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Microeconomia

Aula 01 -A Escassez e A Curva


de Possibilidade de Produção. 

Mankiw, cap. 2
Pindyck, cap.16
ECONOMIA (oikos nomos)
Ciência da Escassez
Necessidades e desejos humanos são ilimitados
X
Recursos finitos
Ilimitadas necessidades + limitados recursos disponíveis + técnicas de
fabricação

 
 
 
A economia faz a opção entre os bens produzidos e os processos técnicos
capazes de transformar os recursos escassos em produção.
ECONOMIA
(oikos nomos)
“Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade
administra seus recursos escassos.”
 G. Mankiw
“Economia é o estudo de como as pessoas ganham a vida,
adquirem alimentos, casa, roupa e outros bens, sejam eles
necessários ou de luxo. Estuda, sobretudo, os problemas
enfrentados por estas pessoas e as maneiras pelas quais estes
problemas podem ser contornados.”
 Wonnaccott
“Ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade
decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre várias pessoas e
grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às
necessidades humanas.”
Vasconcellos
FRONTEIRA OU CURVA DE
POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
É a fronteira máxima que a economia
pode produzir, dados os recursos
Canhões

limitados. A CPP é o limite máximo


de produção, com os recursos de
que a sociedade dispõe, num dado
12 momento. Pontos além da fronteira
não poderão ser atingidos com os
11 recursos disponíveis. Pontos
internos à curva representam
situações nas quais a economia não
está empregando todos os recursos
que dispõe (há desemprego de
5 10
Manteiga recursos).
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Para pontos internos à CPP, os
É o grau de sacrifício que se faz
recursos não estão em pleno ao optar pela produção de um
emprego. O custo de bem, em termos da produção
oportunidade é zero, dado que alternativa sacrificada.
não é necessário o sacrifício de
recursos produtivos p/ Custo de oportunidade = custo
Canhões

aumentar a produção de um alternativo = custo implícito


bem, ou mesmo dos dois bens
Dada a escassez de recursos,
A E tudo tem um custo em
economia, mesmo não
B envolvendo dispêndio
D financeiro
C

Manteiga
MUDANÇAS NA CURVA DE
POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
(1) Deslocamento da CPP: aumento dos recursos ou melhoria
tecnológica nos dois produtos.
(2) Deslocamento da CPP: aumento de recursos ou melhoria
tecnológica apenas na produção de um produto

Canhões Canhões

manteiga manteiga

(1) (2)
Aula 02 -O Mercado :Demanda
Oferta e Elasticidade.

Vasconcellos, cap. 1
Pindyck, cap.2
Mankiw, cap. 4 e 5
A Curva de Demanda
A demanda está associada ao

Preço
comportamento do consumidor. A
curva de demanda relaciona a D
quantidade que poderia ser adquirida P1
a um determinado nível de preço do
bem. P2

A demanda é uma relação que mostra as D


diferentes quantidades consumidas a Q1 Q2
vários níveis de preços, ceteris Quantidade
paribus.
Preço Quantidade

Lei da Demanda 10 30
 A quantidade que se deseja comprar é 30 15
menor para maiores níveis de preços e
maior para níveis de preços menos 40 10
elevados, ceteris paribus. 60 5
VARIÁVEIS QUE AFETAM A
DEMANDA
Qid  f ( Pi , Ps , Pc , R, G )
d
Onde: Q  Pf P P GR ),,,,(
i isc = quantidade demandada do bem i no período t;
Pi = preço do bem i no período t;
Ps = preço dos bens substitutos no período t;
= preço dos bens complementares no período t;
Pc
R= renda do consumidor no período t;
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor no período t.

Porém para simplificarmos o estudo:


Qd = f(Pi,Ps, Pc,R, G ) ou seja,
Qd = f(p) ceteris paribus  
A Curva de Oferta
A Oferta está associada ao

Preço
comportamento do produtor. A curva
de oferta relaciona a quantidade que S
poderia ser oferecida a um P2
determinado nível de preço do bem. A
oferta é uma relação que mostra as P1
diferentes quantidades produzidas a S
vários níveis de preços, ceteris
Q1 Q2
paribus. Quantidade
 
Preço Quantidade
Lei da Oferta
10 5
 O produtor ofertará quantidades maiores
para maiores níveis de preços e, para 30 10
níveis menores de preços ofertará
quantidades menores. 40 15
60 30
VARIÁVEIS QUE AFETAM A
OFERTA
s
Q  f ( Pi ,  m , Pn , T )
i
Onde: Qis= quantidade ofertada do bem i/t;
=
Pi preço do bem i/t;
= preço dos fatores e insumos de produção

(mão-de-obra,
m matérias-primas);
=Pnpreço dos bens relacionados, substitutos
ou complementares
= avanços tecnológicos.
T
Porém para simplificarmos o estudo:
Qs = f(Pi,pm, Pn,T), ou seja,
Qs = f(p) ceteris paribus  
Deslocamentos
a. Ao longo da curva de oferta (motivo preço)
b. Da curva de oferta (outros motivos)
Equilíbrio
Ponto de equilíbrio
É aquele que relaciona preço de equilíbrio a
quantidade de equilíbrio. É o ponto em que “(...) a
quantidade do bem que os compradores desejam e
podem comprar é exatamente igual à quantidade
que os vendedores desejam e podem vender.”
(Mankiw, p.80)
MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO DEVIDO
A DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA
Existem vários fatores que podem provocar deslocamento
das curvas de oferta e demanda, que conseqüentemente
provocarão mudanças do ponto de equilíbrio.
Exemplos:
renda: P e Q Pmatéria-prima: P e Q

Px S0 Px S0
S1

D1 D0
D0
Qx Qx
TENDÊNCIA AO NÍVEL DE
EQUILÍBRIO
S
Px Excesso de
P1 oferta
P0 E  (Q0 , P0 )
P2 D
Excesso de
Qx
d s s d
Q Q Q Q
1 2 1 2 demanda
Q0
d s Excesso de oferta (excedente)
Q  Q 0
1 1
d s
Excesso de demanda (escassez)
Em Q  Q  0
mercados
2 2concorrências “(...) o preço de qualquer bem
se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse
bem.” (Mankiw, p.82)
Elasticidade
Mudanças nos preços dos bens, PX S

ceteris paribus, provocam P0
mudanças nas quantidades
procuradas. P1
D
Q0 Q1 QX
A elasticidade é uma medida de PX S

sensibilidade que mede a
P0
variação percentual numa P1
variável (A), em relação a
D
uma variação percentual em
Q0 Q1 QX
outra variável (B), ceteris
Elasticidade-preço da demanda
(pd)
A elasticidade - preço da demanda mede a relação
entre a variação proporcional na quantidade
demandada e a variação proporcional no preço.

Q
(%Q) Q P Q
P    
(% P ) P Q P
P
pd é geralmente um n° negativo. Quando o
preço de uma mercadoria aumenta sua
quantidade demandada em geral cai e, dessa
forma, (Q/ P) é negativa.
PX   
 1 A elasticidade varia
conforme o ponto que se
 0 tome.
QX
CASOS EXTREMOS
A) Demanda totalmente Inelástica ( = 0 )  significa que
qualquer variação nos preços não provocará
pd
variação na
quantidade procurada;
B) Demanda totalmente Elástica ( = )  significa que a
quantidade procurada pode variar sem
pd 
que haja modificação
no preço.
PX PX
D
D

QX QX
ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA
DEMANDA
Variação percentual da quantidade demandada do vem x, dada uma
variação percentual no preço do bem y, ceteris paribus.

xy
Py Qx
 PD  
Qx Py
xy
Se:  0
PD
Os bens x e y são complementares
(quando Py   Qx )

xy
 0
PD Os bens x e y são substitutos
(quando Py   Qx )
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA (  R )
É a variação percentual da quantidade demandada, dada uma variação
percentual da renda do consumidor,ceteris paribus.
R Q
R  
Q R
Se:
Bem superior (ou bem de luxo) – dada
 R 1 uma da renda, o consumo varia mais que
proporcionalmente.

 R 0 Bem normal – o consumo aumenta


quando a renda aumenta.
Bem inferior – a demanda cai quando a
 R 0 renda aumenta
Bem de consumo saciado - Variações na
R  0 renda não alteram o consumo do bem
ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
Mede a variação percentual da quantidade ofertada, dada uma
variação percentual no preço do bem, ceteris paribus.

P Q s
 PS  s
Q P
Se:  PS 1
PX
 PS 1 Bem de oferta elástica  PS  1

 PS 1
 PS 1 Bem de oferta inelástica

 PS  1 Elasticidade-preço da
QX
oferta unitária
FATORES QUE AFETAM A
ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
• Disponibilidade de bens substitutos
Quanto mais substitutos  mais elástica a oferta
Se não existe substitutos  oferta inelástica
• Horizonte Temporal
Quanto mais tempo (L.P)  mais elástica a oferta
Quanto menos tempo (C.P)  mais inelástica a oferta
• Custos de Estocagem
O produtor é muito afetado pelos custos de estocagem
Alto custo de Estocagem mais elástica a oferta
Baixo custo de Estocagem  mais inelástica a oferta
Aumento dos Custos de Produção
Parte dos efeitos causados por um
S’
aumento do custo de produção
podem ser repassado ao S
consumidor.
A relação entre a elasticidade da
curva de demanda e da curva de
oferta, vai determinar quem D
arcará com a maior parte dos
custos.
• Se a demanda for mais inelástica que a oferta o
consumidor paga mais.
• Se a oferta for mais inelástica que a demanda o
produtor paga mais.
Questões para revisão:
As curvas de demanda e oferta de mercado de um bem são:
Qs = -500+500p
Qd = 4000-400p
Calcule:
a) O preço e a quantidade de equilíbrio;
b) Dada a alíquota de um imposto específico T= 0,9 centavos por
produto, determine o novo preço e a quantidade de equilíbrio;
c) Qual o preço pago pelo consumidor? Qual o preço recebido pelo
vendedor?
d) Qual o valor da arrecadação do governo nesse mercado?
e) Qual a parcela da arrecadação paga pelo comprador? E pelo
vendedor?
f) Calcule a elasticidade da curva de demanda e da nova curva de
oferta.
g) Ilustre graficamente
Aula 03 -Restrição
Orçamentária e Utilidade
 
Vasconcellos, cap. 2, 3, 4
Pindyck, cap.3
Mankiw, cap. 21
Restrição Orçamentária
“Restrição
Orçamentária (ou

Alimentos (q2)
Linha de restrição
limitação orçamentária:
R
orçamentária) é a p2 R = p1q1 + p2q2
limitação imposta ao
consumidor pelo
poder de compra do p1 R

consumidor”.
p2 p1

Vestuário (q1)
(Vasconcellos)
Preço relativo
Mudanças da linha de Restrição
Orçamentária
• 1º caso: Aumento da Renda q2

(R; p1 e p2 constantes)

q1

q2

• 2º caso: Diminuição do preço


de um bem (p1)
(p1; p2 e R constantes)
q1
Preferências do Consumidor
• Axiomas:
1) Preferência completa  duas cestas
quaisquer podem ser comparadas, ou seja, A
B ; A B ; A  B
2) Preferência reflexiva  qualquer cesta é
ao menos tão boa quanto ela própria, ou
seja, A  A
3) Preferência transitiva A B ; B  C,
logo A  C
4) Mais é melhor do que menos
Mapa de Curvas de Indiferença
“Uma Curva de
Indiferença representa

Alimentos (q2)
C
todas as combinações de
cestas de produtos que
D
fornecem o mesmo nível A
U2
de satisfação a uma
pessoa”. B
U1

(Pindyck)
TMgS = Dq1/Dq2 Vestuário (q1)
Quantidade de um bem que um
consumidor deseja deixar de
consumir para obter uma
unidade adicional de um outro.
Casos especiais de Curvas de Indiferença
q2 q2

q2

Curva de indiferença q1 Curva de indiferença de q1


“bem comportada” substitutos perfeitos

Curva de indiferença q1
q2 com um bem neutro q2
(q2)

Curva de indiferença de q1 Curva de indiferença de q1


bem complementares um mal (q1)
Aulas 04 e 05-Equilíbrio do
Consumidor. Curva de Renda-
Consumo e Curva de Engel. Curva
de Preço-Consumo e Curva de
Demanda do Consumidor.
 
Vasconcellos, cap. 5, 6 e 7
Pindyck, cap. 4
Mankiw, cap. 7
Escolhas do Consumidor
Os consumidores maximizam

Alimentos (q2)
sua satisfação escolhendo a
cesta de mercado, onde a D
UMg 1 = p1
UMg2 p2
linha do orçamento e a
curva de indiferença são A U2
q*
tangentes. Neste ponto: 2
B U1

U1
UMg1 P1
 q1* Vestuário (q1)
UMg 2 P 2
q2 q2
Curva renda
- consumo B
q'2
q’2 B
A
q2 A q2

q1 q'1 q1 q’1 q1 q1

q1 e q2 - Bens normais q2 - Bem normal


q1 - Bem inferior

renda
renda

B B
R2
R2
R1 A R1 A

q1 q’1 q1 q'1 q1 q1
Curva de renda - consumo e
Curva de Engel
CA - 1 é inferior
C AB - 1 e 2 normais
Curva de Renda - Consumo q2 BD - 2 é inferior
A
“Descreve as cestas de bens que são
consumidas em diferentes níveis de
renda, mantidos os preços constantes” B
(Vasconcellos) E D
q1
Bem 1 é
Curva de Engel

renda
inferior
“Curva que relaciona a quantidade
consumida de um bem à renda”
(Pindyck) Bem 1 é
normal
q1
Efeito Renda e Efeito Substituição
Efeito Renda (ER)
“Alteração do consumo que decorre do Q2
deslocamento do consumidor do
consumidor para uma nova curva de
indiferença, quando o preço do bem C
varia” (Mankiw) ER B
ES A
Efeito Substituição (ES)
“Alteração do consumo que ocorre
quando uma variação no preço do bem Q1
ES
desloca o consumidor ao longo de uma
curva de indiferença, até um novo ER
ponto, com uma nova TMgS”
(Mankiw)
Curva de Demanda Individual
q2
Observando a variação do
preço de um, podemos
q20
construir a curva de demanda 1
q2
individual, que segue a lei da q1
q10 q11
demanda.
P
Lei da Demanda D
 A quantidade que se deseja comprar é P0
menor para maiores níveis de preços
e maior para níveis de preços menos
P1 D
elevados, ceteris paribus.

q10 q11 q1
Excedente do Consumidor

“A diferença entre o P
montante que um D
consumidor estaria
EC
disposto a pagar por um p*
bem e o montante que
D
efetivamente paga”.
(Samuelson) q* Q
TEORIA DE PRODUÇÃO E CUSTOS
TEORIA DE PRODUÇÃO E CUSTOS

Teoria da Produção. A Função de Produção. O


Curto Prazo e O Longo Prazo. Estágios de
Produção. Isoquanta.
Rendimentos de Escala.
 
Vasconcellos, cap. 11
Pindyck, cap. 6
Samuelson e Nordhaus, cap.6
PRODUÇÃO
Teoria da Produção
TEORIA DA
FIRMA Teoria dos Custos

Teoria da Produção  refere-se às relações tecnológicas,


físicas, entre a quantidade produzida e as quantidades de
insumos utilizados na produção.
Teoria dos Custos de Produção  refere-se aos preços
dos insumos.
Produção  Processo pelo qual uma firma
transforma os fatores de produção adquiridos em
produtos ou serviços para a venda no mercado.
Função de Produção  Relaciona as quantidades
empregadas de insumos (K, L, T) com o produto
máximo (Q), que pode ser obtido.
Q = f (L,K, T)

Mão-de-obra (L)
INSUMOS

Processo
Capital Físico (K) de Produto
Área, Terra (T) Produção (q)
Fatores de Produção Fatores de Produção
Fixos
X Variáveis

São aqueles que São aqueles que se


permanecem inalterados, alteram, com a variação
quando a produção varia. da quantidade produzida

Curto Prazo X Longo Prazo

Pelo menos um fator fixo Todos os fatores variam


Análise de curto prazo  q  f ( L, K )
Análise de longo prazo  q  f ( L, K )
Produto Total (PT)  é a quantidade produzida em determinado
período de tempo.

PT  q

Produtividade Média (PMe)  é a relação entre o nível de


produto e a quantidade do fator de produção, em determinado
período de tempo.

PMeL  PT PMeK  PT
L K
Produtividade Marginal (PMg)  é a variação do produto,
dada uma variação de uma unidade na quantidade do fator de
produção, em determinado período de tempo.

PT q dq PT q dq
PMg L   ou PMg K   ou
L L dL K K dK

Sendo dq/dL e dq/dK as derivadas do produto em relação


aos insumos, mão-de-obra e capital aplicável quando a
função de produção é contínua e diferenciável.
Exemplo: q  f ( L, K )
Fator Fator PT PMe PMg
Fixo variável
10 1 6 6,0 6
10 2 14 7,0 8
10 3 24 8,0 10
10 4 32 8,0 8
10 5 38 7,6 6
10 6 42 7,0 4
10 7 44 6,2 2
10 8 44 5,4 0
10 9 42 4,6 -2
PT
q  f ( x1 , x2 )

Ponto de
Ponto de maximização
inflexão (PTmáximo)
L
Pmg L
PMeL

PMeL
L
PmgL
No ponto máximo do produto total (PT), a produtividade
marginal da mão-de-obra é igual a zero. Antes deste ponto, a
produtividade marginal da mão-de-obra é positiva, ou seja
aumentos na absorção de mão-de-obra elevam o produto total.
 Após o ponto máximo do PT (PMgL = 0) a produtividade é
negativa: acréscimos de mão-de-obra diminuirão o produto. Isto
ocorre em virtude da lei dos rendimentos decrescentes.

Lei dos Rendimentos Decrescentes


O formato das curvas de PMgL e PMeL dá-se em virtude desta lei.
“Ao aumentar-se o fator variável sendo dada a quantidade de um
fator fixo, a produtividade marginal do fator variável passa a
diminuir a partir de determinado ponto” (VASCONCELLOS)
Produção no Longo Prazo q  f ( L, K )
A análise da produção a longo prazo considera que todos
os fatores de produção (mão-de-obra, capital, instalações,
matérias-primas) variam.
A longo prazo, não existem fatores fixos de produção.
Isoquantas de Produção
Isoquanta = Linha de Igual Produção = Linha de Isoproduto
Isoquanta  linha na qual todos os pontos representam
combinações dos fatores que indicam a mesma quantidade
produzida.
Ela expressa os vários métodos ou processos alternativos de
produção, que proporcionam a mesma quantidade produzida.
Isoquanta de Produção
K A escolha de uma
particular
isoquanta, que
corresponde à
escolha da
q  1000 quantidade que o
L empresário deseja
Mapa de Produção -Conjunto de Isoquantas produzir,
K dependerá dos
custos de
produção e da
q  3000 demanda pelo
q  2000 produto da firma.
q  1000
L
Taxa Marginal de Substituição Técnica
TMgST

Capital(K)
TMgST= PMgL
PMgK A
q1
q0
B

TMgST = DL/DK Trabalho (L)


Relação entre a redução no
emprego de um fator de produção
e o aumento do outro fator de
produção necessário para manter a
mesma isoquanta.
Casos especiais de Isoquantas
K K

Substituição perfeita na L Proporções fixas na L


produção produção

Região Econômica de Produção


K K

A
15
10
B C
L
100 200
L
RENDIMENTOS DE ESCALA
Escala de Produção  é o ritmo da variação da produção,
respeitada certa proporção de combinação entre os fatores.
Descreve uma relação tecnológica.
f(aK,) = ag f(K, L)
 Rendimentos Crescentes de Escala (g>1)
Ocorrem quando a variação na quantidade do produto total é mais
do que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores
de produção.
 Rendimentos Constantes de Escala (g=1)
Ocorrem quando a variação do produto total é proporcional à
variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.
 Rendimentos Decrescentes de Escala(g<1)
Ocorrem quando a variação do produto é menos do que
proporcional à variação na utilização dos fatores.
Rendimentos de Escala
K (1) K
(2)

400 400
300 300
200 200
100 100
N N
K
(1) Rendimentos decrescentes (3)
de escala
(2) Rendimentos constantes de 400
escala 300
(3) Rendimentos crescentes de 200
100
escala N
- Teoria dos Custos.  

Vasconcellos, cap. 12
Pindyck, cap. 7
Teoria dos Custos de Produção
Refere-se aos preços dos insumos.
Economistas X Contadores
(Custo de Oportunidade) (Valor Pago)
• Custos Explícitos - quando ocorre um
desembolso monetário.(K,L,T)
• Custos Implícitos - não ocorre um desembolso
monetário (deixa de trabalhar).
Curto Prazo
• Economistas : Período no qual é impossível
ajustar complemente todos os fatores produtivos
• Contadores:Período de duração correspondente a
um ano contábil
Custos a Curto Prazo
(Pelo menos um fator fixo)
CT = CV+CF q  f ( L, K )
CT = wL +rK
PT CT

N N
Pmg N Cmg
Se: Pmg   Cmg Cmg
Se: Pmg (cte)  Cmg(cte)
Se:  Pmg   Cmg

N N
Pmg N
CT=CF+CV
• Custo Fixo- É independente do nível de produção.
(Ex.:Aluguéis, pagamento de juros)
• Custo Variável- Varia com o nível de produção (Ex.: insumos,
consumo de energia)
• Custo Médio- Custo Total dividido pelo número de unidades
produzidas. CMe= (CT/Q)
• Custo Fixo Médio- Custo Fixo dividido pelo número de
unidades produzidas. CFMe= (CF/Q)
• Custo Variável Médio- Custo Variável dividido pelo número
de unidades produzidas. CVMe= (CV/Q)
• Custo Marginal-É o custo adicional necessário para produzir
uma unidade adicional de produto. CMg =(CT / Q)
CMe X CMg
• O custo (total) médio diz qual será o custo da
unidade padrão de produto se o custo total for
divido igualmente entre todas as unidades
produzidas.
• O custo Marginal mostra o aumento dos custos
totais decorrentes da produção de uma unidade
adicional.
A curva de custo marginal corta a curva de custo
médio no ponto de escala eficiente.
• Se CMe>CMg - CMe 
• Se CMe<CMg - CMe 
Exemplo
Q CF CV CT CMg CMe CFMe CVMe
0 55 0 55 Infinito Infinito Indefinido
30
1 55 30 85 27 85,00 55,0 30,0
25
2 55 55 110 22 55,00 27,5 27,5
20
3 55 75 130 21 43,33 18,3 25,0
30
4 55 105 160 40 40,00 13,8 26,3
50
5 55 155 210 60 42,00 11,0 31,0
70
6 55 225 280 80 46,67 9,2 37,5
90
7 55 315 370 100 52,86 7,9 45,0
110
8 55 425 480 120 60,00 6,9 53,1
130
9 55 555 610 140 67,78 6,1 61,7
150
10 55 705 760 76,00 5,5 70,5
Fonte: Samuelson
160
140
120
100
Custos

80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12
Quant.

CMg CMe CFMe CVMe


Custos a Longo Prazo
(Nenhum fator é fixo)
CT = wL +rK
Linha de Isocusto Linha de Isocusto
K
“Todas as combinações CT = wL + rK
CT
possíveis de trabalho e
r
capital que podem ser
adquiridas por um dado
custo.” (Pindynck) w
r

CT N
w
Preço relativo
Escolhas da Firma
As firmas maximizam sua
satisfação produzindo a um K
custo mínimo, onde a linha D
PMg L = w
PMgK r
de isocusto e a curva de
isoquanta são tangentes. A q2
k*
Neste ponto: B q2

q1
UMg1 P1
 n* N
UMg 2 P 2
Aula 08 - Estruturas de
Mercado - Concorrência
Perfeita.  
Vasconcellos, cap. 13
Pindyck, cap. 9
Mankiw, cap. 14
ESTRUTURAS DE MERCADO

As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos


inerentes de como os mercados estão organizados.

As diferentes estruturas de mercado, estão condicionadas por três


variáveis principais:
 número de firmas produtoras no mercado;
 diferenciação do produto;
 existência de barreiras à entrada de novas empresas.
No mercado de bens e serviços, as formas de mercado, segundo
essas três características são:
 concorrência perfeita
 monopólio
 concorrência monopolista (ou imperfeita)
 oligopólio
No mercado de fatores de produção, as formas de mercado,
segundo essas três características são:
 concorrência perfeita
 monopsônio
 oligopsônio
Caso especial  monopólio bilateral
ESTRUTURAS DE MERCADO DE BENS E
SERVIÇOS
1. Concorrência Perfeita
As hipóteses deste modelo são:
 Existe um grande número de compradores e vendedores (o preço
é dado para as firmas e para os produtores)- Atomização;
 Os produtos são homogêneos;
 Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do
produto;
 A entrada a saída de firmas no mercado são livres - Não existem
barreiras.
A empresa no regime de concorrência perfeita só fixa a
quantidade a ser vendida, pois o preço está fixado pelo
mercado.
A curva de demanda do mercado possui inclinação negativa, porque
descreve a procura total do produto, dado seus diferentes níveis de
preços.
A curva de demanda da firma é uma linha horizontal, porque ela
reflete a procura do seu produto. Como a firma é incapaz de alterar o
preço corrente do mercado, a demanda de seu produto é
perfeitamente elástica.
p p
S

D
D
q q
a de demanda do mercado Curva de demanda da firma
A empresa para maximizar lucro, precisa satisfazer conjuntamente as
condições de que:
a) O preço do produto seja igual ou superior ao Custo Variável
Médio ( P >=CVMe ).
***Se os custos variáveis forem superiores aos preços, a firma se
torna inviável a longo prazo, mas mesmo a curto prazo ainda
pode incorrer em prejuízos para pagar parte dos custos fixos e
tentar manter-se no mercado.
b) O Custo Marginal seja igual à Receita Marginal (CMg = RMg),
sendo o custo marginal crescente.
Maximização em Concorrência Perfeita
p CMg

D  RMg  P

q
O ramo ascendente da curva de Custo Marginal, acima da
curva de Custo Variável Médio, constitui-se na Curva de
Oferta da firma, operando no regime de concorrência
perfeita.
A curva de oferta do setor como um todo será a soma da curva
de oferta de todas as firmas no setor.
As firmas com custos variáveis médios acima do preço terão
de abandonar o setor a longo prazo, deforma que as mais
eficientes permanecem.
Oferta do Mercado em Concorrência Perfeita
A mobilidade e inexistência de barreiras garantem que novas
empresas entrem no setor, se há lucros maiores que em outros
setores. Com as novas empresas, há um deslocamento da curva
de oferta do setor para a direita, e, conseqüentemente, preços
menores.
O preço de equilíbrio diminui, e só as firmas que produzem com
custos médios abaixo do preço podem continuar produzindo a
longo prazo.
A longo prazo, em concorrência perfeita, as empresas auferem
apenas lucros normais.
p
p d  RMg

p' d '  RMg Oferta da Firma

q
p s
s'
p
p' Oferta de Mercado
d
q q' q
Aula 09 - Estruturas de
Mercado (cont.) - Monopólio.
Vasconcellos, cap. 14
Pindyck, cap. 10 e 11
Mankiw, cap. 15
Monopólio
As hipóteses deste modelo são:
 O setor é constituído de uma única firma;
 A firma produz um produto para o qual não existe substituto
próximo;
 Existe concorrência entre os consumidores;
 A curva de receita média é a curva de demanda do mercado.
No monopólio, o setor é a própria firma, porque existe um único
produtor que realiza toda a produção.
 A oferta da firma é a oferta do setor;
 A demanda da firma é a demanda do setor.
Demanda do Monopólio
A curva de receita média (RMe)da firma monopolista é a curva
de demanda do mercado, e indica os diferentes preços por
unidade que serão recebidos quando o monopolista decidir
vender quantidades diferentes do produto.
p

RMe  d
RMg

q
Receita Total do Monopólio
RT
RMg Pto. de Lucromáximo

Pto. de RTmáximo

RMg  0 Q
A receita total atinge o máximo no ponto em que a receita marginal
é zero.
A receita marginal representa os acréscimos à receita total:
enquanto a RMg é positiva, a cada diminuição do preço há um
aumento na quantidade superior proporcionalmente à queda de
preços. Isso implica em uma receita de vendas maiores.
A partir do ponto em que a RMg é zero, a perda de receita pela
diminuição de preço é maior que o ganho obtido pelo aumento da
quantidade vendida.
Equilíbrio do Monopólio
P D Cmg
O poder de mercado ou o
“grau de monopólio” de CMe
uma firma é definido Pm.
como a capacidade da p
mesma em fixar um custo
preço para o seu
produto que seja maior D
do que o custo marginal
de produção; sendo
medido, portanto, pela
margem de lucro ou pela Rmg
Q
relação preço/custo Qm
marginal.
Poder de Mercado
A taxa de mark-up da firma
 qp (q )  q   p (q )  monopolista será tão
 p(q)  q maior quanto menor for
q q q
a elasticidade preço de
 p  demanda .
RMg  p  q
q Logo, quanto maior for a
 q  p  elasticidade preço de
RMg  p1  
 p q  demanda menor será o
“poder de mercado” ou
 1 
RMg  p1   ou “poder de
   monopólio” da firma.
Poder de Mercado / Mark -up
 1 
RMg  p1  
  

• Se e<1(inelástica)  RMg < 0


• Se e =1 (unitária) RMg = 0
• Se e>1 (elástica) RMg > 0

O monopolista nunca opera na área inelástica.


Eficiência no Sentido de Pareto
Não é possível melhorar a
P
situação de nenhum
agente sem piorar a Cmg
situação de, pelo menos,
outro. (Vasconcellos)
1
2
A concorrência perfeita é
3
ESP.
Pm P = Rme
O monopólio é ineficiente
(peso-morto do Rmg
monopólio). P’
Pc
Qm Q’ Qc Q
Combate à Ineficiência – Regulamentação e
Discriminador de preços
Regulamentação
Em função da ineficiência alocativa do monopólio, a
intervenção governamental pode aumentar a eficiência
da alocação de recursos. Suponhamos que o governo
introduza uma lei de regulação de preços em todos os
setores nos quais as firmas possuam poder de mercado.
Discriminação de Preços
1º grau: Limite do EC
2º grau: O Preço é determinado pela quantidade
3º grau: Preços especiais para grupos especiais
Aula 10 - Estruturas de
Mercado (cont.) -
Concorrência Monopolistica e
Oligopólio.
Vasconcellos, cap. 15
Pindyck, cap. 12
Mankiw, cap. 16 e 17
Concorrência Monopólistica
Principais características:
• Grande número de firmas
• Livre mobilidade de recursos
• As firmas produzem bens substitutos, mas
diferenciados

Exemplo:Companhias aéreas e Montadoras de


automóveis
Equilíbrio na Concorrência P D
Monopolistica
Cmg

CMe

Curto Prazo
As empresas, apresentam
P D
curvas de demanda
individuais para o seu Rmg

produto, a curto prazo o seu


ponto de equilíbrio é Q Q
P
semelhante ao do mercado D Cmg

monopolista. CMe

 Longo Prazo
 Como não há barreiras a
entrada a tendência que o P D
lucro do curto prazo, tenda a
zero. Assim temos: Rmg

p > 0 – novas entrantes


p< 0 – retiram-se Q Q
Oligopólio
Principais características:
• Poucas firmas
• Geralmente Grandes
• Produtos Idênticos
Exemplo: OPEP, Distribuidoras de Combustíveis,
Produtores de Aço e Alumínio
Tipos de mercados oligopolistas:
• Cartel- existe um acordo entre firmas
• Firma dominante - existe uma firma que domina o
mercado e as demais a seguem
Oligopólio
Taxa de Concentração : uma taxa de concentração
dá a porcentagem das vendas totais que são
obtidas pelas maiores firmas. Um exemplo de
taxa e concentração é a P4, que mostra a
participação das 4 maiores empresas nas vendas
totais da indústria. Se P4 > 40 % então esse setor é
um oligopólio.
Índice de Herfindalhl : é dado pela soma das
percentagens das participações de mercado
elevadas ao quadrado de todas as firmas da
indústria. Quanto maior for o valor desse índice
maior será o grau de concentração dentro de uma
mesma indústria.
P
Curvas de Reação D1(0)

RMg1(0)
“Relação entre a quantidade RMg1(50)
de produção que D1(50) CMg

maximiza os lucros de
RMg1(75) D1(75)
uma empresa e a
quantidade que ela Curva q2*(q1) q1
imagina que seus de reação da
q1 Empresa 2
concorrentes produzirão”
Curva q1*(q2)
(Pindyck) de reação da
Empresa 1

q2
Modelo de Cournot (Nash)
Hipótese: As empresas produzem mercadorias
homogêneas, cada uma considerando fixo o nível de
produção de sua concorrente.
As firmas escolhem a quantidade produzida
simultaneamente baseadas nas expectativas em
relação à escolha da outra firma (jogo simultâneo),
logo: q2
Equilíbrio
RT1= p(q1+q2) q1 de Cournot
CT1= f (q1)
q2 *

RT2= p(q1+q2) q2 q1* q1


CT2= f (q2)
Cartel - Conluio
As firmas formam uma coalizão de forma a
determinar conjuntamente o seu produto,
buscando maximizar os lucros totais da
indústria (jogo cooperativo).
q2
Curva de
A coalizão fará com coalizão
que as n firmas
hajam como uma
única empresa q1
(maximizadora de
lucro)
Modelo de Stackelberg
Hipótese: A empresa determina o nível de
produção, antes que outras empresas o façam.
Neste modelo existe uma firma líder e outra
seguidora (jogo não simultâneo), logo uma firma
faz uma escolha antes da outra.
Max p(q1 +q2) q1-CT1
s.a. q2= f (q1)
É vantajoso ser a primeira firma a fazer a escolha?
Teoria da demanda quebrada
(Sweezy)
A firma A se defronta com o P
seguinte dilema : se aumenta o
seu preço, então as demais
firmas não irão acompanhar esse
P*
movimento; se ela reduz o seu D
preço então as demais firmas
irão acompanhar esse
movimento Q* Q
Sendo assim, a sua curva de demanda é altamente
elástica para aumentos de preço e altamente inelástica
para reduções de preço.
Modelo de Bertrand
Hipótese: Cada firma acredita que se diminuir o preço em e
ganhará todo o mercado.
Neste caso, as firmas vão abaixando o preço até o ponto de
equilíbrio, onde p= CMg (ocorre um equilíbrio igual ao de
uma concorrência perfeita) (guerra de preços)

P Se c2 = c1
P
.
-e P > CMg  incentivo a baixar o preço
.
.
P = CMg  equilíbrio (CMg = c1 = c2 )
Se c2 > c1
c2 c1 P = c2  equilíbrio instável
Fatores que dificultam a carterização
• Restrições legais (CADE - Conselho
Administrativo de Defesa Econômica).
• Problemas de informação
• Incentivo a quebrar o acordo
Q P RT CT  RT(1) RT(2)
0 200 0 145 -145 0 0
1 180 180 175 5 180 0
2 160 320 200 120 160 160
3 140 420 220 200 280 140
4 120 480 250 230 240 240
5 100 500 300 200 300 200
6 80 480 370 110 240 240
7 60 420 460 -40 240 180
8 40 320 570 -250 160 160
Aula 11 - Teoria dos Jogos

Vasconcellos, cap. 16
Pindyck, cap.13
Mankiw, cap. 16
Teoria dos Jogos
Em concorrência imperfeita a firma tem consciência de
que pode afetar o preço de seu produto, como tambem
percebe que este é afetado pelas decisões de seus
concorrentes. Ocorre um comportamento estratégico.

Interação estratégica : situação na qual cada empresa ou


agente reconhece que as suas ações tem efeito sobre o
bem-estar das demais empresas e agentes, o que levará
estes a reagir as ações tomadas pelo primeiro.
Tipos de Jogos
Jogos cooperativos - situação na qual os jogadores podem
negociar contratos entre si, permitindo o planejamento
conjunto das estratégias.
Jogos não-cooperativo - situação na qual os jogadores não
podem negociar e implementar contratos, fazendo com
que as decisões tenham que ser tomadas de forma
independente pelos jogadores, os quais são obrigados a
fazer conjecturas sobre o provável comportamento dos
demais.
Jogos seqüenciais - jogos nos quais um jogador escolhe a
sua estratégia antes do outro
Jogos não seqüenciais - jogos nos quais um jogador escolhe
a sua estratégia simultaneamente
Exemplo 01 : Consideremos o mercado
de transporte aéreo entre Rio e São Paulo

Pa Pb

V Pa (10, 10) (3,12)

Pb (12, 3) (5, 5)

Matriz de pay-offs do jogo


Estratégia Dominante
“Uma estratégia dominante
é aquela que é a melhor
estratégia para um T
jogador, independente da
Pa Pb
estratégia adotada pelo
(10, 10)
outro.” (Vasconcellos) V
Pa (3,12)

Pb (12, 3) (5, 5)

Nesse caso, ocorreu uma falha de coordenação: cada


empresa buscando o que é melhor para si gerou uma
situação no qual o bem-estar coletivo é menor do
que o máximo.
Exemplo 02 : Consideremos o mercado
de transporte aéreo entre Rio e São Paulo
(Jogo sem estratégias dominantes)
T

Pa Pb

V Pa (10, 10) (3,12)

Pb (9, 3) (5, 5)

Matriz de pay-offs do jogo


Equilíbrio de Nash
A solução do jogo passa por se
determinar se existe algum
conjunto de estratégias tal que T

cada jogador está fazendo o Pb


Pa
melhor que pode em função
(10, 10)
da estratégia adotada pelo V
Pa (3,12)

outro jogador. Pb (9, 3) (5, 5)

O conceito de equilíbrio de Nash se apoia na


racionalidade individual. A estratégia escolhida pelo
jogador depende não só da sua própria racionalidade
como também da racionalidade de seu oponente.
Jogos Seqüenciais
Até agora consideramos apenas os jogos nos quais
ambos os participantes fazemos seus movimentos
ao mesmo tempo.
Iremos agora analisar jogos seqüenciais, ou seja,
jogos nos quais um jogador escolhe a sua
estratégia antes do outro ( exemplo : investimento
em expansão de capacidade para desestimular a
entrada de novos competidores).
Jogos seqüenciais são melhor visualizados na
forma extensiva, também conhecida como
árvore de decisão.
Árvore de decisão

Pa 10, 10

Pa T Pb
3, 12
V
Pa
12, 3
Pb T

Pb 5, 5
Bibliografia
• VASCONCELLOS, M.A .S. e OLIVEIRA, R. G. Manual
de Microeconomia. 2a ed. São Paulo: Atlas, 2000.
• PINDYCK, R. e RUBINFELD, D. Microeconomia. 5a Ed.
São Paulo: Makron, 2002.
• MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia:
princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
• SAMUELSON, P. A. e NORDHAUS, WILLIAM D.
Economia. 14a ed. Lisboa McGraw-Hill, 1997.
• VARIAN, M. H. Teoria microeconomica: principios
basicos. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
• VASCONCELLOS, M.A .S. Economia: Micro e Macro.
São Paulo: Atlas, 2000.

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