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Pelotas, 2017
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Pelotas 2017
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Banca examinadora:
Professor Me. Henrique Otto Coelho (Centro de Engenharias – UFPel)
Professora Dra. Aline Ribeiro Paliga (Centro de Engenharias – UFPel)
Professora Me. Aline Tabarelli (Centro de Engenharias – UFPel)
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Dedico.
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AGRADECIMENTOS
Este pequeno espaço é dedicado a todas aquelas pessoas que de certa forma
contribuíram para a realização deste trabalho. Nada disso teria sido possível se não
fosse pelo apoio, confiança e carinho destas pessoas.
Aos meus colegas e amigos, Bruna Sclosser, Eduardo Kruger e Vanessa Soares, pelo
grupo de estudo que montamos que, com certeza, tornou a caminhada um pouco mais
fácil.
E, por último e mais importante, a quem me ajudou a seguir em frente nos momentos
mais difíceis durante a graduação, onde nunca me faltou apoio e compreensão, à minha
mãe Luci Mara de Oliveira Picanço e, também, ao meu pai Celso Carlos Madrid que sem
o seu apoio nunca seria possível a realização deste sonho. Sou extremamente grata por
tudo.
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RESUMO
MADRID, FRANCINE PICANÇO. Avaliação do impacto da implementação de
ferramentas de Planejamento e Controle da Produção de médio e curto prazo
em uma empresa de construção civil. 2017. 95 p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) – Curso de Engenharia Civil, Centro de
Engenharias, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2017.
Planejamento de obras é uma área da construção civil quem vem ganhando força
nos últimos anos, principalmente pelo aumento de competitividade entre as
empresas, o que acaba obrigando-as a trabalharem com números mais realistas,
com o objetivo de aumentar sua produtividade buscando a redução de custos.
Um dos principais problemas dentre muitos encontrados no setor da Construção Civil
Brasileira e que muitas vezes compromete a viabilidade econômica dos
empreendimentos é o não cumprimento dos prazos estabelecidos. Visando atenuar
parte desse problema, diversos esforços têm sido dirigidos no sentido de aperfeiçoar
o processo de Planejamento e Controle da Produção (PCP). Diversos estudos têm
mostrado que o PCP tem grande impacto no desenvolvimento dos empreendimentos
de construção, tanto em relação a custo quanto a prazos e qualidade. O
desenvolvimento e disseminação do Sistema Last Planner é umas das iniciativas
realizadas para a melhoria do controle da produção. Este sistema objetiva através
da redução da variabilidade do fluxo de trabalho, englobando formas de
planejamento, melhorar as condições de controle sobre o empreendimento. Neste
contexto o presente trabalho apresenta o resultado da implementação de
ferramentas de PCP em uma obra de construção de um edifício residencial,
executado por uma empresa de construção civil atuante na cidade de Pelotas/RS.
Para realizar tal implementação foi necessário fazer um diagnóstico do sistema de
planejamento normalmente utilizado pela empresa objeto do estudo.
Durante esse diagnóstico puderam ser identificados os principais fatores que levam
a eventuais atrasos na realização das tarefas de construção. Depois foram
implementadas ferramentas de PCP previamente selecionadas como passíveis de
atenuar os principais problemas identificados na fase de diagnóstico. Por fim, fez-se
a análise dos principais resultados identificados analisando os impactos resultantes
da implementação.
Palavras-chaves: Controle da Produção, Planejamento de curto prazo, Last Planner
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ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 14
1.1 Contexto..................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 17
2.1 Objetivo principal ........................................................................................ 17
2.2 Objetivos secundários ................................................................................ 17
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 18
3.1 Planejamento e Controle da Produção ...................................................... 18
3.1.1 Definição de planejamento ...................................................................... 18
3.1.2 Dimensões do Planejamento ................................................................... 19
3.1.2.1 Dimensão Horizontal ............................................................................ 19
3.1.2.2 Dimensão Vertical ................................................................................ 21
3.1.3 Definição de controle ............................................................................... 23
3.2 Produção Enxuta ....................................................................................... 23
3.3 Construção Enxuta .................................................................................... 25
3.3.1 Princípios da Construção Enxuta ............................................................ 26
3.3.1.1 Reduzir a variabilidade ........................................................................ 27
3.3.1.2 Aumentar a transparência do processo............................................... 28
3.4 O Sistema de controle da produção Last Planner ...................................... 28
3.4.1 Controle da unidade de produção ........................................................... 30
3.4.2 Controle do fluxo de trabalho .................................................................. 31
3.4.3 Análises das causas do não cumprimento das tarefas na obra .............. 32
3.5 Hierarquização do Planejamento e Controle da Produção ......................... 33
3.5.1 Planejamento de longo prazo .................................................................. 34
3.5.2 Planejamento de Médio Prazo (PMP) ..................................................... 35
3.5.3 Planejamento de Curto Prazo ................................................................. 38
4 METODOLOGIA .......................................................................................... 41
4.1 Estratégia de pesquisa ............................................................................... 41
4.1.1 Estudo de caso ........................................................................................ 41
4.2 Delineamento da pesquisa do estudo de caso ........................................... 42
4.2.1 Fontes de evidências............................................................................... 43
4.3 Dados da Empresa e obra em estudo ........................................................ 43
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seus produtos (MOURA e FORMOSO, 2009). Nesse contexto, o setor tem procurado
adaptar conceitos, métodos e técnicas desenvolvidas para ambientes de produção
industrial que, em geral, são implementados através de procedimentos
administrativos. Entretanto, os sistemas desenvolvidos para o ambiente industrial nem
sempre conseguem adaptar-se às situações de produção que ocorrem na construção
civil, fazendo com que se acabem gerando sistemas inadequados e de baixa eficiência
(ASSUNPÇÃO, 1996).
A Produção Enxuta (Lean Production) é uma concepção dos sistemas de
produção. Teve origem na indústria japonesa, mais especificamente na Toyota Motor
Company, a partir do trabalho desenvolvido por Taiichi Ohno e Shigeo Shingo
(HIROTA e FORMOSO, 2000).
As aplicações desses conceitos e princípios exige uma mudança do paradigma
gerencial, tendo em vista que envolve não apenas conhecimentos individuais, mas
mudança de atitudes e na gestão do processo de produção como um todo (HIROTA
e FORMOSO, 2000). Exige, também, a necessidade de um entendimento sistêmico
do processo, do início até a obtenção do produto final, este não podendo abdicar da
adoção de sistemas de planejamento de curto, médio e longo prazo (WANDERLEY,
2005).
Pontes (2004) identifica a falta de planejamento, notadamente o de curto prazo,
como um dos elementos que impede a implementação de filosofias de produção como
Lean Construction (Construção Enxuta), pois esta trabalha na identificação e redução
de perdas no processo produtivo.
Na indústria da Construção Civil, o mercado consumidor vem alterando sua
postura, pois os clientes estão cada vez mais exigentes, em busca de mais qualidade
e garantia de cumprimento de prazo (CBIC 2016). Devido a estes motivos, a Produção
Enxuta torna-se uma boa alternativa, em termos de filosofias e ferramentas, para
aumentar a produtividade e para buscar que a diferença entre o que foi planejado e a
execução da obra sejam proporcionalmente menores. Porém, a adaptação e
aplicação dos conceitos e princípios da Produção Enxuta na construção sempre é um
desafio, principalmente porque esse processo representa a construção de uma teoria
para o gerenciamento da Construção (HIROTA e FORMOSO, 2000).
Nesse mesmo sentido, Ballard e Howell (1997) propuseram um sistema de
planejamento que tem seu embasamento teórico fortemente baseado em conceitos e
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Para Moura (2008), na prática, o planejamento deve definir quatro etapas: que
atividade fazer, através de que método realizar, quem irá executar (recursos) e quando
realizar (cronograma). Esses quatro quesitos são explicitados nas duas dimensões: a
dimensão horizontal e vertical.
Produção Enxuta ou então Sistema Toyota de produção. Sabe-se que esta filosofia
nasceu, na prática, sob um processo de tentativa e erro da indústria automobilística
japonesa a partir da década de 50 (BORTOLAZZA, 2006).
Chama-se produção “enxuta” por utilizar menores quantidades de tudo em
comparação a produção em massa (como pode ser visto na tabela 1). Requer metade
das horas de planejamento em consideração a produção em massa (produção em
larga escala de produtos padronizados), além de resultar em bem menos defeitos e
produzir maior variedade de produtos (WOMACK et al., 1992).
Para Formoso (2002), este é o modelo adotado, por exemplo, nos orçamentos
convencionais, que são tipicamente segmentados por produtos intermediários e
também nos planos de obra, nos quais são normalmente representadas apenas as
atividades de conversão (que agregam valor ao produto, também chamada de fluxo
de montagem de uma edificação). Segundo o mesmo autor, outra deficiência do
modelo de conversão é que o controle da produção e esforço de melhorias tende a
ser focado nos subprocessos individuais e não no sistema de produção como um todo.
Por sua vez, segundo Formoso (2002), o modelo de processo da Construção
Enxuta consiste em um fluxo de materiais, desde a matéria prima até o final (figura 5).
Sendo denominadas por Koskela (1992) atividades de fluxo aquelas atividades que
não agregam valor ao produto final – movimentação, espera e inspeção.
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Para Benetti (2010), essas atividades que não adicionam valor ao produto
necessitam ser reduzidas, e as atividades de conversão, por sua vez, devem ter sua
eficiência aumentada. A abordagem lean na construção civil visa a sequenciar as
atividades de modo integrado, planejando-as de forma balanceada, a fim de que
estejam cadenciadas e no mesmo ritmo.
Segundo Formoso (2002), este modelo de processo (figura 5) é aplicável não
só a processos de produção (caráter físico), mas também a processos de natureza
gerencial, tais como planejamento e controle, projetos, etc. No caso de processos
gerenciais, ao invés de materiais, ocorre o transporte, espera, processamento e
inspeção de informações (fluxo de informações).
Dentre esses onze princípios, duas deles serão abordados nesse trabalho:
Reduzir a variabilidade e aumentar a transparência do processo. Desta maneira, são
discutidos a seguir.
Assim como a parcela de atividades que não agregam valor, no que tange aos
prazos da produção, a variabilidade tende a aumentar o tempo de ciclo principalmente
pelas seguintes razões: Interrupção de fluxos de trabalho causada pela interferência
entre equipes e, também, retrabalhos devido ao produto não ser aceito pelo cliente
por estar fora das suas especificações (BERNARDES, 2001).
No entanto, existem diversos tipos de variabilidade envolvidos num processo
de produção. São exemplos típicos: referentes à execução de um processo –
variabilidade da execução de uma determinada atividade; a variabilidade nos
processos anteriores – relacionada aos fornecedores; e a variabilidade na demanda
que está relacionada aos desejos e necessidades dos clientes envolvidos no processo
(FORMOSO, 2002).
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Os Principais dados coletados que dizem respeito ao sistema Last Planner são
o Percentual de Programação Concluída (PPC) e as causas do não cumprimento dos
pacotes de trabalho. Ambos podem ser considerados indicadores de processo, pois
fornecem informações proativas que podem ser usadas para prever o desemprenho
das atividades (BORTOLAZZA et al., 2005).
Segundo Ballard (2000) existem dois componentes básicos no LPS, os quais
são: o controle das unidades de produção e controle dos fluxos de trabalho, que são
detalhados nas seções 3.4.1 e 3.4.2.
Segundo Ballard (2000), o objetivo básico é que o fluxo de trabalho das equipes
flua de maneira positiva obtendo uma sequência lógica, sendo assim, torna-se
necessário uma boa coordenação nas instalações das unidades de produção e nos
fluxos de projetos e suprimentos.
32
Formoso et al. (1999) reforçam que quanto maior o prazo entre a elaboração e
a execução, maior tende a ser o nível de incerteza e variabilidade existente no
planejamento, por isso a necessidade de divisão hierárquica do planejamento da
produção. Como citado anteriormente, em função da complexidade típica de
34
Para a realização da análise das causas do não cumprimento das tarefas, foi
utilizado a tabela 2, citada no item 3.4.3, tabela utilizada como referência no Clube de
Benchmarking, através dos motivos de não cumprimento citados nas planilhas dos
planos de curto prazo analisadas.
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O estudo de caso tem como premissa a utilização do sistema Last planner, que
servirá como modelo de planejamento. A intenção é proporcionar uma melhoria no
processo sistêmico, desta forma, através da coleta de dados, fazer a retroalimentação
de um planejamento físico da obra em estudo.
Na primeira fase, para a criação da ideia deste trabalho, partiu-se da análise
preliminar de documentos sobre o planejamento implantado pela empresa. Segundo
Yin (2001), as pesquisas qualitativas são baseadas em observações, entrevistas e
documentos. O intuito é estudar a metodologia já utilizada para encaixa-la em um
sistema de PCP e, desta forma, incluir melhorias graduais ao sistema existente.
A segunda fase partiu-se de analises de planilhas do plano de curto prazo da
obra, tendo como referência o sistema Last Planner, com intuito de obter informações
quanto à qualidade deste plano e, também, verificar o desempenho do modelo quanto
à facilidade de retroalimentação do planejamento pelo engenheiro do
empreendimento. Visto que, para que os resultados deste estudo possam ser
implementados, é necessário que o sistema de PCP apresente razoável grau de
estabilidade.
Com base no cronograma físico do empreendimento, desenvolvido em um
software, foi possível obter características da obra, como o prazo de execução, tipos
de tarefas e o nível de detalhamento dos planos de longo prazo. Após obter estas
informações no planejamento mestre, foram elaborados níveis de médio e curto prazo
iniciais, através de planilhas, que hoje são implantados como sistema de planejamento
atual.
De acordo com a base cronológica da obra torna-se possível definir os pacotes
de trabalho, estes organizados pela engenheira do empreendimento, são
programados de acordo com momentos de realização.
O indicador escolhido para testar a eficácia do processo de planejamento e
controle da produção, em função do seu papel na implementação do sistema Last
Planner, será o Percentual de Programação Concluída (PPC, conforme citado
anteriormente). Outro indicador que será utilizado é a relação de causas que resultam
da não realização dos planos.
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Número de metas
Percentagem
semanais
Cumprir as do
Proteção da cumpridas dividido
1 metas planejamento Processo
produção pelo número total
estipuladas concluído
de metas semanais
(PPC)
planejadas
Os ritmos
estabelecidos Número de tarefas
Consistência pelo cronograma no ritmo planejado Percentual de
2 hierárquica geral sejam dividido pelo atividades no Processo
dos planos cumpridos pelo número total de ritmo planejado
plano de médio tarefas
prazo
Número de tarefas
iniciadas na data Percentual de
Não ter
Consistência prevista dividido atividades
incoerência
3 hierárquica pelo número total iniciadas na Processo
entre os níveis
dos planos de tarefas data prevista
de planejamento
planejadas no plano (PAP)
de médio prazo
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como pode ser visto na figura 10, para a obra em estudo, definiu-se as
atividades a serem executadas e suas dependências, a fim de desenvolver o
cronograma a ser seguido e controlado. O método de apresentação dos diagramas
de rede do cronograma adotado foi o método do diagrama de precedência (MDP).
Nº INFORMAÇÃO DESCRIÇÃO
Projetos que são utilizados para a elaboração do
1 Projeto disponíveis
orçamento da obra.
Dúvidas a serem esclarecidas para elaboração do
orçamento. Insere-se nessa informação dúvidas de
2 Dúvidas nos projetos
compatibilização de projetos ou sobre detalhes
técnicos para construção.
próxima semana, nem quantos funcionários ela terá para a realização de determinada
tarefa.
f) Devido a empresa “A” executar muitas obras, os diretores necessitam
priorizar serviços a serem realizados, segundo seus interesses comerciais e
financeiros.
Como citado nos itens acima, dentre os principais causadores de atraso e não
cumprimento de metas está o atraso na entrega de recursos, levando a um número
elevado de pedidos e compra emergencial de recursos.
Por vezes, até existe o atraso por parte dos fornecedores, mas como a
avaliação destes é feita quadrimestralmente, começando sempre pelo mês de janeiro
de cada ano, pode ser que mais de uma obra da empresa “A” contrate estes serviços
acarretando atrasos que não são evidenciados rapidamente. Na avaliação dos
fornecedores, no anexo D, são avaliados os itens de atendimento as entregas,
conforme conferência com a Ordem de Compra, Nota Fiscal, pontualidade,
60
Análise de restrições
Descrição Responsável Data limite
N° da pela para Observações
restrição remoção remoção
1
2
3
4
5
6
Figura 14 - Planilha eletrônica utilizada para a análise de restrições do PMP.
Por isso, com referência à planilha inicialmente utilizada pela empresa “A” na
programação semanal de curto prazo, modificou-se alguns detalhes, uma delas é a
implantação da coluna “EQUIPES”, onde se torna possível detalhar as funções
destinadas a cada equipe. Dada a grande quantidade de informações envolvidas,
optou-se per empregar indicadores para avaliar a qualidade da estimativa de durações
das atividades previstas.
Em relação à etapa de preparação de planos, verificou-se que, por falta de
conhecimento, a engenheira não estava conseguindo definir as metas de forma clara
pois, em geral, os pacotes de trabalho não eram bem definidos. Como por exemplo,
“50% Alvenaria 7º pav - Parte 4”, este pacote de trabalho inicialmente definido pela
engenheira não especificava o local, nem o bloco, nem a quantidade de apartamentos
especificamente. Assim, procurou-se definir melhor cada pacote de trabalho de forma
a beneficiar o nível da apresentação de informações.
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Período
Prática
Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Padronização do planejamento
Hierarquização do planejamento’’
Análise de restrições
Formalização do planejamento de curto prazo
Especificação detalhada das tarefas
Como dito anteriormente, neste trabalho, essa análise foi dividida em três
etapas: etapa 1 trata-se da iniciativa por parte do engenheiro responsável pela área
de gerenciamento de implementar um processo de PCP nas obras da construtora, que
iniciou juntamente com o estágio da pesquisadora na empresa. A etapa 2 trata-se dos
meses de coleta de dados, analisando o que era feito na empresa “A” em relação ao
PCP implantado, basicamente, foi quando obteve-se uma visão geral do sistema de
planejamento e controle da produção vigente e, por fim, na etapa 3 foi quando a
pesquisadora escolheu a obra objeto de estudo e começou a participar ativamente em
reuniões semanais para a tentativa da implementação propriamente dita.
Os itens na tabela 5 acima estão as principais práticas consideradas como
essenciais para a implementação bem-sucedida do PCP e que estejam envolvidas no
sistema Last Planner, estás estão são listadas a seguir.
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implantar um planejamento de médio prazo tem forte influência nesta prática, visto
que, é nele que consegue-se enxergar a necessidade de trabalhar os métodos de
execução para melhorar a designação dos pacotes de trabalho nos planos de curto
prazo.
PESP
% DE EFICÁCIA DO SISTEMA DE
40,0%
30,0% 20,8% 20,8%
20,0%
10,0%
0,0%
Ago
Set
Jan
Fev
Mar
Abr
Out
Nov
Mai
Jun
Jul
Jun
Jul
Dez
MÊS
Nesta figura, indica que houve uma pequena melhora de eficácia do sistema
de planejamento e controle da produção deste o início da implementação até o fim da
participação ativa da pesquisadora na obra estudo de caso.
Na etapa 3 percebe-se que as práticas tiveram uma melhora na aplicação após
o acompanhamento e participação, por outro lado, houve esse aumento devido à
melhoria na compreensão dos conceitos teóricos por parte da engenheira responsável
pela obra.
média. Essa pequena diferença deve-se ao motivo que nas etapas 1 e 2 do processo,
nas 42 semanas inicialmente registradas, o sistema não seguia corretamente os
princípios do Last Planner, portanto, os indicadores coletados tendem a estar fora da
realidade, visto que, na etapa 3 passou-se a especificar e detalhar melhor os pacotes
de trabalho e também analisar mais a fundo os principais motivos de não conclusão
dos mesmos.
Figura 18 - Distribuição das causas do não cumprimento dos pacotes de trabalho na obra
estudada.
75
Principais Problemas
Mão de obra
9,76% Absenteísmo
Falta de comprometimento do
0,0% 4,0% 8,0% 12,0% 16,0% 20,0% 24,0%
empreiteiro
Figura 19 - Quadro com as principais subcategorias de problemas para mão de obra.
Principais Problemas
Planejamento 5,49%
Problema na gerência do
serviço
15,24% Atraso da tarefa antecedente
Principais Problemas
Condições adversas do
tempo
médio prazo
15,79% empreiteiro
teste
Modificação da equipe
36,84%
(decisão gerencial)
21,05% Absenteísmo
21,05%
Baixa produtividade
0,0% 6,0% 12,0% 18,0% 24,0% 30,0% 36,0%
LAUFER, A.; TUCKER, R.L. Is Construction Planning Really Doing its Job? A
critical examination of focus, role and process. Construction Management and
Economics, USA, v. 5, 1987.
YIN, R.K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Trad. Daniel Grassi, 2ed.
Porto Alegre: Bookman, 2001.
86
ANEXOS
87
Análise de restrições
Data
Responsável limite
N° Descrição da restrição Observações
pela remoção para
remoção
Cada chefe de equipe fica
responsável de avisar a engenheira
Responsável
1 Material hidráulico S1 sobre a falta de material para ela
pela equipe
realizar o pedido ao setor de
compras
Cada chefe de equipe fica
Material da elétrica responsável de avisar a engenheira
Responsável
2 (caixas e S1 sobre a falta de material para ela
pela equipe
eletrodutos) realizar o pedido ao setor de
compras
Cada chefe de equipe fica
responsável de avisar a engenheira
Material para Responsável
3 S1 sobre a falta de material para ela
alvenaria pela equipe
realizar o pedido ao setor de
compras
4 Marcação Engenheira S1
Paredes
6 Engenheira S1
impermeabilizadas