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Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância
O Candidato: O Supervisor:
__________________________ ________________________________
Rabuna Luís Filipe Rocha Micas Reguo
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Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos
3
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância
Quelimane, 2020
4
Declaração de honra
Declaro por minha honra que este trabalho nunca foi apresentado, na sua essência, para
obtenção de qualquer grau, e que constitui o resultado da minha investigação pessoal,
estando indicadas no texto e na bibliografia as fontes que utilizei para a elaboração do
mesmo.
1
Resumo
2
Abstract
This assignment has as its topic: The Importance of training in the professional development of
Human Resources in Public Administration: Case of the dos Serviços Distritais de
Educação Juventude e Tecnologia de Mocubela.. The same was carried out in the context
of the culmination of the degree course in Human Resources Management at the Higher
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância and had the opportunity to show the
importance of training human resources of the District Services of Education Youth and
Technology of Mocubela in the process of professional development in the 2015-2019 period.
To achieve this objective, the research adopted a qualitative and quantitative methodology, that
is, a mixed method, using methods and techniques that allowed the collection and analysis of
data in order to achieve the results exposed in the work. The analysis and interpretation of data
was based on the case study, the continuous professionalization of Public Administration
employees and agents. From the data analysis it was concluded that the training of human
resources of the Serviços Distritais de Educação Juventude e Tecnologia de Mocubela.has
had good results in the sense of contributing to the improvement of the performance of its
employees, as it is limited to a isolated pedagogical act in relation to certain management
decisions by employees. This limitation is also associated with poor planning of training, which
means that after this process, graduates are not placed in areas that can exploit the new
competences and skills acquired.
3
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus, pelo dom da vida e protecção das enfermidades
durante este percurso, de seguida aos meus docentes em particular ao meu supervisor
pela orientacao desde o inicio do projecto ate a monografia ajudando a fazer com que o
trabalho fosse melhor.
A todos aqueles que directa ou indirectamente torceram e que confiaram para que
tornasse isso possível. A todos essesm mesus sinceiros agredecimentos.
4
Dedicatória
À minha família que durante este todo percurso estudantil, soube compreender as razões
da minha ausência, me dando mais força para realizar mais uma conquista da minha
vida.
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Lista de gráficos
6
Lista de abreviatura
AP....................................................................................................Administração Pública
RH.........................................................................................................Recursos Humanos
7
Índice
1.1. Introdução...........................................................................................................3
1.2. Problematização..................................................................................................5
1.3. Objectivos...........................................................................................................7
1.3.1. Geral................................................................................................................7
1.4. Hipóteses.............................................................................................................7
1.5. Justificativa.........................................................................................................8
2.1. Contextualização...............................................................................................10
1
2.1.5.2. Formação estratégica.............................................................................14
3.1. Introdução.........................................................................................................21
3.2. Metodologia......................................................................................................21
3.3.1.Quanto a natureza...............................................................................................22
3.4.1. População..................................................................................................24
2
3.6. Validação dos resultados..................................................................................26
5. Conclusão e Recomendações......................................................................................35
5.1. Conclusão..............................................................................................................35
5.2. Recomendações....................................................................................................37
Referências Bibliográficas...............................................................................................38
Anexos.............................................................................................................................41
3
CAPITULO I: NOTA INTRODUTORIA
1.1. Introdução
Dai que que nos dias de hoje, a Formação e desenvolvimento de RH é vista de forma
diferente pelas empresas. Cada vez mais estas reconhecem a sua importância para
enfrentarem os desafios e as mudanças do mundo atual. Existe uma clara consciência
sobre a importância de ter colaboradores formados, atualizados e preparados para
enfrentar desafios, “porém embora diretamente relacionada com os recursos humanos
da empresa, os seus efeitos serão paralelamente sentidos em toda a organização”
(Ghafoor K., Ahmed K. e Aslam K., 2011 citado por Vaz, 2017) .
Nessa vertente, tem-se que o sucesso das empresas depende de conteúdos de trabalhos
ricos e recursos humanos qualificados (Lopes, coord., 1998; Kovács, 1999; Parente,
2003 citado por Vaz, 2017), logo para serem competitivas as empresas devem valorizar
o processo da aprendizagem contínua, pois só assim conseguirão estar em constante
progressão e desenvolvimento.
4
pessoa, individualmente considerada. É neste contexto tambem que o Desenvolvimento
de Recursos Humanos, como um campo de conhecimento e intervenção, emerge como
um processo progressivamente mais autónomo na área dos Recursos Humanos que
intenta contribuir para que as pessoas adquiram e melhorem sistematicamente as
competências e os conhecimentos necessários para desempenharem as suas funções
profissionais e, consequentemente, que as sociedades e as organizações tirem maior
proveito do seu capital humano.
Neste sentido, torna-se fundamental que quer as organizações laborais, quer o sistema
económico e social de determinado país, criem estratégias de Desenvolvimento de
Recursos Humanos para que possam gerir a sua força de trabalho de forma organizada e
alinhadas com as suas missões e objetivos.
É neste contexto que o presente trabalho se insere mostrando aos demais a real
pertinência dos investimentos feitos aos recursos humanos.
Nessa ordem de ideia, o trabalho foi desenvolvido dentro das seguintes estrutura:
5
No capítulo II: São feitas as confrontações de ideias de vários autores em relação o que
se pretende abordar, nesta ordem de ideias, neste capítulo, desenrola-se conteúdos
referente a formação e desenvolvimento de recursos humanos nas organizações.
1.2. Problematização
A formação profissional é encarada por Levieque (2007) como sendo uma aquisição
sistemática de competências que originam um desempenho melhorado no contexto
profissional. O mesmo fortifica sua ideia olhando na importância da formação
profissional onde diz que a formação profissional é importante na medida em que ela
constitui um meio ao dispor da organização para alcançar objectivos estratégicos e
tornar consequente a mudança que lhe subjaz, fundamenta o auto que, a questão de
formação dos RH em uma determinada organização, constitui um assunto relevante a
nível mundial e que tem trazido efeitos positivos no crescimento profissional dos RH
assim como da organização.
1
Centro de formação criado em 1977 na Ka Tembe, conhecido como Centro de Formação de Quadros 1° de Maio, criado pelo
decreto n° 51/78, de 18 de Fevereiro.
2
CIRESP. Estratégia Global da Reforma do Sector Público (2001-2011). Maputo: CIRESP, 2001.
6
Por sua vez, este autor vê a formação como uma acção intencional de fornecer os meios
para possibilitar a aprendizagem. Na sua acepção, ele acredita que a formação dos
recursos humanos ocorre no dia-a-dia em todos os colaboradores e orienta as
experiências de aprendizagem no sentido positivo e benéfico, suplementa e reforça com
uma actividade planificada e coordenada afim de que estes possam desenvolver mais
rapidamente os seus conhecimentos, atitudes e habilidades que beneficiarão ambas as
partes.
3
De acordo com Estratégia Global da Reforma do Sector Público, a maioria dos funcionários do Estado que possuem formação
superior encontram-se nas Cidades.
7
“Funcionários e Agentes do Estado em diversos sectores da Função Pública não
dominam as Tecnologias de Informação e Comunicação introduzidas nos programas de
formação em Administração Pública destinados para facilitar o seu desempenho”4.
É diante destes e outros problemas que revelam limitações dos programas de formação
destinados aos funcionários do aparelho do Estado que o presente trabalho procura
responder à questão: Como tem sido encarada a formação de recursos humanos dos
Serviços Distritais da Educação Juventude e Tecnologia de Mocubela em relação ao
desenvolvimento profissional durante o período 2015-2019?
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
1.4. Hipóteses
H1: Se a formação dos RH dos SDEJT de Mocubela é visto como elemento base no
processo do desempenho profissional dos RH, então é importante que a formação seja
feita com as necessidades actuais.
H2: Se a formação dos RH dos SDEJT de Mocubela não tem sido encarada como
relevante, limitando-se a acto pedagógico, então, este acto não esta sendo feito segundo
as necessita da organização e encontra-se fora da responsabilidade organizacional.
4
Jornal NOTÍCIAS. Funcionários públicos sem domínio das TICs. 29 Out 2014.
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1.5. Justificativa
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abordagem científica ainda é bastante escassa entre nós, mas que, em nossa opinião,
não deixa de ser relevante e actual não só para a sociedade, mas também para as
próprias organizações para que possam melhorar os seus processos de retenção dos
colaboradores em benefício da organização.
Tendo sido escolhido esta instituição de direito público, o horizonte temporal delimitou-
se a partir do ano em que termina a implementação da Estratégia Global da Reforma do
Sector Público, que no quadro dos seus objectivos incluía a formação de recursos
humanos como condição para a modernização do aparelho do Estado. Outros sim,
verificou-se que durante o mesmo período (2011-2014), uma parte dos funcionários
deste ministério beneficiaram de cursos de longa e curta duração oferecidos no âmbito
de formação dos recursos humanos do Estado, o que permitiu uma melhor análise do
tema pesquisado. Por outro lado, considerou-se que este período é recente e pode
oferecer informações mais actualizadas sobre o assunto de pesquisa.
As limitastes encontradas durante o processo foi pelo facto d se abordar um tema que
difunde uma realidade principalmente pela instituição em estudo, tivemos pouca
acepção em responder as questões no guião.
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CAPITULO II: ENQUDRAMENTO TEORICO
2.1. Contextualização
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Por sua vez, Goldstein e Gessner (1988) citados por Levieque (2007) referem que a
formação profissional é uma aquisição sistemática de competências, normas, conceitos
ou atitudes que originam um desempenho melhorado em contexto profissional.
Já para Bernardes (2008), a formação aborda conhecimentos e técnicas para levar a cabo
determinadas tarefas específicas.
Formação é uma expressão usada para nomear processos que, desde tempos remotos,
envolvem e aproximam o trabalhador e o trabalho pelos princípios da aprendizagem
humana (Campbell, 1971 citado por Samuel e Leonor s.d). Constitui um esforço
planificado e estruturado de modificação e/ou desenvolvimento de conhecimento,
capacidades ou atitudes, através de experiencias de aprendizagem, que visam a melhoria
da performance em áreas concretas da acção humana (Robinson, 1988 citado por
Samuel & Leonor s.d).
12
conhecimentos profissionais, com o propósito de aumentar a qualidade docente,
investigadora e de gestão” (p. 19).
Porém a verdade é que, a pressão económica sentida nos últimos anos faz com que
muitas empresas coloquem as políticas de formação e desenvolvimento de RH para
segundo plano, o que poderá ser um grande um erro.
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2.1.4. Processo de Formação de recursos humanos
Para Coiteiro (2008) encara a formação profissional como um processo dividido em três
grandes actos e cuja ordem deve ser respeitada:
O autor Levieque (2007) para alem de chamar atenção ao facto de se pretender formar o
colaborador para o desempenho da sua função específica, descurando as condições
favoráveis à real aplicação do que está sendo aprendido, ele diz que que o processo de
formação não tem início nem fim, mas sim, um ciclo cuja avaliação o regula
devidamente
Tal como Noe, Bilhim, Lopes, e outros autores relevantes para esta matéria, também
Cardim (2005) acredita que o desenvolvimento do processo de formação sendo geral,
deve adaptar-se à realidade de cada organização e às efetivas possibilidades de
intervenção formativa. Assim sendo o autor interpreta este processo num ciclo
composto pelas fases apresentadas na “figura nº1”.
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Estabelecimento de
orientacao geral
2. Levantamento ou
5. Avaliacao da formacao diagnosticode
necessidades de
formacao
4. Desenvolvimento da 3. Desenho de um
accao formativa programa de formacao
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2.1.5.3. Formação para o desenvolvimento
Diferente dos primeiros dois tipos que descrevemos, esta formação privilegia a
componente aprendizagem que potencia o desenvolvimento pessoal e evolução na
carreira. Fazem parte das acções desenvolvidas neste tipo de formação: formação em
gestão, liderança e negociação. De modo geral, este tipo de formação é que se aproxima
na abordagem que aplicamos neste trabalho uma vez que esta procura potenciar o
desempenho dos seus participantes.
Para além dos tipos descritos, Caixote e Monjane (2014) acrescenta outros, dos quais
importa citar a formação orientada para acção e formação contínua. O primeiro tipo de
formação, dá ênfase na acção formativa que faz acontecer as coisas, transforma as
pessoas em proactivas, assegura, uma vez formados, que os colaboradores possam fazer
melhor do que vinham fazendo até agora, ou que sejam capazes de fazer coisas que não
seriam capazes de fazer antes que fossem submetidos à acção formativa.
Há uma ideia segundo a qual a formação de recursos humanos assume uma importância
cada vez mais maior no desenvolvimento de estratégias organizacionais ao mesmo
tempo que responde às necessidades de desenvolvimento de pessoas (Caixote e
Monjane, 2014). Estes autores aludem que desta ideia, fica mais ou menos claro que, é
através da formação que os recursos humanos aprendem novas modalidades de acção
prática, o que lhes permitirá exercer uma acção eficaz numa determinada situação ou
problema concreto.
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a) Desenvolver as capacidades profissionais dos colaboradores para que possam
contribuir mais eficazmente para os negócios da empresa, a curto prazo.
b) Desenvolver nos colaboradores comportamentos e atitudes que lhes permitam
ter maior eficiência, eficácia e satisfação profissional no exercício das suas
actuais funções, a curto e médio prazo.
c) Facilitar e proporcionar a aquisição de conhecimentos e habilidades necessários
ao desenvolvimento de carreiras e cargos dos colaboradores, previstos a atingir a
médio e longo prazo dentro do quadro de pessoal da organização.
d) Possibilitar aos colaboradores o seu próprio desenvolvimento humano como
pessoas, garantindo-lhes o bem-estar, a auto-estima e saúde, no local de trabalho
e fora dele.
A maioria dos autores que se debruçam sobre formação de recursos humanos mostram
existir uma relação entre esta e o aumento do desempenho na função, para além de que
constitui uma preparação dos recursos humanos para as futuras funções.
.
Fonte: Adaptado de Albuquerque (2002)
Este esquema não traz nenhuma novidade sobre o que tantos outros autores defendem
sobre o papel da formação de recursos humanos nas organizações. Aliás, como se pode
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observar neste esquema, se for bem sucedida, a formação pode proporcionar aos
recursos humanos o aumento (melhoria) do seu desempenho nas funções que exercem.
É dentro deste prisma que este trabalho preocupa-se pela análise da contribuição da
formação oferecida aos funcionários do Ministério para a Coordenação da Acção
Ambiental para a melhoria do seu desempenho nas funções que exercem.
Num dos estudos realizado pelo autor Freitas (2016) intitulado “ Impacto da Formação e
do Desenvolvimento de RH no Capital Humano: O Caso da empresa Projetos
Educativos de Angola” com objectivo principal de analisar o impacto da formação e
desenvolvimento de RH no desempenho dos colaboradores, de uma empresa privada
situada em Angola, Benguela: PEA- Projetos Educativos de Angola. Para alcançar este
objetivo, deu-se início a um estudo partindo de uma abordagem metodológica
qualitativa, baseada em entrevistas semiestruturadas. Dos 23 colaboradores do CREO
(Unidade de Negócio da PEA), foram entrevistados 7 de diferentes funções.
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Neste estudo também terei a oportunidade de propor uma Política de Formação e
Desenvolvimento de Pessoas para a PEA, com o objetivo de ajudar esta empresa a
encontrar uma política que se ajuste à sua realidade.
Este autor, estava inclinado num ideal de que a capacidade de uma empresa para
competir e sobreviver num ambiente de globalização torna-se dependente de ter as
pessoas certas, os sistemas de aprendizagem profissional adequados e ótimas medidas
para recompensar a efetividade da empresa. Neste contexto, considerou-se como
objetivo principal do seu trabalho, esclarecer a relevância da formação profissional,
enquanto prática estratégica de gestão de Recursos Humanos, no desenvolvimento e
sucesso da empresa objeto de estudo. Na parte teórica foi feita uma revisão da literatura
sobre a temática dos Recursos Humanos e das práticas formativas. Para compreender o
papel da formação da empresa em estudo, usou-se uma metodologia qualitativa com
recurso a entrevistas aos colaboradores.
Na mesma óptica de ideia, Franca (2013) em sua experiencia, trouxe abordo a seguinte
área temática “Contributo da formação para o elevado desempenho organizacional: Um
estudo de caso de uma entidade formadora” que por sua vez teve como fulcro, apurar a
importância da formação no crescimento e desenvolvimento da organização objeto do
mesmo. Para melhor compreender o seu papel partiu-se de uma abordagem
metodológica qualitativa, baseada em questionários de respostas abertas a todos os
diretores de uma entidade formativa, complementada com entrevistas apenas aos
diretores pedagógicos. Dos resultados que consideramos satisfatórios para o propósito
enunciado concluímos que a formação é uma ferramenta de gestão imprescindível para
fazer face às mudanças, assim como se constitui um instrumento que garante e
contribuiu para a satisfação dos trabalhadores.
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2.3. Literatura focalizada
Para fundamentar o seu trabalho foram levantados varios pontos argumentados por varios
autores, porem, esses pontos foram confrontados com o quadro legal e institucional da
formacao de recursos humanos da administracao publica mocambicana, e Regulamento de
Acesso à Formação e Bolsas de Estudos (RAFEBE). A pesar de ser um estudo de caso, este
obedeceu a uma metodologia qualitativa e quantitativa.
Da análise de dados conclui-se que a formação de recursos humanos deste órgão contribui para
a melhoria do seu desempenho. Contudo, a pesquisa apontou certos constrangimentos que
podem comprometer este processo, como é o facto dos funcionários serem basicamente
formados sem observar o seu tempo de serviço e a idade; excessivas autorizações para
formação do pessoal, sobretudo nas carreiras de nível superior do que doutros níveis.
20
serviço e a idade dos funcionarios; excessivas autorizações para formação do pessoal,
sobretudo nas carreiras de nível superior do que doutros níveis.
Em volta desta sumula obsrvacao feita nos debrucares dos estudos empiricos assim
como no focalizado tendo como referencia o trabalho em curso, a questao de não
exiistencia de um departamento de RH, desistabiliza completamento o referido
desenvolvimento profissional para alem da aprendizagem muito menos cerscimento
organizacional, não sendo o caso dos SDEJT de Mocubela. Outro aspecto, critico
encontrado, cai para a questao de observação da idade, o tempo de servico, pelo que,
uma instituicao pode crescer durante um longo tempo, e decresecer num piscar de olho.
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CAPITULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1. Introdução
Nesta capitula tem por objectivo, descrever e apresentar caminhos a serem usados para
obtenção dos resultados da pesquisa, para a realização de um determinado trabalho é
necessário a escolha dos procedimentos que serão usados para a concretização final do
mesmo. Estes procedimentos servem de guia para melhor coordenar as actividades e a
sistematização. Foram escolhidos alguns métodos que servirão para a elaboração do
trabalho, tal como segue a descrição.
3.2. Metodologia
O presente trabalho, foi efectuado tendo como base: primeiro uma pesquisa
bibliográfica ou levantamento bibliográfico, com intuito de pesquisar fontes de
informação sobre o tema em estudo e aprofundar um problema de pesquisa,
considerando o conhecimento dos trabalhos já feitos por outros. Para a segunda parte da
pesquisa, foi realizado o processo de colecta de dados através do questionário e
entrevista ao público-alvo da pesquisa.
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permitirá que o participante para além de dar respostas curtas, possam deixar ficar seu
comentário, de acordo com a classificação da pesquisa.
3.3.1.Quanto a natureza
Quanto a natureza da pesquisa, o trabalho foi de carácter básico. Este tipo de pesquisa,
objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas
específicos. Envolve verdades e interesses locais, (Gerhardt e Silveira, 2009).
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qualitativo de uma forma indirecta auxiliam-se de dados fornecidos pelo metodo
quantitativo. Do ponto de vista de Cristiano (2001):
Quanto aos procedimentos como se abordou nos parágrafos acima, adoptou-se pelo
estudo exploratório com inclinação na descrição, este tipo de pesquisa tem como
objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a)
levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a
compreensão (Gil, 2007).
Essas pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso
(Gil, 2007).
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perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto
de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa
simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível
completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador
(p.54).
Esta pesquisa permitiu obter dados sobre as opiniões de diversos autores em torno da
temática, correlacionando deste modo, a abordagem teórica com a prática ou realista.
3.4.1. População
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3.4.3. Tipo de amostragem
Para o presente plano, usou-se a amostra probabilística. Este tipo de amostra é aquela
em que todos os sujeitos incluídos na grelha de amostragem têm a mesma probabilidade
(diferente de zero) de serem escolhidos para virem integrar a amostra (Gil, 1989). Ainda
na óptica do Gil, as amostragem probabilísticas podem classificar-se em: aleatória
simples; aleatórias sistemáticas; estratificadas e por conglomerados. Nesses termos,
pautar-se-á pelo método de amostragem aleatório simples, onde todos os elementos da
população têm a mesma probabilidade de ser seleccionado. Este método facilita na
compreensão dos resultados a serem projectados.
Para Gerhardit & Silveira (2009) “a colecta de dados é a busca por informações para a
elucidação do fenómeno ou fato que o pesquisador quer desvendar” (p.68).
3.4.4.1. Entrevista
Segundo Lakatos & Marconi (1999), “entrevista é uma conversação efectuada face a
face, de maneira metódica, proporcionando ao entrevistador, verbalmente, a informação
necessária” (p.111), e o Questionário - É um instrumento de colecta de dados
26
constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito
pelo informante, sem a presença do pesquisador.
Para o presente trabalho usou-se a entrevista mista (não estruturada), é uma técnica que
favorece a obtenção de dados no campo de estudo através de uma intervenção directa e
objectiva com a população tirar constatações e relevantes para o trabalho.
O uso da entrevista neste trabalho deveu-se ao facto deste método ser flexível, podendo
o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, formular de maneira diferente;
especificar algum significado, como garantia de estar sendo compreendido.
Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o entrevistado ser
observado naquilo que diz e como diz: registro de reações, gestos etc. e) Dá
oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais e
que sejam relevantes e significativos. Há possibilidade de conseguir informações mais
precisas, podendo ser comprovadas, de imediato, as discordâncias.
Para os autores Gerhardit & Silveira (2009) apontam que “a análise do conteúdo é um
instrumento metodológico particularmente utilizado para estudar o material qualitativo e
quantitativo que se aplica a discursos tanto escritos como orais” (p.198).
27
3.7. Aspectos éticos e legais
Para permitir que seja salvaguardada a integridade das pessoas entrevistadas, estas não
serão identificadas pelo nome ou outros dados que possam por em causa a
confidencialidade das suas respostas, neste sentido os mesmos terão como identificação
L1, L2,L3 em diante., excepto se autorizadas previamente pelo declarante ou órgão de
gestão competente.
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4. Apresentação e análise de dados
Este capítulo apresenta o estudo de caso, o seu quadro legal. Mais para diante, é de
forma superficial descrita a Direcção de Recursos Humanos do SDEJTM (nosso estudo
de caso) e as suas atribuições do domínio de formação de recursos humanos em
exercício. De seguida apresenta a discussão de dados e os principais resultados.
Nesta mesma norma, a formação aparece como um direito geral dos funcionários e
agentes do Estado, nos seguintes termos: "Participar nos cursos de formação
profissional e de elevação da sua qualificação" (art. 42:1, i). O art. 60 desta lei prevê
29
também que a formação seja, portanto, um processo importante através do qual os
funcionários e agentes do Estado devem aperfeiçoar as suas qualidades técnico-
profissionais e que a frequência de cursos aos funcionários ou agentes previamente
seleccionados seja obrigatória.
Para além destes institutos criados pelo governo, existem em Moçambique muitas
universidades e outras instituições de ensino público ou privado que oferecem cursos
ligados à administração pública ou áreas afim, o que permite concluir que neste país
existem condições mínimas para formação e capacitação dos recursos humanos do
aparelho do Estado, apesar de que estes institutos na sua maioria tenham apenas
30
delegações nas capitais provinciais, o que constitui por sua vez um constrangimento
para os funcionários e agentes do Estado colocados fora desses locais.
"Em cada unidade orgânica deste ministério cada dirigente do respectivo nível
faz a avaliação do trabalho dos funcionários com vista a uma selecção
criteriosa daqueles que devem frequentar os cursos de formação ou outros,
para elevação das suas qualidades profissionais ou habilitações académicas,
tendo em conta os objectivos da instituição"(l2)
Deste modo, de acordo com o Diploma Ministerial nº. 143/2006, de 6 de Setembro que
regula a formação e atribuição de bolsas de estudos aos funcionários do SDEJT fixa que
havendo oportunidades de formação observa-se os seguintes critérios:
31
SDEJTM é que para um funcionário ser seleccionado para formação deve ter bom
desempenho, para além de longa experiência do trabalho, ou então, algumas formações
acontecem por vontade própria dos funcionários.
Como sabido, os critérios de formação do Staff dos SDEJT são traçados pelo Ministério
de Educação e Desenvolvimento Humano MINEDH, assim os (SDEJTM) oferece aos
seus funcionários, esta oportunidade, desde que reúnam requisitos referidos necessário
para o tal, os cursos de curta duração, assim como bolsas de estudo para frequentarem
cursos no estrangeiro e dentro do país.
Portanto, não basta providenciar formação aos funcionários, pois uma das condições
para que a política de formação de recursos humanos tenha êxito nas organizações é
oferecer aos participantes cursos estritamente relacionados com a sua actual função ou à
aquela que se espera que venham a exercer.
32
funcionários do SDEJTM que já se beneficiaram de formação durante o período 2015-
2015:
GRÁFICO 1: Percepções dos funcionários do SDEJTM sobre adequação dos cursos oferecidos no
contexto de formação de recursos humanos com as suas necessidades profissionais
Apesar disso, ao nível dos funcionários há de modo geral uma percepção errónea sobre
o propósito da formação, sendo que tem sido visto apenas como um processo que leva
ao crescimento profissional dos indivíduos, daí que a ambição dos funcionários é de se
33
formarem para serem promovidos e elevarem as suas rendas do que melhorar o seu
desempenho para o benefício da instituição. O gráfico que se segue espelha as
percepções dos funcionários do SDEJTM sobre a contribuição da sua formação para a
melhoria do seu desempenho nas funções:
GRÁFICO 2: Percepções dos funcionários sobre a contribuição da formação para melhoria do seu
desempenho
A Autora: 2020.
O gráfico anterior mostra que os funcionários consideraram que a formação por eles
participada não contribuiu para a melhoria do seu desempenho nas funções. Os
inquiridos que responderam nesse sentido (35%) julgam que nem sempre os
funcionários são capacitados para melhorar o desempenho na actual profissão ou numa
outra profissão que se espera que venham a exercer pois, mesmo formados permanecem
em cargos com conteúdos diferentes do que aprenderam com esperança de mudar de
carreira no fim de um processo formativo.
A avaliar pela percentagem das respostas de inquérito, apenas uma minoria de (32%)
considera ter havido contribuição da sua formação para o melhoramento do seu
desempenho, ao alegar que a formação oferecida está relacionada com o conteúdo dos
seus cargos, o que tem por sua vez um impacto positivo na forma como passam a
encarar o trabalho após a formação.
Portanto, esta problemática pode permitir constatar uma fraca capacidade dos gestores
ao nível das instituições de planeamento da formação, pois um bom plano de formação
34
deve garantir que os seus destinatários sejam preparados para a actual ou uma nova
profissão que a instituição tenha programado para que estes ocupem depois de
adquirirem novas competências, de tal forma que a formação beneficie tanto o
colaborador mas, também a instituição porque passará a contar com profissionais mais
competentes quando permanecerem ou colocados nos lugares certos.
35
5. Conclusão e Recomendações
5.1. Conclusão
Ao longo desta pesquisa foi também possível fazer a verificação das hipóteses
levantadas na pesquisa exploratória, onde confirmou-se a hipótese de que a formação de
recursos humanos no SDEJTM fica limitada a um acto pedagógico isolado em relação a
certas decisões de gestão por parte dos funcionários, o que limitando por sua vez o
melhoramento do seu desempenho.
Aliás, o estudo mostra também que o país não apresenta condições muito favoráveis
para se desenvolver a formação dos servidores públicos a escala nacional, o que poderá
causar maior disparidade entre os níveis de instrução dos servidores afectos nas zonas
rurais e nas cidades sendo que os institutos criados para esta actividade estão mais
concentrados nas cidades. Para além disso, no SDEJTM precisamente verifica-se em
36
parte dificuldades em oferecer formações permitindo melhorar o desempenho dos
funcionários e colocar o "formando" em uma situação que valorize os saberes e as
habilidades adquiridos na formação.
37
5.2. Recomendações
38
Referências Bibliográficas
Carvalho, R. (2001). Gestão de pessoas nas organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
39
Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa. (1ª Ed). Porto
Alegre. Editora da UFRGS., 120p.:il.;17,5 25 cm.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (1999). Técnicas de Pesquisa. (4ª ed). São Paulo;
Brasil: Atlas.
Ponte, J. P., & Santos, L. (1998). Práticas lectivas num contexto de reforma
curricular. Quadrante, 7(1), 3-33.
40
Rodrigues M. D. (2016).Desenvolvimento e atualização de competências: a
formação como ferramenta de gestão estratégica de recursos humanos Estudo de
Caso . ESE. Coimbra.
41
Anexos
42
1. Existe alguma adequação dos cursos oferecidos no contexto de formação de
recursos humanos com as suas necessidades profissionais?
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6. Qual tem sido o interesse dos colaboradores relativamente à sua participação nas
formações?
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Fim
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