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1.1. Objectivos......................................................................................................................... 1
6. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 12
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
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2. CONTEXTO GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DE GAZA
A província de Gaza está situada no centro do território de Moçambique. Possui uma área de
75.539 km2 que se limita ao norte, ao nordeste, ao nordeste, ao sul e ao oeste, tendo uma costa do
Oceano Índico a sudoeste. A área é cortada pelo rio Limpeo, pela Estrada Nacional No1, que liga
o norte ao Zimbabwe, e pelo Corredor do Limpeo, que liga o Zimbabwe a uma importante rota de
transporte de pessoas e mercadorias. (Governo da Província de Gaza, 2015).
A província está dividida em 14 distritos, dos quais 11 já existiam quando foi realizado o censo de
2007. A estimativa de população para a próxima década é de aproximadamente 1,467,951
habitantes. A região de Gaza possui uma rede de 1,117 estabelecimentos comerciais formais, com
a exceção da rede comercial rural. A maioria dos colaboradores tem um papel relevante na
comercialização agrícola. (Direcção Nacional do Comércio Interno, 2018).
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3.1.Zonas de Proteção Ambiental na Província de Gaza
3.1.1. Parque Nacional de Limpopo
3.1.1.1.Localização e Origem
O PNL ocupa uma área de aproximadamente 123 316 hectares. Localizado no Distrito de
Massingir, situado no oeste da Província de Gaza, próximo à fronteira com a África do Sul e o
Zimbabwe. Foi estabelecido inicialmente como “Coutada 16”, pela portaria 22-357, de 23 de
agosto em 1969. A “Coutada 16” foi convertida em Parque Nacional de Limpopo pelo decreto-lei
nº 38/2001 de 27 de novembro, nos termos e ao abrigo da alínea b) do no 3 do artigo 22 da lei no
19/97 de 1 de outubro, conjugado com o no 4 do artigo 10 da lei no 10/99 de 7 de Junho, que
permitem ao conselho de ministros criar, modificar ou extinguir zonas de proteção total (parques
nacionais e reservas nacionais) (HOLDEN, 2001; BR, 2001 apud Wamir et. al. 2017).
Dessa forma, o Parque Nacional de Limpeo passou a ser um parque de conservação integral, sob
a supervisão e supervisão da "Peace Parks Foundation", que tem como objetivo harmonizar e
integrar políticas para a melhoria da gestão cooperativa do parque transfronteiriço.
3.1.1.2.Características ambientais
O clima é do tipo subtropical ameno, com verões amenos e quentes, e invernos amenos e amenos.
A temperatura média anual é de 30oC. A precipitação é de 360 mm no norte e mais de 500 mm no
sudoeste do parque, com uma evapotranspiração potencial de 1500 mm. A região apresenta uma
grande variação de precipitação entre períodos de seca e de cheia, o que a torna inapta para a
agricultura. (MINISTÉRIO DE TURISMO, 2003; apud Wamir et. al. 2017).
O Parque Nacional de Limpopo é dominado por um sistema hidrográfico composto pelos rios
Limpopo, dos Elefantes e Shingwedzi e é caracterizado por uma cobertura extensa de areia ao
longo de um eixo noroeste /sudeste. A existência de uma barragem na região contribui para a
regulação do fluxo do rio dos Elefantes. Os três cursos de água são perenes, enquanto os seus
afluentes são afetados pelas precipitações. O parque apresenta uma grande variedade de solos
arenosos no interior, com extratos de solos hidromórficos fortemente influenciados pelo rio dos
Elefantes. A vegetação é composta por diversas unidades de paisagem, tais como planícies
arenosas, planícies calcárias com uma vegetação de arbustos de mopane, matas de mopane, savana
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arborizada e planícies densas. A fauna é composta, sobretudo, por elefantes, búfalos, pala-palas,
girafas, cabritos e leões. No entanto, existem 147 espécies de mamíferos, 505 espécies de aves,
pelo menos 116 espécies de répteis (dois deles de cor azul e um de cor de espátula), 34 espécies
de rãs e 49 espécies de peixes, dos quais três merecem um estatuto especial de conservação.
(Ministério De Turismo, 2003 apud Wamir et. al. 2017).
De acordo com o Plano de Conservação e Desenvolvimento - PCDP (2015), citado por Wamir et.
al. (2017), em redor do Parque Nacional de Limpopo foi estabelecida uma zona tampão. Trata-se
de uma faixa de 5 km de largura e 320 km de comprimento ao longo da margem ocidental do rio
Limpopo e a margem norte do rio dos Elefantes, a jusante da Barragem de Massingir. A criação
da zona tampão teve como objectivo estabelecer um espaço de transição para amortecimento entre
as zonas destinadas prioritariamente à conservação e ao turismo, e a zona de uso intensivo do solo
e exploração dos recursos naturais. Na zona tampão, com 234 900 ha, vivem atualmente cerca de
28000 pessoas que dependem dos recursos do parque para sua subsistência.
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ser uma zona semiárida, caracterizada por solos pobres e pluviosidade irregular, reduzida e
imprevisível, o Parque Nacional de Limpopo e a zona tampão têm reduzido interesse para a
agricultura.
Tem aproximadamente 6,000 km2 de extensão e vai eventualmente fazer parte do Parque
Transfronteiriço do Grande Limpopo que vai ligar o Parque Nacional do Limpopo em
Moçambique, o Kruger National Park na África do Sul, o Parque Nacional Gonarezhou, o
Santuário Manjinji Pan e a Zona de Safari de Malipati no Zimbabué, bem como duas áreas entre
o Kruger e Gonarezhou (PMPNB, 2010 apud Zunguze, 2019).
3.1.2.2.Comunidades e Infra-Estruturas
Existem aproximadamente 3,500 pessoas que falam Changana dentro da zona tampão do parque,
em oito aldeias, que são chamadas colectivamente de ‘a Comunidade de Banhine’. Eles têm
rendimentos financeiros limitados, praticam a agricultura tradicional de rotação e usam várias
plantas, peixes e animais de dentro do Parque Nacional de Banhine e da sua zona tampão. A
distribuição ampla destas aldeias reflecte a dependência da população nos recursos do parque
(PMPNB, 2010 apud Zunguze, 2019).
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De acordo com PMPNB (2010), existem quatro (4) entradas oficiais (posto de Harriane, posto de
Mungazi, posto de Macuambe e o Posto Sede da Direcção). Os postos têm acomodação rudimentar
para os fiscais. O Acampamento Turístico tem seis tendas de safari em plataformas, sala de jantar
e cozinha numa estrutura tradicional e duas casas de banho e chuveiros (PMPNB, 2010 apud
Zunguze, 2019).
3.1.2.3.Fauna
O Parque Nacional de Bsnhinr é reconhecido há muitos anos pela sua população de avestruzes.
Estudos recentes identificaram populações viáveis de porco do mato, chango, cabrito, impala,
inhala, oribi, palapala e facocero, para além de observações de gatos selvagens Africanos, chacal
de dorso escuro, macaco cão cinzento, texugo de mel, geneta, porco-espinho, gato-bravo africano,
hiena malhada e macaco de cara preta. Apesar dos pássaros de Moçambique serem em geral pouco
conhecidos, 306 espécies foram registadas no parque (PMPNB, 2010 apud Zunguze, 2019).
Esta linha estratégica visa garantir a conservação dos recursos naturais, através da
implementação de normas para o uso dos recursos, redesenho da zona tampão para otimizar
sua funcionalidade, estabelecimento de corredores biológicos para promover a
conectividade e reassentamento de comunidades para minimizar conflitos.
Regras para o uso dos recursos são estabelecidas para orientar as atividades humanas na
área, garantindo a conformidade com os objetivos de gestão e as leis vigentes. Prioriza-se
o envolvimento das comunidades locais e o manejo sustentável dos recursos, com
monitoramento constante para ajustes necessários.
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A redelimitação da zona tampão é realizada com base em estudos e demandas das
comunidades, visando maximizar sua eficácia como área de transição e amortecimento.
A vedação no sul do parque é uma medida para proteger as comunidades e o gado contra
animais selvagens, ao mesmo tempo em que previne a transmissão de doenças e limita a
expansão do gado nas áreas protegidas.
Os corredores de biodiversidade são estabelecidos para promover a conectividade da fauna
entre diferentes áreas protegidas, com envolvimento das comunidades afetadas na
definição de sua localização e na gestão conjunta.
Esta linha estratégica visa fortalecer a organização das comunidades locais, melhorar a
infraestrutura rodoviária, diversificar as fontes de renda, resolver conflitos e apoiar
iniciativas locais de desenvolvimento sustentável.
São estabelecidos comitês de representação das comunidades para promover o diálogo e a
cooperação com o Parque Nacional de Limpopo.
A melhoria da acessibilidade rodoviária é priorizada para facilitar o acesso das
comunidades aos mercados e serviços, com estudos em andamento para identificar as
melhores soluções.
São promovidas iniciativas de geração de renda sustentáveis, como sistemas de irrigação,
cultivo de produtos comerciais como o piri-piri, desenvolvimento do turismo e
identificação participativa de projetos locais.
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4.2.Parque Nacional de Banhine
O Plano de Maneio do Parque Nacional de Banhine estabelece uma estrutura robusta para a gestão
integrada e sustentável do parque, combinando a conservação da biodiversidade com o
desenvolvimento socioeconómico da comunidade local. Através de um zoneamento
cuidadosamente planeado e da implementação de instrumentos de gestão eficazes, busca-se
garantir que os recursos naturais sejam utilizados de forma responsável e que os objectivos de
conservação sejam alcançados a longo prazo.
O plano tem como objectivo principal gerir o parque como uma área de acesso restrito, garantindo
o uso responsável e sustentável dos recursos naturais para benefício do próprio parque e da
comunidade de Banhine. Isso implica na definição de zonas de uso e na implementação de medidas
para proteger a biodiversidade, preservar ecossistemas sensíveis e promover o desenvolvimento
socioeconômico local de maneira compatível com a conservação ambiental.
O parque é dividido em diferentes zonas e locais de gestão, cada um com suas próprias
características e objetivos específicos. Estas incluem:
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4.2.3. Instrumentos de Gestão
Os instrumentos de gestão incluem planos de manejo para cada seção do parque, que consolidam
informações sobre a comissão de gestão, objetivos, regulamentos, atividades permitidas e
estratégias de mitigação de impactos negativos. Além disso, são realizadas auditorias de gestão
regularmente para avaliar a eficácia das medidas implementadas e garantir a conformidade com os
objetivos de conservação e desenvolvimento comunitário.
A saúde humana está intrinsecamente ligada ao ambiente em que as pessoas vivem. Um ambiente
saudável contribui para a robustez física e mental das pessoas, enquanto um ambiente poluído ou
degradado pode levar a uma série de problemas de saúde.
A água, o saneamento e a higiene são fatores essenciais para a saúde ambiental em Moçambique
e em qualquer lugar. Investir nessas áreas não só melhora a saúde da população, mas também pode
ter um impacto significativo no crescimento econômico, com um retorno estimado de até 900%.
A saúde ambiental abrange a vigilância e o controle de uma variedade de fatores que podem levar
à propagação de doenças transmitidas por vetores, zoonoses, intoxicações, acidentes e outros
problemas de saúde relacionados ao ambiente. Prevenir tais doenças não só reduz o sofrimento
humano, mas também economiza recursos que seriam gastos no tratamento.
Para abordar eficazmente as questões de saúde ambiental, é crucial uma coordenação eficiente
entre os setores de saúde, meio ambiente e outros setores relevantes, como água e saneamento.
Isso requer políticas integradas, harmonização de esforços e cooperação entre várias entidades
governamentais e não governamentais.
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A melhoria da saúde ambiental enfrenta vários desafios, incluindo a necessidade de definir
políticas mais abrangentes, aumentar os investimentos em infraestrutura básica, fortalecer a
capacidade institucional e promover a conscientização pública. Recomenda-se uma abordagem
holística e multifacetada para enfrentar esses desafios e promover um ambiente mais saudável e
sustentável.
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6. CONCLUSÃO
Ao longo da pesquisa, foi possível identificar uma série de desafios, incluindo a expansão urbana
desordenada, a pressão sobre os recursos naturais e as vulnerabilidades ambientais específicas das
áreas rurais. No entanto, também foram identificadas diversas políticas e estratégias de maneio,
como a criação de zonas de proteção ambiental, os planos de manejo dos parques nacionais e as
políticas de incentivo à preservação ambiental.
Em conclusão, este trabalho contribui não apenas para a compreensão do impacto do planeamento
e ordenamento territorial na província de Gaza, mas também para a identificação de oportunidades
e desafios para uma gestão mais eficaz e sustentável do território. Espera-se que os resultados aqui
apresentados possam orientar a tomada de decisões e contribuir para a construção de um futuro
mais equilibrado e próspero para a região e suas comunidades urbanas e rurais.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Giva, N. P., (2016) With people: action research in bridging conservation and livelihoods in
Limpopo National Parque. Mozambique. These (Doctored in Agricultural Sciences submitted to
Faculty of Natural Resources and Agricultural Sciences Department of Urban and Rural
Development. Uppsala.
Wimir, et. al., (2017) Impacto das políticas de conservação da natureza na dinâmica das
comunidades locais no Parque Nacional do Limpopo (Moçambique). Argumentos - Revista do
Departamento de Ciências Sociais da Unimontes, 14(2), Julio-Diciembre, ISSN: 1806-5627 /
2527-2551
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