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1.1. Objectivos.................................................................................................................... 4
2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 5
3. CARTOGRAFIA ................................................................................................................ 6
4. DESASTRES NATURAIS................................................................................................. 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................... 17
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO
A cartografia temática é uma das 3 subdivisões da Cartografia, sendo que a mesma é utilizada
para a produção de mapas temáticos e cartogramas. A mesma se baseia na utilização de
convenções, símbolos e cores para a representação espacial de um tema de interesse. Antes de
irmos mais a fundo ao trabalho, vamos entender melhor a Cartografia em si.
Importante considerar que antes mesmo de ser identificada com esse nome, a Cartografia tem
como objectivo primordial representar o espaço concreto ou abstracto em suas múltiplas
feições
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
Definir os seguintes conceitos: Cartografia; Desastres Naturais; Vulnerabilidade
socioambiental;
Identificar os factores de risco a desastres Naturais;
Descrever a importância da cartografia para a gestão de desastres Naturais de
Moçambique.
Descrever os desastres naturais predominantes em Moçambique;
2. METODOLOGIA
O conceito da Cartografia, hoje aceito sem maiores contestações, foi estabelecido em 1966
pela Associação Cartográfica Internacional (ACI), e posteriormente, ratificado pela
UNESCO, no mesmo ano:
Por imagem
MOSAICO - é o conjunto de fotos de uma determinada área, recortadas e montadas técnica e
artisticamente, de forma a dar a impressão de que todo o conjunto é uma única fotografia.
Classifica-se em:
Desastres naturais são fenômenos naturais que impactam diretamente a sociedade humana de
maneira negativa..
Esses fenômenos naturais representam o ciclo natural da Terra. No entanto, atualmente, essas
ocorrências têm aumentado de maneira significativa.
Nesse sentido, muitos desastres têm ocorrido porque o planeta Terra está sofrendo cada vez
mais com o aquecimento global e a degradação ambiental, resultando no aumento dos
desastres naturais, ocasionados pelo desiquilíbrio da natureza
Para os seres humanos, muitos danos e prejuízos são resultantes dos desastres naturais, os
quais geram diversos impactos na sociedade.
Por sua vez, para a natureza, os desastres naturais auxiliam na renovação e manutenção dos
ecossistemas, formação do relevo, abastecimento das fontes hídricas naturais, dentre outros.
Tempestades: são tempestades de chuvas, neve, granizo, areia, raios e podem ser
altamente destrutivas, dependendo da quantidade precipitada (chuvas torrenciais) e da
força que apresentam. Podem levar a situações catastróficas, como: o deslizamento de
terras, de gelo, caída de árvores ou torres de energia, dentre outros.
Terremotos (Sismos) e Maremotos (Tsunamis): também chamados de abalos
sísmicos, representam fenômenos de vibração brusca e passageira da superfície da
Terra que ocorrem por meio da movimentação das placas rochosas, bem como da
atividade vulcânica e dos deslocamentos de gases no interior da Terra. Os maremotos
ou tsunamis são os terremotos que acontecem dentro dos mares, provocando imensas
deslocações de água.
Furacões, Ciclones e Tufão: fenômenos intensificados pelas massas de ar e
dependendo da força que atingem podem arrasar cidades inteiras.
Seca: intensificada com o aquecimento global, a seca tornou-se um problema
enfrentado por muitos grupos pelo mundo. Dessa forma, as alterações climáticas
demonstram que as ações humanas estão gerando problemas como a seca e
consequentemente a expansão do processo de desertificação.
Erupções Vulcânicas: as erupções vulcânicas são perigosas na medida em que a lava
expelida pelos vulcões é tão quente que pode destruir comunidades, vegetais e
animais, dependendo do local que atuam.
Inundações: as inundações ou enchentes são fenômenos da natureza, intensificados
pela ação humana, que estão aumentando de maneira significativa nas últimas
décadas. Um exemplo é o excesso de lixo, que entopem os bueiros, impedindo a
passagem de água. As enchentes e inundações, causadas pelo aumento de quantidade
das chuvas e impedimento da evacuação, provocam desabamentos que podem levar a
morte de milhares de pessoas, além de grande destruição.
Moçambique é o terceiro país africano mais vulnerável ao risco de catástrofes naturais (GAR
2019). Nos últimos 42 anos, registaram-se 15 secas, 20 inundações e 26 ciclones tropicais
(INGD). O último foi o ciclone Gombe.
Portanto, podemos dizer que os desastres naturais são fenômenos socialmente construídos,
pois dependem não somente da ameaça física (como a chuva, o terremoto, o furacão), mas
também das condições de vulnerabilidade próprias do território onde ocorrem (HAMADA.
2007).
Dessa forma, podemos dizer que a vulnerabilidade socioambiental é fruto de dois fatores:
Processos sociais que resultam na precariedade das condições de vida e proteção social
(como falta de trabalho, renda, saúde, educação e acesso a serviços), assim como aspectos
ligados à infraestrutura (como habitações precárias, falta de acesso ao saneamento e água,
entre outros), o que torna determinados grupos populacionais (por exemplo, idosos, mulheres,
gestantes e crianças, principalmente os mais pobres) mais vulneráveis aos desastres;
Após sofrer com chuvas intensas e cheia do rio, o município que apresentava características
de vulnerabilidade (presença de construções aglomeradas e irregulares, que geram a
impermeabilização excessiva do solo, má drenagem e bueiros entupidos, o meio ambiente
degradado, erosão e terrenos inclinados) pode vir a sofrer com uma inundação e/ou
deslizamentos de terra, que, possivelmente, se tornarão um desastre, caso estes
acontecimentos levem a perdas materiais, humanas e/ou causem colapsos no funcionamento
da comunidade local (HAMADA. 2007).
Se essa localidade ainda apresentar lixo acumulado, falta de acesso a água potável e esgoto a
céu aberto, poderá sofrer também um desastre ampliado, com a ocorrência de doenças,
contaminações e intoxicações. Dessa forma, condições como pobreza, violência, drogas,
economia local frágil, infraestrutura inadequada, moradia em áreas de risco, falta de acesso a
serviços de saúde, despreparo e falta de treinamento e competências adequadas para lidar
com os eventos adversos são fatores de risco determinantes na ocorrência de desastres.
A literatura disponível sobre o assunto aponta três principais fatores de riscos de desastres: o
padrão de desenvolvimento, o crescimento e distribuição da população e degradação do meio
ambiente. A seguir, vamos entender como cada um desse fatores pode gerar esse risco:
5. VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
5.1. Conceito
Segundo Gabor e Griffith (1980) vulnerabilidade é a ameaça (de materiais perigosos) a qual
as pessoas são expostas (incluindo agentes químicos e situações ecológicas das comunidades
e seu nível de preparo para emergências). Vulnerabilidade é o contexto de risco
O termo vulnerabilidade tem sido usado em diversas áreas de pesquisa, não havendo um
consenso quanto ao seu conceito (CUTTER, 1996). A depender da área do conhecimento,
esse termo pode se aplicar apenas ao subsistema ecológico, humano ou biofísico. As
pesquisas sobre vulnerabilidade apresentam focos distintos; algumas enfatizam a
probabilidade de exposição ao risco biofísico ou tecnológico, outras a probabilidade das
consequências adversas (vulnerabilidade social) ou uma combinação dessas duas visões
(CUTTER, 1996).
Segundo Marandola e Hogan (2009), a vulnerabilidade ambiental poderia ser entendida como
vulnerabilidade do lugar, enquanto a vulnerabilidade social poderia ser melhor compreendida
e conceitualizada como vulnerabilidade sociodemográfica. A primeira delas seria uma
vertente geográfica, que enfoca principalmente fatores espaciais e ecológicos, enquanto a
segunda estaria ligada mais às estruturas sociais, que estaria interessada nos grupos
demográficos sujeitos a perigos. Essas duas vertentes amplas de estudo da vulnerabilidade,
que Adger (2006) chamou de vulnerabilidade como falta de direitos e vulnerabilidade a riscos
naturais, deram origem a novas ideias que repercutiram nas pesquisas atuais sobre
vulnerabilidade socioambiental.
Nogueira (2008) chama atenção que os mapas são abstrações da realidade, sendo impossível
reduzir o mundo real tal como ele é e representa-lo no mapa. Destaca-se que os mapas
mostram somente as informações selecionadas no mundo real para representa-las. Daí a
necessidade de subjetividade para selecionar as informações e a simplificação para dispô-las
e facilitar o seu entendimento.
Pode-se concluir que o conhecimento em cartografia e a concepção do mapa como uma das
formas de comunicação visual humana mais antiga e utilizada até hoje requer conhecimentos
específicos para uma leitura com eficiência e produzir análises, diagnósticos e prognósticos
do espaço geográfico.
Fonte: Internet
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos anteriormente, o desastre é o resultado dos eventos adversos, naturais ou
provocados pelo homem, ocorridos em um território ou ecossistema, causando danos
humanos, materiais, ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. Esses
eventos adversos chamados de ameaças ou perigos são entendidos como os causadores dos
desastres. Assim, a intensidade de um desastre natural depende da relação entre a magnitude
do evento adverso (ameaça ou perigo) e o grau de vulnerabilidade do sistema afetado.
Compreendendo os fatores de risco e sua relação com a ocorrência dos desastres, pode-se
conhecer e avaliar o risco real dos territórios para que sejam adotadas ações a fim de prevenir
e reduzir os riscos. O conhecimento do risco possibilita adotar políticas e ações para reduzir a
ocorrência dos desastres e suas consequências.
A adoção dessas políticas e/ou medidas exige acurada avaliação dos riscos, a identificação
das ameaças e o reconhecimento das condições de vulnerabilidade do local. Para avaliar os
riscos, devemos buscar informações sobre as condições físicas (ameaças da natureza ou da
sociedade), ambientais e sociais (principais vulnerabilidades sociais e ambientais) do
território.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ADGER, W. Neil. Vulnerability. Global environmental change, v. 16, n. 3, p. 268-281,
2006.
GALLOPÍN, Gilberto C.. Linkages between vulnerability, resilience, and adaptive capacity.
Global environmental change, v. 16, n. 3, p. 293-303, 2006.