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Capítulo II: Fundamentação teórica
Conceitos básicos
2. População
Conforme Marconi & Lakatos (2003), população é o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.
Portanto, olhando para o posicionamento do autor acima citado, percebemos que população é
um conceito demográfico que designa o conjunto de indivíduos que habitam uma dada
localidade. Nos estudos populacionais, a população é considerada um importante parâmetro
para analisar a realidade demográfica de um grupo específico.
Espaço geográfico
Para Brasil (2000, p.10), na sua análise afirma que o espaço geográfico deve ser entendido
como uma totalidade dinâmica em que interagem factores naturais, socioeconómicos e
políticos.
É necessário também que os professores estejam preparados para considerar no seu trabalho a
própria dimensão individual dos seus alunos, pois mudar valores requer o alto conhecimento
do indivíduo-sujeito (Carvalho, 2004, p. 42).
As principais categorias Geografia
Território;
Região;
Paisagem;
Lugar.
No que concerne, o espaço geográfico está implícita a ideia de articulação entre natureza e
sociedade. Na busca desta articulação, a Geografia tem que trabalhar, de um lado, com os
elementos e atributos naturais, procurando não só descrevê-los, mas entender as interacções
existentes entre eles; e de outro, verificar a maneira pela qual a sociedade está administrando
e interferindo nos sistemas naturais. Para perceber a acção da sociedade é necessário adentrar
em sua estrutura social, procurando apreender o seu modo de produção e as relações
socioeconómicas vigentes.
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Paisagem
De acordo com (Santos. 1996, p. 65), a paisagem é um conjunto heterogéneo de formas
naturais e artificiais; é formada por fracções de ambas, seja quanto ao tamanho, volume, cor,
utilidade, ou por qualquer outro critério.
A paisagem é a parte visível do espaço geográfico, portanto, reúne os elementos naturais e
artificiais da superfície terrestre.
O território é uma categoria da geografia que representa um espaço delimitado por acções de
poder. Assim, em territórios, aplica-se termos como fronteiras, divisas e limites formas
espaciais de definir determinado recorte especial. O poder exercido dentro de um território
define sua espacialidade e, por conseguinte, as características da sociedade que habita aquele
espaço.
2.1.Correntes geográficas
Determinismo Geográfico ou ambiental
Teoria formulada no século XIX pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel que fala das
influências que as condições naturais exerceriam sobre o ser humano, sustentando a tese de
que o meio natural determinaria o homem. Nesse sentido, os homens procurariam organizar o
espaço para garantir a manutenção da vida.
O determinismo geográfico surgiu como consequência de uma época em que as interferências
do homem nos aspectos naturais eram muito mais reduzidas do que hoje em dia e serviu,
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também, como uma justificativa científica para a relação de domínio entre os países
temperados e os países tropicais.
2.1.2. Exemplos de Determinismo Geográfico
São exemplos de determinismo geográfico os seguintes casos:
Os brasileiros são calorosos e comunicativos porque vivem em um país de clima
tropical;
Todos que moram em favelas tornam-se criminosos;
Pessoas que moram na Bahia, onde o clima é quente, são lentas e preguiçosas devido
aos factores geográficos do local.
Possibilismo Geográfico
Teve origem na França, com Paul Vidal de la Blache. Enquadrado no pensamento político
dominante, num momento em que a França tornou-se uma grande soberania, ele realizou
estudos regionais procurando provar que a natureza exercia influências sobre o homem, mas
que homem tinha possibilidades de modificar e de melhorar o meio, dando origem ao
possibilismo.
A natureza passou a ser considerada fornecedora de possibilidades e o homem o principal
agente geográfico.
Assim, nessa óptica considerou-se a natureza como doadora de possibilidades para que o
homem pudesse modificá-la a seu favor, se quisesse. Bastaria intervir na natureza e adequá-la
às suas necessidades.
Dentro dessa perspectiva, o homem poderia transformar o meio que bem entendesse, pois
além de modificá-lo ele também se adapta ao esse próprio meio modificado. Os adeptos da
perspectiva possibilista não responsabilizam as condições ambientais pela pobreza da
população regional, pois a natureza oferece condições para que o homem a modifique.
Ou seja, o homem não sofre, simplesmente, a acção do meio natural e sim manifesta a sua
acção sobre o meio, sendo o homem um agente geográfico que atua sobre o meio natural,
usando sua influência e criando possibilidades de sobrevivência.
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É importante considerar que o possibilismo, sendo uma corrente do pensamento geográfico
francês, surgiu por conta de uma necessidade Estatal, ao atender os interesses do
expansionismo Francês, objectivando a interacção homem com o meio natural.
Método regional
Essa corrente ganhou maior notoriedade na década de 1940, com Richard Hartshorne e Alfred
Hettner, que defenderam a importância de criar referenciais de análise por meio da
comparação dos lugares- a comparação se dá por factores ambientais e humanos, englobando
aspectos defendidos pelo determinismo e pelo possibilismo ao mesmo tempo.
Corrente que enfatiza a aplicação do princípio da analogia, isto é, da comparação entre duas
situações, locais ou circunstâncias.
Também conhecida por geografia regional, essa corrente busca a separação e
segregação de características conforme áreas específicas, ou regiões. Por essa razão, por
exemplo, o Brasil é dividido em regiões, além da divisão política por estados.
Cada região compartilha de características climáticas, de flora e fauna, de relevo e até
sociais que a distingue das demais. Assim, para entender melhor o espaço e as inteirações
sociais dentro dele, a comparação e a diferenciação de áreas são elementos fundamentais.
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Também conhecida como Geografia marxista (ainda que não possua qualquer influência
directa do filósofo alemão), enxerga a sociedade procurando identificar seus problemas, suas
contradições.
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nesta relação dicotómica a geografia física obteve a imagem de ser mais consolidada
que a geografia humana, devido ao próprio desenvolvimento das ciências naturais,
O contexto educacional segundo o autor precisa que o professor seja também um cientista,
que vá além das expectativas e se torne bacharel, geógrafo. Desse modo o ensino de geografia
passa a ser uma disciplina escolar fortalecida com o apoio da ciência, ligados a epistemologia
da geografia que é ao mesmo tempo cercada de dúvidas e incertezas. Destaca-se assim que o
professor de geografia, deve ter a compreensão de conceitos para entender o contexto onde
está inserido.
Ultimamente à construção da geografia têm obrigado os pesquisadores a se debruçarem sobre
sua epistemologia que historicamente, tem sido eram refém do método positivista
desenvolvendo pesquisas pragmáticas, técnicas úteis, estudo de áreas, contagem da
população, economia e estatística. A complexidade que cerca o conhecimento geográfico é
antiga, pois estudar o homem em sociedade, como ele se organiza, transforma ou produz o
espaço, a natureza, a descrição da terra, o lugar onde este vive, trata-se de tudo que há na
superfície terrestre.
A relação geografia e educação deve priorizar o diálogo entre docente e discente, o
professor deve ter uma leitura ampla de vários temas, o diálogo com vários textos, e
relaciona-los ao quotidiano do aluno, entender que há uma pluralidade de realidades
em sala de aula.
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3.1.2. A importância do estudo da Geografia
a) Em um mundo marcado por desigualdades socioeconómicas, étnicas e religiosas além
de inúmeros problemas ambientais, a Geografia assume cada vez um papel de maior
importância.
b) A Geografia estimula a exploração racional dos recursos além de levar ao
conhecimento das pluralidades culturais, evitando preconceitos e predisposições
contra os diversos grupos sociais.
c) Em uma época em que as informações são transmitidas pelos meios de comunicação
em grande volume e com grande rapidez, é impossível compreender o mundo sem
conhecimentos geográficos.
d) É preciso compreender a organização e transformações do espaço geográfico para
entender o mundo em que vivemos.
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Capítulo III: conclusão e sugestões
4. Conclusão
Ao Concluir é de salientar que a geografia, nos dias atuais, é considerada uma ciência que
estuda o espaço social. Dentro do espaço geográfico são trabalhadas categorias, como:
paisagem, lugar, região, território, fundamentais para a análise geográfica. Todavia, o espaço
é a categoria mais abrangente da Geografia. Esse espaço é estudado no contexto da relação
sociedade-natureza. É necessário “Fazer Geografia” e “Ensinar Geografia” de forma segura e
competente, contribuindo, assim, para a formação de um profissional consciente de seu papel
como um cidadão, capaz de reflectir, interferir e transformar o seu ambiente, buscando ser, de
forma crítica e construtiva, um agente multiplicador do conhecimento, por meio de um
processo contínuo de sua construção, principalmente num mundo da contemporaneidade
tecnológica
Portanto, o professor de geografia deve abordar em suas aulas, questões que possibilite uma
visualização reflexiva da zona rural, urbana, a ligação campo cidade, as mais diversas
culturas, as histórias, as novas linguagens tecnológicas. É neste prisma que o aluno deve ser
incentivado a desenvolver o conteúdo tratado em sala de aula na sua vivência interagindo com
o mundo, aproximando assim, a geografia do real vivido por ele.
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Referência bibliográfica
Albert Demageon. (1942). O pensamento geográfico. 7ª Ed. Contexto São Paulo
Brasil. (2000). Parâmetros Curriculares Nacionais. Caracterização da Área de Geografia.
Brasília
Carvalho. (2004). Pequena história crítica. São Paulo: Hucitec.
Martonne. (1951). A Geografia no Ensino Básico. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo
Marconi & Lakatos. (2003). Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos. Campinas,
Papirus,
Santos. (1996). Metamorfoses do Espaço Habitado. 4. Ed. Hucitec, São Paulo
Sposito. (2004). Contribuição para o ensino do pensamento geográfico. 5ªed. Unesp São
Paulo
Straforini. (2008). Geografia em sala de aula. Práticas e reflexões. 4ª. Ed. Ufrgs, Porto Alegre
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