início página 212

a) Dimensão subjectiva
Acentua os interesses pessoais do utilizador e as formas particulares de utilização, com maior ou menor autonomia
→ construção do eu, centro de interesses do utilizador, formas particulares de uso.

b) Dimensão cognitiva
Aquisição de conhecimentos e competências. Desenvolvimento de habilidades práticas. Descobrir regras sem recorrer
a instruções – pensamento indutivo. Aprendizagem empírica mobiliza competências individuais e colaboração
recíproca.Multiplicidade de funções não exploradas.
→ apropriação de uso da ferramenta competências e habilidades práticas.

c) Dimensão identitária
Relaciona-se com a formação da identidade pessoal e social que se interligam e indicam as TIC como fontes de
construção do “eu” e de etiquetagem social.
→ formação de identidade junto aos adolescentes, realização profissional dos adultos através das TIC, etc.

2. Podemos afirmar que as TIC alteram a nossa relação com o espaço?


Referência: Reiffel, início página 225

→ As TIC alteraram a relação entre tempo e espaço.


→ Uma das características dessa alteração são as fronteiras de vida profissional e privada. Pode-se consultar coisas
do trabalho em casa e vice-versa.

3. Os novos processos de mediação: do texto ao hipermédia, o autor cita a seguinte frase: “Os processos de mediação,
porém, vêm mudar tudo.” Analise os argumentos que o autor utiliza para justificar essa afirmação
Referência: Tornero (2007) Capítulo 3 – “Os novos processos de mediação: do texto ao hipermédia”

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As principais características da mediação na perspectiva da educação são: haver uma comunicação interpessoal,
mediada por um computador através da internet – comunicaçã síncrona ou assíncrona.
- para haver uma comunicação interpessoal, tem de haver um emissor e um receptor
- a comunicação é interpessoal – transmitir, armazenar ou apresentar informações, conhecimentos ou experiências.
- comunicação usada no ensino em ambiente e-learning – forma síncrona ou assíncrona

Pistas de Resolução:
→ características de um tempo e espaço que implicavam, de igual forma, emissores e receptores.
→ a mudança da consciência do indivíduo na linguagem utilizada.
→ o carácter mediador da escrita.

4. Descrição das características que compõe o perfil dos indivíduos mediáticos


Referência: Tornero (2007): “O futuro da Sociedade Digital”

- Pessoas conectadas / ligadas – 3 a 4h ligados por dia, novos contextos para o relacionamento social
- Regem-se por impulsos - mudanças a ritmo acelerado e mistificam a velocidade, orientam-se para ambientes virtuais
– vivem num estado quase de simulação
- O seu centro gravitacional é o consumo
- São abúlicos e orientados para a excitação (não participam activamente na vida real, são passivos – estados de
excitação constantes)
- São caracterizados por uma certa docilidade politica (tendem a deixar-se arrastar pelas massas),
- São adaptáveis (adaptam-se ao meio que os rodeia),
- Adeptos do comunitarismo (gostam de ser sentir integrados)
- Instáveis (a sua predisposição para a mudança, leva-os à insegurança e à instabilidade psicológica, são vulneráveis).

Pistas de resolução: Descrever sinteticamente o perfil dos indivíduos mediáticos: são pessoas conectadas; regem-se
por impulsos; orientam-se para ambientes virtuais higienizados, seu centro gravitacional é o consumo; são abúlicos e
orientados para a excitação; caracterizam-se por uma certa docilidade a nível político; são adaptáveis; adeptos do
comunitarismo; apresentam-se fragmentários e são
instáveis.

5. Caracterização de aspectos positivos e negativos da Sociedade Digital e a Sociedade da Informação e do


Conhecimento.
Referência: Tornero: “O futuro da Sociedade Digital” (p. 189 -192 e p. 206 - 208)

Dualidade de valores na sociedade digital - Aspectos construtivos vs aspectos destrutivos da sociedade digital
* Abre horizontes de conhecimento e relacionamentos;
* Óptimo meio de instrução e de consciencialização do indivíduo com relação ao mundo;
* Promove a solidariedade e a compaixão;
* O indivíduo corre o risco de se tornar dependente, tornando-se anti-social – isolamento do mundo exterior;
* Óptimo meio de manipulação, as crianças e os jovens são as suas maiores vítimas;
* Leva a uma existência vazia e desprovida de valores.

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Pistas de Resolução:
→ Positivos: eliminação de diferenças de classes, sentido da comunidade, informação e acesso, relacionamentos e
intercâmbios.
→ Negativos: consumo, comércio, desenvolvimento de uma comunicação de massa.

Conceito de Sociedade Digital


* Rede universal de comunicações audiovisuais que tem a sua expressão máxima na televisão digital e na Internet.
* Constitui um mito, de ideia-valor e não tanto uma realidade empírica. Este ideal de sociedade originou uma profunda
reestruturação social e transformações contemporâneas, sociais, tecnológicas, económicas e políticas.
* Esta influenciou a organização do trabalho, a educação e até mesmo a personalidade e a forma de viver dos indivíduos.

6. Caracterize os novos valores da educação para os media.


Referência: Tornero, início página 206

Novos valores da Educação para os Media


* Aspiração de uma unidade e comunhão, num sentido pacífico e contribuir para a construção de um estatuto
cosmopolita, numa cidadania global e universal (todos os cidadãos do mundo comprometidos)
* Deve representar união, diálogo, procura de acordo e consenso.

Pistas de Resolução: O resumo a ser realizado deve destacar que a nova educação para os media deve contemplar: os
valores positivos da sociedade digital como, por exemplo, a construção de uma rede global com diálogo e intercâmbio
de informação.

Justificar a importância das TIC na construção de novas formas identitárias


* Instrumentos de comunicação - Através da oferta de diferentes actividades e formas de comunicar, constroem novas
formas de identidade pessoal e social e de etiquetagem social.
* Mensagens escritas de convívio possibilitam ao sujeito retirar-se do universo quotidiano sem pôr em causa a sua
identidade.
* O anonimato, pseudónimo marcam uma sociabilidade entre estranhos onde a intimidade de cada um é desvendada.
* Comunidades telemáticas partilham os mesmos interesses. Existe reconhecimento e a identidade do grupo é
sedimentada pela prática regular de actividades.
* Utilizadores da Internet estabelecem permuta assíncrona, escrita e mediatizada no seio de um fórum público. Criam
sites de apresentação.
* Diferenciação de apropriação das TIC pelos indivíduos do sexo masculino ou feminino e ainda pelo seu estrato social
e a sua idade.

Identidade electrónica
Rieffel: “a identidade electrónica é a definição que cada um constrói de si mesmo na relação com os outros”;
Tornero: “com relação à Administração electrónica, define identidade electrónica como resultado da soma de todos os
dados pessoais processados, que nos substituem como pessoas sem garantias do respeito pela nossa dignidade pessoal,
ou seja a imagem que constroem de nós através dos nossos dados pessoais.”

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As TIC influenciam as relações que os indivíduos estabelecem entre si. Existem opiniões que defendem a ideia que a
internet favorece o isolamento – comunica mais com pessoas que estão longe do que as que estão perto fisicamente.
Por um lado favorece a fluidez de trocas de mensagens e uma simplicidade nas relações, aumentando também a eficácia
no trabalho e a diversificação de espaços de comunicação. Por outro lado, proporciona a falta de envolvimento social e
presencial – desfasamento em relação ao meio envolvente.

Descrever Novas formas de sociabilidade juvenil e familiar decorrentes da utilização das TIC
Verifica-se devido à utilização das TIC, nomeadamente do computador e da Internet, novas formas de socialização
(novas formas dos indivíduos se relacionarem entre si) a nível familiar, microgrupos, empresas, sob a forma síncrona
(jogos em rede, chats) e/ou assíncrona (mail’s, fóruns) – confronto de ideias e concívio.
* Família: mais liberdade, individualização, autonomia na utilização das TIC. Implica negociações entre pais e filhos o
que favorece um novo tipo de convívio familiar, pontuado por um menor envolvimento, ou seja maior individualismo,
mas também solidariedade.
* Factores sociais interferem na apropriação das TIC: As mulheres ainda continuam a assumir a execução das tarefas
domésticas, sobrando-lhes menos tempo para a utilização das TIC, observa-se então a dominação masculina.
* Na vida profissional as diferenças esbatem-se porque as relações de poder não giram em torno do sexo, mas de
hierarquia, competência e produção.
* Os microgrupos com interesses em comum em redor das TIC e que partilham informações, jogos, revistas, conselhos,
software, caracterizam-se por um convívio tecnológico e uma solidariedade informática de partilha que pode conduzir
a um isolamento físico alterando as formas habituais de comunicação interpessoal.
* Nas empresas, o serviço de mensagens rentabiliza o trabalho mas conduz à falta de envolvimento social.
* As TIC influenciam as nossas relações quotidianas com o tempo e com o espaço.
* A comunicação é contínua e em qualquer lugar.
* As fronteiras tradicionais entre vida privada e profissional esbatem-se, acedemos a partir de qualquer lugar ao
escritório, a casa, ao banco.
* Vivemos uma sensação de ubiquidade, o que conduz a uma alteração de comportamentos devido à desestruturação
do território e do tempo.

Identificar as diferentes modalidades do discurso sobre o futuro da Sociedade de Informação


Profético – Profecias e augúrios que funcionavam como estímulo moral e de reflexão;
Catastrofista – final previsto trágico e nefasto;
Voluntarista – entusiastas e optimistas previam uma espécie de paraíso informativo e do bem-estar, advindos dos
processos tecnológicos.
Cientifista – Cenários futuros com base na análise de modelos estatísticos.

Educação para os Media


A educação para os media são práticas que visam o desenvolvimento de competências ligadas à utilização dos media e
à aquisição de uma atitude crítica perante os media. É o processo que permite aos indivíduos adquirir uma visão crítica
dos media e compreender a natureza, as técnicas de produção e a ainfluência dos seus produtos e mensagens. (ensinar
os indivíduos a interpretar e a criar mensagens)
A educação para os media traz muitas vantagens, principalmente pela motivação que permite que as crianças e
adolescentes exerçam um julgamento crítico e ético, perante a informação e imagens de que são alvo. Visa transformar
os jovens e adolescenmtes em espectadores activos, em exploradores autónomos da comunicação mediática e em
actores dessa comunicação.

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