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INSTITUTO SUPERIOR DE FORMAÇÃO E INVESTIGAÇÃO

CIENTIFICA

DISCIPLINA: Relações Públicas

2º Ano - Laboral

Gestão de Recursos Humanos

DISCENTE

 Olga Alexandre Tembue

DOCENTE:

Rui Meru

Maputo, Outubro de 2022


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

1.1. Objectivos...............................................................................................................1

1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................1

1.1.2. Objectivos Específicos:.......................................................................................1

2. RELAÇÕES PÚBLICAS...........................................................................................2

2.1. Origem....................................................................................................................2

2.2. Evolução histórica das relações públicas...............................................................3

2.3. Funções e atribuições de relações públicas............................................................4

2.4. Relação histórica com as actividades de assessoria...............................................5

2.5. Estratégias de Relações Públicas............................................................................5

2.6. Relações públicas em Moçambique.......................................................................6

3. CONCLUSÃO...........................................................................................................7

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................8
1. INTRODUÇÃO

Um dos maiores estudiosos de relações públicas, James E. Grunig, aponta que a


aristocracia chinesa já praticava uma forma rudimentar de relações públicas há cinco
mil anos.

Mas as relações públicas como campo profissional são estudadas a partir do início do
século XX, ou seja, há cerca de 100 anos.

Como podemos ver, esse campo de estudo é relativamente recente. Ele surgiu nos EUA
a partir da necessidade que as empresas viram de se comunicar com seus públicos para
gerar uma imagem positiva. Naquela época, estava em andamento uma era acelerada de
crescimento, marcada pela mecanização dos processos e exploração dos trabalhadores.

Nesse âmbito, o presente trabalho visa fazer uma abordagem acerca de Relações
Públicas.

1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Estudar a evolução histórica das relações públicas

1.1.2. Objectivos Específicos:

 Conceptualizar as relações públicas.


 Descrever relações públicas em Moçambique.

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2. RELAÇÕES PÚBLICAS

Relações Públicas é um processo estratégico de comunicação que constrói relações de


benefício mútuo entre as organizações e seus públicos.

Vamos destrinchar isso para facilitar o entendimento e conhecer melhor os elementos


definidores de RP.

 Organizações: um agrupamento de pessoas em torno de uma causa comum. Uma


organização pode ser uma empresa, um governo, um partido, ou seja, pode assumir
várias formas.
 Públicos: assim como as organizações, os públicos são múltiplos e abarcam em si
diversos recortes sociais. Podemos pensá-los como agrupamentos de pessoas que
interagem com uma determinada organização.
 Processo comunicacional: como toda forma de comunicação, a actividade de RP
envolve pelo menos duas partes (na prática, são múltiplas partes). Essas partes, que
são as organizações e os públicos, se relacionam de formas diversas para estabelecer
processos de troca.
 Processos não lineares: muito pelo contrário: eles acontecem de forma espontânea
e multilateral. As relações públicas surgem como uma forma de compreendê-los e
optimizar o relacionamento entre os vários agentes envolvidos.
 Relações de troca: organizações e públicos se relacionam o tempo todo por
diversas dinâmicas que podem agregar valor a ambas as partes.

2.1.Origem

A origem do conceito Relações Públicas ou, mais concretamente, Public


Relations surgiu nos Estados Unidos e parece ficar a dever-se à existência fortuita de
um conjunto de circunstâncias que se reuniram pela primeira vez neste país. São elas:

a) As práticas de notoriedade;
b) A existência de uma imprensa de grande tiragem;
c) A industrialização rápida;
d) Uma tradição política.

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Muito se poderia dizer sobre cada uma destas condições, justificando cada uma delas,
mas como este texto trata das Relações Públicas em Portugal, da sua prática, do seu
ensino, entre outros aspectos, não nos alargaremos mais sobre a origem americana das
Relações Públicas.

Mas, como expressão e conteúdo, são duas realidades inseparáveis. Como diz
Hjelmslev, qualquer expressão expressa alguma coisa, o seu conteúdo e qualquer
conteúdo para ser dito precisa de ser expresso, a sua expressão. Assim, haverá sempre
uma expressão de um conteúdo, conteúdo esse, que, será sempre expresso por uma
expressão ou dito de outro modo conteúdo e expressão são duas faces da mesma moeda,
portanto, inseparáveis, porque por mais fina que seja a moeda ela terá sempre duas
faces.

As Relações Públicas têm, portanto, um conteúdo e uma expressão. Quanto aos países
de línguas latinas, muitos dos problemas que a esta actividade se têm posto, quer em
termos de aceitação pela sociedade, quer em termos de credibilização — já que a sua
existência e utilidade são permanentes, mesmo que disso não se tenha consciência —,
têm a sua origem na expressão Relações Públicas.

Dividiremos este ponto em duas áreas: a que tem a ver com a origem desta actividade e
a que nos países de língua latina e, muito especialmente, em Portugal tem a ver com a
designação.

2.2.Evolução histórica das relações públicas

Segundo Cabrero (2001), afirma que as actividades e manifestações de Relações


Públicas sempre existiram desde da existência da humanidade mas que de forma
inconsciente. Cabrero aponta como um dos pioneiros desta pratica o antigo presidente
Norte-Americano, Tomas Jefferson no século XIX que num dos seus discurso
empregou o termo “Public Relations” traduzido fica Relações Públicas que tentava
trazer uma ideia de que existisse um estado de espírito entre governos.
Muitos investigadores da área de Relaçoes Públcas apontam o Ivy Lee como sendo o pai
ou pioneira no surgimento e aparecimento das relações públicas por este ter criado
naquela época um escritório mundial de relações públicas antecedido da sua
contribuição conforme Cabrero (2001). Ainda neste mesmo sentido Cabrero (2001)
afirma que se recuarmos no tempo iremos entender que houve os verdadeiros pioneiro

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como também é o caso William Wanderbilt que expressou a palavra o público que se
dane e mais tarde tentando sanar esta lacuna haveria deixado entre o público através de
publicações nos jornais, começando deste jeito os primeiros passos das relações
públicas.
Mas aparece o autor Pires de Castro (2008, p. 9) a dizer que o Ivy Lee iniciou seus
trabalhos como um cosultor do magnata de petróleo nos Estados Unidos da América o
chamado Rockfeeler que tinha uma imagem não boa perante o seu público, teria sido
acusado de manar atirar nos grevistas do Colorado Fuel And Iron. Este apercebendo-se
desta situação contratou o Jornalista Ivy Lee de modo que ajudasse a limpar esta má
imagem que tinha perante as pessoas. Dai que aponta o Ivy Lee como sendo o primeiro
nas relações públicas porque foi ele que escreveu os primeiros artigos sobre as relações
públicas.

2.3.Funções e atribuições de relações públicas


Da década de 1990 até a actualidade, a discussão sobre as funções e atribuições de
relações públicas, bem como a busca do seu posicionamento como função estratégica,
passam a permear estudos de autores como Kunsch (1997, 2003b), Oliveira e Paula
(1997), Ferrari (2003b) e França (1997). Cabe ressaltar que no cenário onde a
comunicação integrada é norte para a prática da comunicação nas organizações, essa
discussão não está restrita à descrição de actividades de relações públicas. Ao contrário,
procura evidenciar a articulação da actividade com as demais áreas da organização e da
comunicação, posicionando as várias actividades no composto da comunicação
organizacional. Essa questão também permeia o discurso dos profissionais, que
identificam a prática de comunicação nas organizações através dos processos
desenvolvidos pela área e não pelas funções de cada habilitação.

Dentre funções apontadas pelos estudiosos de relações públicas, pode-se destacar


quatro, mencionadas por Kunsch (2003b): função administrativa, estratégica, mediadora
e política, sendo esta última também trabalhada por Simões (1984). A partir da
compreensão dessas quatro dimensões, é possível compreender que a actividade,
inserida no contexto organizacional, “exerce funções essenciais e específicas, apoiando
e auxiliando os demais subsistemas, sobretudo nos processos de gestão comunicativa e
nos relacionamentos das organizações com seu universo de públicos.” (KUNSCH,
2003b, p.99).

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2.4.Relação histórica com as actividades de assessoria

A profissão de Relações Públicas já vem há algum tempo acompanhando o universo da


comunicação, pois comunicar é o ponto chave da vida, pois sem ela seria impossível o
mundo se desenvolver. Para qualquer tipo de interação entre os seres vivos é preciso da
comunicação, seja ela verbal, simbolizada ou gesticulada. Pensando nisso podemos
analisar ou imaginar o tamanho e a importância que carrega a comunicação e toda sua
história e evolução na nossa vida.

Ela se torna extremamente fundamental para os seres humanos expressar e compartilhar


seus aprendizados e conhecimentos com outras pessoas para que o ciclo de cultura e
ensinamentos seja passado para outras pessoas.

A profissão de Relações Públicas trabalha diretamente com este grandioso objetivo de


comunicar e relacionar empresa e público, assim à profissão surgiu no entorno de crises,
revoluções e mudanças drásticas no mundo, onde alguém percebeu uma oportunidade,
por isso, esta profissão é considerada extremamente importante para vida e para a
sociedade. Na verdade, não se tem bem o certo do seu surgimento, e se cogita muitas
hipóteses, mas a história que mais circula entre os autores é sobre Ivy Lee.

2.5.Estratégias de Relações Públicas

Falar em estratégia, planejamento e outros princípios é cada vez mais comum entre as
organizações. Actualmente empresas buscam maneiras inovadoras de conquista e tornar
o cliente fiel á sua marca. Mas para isso é preciso de uma equipe que saiba ”como” e o
“que fazer”. O profissional de Relações Públicas neste caso compete a esta tarefa,
conhecido por ser estrategista, estuda profundamente, analisa a organização e
consequentemente vai estabelecer acções estratégicas para alcançar os objectivos, a
chamada assessoria de comunicação que veremos mais adiante.

Por isso, o profissional de Relações Públicas, tem por objectivo, a cooperação mútua
entre as partes do sistema organização-públicos, visando à consecução da missão
organizacional (SIMÕES, 2009, p.148).

Quando falamos em estratégia, ações, planejamento, pensamos logo nas relações


públicas estratégicas, e logo nos dá ideia de que estamos estabelecendo um objetivo que

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queremos alcançar. E para tal é preciso tomar decisões e medidas e escolher meios para
conseguir. Assim é nas organizações, a relações públicas busca meios estratégicos na
comunicação para construir uma imagem competitiva com confiabilidade, que tenha um
bom relacionamento com seu público.

Um dos principais objectivos das Relações Públicas é construir um relacionamento


mútuo e confiável entre a organização e o público. E por isso atender e saber o que esse
público quer, é fundamental. Assim a opinião pública se torna muito importante para
organização e mais ainda para o RP. Assim afirma Ferrari que, as “relações públicas
atuam para construir relacionamentos com públicos, que são grupos de pessoas cujo
comportamento pode afectar as organizações ou ser por elas afectados” (FERRARI,
2009, p.247).

2.6.Relações públicas em Moçambique

Em Moçambique as Relações Públicas não têm um marco coeso da sua existência ou do


seu aparecimento, mas que este fenómeno também afectou o Moçambique. Segundo
Monteiro (2015), numas das suas palestras na sala de aula afirmou que em Moçambique
as relações públicas surgem com a entrada de grandes empresas, as chamas
multinacionais e transição que este pais sofreu na passagem do regime socialista para o
capitalista.

Na altura em que registava-se enumeras entradas de empresas grandes e pelo facto deste
crescimento ter sido acelerado houve a necessidade de as empresas procurarem manter
os seus clientes e os demais públicos consigo então optou-se mantê-los indomados sobre
tudo que acontecia e como acontecia nas empresas. (MONTEIRO, 2015).

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3. CONCLUSÃO

Findo o trabalho, constata-se que dentre as muitas possibilidades, o RP tem


principalmente a função de traçar planos estratégicos. O objectivo é que a empresa
alcance seus objectivos passando a melhor mensagem e imagem possível.

A principal ferramenta de um profissional de relações públicas para o relacionamento é


o que gostamos de chamar de comunicação óptima.

A característica desta comunicação é a transmissão objectiva das informações com uma


linguagem e meios adequados a cada público. 

Ainda que o lucro e o retorno financeiro de um negócio, na teoria, não tenha relação
directa com a actuação de um RP, tornam-se consequências imediatas.  

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, Aline Augusta. Relações Públicas no Brasil: a teorização das


práticas1. Revista Anagrama, 2ᵃ Edição, São Paulo 2008.

GURGEL, João Bosco Serra. Cronologia da Evolução Histórica das Relações Públicas.


Brasília: Linha Gráfica e Editora, 1985.

PIRES DE CASTRO, Daniele. Conservadorismo Ou Revolução: As Relações Públicas


Segundo Seus Paradigmas Teóricos. Rio de Janeiro, 2007.

BARQUERO CABRERO, JOSÉ DANIEL (2007). O Livro de Ouro das Relações


Públicas 1ª ed. LISBOA: Porto Editora. p. 129-130

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