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TRANSPORTES
INTRODUÇÃO
A Economia dos Transporte estuda a
interação entre a Demanda por transportes e a
Oferta de transportes, do ponto de vista econômico
DEMANDA OFERTA
• Desejo/necessidade • Disponibilidade de
de viajar espaço
• Disposição de pagar • Capacidade de
pelo serviço de transportar pessoas
transporte e bens no sistema
de transportes
ECONOMIA DOS TRANSPORTES
“... é o estudo de como as pessoas e a
sociedade decidem empregar os recursos
produtivos, que são limitados e que podem
ser usados de outra forma, para produzir
bens e distribuí-los entre vários grupos que
formam a sociedade, para consumo
imediato ou futuro. Analisa os custos e
benefícios do aprimoramento da alocação
de recursos.” [Samuelson, 1976]
REVISÃO
MACROECONOMIA
Estuda a riqueza da sociedade, numa escala
nacional e internacional, com medidas de PNB,
nível de emprego, etc.
MICROECONOMIA
Estuda as leis econômicas que regem o
comportamento dos consumidores, empresas etc.
ECONOMIA DOS TRANSPORTES
Ramo da microeconomia
Diferenças tecnológicas e economia de escala
entre diversos modos de transportes afetam a
análise
Regulamentação e intervenção governamental
interferem na oferta e demanda
Leis do mercado não podem ser aplicadas
diretamente
Demanda por transportes
Projeto
Construção
Operação
Manutenção
Distância etc.
DEMANDA POR TRANSPORTES
Função de demanda
Variação da disposição dos consumidores em adquirir
um bem em função do preço*
Inclui todos os custos percebidos (*preço generalizado)
Valor desembolsado
Tempo de viagem
Conforto
Conveniência
Confiabilidade
DEMANDA POR TRANSPORTES
Função de demanda
Demanda por viagens entre
q p origem destino
Embutidas nível e distribuição de
renda e características
socioeconômicas da população:
Preço p
B
pB Inclinação negativa
Aumento preço, reduz a
pA A
“vontade” de viajar
Redução do preço, aumento o
qB qA número de viagens
Curto prazo
Quantidade q
DEMANDA POR TRANSPORTES
Curvas deslocadas de demanda
Representam mudanças na
p0
média dos consumidores
Número de viagens varia mesmo
Quantidade q
prazo na função demanda
OFERTA DE TRANSPORTES
Função de oferta
p k1 k2 q Relação que indica a variação
da quantidade de
bens/serviços que o produtor
está disposto a oferecer em
Preço p
q Quantidade
EQUILÍBRIO OFERTA-DEMANDA
Exemplo:Preço da passagem aérea em dada rota:
p = 200 + 0,02.q
Função de demanda: q = 5000 – 20.p
Qual o número de viagens?
300
Preço da passagem
250
200 OFERTA
150
DEMANDA
100
50
714 viagens a R$ 214
0
0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000
Número de viagens
EQUILÍBRIO OFERTA-DEMANDA
Exemplo 2: Tempo de viagem numa via entre dois
pontos: t = 15 + 0,02.q
Demanda por viagens entre dois pontos:
q= 4000 – 120.t
80 OFERTA
Tempo de viagem (min)
70
DEMANDA
60
50
40
30
20
10 647 viagens a 28 minutos
0
0 500 1,000 1,500 2,000
Número de viagens
ELASTICIDADE DA DEMANDA
Prevê variações no volume de viagens
causadas por variações no preço, a curto
prazo.
Elasticidade da demanda em relação a
uma variável
Razão entre a variação relativa da
demanda e a variação relativa da
variável
ELASTICIDADE DA DEMANDA
Demanda Q é função de uma variável X.
O que acontece com a demanda se X varia (XA para XB)?
A elasticidade pode ser interpretada como sendo a variação
percentual que ocorre na quantidade demandada quando o
valor de uma variável varia de 1%
Q
Variável X
X
Q Q Q X
CURVA DE DEMANDA eX
XA X X X Q
X
XB
Q
QA QB Demanda Q
SENSIBILIDADE DA DEMANDA
Função demanda por viagens:
Q P
ep
Q1 Q0 P1 P0 2
P1 P0 Q1 Q0 2
Para funções lineares da demanda:
Q
Q P 1 Q
P ep
P Q Q
Q
P
ep 1
Q
ELASTICIDADE DO PREÇO
Exemplo:Seja a função demanda: Q = 200 – 10.P
Achar a elasticidade da demanda para Q = 0, 50, 100, 150
e 200 viagens, quando o preço da passagem é
respectivamente P = 20, 15, 10, 5 e 0 centavos
-
20 200
-3
ep 1 0
15 200
Preço P
-1
10
200
5
-0,133 ep 1 0,133
0
150
0
0 50 100 150 200
Volume Q
ELASTICIDADE DA DEMANDA
Serve para estimar a demanda (período curto)
Se a demanda é relativamente elástica (ep < –1)
ep= -
ELÁSTICA
ep= -1
P
INELÁSTICA
ep= 0
Q Volume
FATORES QUE AFETAM A ELASTICIDADE
Elasticidade da renda (ei)
variação porcentual da demanda por um bem
ei
variação porcentual da renda
Bens normais
Demanda aumenta quando a renda dos consumidores
aumenta
Bens superiores
Demanda aumenta quando a renda cresce e a parcela da renda
dedicada ao consumo deste bem também aumenta
Bens inferiores
Demanda diminui quando a renda cresce
Viajar de transporte coletivo
ELASTICIDADE DA DEMANDA
Exemplo:
Preço da viagem = R$ 5,00, uma pessoa faz 20 viagens/ano
Preço da viagem = R$ 6,00, uma pessoa faz 16 viagens/ano.
Elasticidade da demanda para esta variação de preço
Q P1 P0 2
ep
P Q1 Q0 2
16 20 6 5 2
ep
6 5 16 20 2
ep 1,22
FATORES QUE AFETAM A ELASTICIDADE
Elasticidade do preço (ep)
R ($)
0 50 100 Q (pass)
R 10 Q 0,10 Q 2
250
dR
10 0,20 Q 0
dQ
0 50 100 Q (pass)
MODELO KRAFT DE DEMANDA
Para elasticidade da demanda constante
Q P
Derivada da demanda em relação ao preço é:
dQ
P 1
dP
A elasticidade da demanda é:
dQ P 1 P
ep P
dP Q Q
é a elasticidade da demanda em relação ao preço
MODELO KRAFT DE DEMANDA
Exemplo:Elasticidade da demanda por ônibus em
relação ao preço é -2,75.O sistema transporta 12.500
pass/dia com passagem a R$0,50. Qual o efeito do
aumento da passagem para R$ 0,70?
Q P
12500 0,50 2, 75
0,50 12500 R$ 6250,50
12500 0,502,75 0,70 4955 R$ 3468,50
1858 R$ 2781,50
Q P
Q 1858 0,702,75
Q 4955 pass
ELASTICIDADE DA DEMANDA
Se a demanda é elástica (ep < –1)
Aumento do preço da passagem resulta em
perda total
Redução do preço resulta em ganho final
A 3,00 Q 10.000
A 3,30 Q 10.100
ELASTICIDADE CRUZADA
Exemplo:A demanda por ônibus numa região
metropolitana é:
Q = T-0,3.C-0,2.A0,1.I-0,25
A renda média das pessoas que viajam de carro é R$
5.000. Qual o aumento da renda que anula o efeito do
aumento do preço do estacionamento?
Q Q 1%(I) 0,25%(Q)
0,25
I I 10%(A) 1%(Q)
1% 1%
0,25% I I 4%
I I 0,25%
ELASTICIDADES DIRETA E CRUZADA
Elasticidade direta: efeito da variação do preço na
demanda de um mesmo bem
USO DE
PREÇO DA TRANSPORTE
GASOLINA PÚBLICO
ELASTICIDADES DIRETA E CRUZADA
Bens complementares: quando a demanda de A diminui
por causa de um aumento do preço de B, A é um bem
complementar de B
Elasticidade cruzada negativa, bens
complementares
VIAGENS DE USO DE
PREÇO PARA
CARRO TRANSPORTE
ESTACIONAR
PÚBLICO
ELASTICIDADES DIRETA E CRUZADA
Exemplo:O aumento de 15% no preço da gasolina resulta em
aumento de 7% nas viagens de ônibus urbano e uma redução de
9% no consumo de combustível. Calcule as elasticidades direta e
cruzada da demanda. P:preço da gasolina; Q:consumo de gasolina;
B:viagens por ônibus
Elasticidade direta
Q1 0,91 Q0 P1 1,15 P0
B
C
O Q Quantidade
VARIAÇÃO DO EXCEDENTE DO CONSUMIDOR
Curva de demanda: indicador da utilidade
do serviço de transporte em função do
preço
Maximização do excedente do consumidor =
maximização da utilidade econômica do
consumidor
Preço
S1
S2 Melhoramento no sistema de transportes pode ser
P1 medido pela variação do excedente do
consumidor:
P2
E
P2 P1 Q2 Q1
Q1 Q2 Quantidade 2
VARIAÇÃO DO EXCEDENTE DO CONSUMIDOR
Situação atual: frota de 100 ônibus de 40 assentos,
passagem de R$ 1,00, índice de ocupação de 0,90.
Situação futura: frota de 120 ônibus de 40 assentos,
passagem de R$ 0,90, índice de ocupação de 0,95.
Atual
100 40 0,90 3600pass / h 3600 1,00 R$3600,00
Futura
120 40 0,95 4560pass / h 4560 0,90 R$4104,00
Excedente
E
1,00 0,90 3600 4560
R$408
2
VARIAÇÃO DO EXCEDENTE DO
CONSUMIDOR
João dispõe-se a pagar até R$20 para visitar sua mãe uma
vez por mês; até R$16 para visitar a segunda vez e até
R$12 para visitá-la 3 vezes ao mês.