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Genita Paulo
Código:81230623
Genita Paulo
Código:81230623
Tutor:
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Índice
1. Introdução.............................................................................................................................3
2. Categorias fundamentais do conhecimento geográfico........................................................4
2.1. As principais categorias Geografia...................................................................................4
2.1.1. Território.......................................................................................................................4
2.1.2. Paisagem........................................................................................................................4
2.1.3. Espaço...........................................................................................................................5
2.1.4. População......................................................................................................................6
3. As principais correntes do pensamento geográfico..............................................................6
3.1. Principais correntes Tradicionais do pensamento geográfico...........................................7
3.1.1. Determinismo................................................................................................................8
3.1.2. Possibilismo...................................................................................................................8
3.1.3. Regionalismo.................................................................................................................9
4. Principais correntes modernas do pensamento geográfico...................................................9
4.1. Geografia Pragmática......................................................................................................11
4.2. Geografia Crítica.............................................................................................................11
5. A relação entre o Pensamento geográfico e o Ensino de geografia....................................12
6. O papel do Determinismo geográfico para o meio ambiente.............................................12
7. Conclusão...........................................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema " Importância das correntes do pensamento geográfico no
ensino de geografia A Geografia ensinada no ensino medio hoje em dia, foi influenciada pelas
correntes do pensamento geográfico de tal maneira que, ainda no século XXI, características
oriundas do tradicionalismo se perpetuam na práxis pedagógica do docente, interferindo
diretamente na aprendizagem do aluno. Como componente curricular, o estudo da Geografia
possibilita, mediante a alfabetização geográfica responsável, o desenvolvimento de habilidades
que facilitam a compreensão do espaço geográfico de maneira consciente. Para isso, no entanto,
fazem-se necessários alguns cuidados na mediação do conhecimento nas primeiras classes da
escolarização.
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2. Categorias fundamentais do conhecimento geográfico
1) Espaço,
2) Território,
3) Paisagem
4) População;
2.1.1. Território
É importante ressaltar que as fronteiras que delimitam um território nem sempre são barreiras
físicas, mas sim normativas, isto é, definidas por meio da legislação daquela área ou de acordos
firmados entre diferentes entidades representativas. Além disso, as fronteiras de um território não
são fixas ou estanques, podendo ser alteradas com o passar do tempo em decorrência de disputas
de poder, tomadas de áreas, negociações políticas e outros contextos sociopolíticos."
2.1.2. Paisagem
A paisagem pode ser definida como toda porção espacial com a qual temos contato direto ou
indireto. A paisagem, assim, tem a ver com a percepção humana. Sob o contexto prático, embora
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a paisagem possa ser captada por todos os sentidos humanos, sempre terá mais relação com a
visão. (Côrrea, 2003).
As paisagens oferecem uma visualização geral das características de determinado local. A partir
de imagens ou cenas, conseguimos não apenas identificar aspectos geográficos, mas também
detectar os elementos que constituem essas paisagens. As paisagens estão divididas em dois
grandes grupos:
2.1.3. Espaço
"O espaço geográfico é considerado uma das categorias da Geografia, sendo ele o principal
objeto de estudo dessa ciência. Sua importância para essa área do conhecimento é tamanha que
todas as correntes dela buscam uma definição própria do que seja o espaço geográfico com base
no seu próprio enfoque metodológico e recorte temático. (Côrrea, 2003).
Em linhas gerais, o espaço geográfico pode ser definido como o espaço modificado pela ação dos
seres humanos sobre o meio. Em função disso, o espaço geográfico apresenta dois componentes
fundamentais: a sociedade e a natureza. No entanto, não é correto afirmar que o espaço
geográfico corresponde ao palco da ação humana, tendo em vista que ele não é um elemento
estático ou imutável. O espaço geográfico é, na realidade, um elemento de alto dinamismo que
transforma e é transformado permanentemente pelas atividades antrópicas.
Uma das definições mais utilizadas de espaço geográfico foi elaborada pelo geógrafo brasileiro
Milton Santos (1926-2001), que compreendeu o espaço como um conjunto indissociável
formado por um sistema de objetos e um sistema de ações, sendo essas ações aquelas efetuadas
pelos seres humanos."
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2.1.4. População
A Geografia ensinada foi influenciada pelas correntes do pensamento geográfico de tal maneira
que, ainda no século XXI, características oriundas do tradicionalismo se perpetuam na práxis
pedagógica do docente, interferindo diretamente na aprendizagem do aluno.
De acordo com Harvey (1993): tais teóricos foram os precursores das primeiras correntes do
pensamento geográfico sistematizado (p.207).
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Para Correa (1998), as correntes do pensamento geográfico representam conceitos antagônicos,
que podem convergir ou se complementar em alguns aspectos, e elas emergiram em determinado
espaço e tempo numa elaboração sócio-histórica.
Dessa maneira, foram influenciadas pelo contexto histórico ao mesmo tempo em que
influenciaram a maneira de se ensinar Geografia (SAHR, 2006).
Segundo Harvey (1993): os conjuntos das correntes não dialéticas que estudam a relação do
homem com a natureza, sem se preocupar com as interfaces dos homens e as questões sociais,
compõem a Geografia Tradicional (p.207).
Estes autores ainda relatam que Na propensão Tradicional, Oliveira (1998) sustenta que:
A Geografia ensinada era pautada por uma prática educativa baseada no modelo positivista em
que a tendência pedagógica liberal (tradicional, renovada e tecnicista) se sobressaía e se
caracterizava pela didática com foco no professor como detentor e transmissor de conteúdos,
estigmatizando o processo educativo em operações mnemônicas voltadas para enumeração
mecânica de rios, vegetação, países, cidades, regiões, entre outras informações
descontextualizadas, com caráter enciclopédico, sem desenvolver análise crítica sobre os
conhecimentos, perpetuando a ordem e ideologia vigente.
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tendência Moderna centrou foco nas relações humanas imbricadas com a natureza em um
contexto social dialético e dinâmico (p.218).
3.1.1. Determinismo
Este autor considera que entre as principais ideias dessa corrente está a teoria do espaço vital, em
que o espaço é determinante e características físicas como relevo, clima, vegetação e hidrografia
são decisivas na formação da sociedade. Ainda que tenha mais de dois séculos, a corrente
determinista ainda é em muito utilizada pelo senso comum, para generalizar aspectos regionais e
locais de desenvolvimento.
3.1.2. Possibilismo
Psta Matos, O possibilismo nasceu na França, no final do século XIX e início do século XX, com
o pensador Paul Vidal de La Blache. Para ele, o homem (sociedade) consegue adaptar o meio
pela técnica, pelo trabalho. O termo possibilismo foi cunhado pelo historiado Lucien Febvre –
como forma de confrontar as ideias do determinismo.
Este autor ainda afere que, La Blache dedicou-se à ideia de gênero de vida , base na relação
entre sociedade e espaço. O homem não era mais um produto do meio – ao contrário – era o
agente capaz de modificar o meio através da técnicas, das revoluções tecnológicas
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e da sua própria ocupação e estilo de vida. Ou seja, o ser humano consegue transformar o espaço,
adaptando o relevo, superando o clima, modificando o curso dos rios, construindo hidrelétricas,
transformando zonas desérticas em áreas férteis.
3.1.3. Regionalismo
Este autor ainda relatam que esta corrente é também conhecida por geografia regional, essa
corrente busca a separação e segregação de características conforme áreas específicas, ou
regiões. Por essa razão, por exemplo, o Brasil é dividido em regiões, além da divisão política por
estados. Cada região compartilha de características climáticas, de flora e fauna, de relevo e até
sociais que a distingue das demais. Assim, para entender melhor o espaço e as interações sociais
dentro dele, a comparação e a diferenciação de áreas são elementos fundamentais.
Na perspectiva de Moraes (1994), as correntes modernas tinha as suas tendências que defendiam
em fazer da Geografia uma Ciência social e criticavam o tradicionalismo.
De acordo com Harvey (1993), "a geografia moderna pode ser subdividida em duas vertentes: a
Pragmática e a Crítica" (p.208).
Estes autores ainda sustentam que: Diferentemente da inclinação Tradicional, na Moderna não se
concebe mais uma educação pautada em conhecimentos fragmentados, estanques e decorados
por intermédio do autoritarismo. Ao contrário, ela é pautada na autonomia, mediação
pedagógica, utilização de múltiplas linguagens e internalização significativa de experiências de
aprendizagem, sendo o aluno conduzido a analisar a realidade social que o cerca na condição de
agente transformador das dinâmicas históricas que perpassam a espacialidade (p.209).
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Na visão de Vesentini (1993) relativamente a geografia moderna, defende que: O ensino da
geografia no século XXI, portanto, deve ensinar, ou melhor, deve deixar o aluno descobrir o
mundo em que vivemos, com especial atenção para as escalas local e nacional, deve enfocar
criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza (sem embaralhar uma
dinâmica na outra), deve realizar constante mente estudos do meio (para que o conteúdo
ensinado não seja meramente teórico ou “livresco” e sim real, ligado à vida cotidiana das
pessoas) e deve levar os educadores a interpretar textos, fotos, mapas, paisagens. E por esse
caminho, e somente por ele, que a geografia escolar vai sobrevivendo e até mesmo ganhando
novos espaços nos melhores sistemas educacionais. (p.219)
No entender de Penteado (2010), o ensino da Geografia moderna, todavia, deve ser ministrado
numa perspectiva progressista (libertadora, crítico-social dos conteúdos) que concebe o aluno
como foco do ensino-aprendizagem, detentor de autonomia e apto ao desenvolvimento cognitivo
e intelectual.
Sob tal aspecto, ao professor cabe instigar com problematizações e mediar o conhecimento para
facilitar a assimilação e internalização de saberes (VYGOTSKY, 1999).
Mas, de acordo com Os saberes geográficos, atualmente, foram considerados como estratégicos,
não apenas como instrumento de poder como centra foco a Geografia marxista, mas,
principalmente, como meio para se compreender a inter-relação homem-lugar numa perspectiva
também humana, não só física (p.10).
Em contato direto com as Ciências sociais, o conhecimento geográfico deve considerar fatores
econômicos, sociais, culturais e políticos em uma nova Geografia crítica que se apropria dos
aspectos qualitativos (SANTOS, 1994)
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a Geografia na interação com outras ciências no âmbito econômico, político e sociocultural.
Como Ciência humanizada, o viés político perpassa o aprendizado geográfico comvistas à
transformação da ordem social. Concebida como prática social em relação à superfície terrestre,
a Geografia ensinada afere significado ao responder problemas por meio da prática social
(p.218).
Na visão de Matos, Essa teoria considera os números como fundamentais para explicar a
sociedade e a natureza. Defende o uso de métodos matemáticos e estatísticos de quantificação
dos fenômenos naturais e sociais para seu melhor entendimento.
Para Matos, a geografia critica corressponde a corrente que começou a se consolidar como escola
de pensamento a partir da década de 1970, inicialmente na França, com o advento da obra
“Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra”, de Yves Lacoste. A postura de
contracultura dessa abordagem garantiu o seu sucesso nos anos 1970 e 1980.
A geografia critica possui inúmeros teóricos e propostas díspares, mas converge na oposição a
uma realidade social contraditória, desigual e injusta, e entende a Geografia como ciência
politizada que visa à transformação da ordem social em busca de uma sociedade mais justa
(GODOY, 2010).
Nesta, a Geografia é uma prática social em relação à superfície terrestre (LACOSTE, 1988) que
responde a problemas por meio da prática social (HARVEY, 1993) para que não se torne uma
prisão (SANTOS, 1994)
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Na óptica de ..., a geografia, na condição de Ciência social, possui em seu arcabouço um
conjunto de categorias que expressam sua identidade (p.207).
A Geografia ensinada foi influenciada pelas correntes do pensamento geográfico de tal maneira
que, ainda no século XXI, características oriundas do tradicionalismo se perpetuam na práxis
pedagógica do docente, interferindo diretamente na aprendizagem do aluno. Como componente
curricular, o estudo da Geografia possibilita, mediante a alfabetização geográfica responsável, o
desenvolvimento de habilidades que facilitam a compreensão do espaço geográfico de maneira
consciente.
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7. Conclusão
O debate realizado nas universidades não chega até o professor que está em sala de aula, e que
tem, na maioria dos casos, como única referência e orientação o livro didático. Felizmente, nos
últimos anos, vem acontecendo uma aproximação entre a academia e os professores da rede de
ensino fundamental que resulta em propostas desafiadoras para o ensino de Geografia, porém,
cabe ao professor desenvolver a visão de totalidade da sociedade brasileira. E esta totalidade é
produto da unidade na diversidade, logo, síntese de múltiplas determinações. E a transmissão
desses conceitos passa necessariamente pela questão ideológica, da ideologia de classe que o
professor está inserido.
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Referencias Bibliográficas
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