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Henriques Ngolome1
Resumo:
governativa, quer para consolidação do estado de Direito, quer para a realização dos
Desenvolvimento sustentável.
Resume:
action, both for the consolidation of the rule of law and for the realization of
fundamental rights in all their transversality. This article reflects on the effectiveness
of good governance, its legal value in the international and domestic order, for the
Key words: Good Governance; Legal value; rule of law; Sustainable development
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Licenciado em Direito Pelas UCAN (Universidade Católica de Angola) Pós-graduado em
Agregação pedagógica na UAN (Universidade Agostinho Neto) Formado em Liderança Cívica,
no Programa do Centro Regional de Liderança da África Austral (YALI- Centro Satélite na UEM-
Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique) Advogado Estagiário, Vencedor
#Blog4Development-2019 do Banco Mundial Região África, membro do YTA, com experiências
em mecanismos regionais de proteção de Direitos Humanos, com destaque ao Sistema
Africano e Inter-Americano, onde participou com Orador e como representante da Faculdade
de Direito da Universidade Católica de Angola, isto é nas Competições de Julgamento Simulado
em Direitos Humanos, organizadas regularmente em África pela Faculdade de Direito da
Universidade de Pretória da África do Sul e nas Américas, pela Faculdade de Direito da
Universidade Americana de Washington DC.
INTRODUÇÃO
de direito e reconhece que as despesas públicas são uma relação de confiança que
deve ser exercida no interesse público e não para ganho pessoal ou político. A
contas. Isto cria o cenário caótico e mina o desenvolvimento dos países. Neste
breve exercício, vamos reflectir sobre o valor jurídico da Boa Governação a partir
muito se parece, com Angola. O presente texto, apesar de ter como objecto de
de aplicação e reflexão sem adentrar no seu sistema jurídico que escapa o meu
liderada pelo Jovem, brilhante jornalista, Sérgio dos Ceus Nelson, amigo e
companheiro nas terras do índico, por quem tenho muita estima e consideração,
irmandade histórica destes dois países, bem como das desgraças conjuntas de que
foram vítimas pelos seus próprios filhos, pela ausência da Boa Governação, prova
Governação não tem uma única definição, mas cada conceito espelha o que de
essencial se pretende, deste modo a boa governação pode ser entendida, como o
uma relação de confiança que deve ser exercida no interesse público e não para
site da VER2, que: A Boa governação exige ética, rigor, verdade, responsabilidade,
serviços sociais de base. Disto posto, podemos entender que a Boa Governação é
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https://www.ver.pt/boa-governacao-alicerce-para-uma-sociedade-mais-justa
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https://www.instituto-camoes.pt/activity/o-que-fazemos/cooperacao/cooperacao-
portuguesa/o-que-fazemos/direitos-humanos-e-boa-governacao
realização dos direitos, liberdades e garantias fundamentais impostas pela
manifestações.
UM FUTURO SUSTENTÁVEL.
corrupção como um fato inevitável da vida cotidiana e que deve ser tolerado. Isto
como a integração ainda que de forma tímida de princípios e normas nos textos
gerações futuras.
GOVERNAÇÃO.
A necessidade da Boa Governação, revela em si a jurisdicionalização deste
da Dignidade da pessoa Humana, impõe que o arbítrio seja limitado quer pelo
A Organização das Nações Unidas, desde 1945, tem desempenhado um papel de grande
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humanos, tanto por meio de seus documentos principais como também por meio de
Convenções, Estatutos e Resoluções da Assembleia Geral, que dão suporte ao trabalho dos
forma, está cada vez mais evidente nos Tribunais internacionais o reconhecimento de normas
de direitos humanos com caráter jus cogens. É o caso da Convenção Internacional sobre a
A proibição da discriminação racial também é considerada norma de caráter jus cogens, sendo
Democrática do Congo vs. Ruanda). Contudo, num trecho da decisão, a Corte faz menção de
em razão da sua incompatibilidade com o objeto e o fim do tratado, sendo que a RDC
sustentou nas audiências que a proibição da discriminação racial era uma norma imperativa, e
que, em conformidade com o espírito do artigo 53 da Convenção de Viena sobre o Direito dos
ser considerada como contrária ao jus cogens e sem efeito-(ICJ. Case Concerning Armed
artigo 21 da CONSTITUIÇÃO de Angola que recepcionam as Convecções e Tratados
de Ius Congens como é caso das Convenções dos Direitos Civis e Políticos, bem
como de Diretos Económicos e Sociais. E demais disposições legais que impõe uma
Boa Governação.
cidadãos.
INSTITUCIONAL.
cinco enquadramentos necessárias para alcançar este objectivo, que são: i-um
de imprensa.
Activities on the Territory of the Congo. (Democratic Republic of the Congo V. Rwanda).
os seus Kwanzas, para Angola, ou meticais para Moçambique. Esta é uma das
governo.
aquisições do governo sejam feitas de uma forma aberta e imparcial. Aqui o que
execução do OGE e a realização da Boa despesa, que por hoje é corolário das
rigorosa. Por exemplo, o poder executivo não deve poder alterar de forma
legislativo, antes das suas nomeações e durante os seus mandatos, também serve
aplicação das leis anticorrupção fortes são uma forte doutrina de boa governação.
corrupção.
Embora as leis anticorrupção fortes e bem redigidas sejam primordiais, elas são
dependente da PGR, que a nosso ver não satisfaz ainda os anseios dos angolanos
Uma outra atenção que a professora Jéssica, ressalta consiste no facto de que
protejam contra o abuso de poder. Para isso, é imperativo que a imprensa tenha
do governo deve ser compartilhado com o público por meio de actores objectivos
que podem denunciar as notícias e fornecer análises honestas. Uma imprensa livre
contraditório deve ser garantido como reza a constituição, para cada acção do
prescritas pela Constituição, significa que em primeiro lugar é o cidadão que deve
Tribunal de Contas, em condições definidas por lei. Aqui a disposição é clara, para
dispõe:
património público.
real que a domina e hostil a realização dos seus destinatários, permitindo assim o
formas por vias das quais a Administração deveria exercer a sua actividade, que
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Este principio é retratado por, ROCHA, Joaquim Fretas da, Direito da Despesa Pública,
ALMEDINA, 2019, cit.,pp.105, 106, 107, 108 e 109. A despesa pública, neste caso o
procedimento que produz o acto ou a decisão despesita deve observar a equidade entre
gerações, maioritariamente apelando para a uma ética do futuro, numa dupla perspectiva, :
possibilitando que as crianças e jovens de hoje-bem assim como os ainda não nascidos-
possam ainda usufruir das mesmas após vários anos e décadas de existência;
realizar os direitos, liberdades e garantias fundamentais e evitar que o cãos não
não da Boa Governação. Hoje a boa governação não é só exigência deu um regime
desenvolvimento sustentável.
II. De um ponto de vista negativo, os gastos públicos não devem onerar as gerações
futuras, o que acontecerá se eles forem levados a prática com base em crédito
irresponsável, atirando “para quem vem a seguir “ o encargo da dívida inerente ao seu
pagamento.
CONCLUSÕES:
que as despesas públicas são uma relação de confiança que deve ser
Referências:
https://www.instituto-camoes.pt/activity/o-que-fazemos/cooperacao/cooperacao-
do dia 20 de 02 de 2020;
https://www.ver.pt/boa-governacao-alicerce-para-uma-sociedade-mais-justa/ as
(ICJ. Case Concerning Armed Activities on the Territory of the Congo. (Democratic
de 1965;
Bibliografia:
Literacia, 2018;
Constituição 2010;