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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso: Gestão de Recursos Humanos

Cadeira: Introdução ao Direito

Tema: As Fontes de Direito

Jesus Jorge Leopoldo de Oliveira

Data. 18 de Maio de 2023


FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Curso: Gestão de Recursos Humanos

Tema: As Fontes de Direito

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Gestão de Recursos
Humanos do ISCED. é inerente a cadeira de
Introdução ao Direito

Jesus Jorge Leopoldo de Oliveira

Data. 18 de Maio de 2023


Introdução

O presente trabalho tem como tema As Fontes de Direito, É uma expressão utilizada no meio
jurídico para se referir aos componentes utilizados no processo de composição do direito,
enquanto conjunto sistematizado de normas, com um sentido e lógica próprios, disciplinador da
realidade social de um estado. Em outras palavras, fontes são as origens do direito, a matéria
prima da qual nasce o direito

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Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho, irei basear me na leitura de algumas literaturas, bem
como na consulta de alguns manuais, livros, na Internet e que serão referenciados na bibliografia

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Fontes do direito

É uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes utilizados no
processo de composição do direito, enquanto conjunto sistematizado de normas, com um sentido
e lógica próprios, disciplinador da realidade social de um estado. Em outras palavras, fontes
são as origens do direito, a matéria prima da qual nasce o direito

Tipos de fontes de direito

 Fontes históricas De acordo com Paulo Nader, as fontes históricas do Direito indicam a
gênese das modernas instituições jurídicas: a época, local, as razões que determinaram a
sua formação. Tal fonte é fundamental no setor da interpretação do Direito, em que o
relevante é captar a finalidade de um instituto jurídico, sua essência e valores capitais. A
Dogmática Jurídica –que desenvolve seu estudo em função do ordenamento jurídico
vigente- deve buscar subsídios nas fontes históricas, pois, conforme anota Sternberg,
“aquele que quisesse realizar o Direito sem a história não seria jurista, nem sequer um
utopista, não traria à vida nenhum espírito de ordenamento social consciente, senão mera
desordem e destruições”.
 Fontes reais Segundo John Gilissen, as fontes reais formam o aparato ideológico que
tanto serve como diretriz e terminologia quanto justifica filosoficamente a materialização
do direito. Em vários sistemas jurídicos anteriores predominavam fontes reais religiosas,
ou seja, que o direito originava-se de uma divindade. Outros, na moralidade pública ou na
crença em um direito natural comum a todos os homens. Um dos principais
embasamentos vêm de doutrinas políticas (como liberalismo, socialismo) e econômicas
(keynesianismo). Hoje predominam concepções contratualistas e positivistas sob um
ideal de democracia.
 Fontes formais São os meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas
jurídicas se exteriorizam, tornam-se conhecidas. Para que um processo jurídico constitua
fonte formal é necessário que tenha o poder de criar o Direito. Este significa introduzir no
ordenamento jurídico novas normas jurídicas. Para tanto, apenas alguns órgãos possuem
a capacidade de criar regras de conduta social, variando de acordo com o sistema jurídico
e com as fases históricas.

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 Fontes formais próprias e impróprias Quando se fala de classificação segundo sua
natureza, as fontes de direito podem ser diretas (próprias ou puras) e indiretas (impróprias
e impuras). As fontes diretas próprias ou puras, ou imediatas são aquelas cuja natureza
jurídica é exclusiva de fonte, como lei, costumes e princípios gerais de direito, tendo
como única finalidade servir como modo de produção do direito, incidindo qualquer dos
três nas situações da vida para a concretização do justo.
 Fontes formais estatais e não-estatais As fontes formais podem ainda ser classificadas
como estatais e não estatais. Aquelas, como o próprio nome aponta vêm por
determinação e poder do Estado, como as leis em geral, a jurisprudência e os princípios
gerais de direito. As não-estatais, por sua vez, têm sua origem do particular, ou seja, os
costumes e a doutrina.
 Fontes formais principais e acessórias Fontes principais são caracterizadas como lei em
sentido geral e amplo, ou seja, não deixando espaço para o juiz julgar com base em
qualquer outra fonte. A lei é a expressão máxima do direito. Somente em casos de
expressa omissão legal é que o juiz poderá decidir com base nas fontes acessórias, quais
seja, os bons costumes, as analogias, e os princípios gerais de direito.

Diferença de fontes imediatas e as fontes mediatas

Fontes formais imediata e aquela que revela imediatamente o direito positivo e basta por si
mesma, sendo esta a LEI – normas jurídicas escritas provenientes do estado. Até mesmo porque,
adotamos no BRASIL o sistema do CIVIL LAW, que é uma estrutura jurídica em que a
aplicação do direito se dá a partir da interpretação da LEI.

Lei: Leis são preceitos (normas de conduta) normalmente de caráter geral e abstrato, ou seja,
voltam- se “a todos os membros da coletividade”. Sendo esta a fonte mais importante para o
nosso ordenamento jurídico. Podendo se classificar em Lei em sentido amplo: que é uma
referência genérica que atinge à lei propriamente, à medida provisória e ao decreto e em Lei em
sentido estrito: Emanada do poder legislativo no âmbito de sua competência – lei ordinária, lei
complementar e lei delegada (GARCIA 2015).

Fontes formas mediatas são aquelas que suprem a falta de LEI, a Lei de Introdução ao Direito
Brasileiro, no art.4º, previu três delas, quais sejam: a analogia, costumes e princípios gerais do

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direito, sendo que a doutrina majoritária ainda trata de outras, quais sejam: jurisprudência,
doutrina, negócio jurídico, equidade e brocardos jurídicos.

Exemplo da prática costumeira e uma jurisprudência

Jurisprudência está, constituída por normas gerais e obrigatórias criadas pela prática
consuetudinária do Poder Judiciário, consubstanciando normas individuais, pois forma-se no
meio de casos concretos. É norma geral como a lei, mas dela se distingue pela sua maior
flexibilidade e maleabilidade e é obrigatória e válida não pelo seu caráter geral, mas por sua
normatividade. A jurisprudência atua como norma aplicável a todos os casos que caírem sob sua
égide, enquanto não houver nova lei ou modificação na orientação jurisprudencial, já que é
suscetível de revisão, por não se excluir a possibilidade de se alterar o entendimento da maioria,
embora isso ocorra, excepcionalmente, por motivos graves. É fonte não só porque influi na
produção de normas jurídicas individuais (sentença, p.ex.), mas também porque participa no
fenômeno de produção do direito normativo, desempenhando relevante papel, apesar de sua
maleabilidade.

É indubitável que constitui, além de uma importantíssima fonte de normas jurídicas gerais, uma
fonte subsidiária de informação, no sentido de que atualiza o entendimento da lei, dando-lhe uma
interpretação atual que atenda aos reclamos das necessidades do momento do julgamento e de
preenchimento de lacunas.

A grande importância normativa da jurisprudência pode ser demonstrada pela criação da


“Súmula da Jurisprudência Predominante” do Supremo Tribunal Federal, para proporcionar
maior estabilidade à jurisprudência e facilitar o trabalho do advogado e dos tribunais,
simplificando o julgamento das questões mais frequentes. A súmula, enunciado que resume uma
tendência sobre determinada matéria, decidida contínua e reiteradamente pelo tribunal, constitui
uma forma de expressão jurídica, por dar certeza a certa maneira de decidir. Hodiernamente,
somente o STF (EC n 45/2004, que acrescentou à CF o art. 103-A) poderá emitir súmula
vinculante. Útil seria a súmula vinculante para atingir o ideal de igualdade na prestação
jurisdicional e para a aplicabilidade do princípio da celeridade e economia processual (CF, art.
5º, LXXVIII). A decisão sumular é eficaz não só no seu conteúdo interpretativo como também
nos fundamentos invocados

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Principal fonte de direito no ordenamento jurídico moçambicano

 Fontes materiais-Podem ser definidas como estudos sociológicos ou filosóficos dos


motivos éticos ou econômicos que influenciam a formação de normas jurídicas, afinal é a
sociedade que interpreta os fatos que ocorrem no sentido de obrigá-los, proibi-los ou
permiti-los.”.
 fontes mediatas do Direito, cuja relevância resulta de forma indireta para a
construção do Direito, surgem-nos a jurisprudência (conjunto de decisões
relativas a casos concretos que exprimem a orientação partilhada pelos tribunais
sobre determinada matéria), o costume (como prática constante, socialmente
adotada, e acompanhada de um sentimento ou convicção generalizados da sua
obrigatoriedade) a equidade (juízo de ponderação e resolução de um conflito,
proferido por um tribunal, segundo um sentido de justiça e experiência aplicados
ao caso concreto, sem recurso a lei), a doutrina (pareceres e opiniões
desenvolvidas pelos jurisconsultos sobre a interpretação e aplicação do Direito), e
ainda os princípios fundamentais do direito (princípios estruturantes de qualquer
sistema jurídico e que são imanentes ao próprio Direito).
 Fonte (mediata) de Direito também se encontra prevista entre nós, mas, neste
caso, exige-se que a lei preveja esta situação, ou então, que os indivíduos nas suas
relações jurídicas estabeleçam ou acordem nessa possibilidade - excluindo-se
desta última situação as chamadas relações indisponíveis, consideradas fora da
disposição das partes por força da lei.
 Legislação A legislação é a principal no rol de fontes, preenchendo todos os
requisitos de segurança do ordenamento jurídico
 Doutrina é resultante dos pareceres e opiniões dos jurisconsultos, não constitui
hoje, entre nós, uma verdadeira fonte do Direito, não possuindo aquela força
vinculante que teve o período do Direito Romano. É, no entanto, um poderoso
instrumento auxiliar para a construção do Direito.
 Costumes- O costume, enquanto prática social reiterada e generalizada, assumida
convictamente como obrigatória, não traduz um processo intencional de criação
do Direito, bem pelo contrário, cria involuntariamente Direito.

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 Fontes voluntárias e involuntárias, o critério de distinção recaí sobre a forma e
processo como se exteriorizam essas regras, sendo que temos como fontes
voluntárias, nomeadamente, as leis, e que resultam de um processo formal
legislativo, intencional, tendo em vista a criação de regras de Direito.

Conclusão

No presente trabalho conclui que fontes do Direito, quer-se com esta expressão jurídica referir
ao processo como o direito é formado e revelado, enquanto conjunto sistematizado de normas,
com um sentido e lógica próprios, conformador e disciplinador da realidade social de um Estado.
Tradicionalmente, são apontadas como fontes do Direito, a lei, o costume, a jurisprudência, a
equidade e a doutrina. Atualmente, tem sido defendido também que os princípios fundamentais
de Direito constituem fonte do Direito. A propósito das fontes do Direito, surgem-nos várias
classificações possíveis destas fontes, salientam-se nomeadamente as que classificam, por um
lado, as fontes em imediatas e mediatas, e, por outro, em fontes voluntárias e involuntárias

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Referencia
ANDRADE, Darcy Bessone de Oliveira. Aspectos da evolução da teoria dos contratos. São
Paulo, 1949.

BELIME, W. Philosophie du droit et cours d’introduction à la science du droit. 3. ed. Paris:


Durand-Pedone Laurie, 1869.

BERRÕN, Fausto E. Vallado. Teoría general del derecho. México, 1972.

BETTI, Emilio. Interpretazione dela legge e degli atti giuridici. Milano: Giuffrè, 1949.

CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 1985.

COELHO, Luiz Fernando. Fonte de produção e fonte de cognição. Enciclopédia Saraiva do


direito, vol. 38.

DE DIEGO, Clemente. Fuentes del derecho civil español. Madrid, 1922.

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