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Na obra de Lippmann ela fala dos veículos noticiosos, “nossas janelas ao vasto
mundo além de nossa experiência direta”, determinam nossos mapas
cognitivos daquele mundo.
Segundo Lipmann, a Opinião Pública responde não ao ambiente, mas ao
pseudo ambiente construído pelos veículos noticiosos.
As imagens em nossa cabeça tem muitas origens. Entre as várias fontes
existentes para o nosso conhecimento do mundo que nos cerca, os meios de
comunicação de massa são proeminentes.
Pressupostos da A.S:
A) Fluxo contínuo de informação: o processo de informação não é fechado
B) Os meios de comunicação, por consequência, influenciam sobre o
receptor não a curto prazo, como parte das antigas teorias
pressupunham, mas sim a médio e a longo prazo.
C) Os meios de comunicação, embora não sejam capazes de impor o quê
pensar em relação a um determinado tema, como pregava a teoria
hipodérmica, são capazes de a médio e longo prazos, influenciar sobre o
quê pensar e falar.
Formação da A.S:
Duplo fluxo informacional: a maior parte das informações não transita
diretamente de uma mídia para o receptor, mas é também mediada através dos
chamados líderes de opinião, com os quais estabelecemos relações
emocionais as mais variadas.
Há maneiras diversas de encarar uma mesma agenda ou uma questão
genérica pode receber conotações muito particulares.
Correlação entre a agenda da mídia e a do receptor, mas também a
agenda do receptor pode e acaba influenciando a agenda da mídia.
Características pessoais do receptor: depende dos graus de percepção da
relevância ou importância do tema, além dos diferentes níveis de necessidade
de orientação em relação ao tema.
Percepção de relevância poderá ser alta, média ou baixa.
Agendamento do debate político: a mídia alcança uma importância superior
na constituição das relações políticas.
A teoria começou a ser estudada na década de 60, com base nas pesquisas
sobre efeitos dos meios de comunicação em massa sobre a população. O
modelo do conceito de "espiral do silêncio" de Noelle-Neumann baseia-se em
três premissas:
As pessoas têm uma intuição ou um sexto-sentido que lhes permite
saber qual a tendência da opinião pública, mesmo sem ter acesso a
sondagens;
As pessoas têm medo de serem isoladas socialmente, e sabem qual o
tipo de comportamento que poderá contribuir para esse isolamento
social, tendendo a evitá-lo;
As pessoas apresentam reticências ou até medo em expressar as suas
opiniões minoritárias, por terem receio de sofrer o isolamento da
sociedade ou do círculo social próximo. Quanto mais uma pessoa
acredita que a sua opinião sobre um determinado assunto está mais
próxima da opinião pública julgada majoritária, maior probabilidade
existe que essa pessoa expresse a sua opinião em público. Então, e se
a opinião pública mudar, essa pessoa reconhecerá que a sua opinião
não coincide já com a opinião da maioria, e por isso terá menos vontade
de expressá-la publicamente.
À medida que a distância entre a opinião dessa pessoa e a opinião pública
aumenta, aumenta também a probabilidade de essa pessoa se calar e de
se autocensurar. Os meios de comunicação de massa são um fator
essencial de estabelecimento da “espiral do silêncio”, na medida em que
formatam a opinião pública. Perante uma opinião pública formatada, as
pessoas que não concordam com a mundividência politicamente correta,
emanada da comunicação social, entram em “espiral do silêncio” muitas
vezes constituindo uma “maioria silenciosa”. Daí o termo.
Os mass media participam com a tematização, conceito presente na hipótese
de agenda setting: “colocação na pauta da atenção do público receptor de um
determinado tema, com todas as suas variantes e desdobramentos, dando-lhes
uma aura de importância e urgência”.
• Luta de classes:
- Desenvolvimento de uma consciência de classe
- Abolição da alienação do trabalhador
Alienação:
- A divisão social do trabalho leva a uma forte separação entre aquele quem
planeja o trabalho e aquele que o executa (perde consciência do trabalho total).
• Mais-valia:
- Valor produzido pelo trabalhador além daquele necessário para pagar seu
próprio salário - Formas de aumentá-la.
• Valor-trabalho:
- O valor de uma mercadoria é proporcional à quantidade de trabalho social
médio nela contida
- Pode ser afetada pela demanda e oferta
A importância não se encontra “no indivíduo (...), mas nas relações sociais; se
constrói com base nas relações do homem com a natureza, pelo trabalho, e
com outroos homens” (Kuenzer, 2002, p. 34).
O indivíduo, nessa acepção, não é um autômato, é um indivíduo porque é um
ser social, um ser que só se constitui nas relações sociais
Os homens ao produzir meios para as suas necessidades organizam-se
socialmente, estabelecendo relações sociais.
A partir daí o trabalho tornou-se o fundamento do materialismo histórico, pois
através dele o homem se humaniza e humaniza a natureza.
Um exemplo dessa humanização é o homem transformando o algodão em
camisa.
Marx e Engels criaram o conceito de Materialismo histórico-dialético:
• Marx e Engels querem compreender o ser humano e a sociedade sem
recorrer a nenhuma ideia sobrenatural;
• Assim, afirmam que o modo pelo qual vivemos nossas vidas, da maneira mais
concreta possível, é o mais fundamental para o próprio ser humano.
• Dessa maneira, não podemos viver sem produzir objetos essenciais para a
vida, que visem suprir certas necessidades que desenvolvemos (como, por ex.,
comida, vestimenta, transporte, ir ao cinema...)
• A consciência, os sentidos e o espírito humano (estruturas políticas,
religiosas, jurídicas) são moldados/determinados por meio das relações sociais
estabelecidas.
• Para Marx o homem só se realiza em sociedade e com as sua relações de
trabalho. A forma de organização do trabalho é ditada pelas condições
materiais concretas, as quais são ditadas pelos meios de produção.
• Meios de produção que é tudo que faz a intermediação (homem – Natureza)
• O exemplo seriam as máquinas, que aliadas ao trabalho humano formam as
forças produtivas.
As forças produtivas determinam as relações sociais de produção.
Para Marx as forças produtivas são o resultado da energia prática que
determina o estágio de desenvolvimento das relações sociais de produção, “é
como os homens se organizam socialmente para produzir, pois ao produzir
ocorre o contato entre os homens e isso lhe confere uma dimensão social”.
As relações sociais de produção independem da vontade dos indivíduos e é
imposta a toda sociedade.
• Assim, enquanto parece que aquilo que governa a sociedade são as leis, os
costumes, a estrutura política, a religião...na verdade, aquilo que governa a
sociedade efetiva e concretamente são as formas pelas quais se transforma a
natureza, produz-se objetos de consumo e distribui-se tais objetos entre a
população que compõe uma sociedade.
• A consciência e as formas de interpretar e organizar a vida e a sociedade são,
na verdade, reflexo da maneira pela qual a produção e a distribuição de bens
ocorrem em determinada sociedade.
• Assim, a política, o direito, a religião e todas as outras formas que
aparentemente governam a vida dos homens, são, na verdade, formas de
manter a mesma configuração do trabalho, da produção e da distribuição
(desigual) dos produtos do trabalho.
• Não é a consciência do homem que determina o seu ser, é o seu ser
social que inversamente determina a sua consciência
Indústria Cultural
Escola de Toronto:
Há um princípio básico pelo qual pode distinguir um meio quente, como o rádio,
de um meio frio, como o telefone:
O meio quente é aquele que PROLONGA um único dos nossos sentido e em
alta definição ( ou alta saturação de dados);
O Telefone é um meio FRIO, de BAIXA DEFINIÇÂO porque muito pouco é
fornecido e muita coisa deve ser preenchida pelo ouvinte.
QUENTES ou FRIOS, os meios têm efeitos distintos sobre seus usuários.
MEIOS HÍBRIDOS: Caracterizam-se pela definição (saturação de
dados) e apelo a vários sentidos, bem como permite a interação do
indivíduo com o meio. Exemplo: Internet
Escola Francesa:
A Escola Francesa surgiu em 1960, no Centro de Estudos de Comunicação de
Massas (CECMAS) dentro da Escola Prática de Alto Estudos, em que os
teóricos Georges Friedmann, Edgard Morin e Roland Barthes participaram e
criaram a revista Communications.
Intelectuais, sociólogos, filósofos e teóricos de diversas áreas passaram a
partilhar alguns pontos de vista sobre a comunicação e a sociedade,
participaram de grupos de estudos e de pesquisas e fundaram revistas. Foram
muitos grupos diferentes que geraram oposições, divergências, visões de
mundo e ideologias opostas, utopias e teorias distintas.
Os intelectuais franceses estavam preocupados com os temas: Cultura de
massa, Indústria cultural, Mídia e Comunicação.
A França, nessa época, estava mergulhada no pós-estruturalismo e na
desconstrução, mesmo assim, a comunicação era bastante estudada e
disputada por outras disciplinas, tais como: sociologia, antropologia, filosofia,
linguística e ciências políticas.
Muitos são os nomes dos teóricos que fazem parte da chamada Escola
Francesa, alguns deles são: Pierre Bourdieu, Georges Friedmann, Edgar
Morin, Guy Debord, Paul Virílio, Michel Maffesoli, Jean Baudrillard, Lucien Sfez,
Jacques Derrida, Dominique Wolton, Pierre Levy, Regis Debray, Roland
Barthes, Michel Foucault, Gilles Deleuze e Jean François Lyotard