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MICROECONOMIA
Em 1776, em uma passagem famosa de seu livro A Riqueza das Nações, o pioneiro economista
escocês Adam Smith escreveu sobre como os indivíduos, buscando seu interesse próprio, muitas
vezes acabam servindo aos interesses da sociedade no seu conjunto. De um homem de negócios
cuja busca de lucro torna a nação mais rica, Smith escreveu: “Ele procura apenas o seu próprio
ganho e, nisso, como em muitos outros casos, é levado por uma mão invisível a promover um fim
que não estava entre as suas intenções.” Desde então, os economistas usam o termo mão invisível
para se referir à maneira pela qual uma economia de mercado consegue domar o poder do interesse
próprio em favor do bem da sociedade. Até hoje o autor é citado tanto por políticos como por
economistas.
O sinal menos no parâmetro “b” significa que a curva da procura é negativamente inclinada, ou
seja, face a um aumento do preço de determinado bem, a quantidade consumida desse bem
diminui. Quanto mais baixo for o preço de um bem maior será a quantidade comprada desse
bem, ceteris paribus.
Causas da inclinação negativa da curva da procura
Existem dois efeitos que justificam a relação inversa das duas variáveis e, consequentemente a
inclinação negativa da curva da procura (LEI DA PROCURA DECRESCENTE).
Exemplo: Se o preço da caixa de fósforos aumenta, a queda na quantidade procurada será provocada
por esses dois efeitos somados:
Enquanto que as alterações do preço do bem causam movimentos ao longo da curva da procura, as
alterações dos outros factores que constituem a função procura, tais como o rendimento, os gostos, a
informação disponível, as expectativas e o preço de outros bens, provocam deslocamentos da curva da
procura.
↑P - ↓Qd
D
Antes do aumento do rendimento (D0) Após o aumento do rendimento (D1)
Ao preço P0, o consumidor pode comprar Q0. Ao mesmo preço P0, o consumidor pode comprar Q2.
Ao preço P1, o consumidor pode comprar Q1. Ao mesmo preço P1, o consumidor pode comprar Q3.
Deslocamento da curva
Curva da oferta e Função oferta
Oferta - as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período
de tempo.
A curva da oferta indica a quantidade de um bem que os produtores desejam oferecer num
determinado mercado para cada um dos níveis de preços, mantendo-se tudo o resto constante.
S
Determinantes da quantidade oferecida
- Preço do bem;
- Preço dos outros bens;
- Preço (custo) dos factores de produção;
- Mudanças na tecnologia;
- Mudanças climáticas.
Para estudar a influência isolada de cada uma dessas variáveis utiliza-se a hipótese do ceteris
paribus (tudo o mais permanece constante), ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis
afectando separadamente as decisões dos produtores.
A função oferta indica a quantidade de um bem que os produtores desejam oferecer num
determinado mercado para cada um dos níveis de preços, mantendo-se tudo o resto constante. Em
termos analíticos a função oferta é dada pela expressão: Qsi = f (Pi; wj; θ)
Deslocamento da curva
Alterações do preço provocam um movimento ao longo da curva
da oferta.
O equilíbrio corresponde à situação em que todos os agentes económicos escolhem a melhor acção
possível de acordo com os seus próprios interesses e em que o comportamento de cada pessoa é
coerente com todas as outras.
Existe um único preço que faz com que isto aconteça - preço de equilíbrio.
A quantidade procurada e oferecida a esse preço são iguais - quantidade de equilíbrio.
Q
Excesso e escassez de Procura e de Oferta
Q = 140 - 4P
Variação percentual Qd
Epd = Esta elasticidade dá o impacto na quantidade procurada do
Varição percentual P
bem provocado por uma variação do preço do próprio bem.
| Epd |<1 Neste caso a procura é RÍGIDA ou INELÁSTICA: uma variação do preço em 1% provoca
uma variação da quantidade procurada inferior a 1%, ou seja, a quantidade procurada varia em
menor proporção da variação do preço do próprio bem.
| Epd | = 1 Neste caso a elasticidade da procura é UNITÁRIA: uma variação do preço em 1% provoca
uma variação da quantidade procurada em 1%, ou seja, a quantidade procurada varia na mesma
proporção da variação do preço do próprio bem.
| Epd | > 1 Neste caso a procura diz-se ELÁSTICA: uma variação do preço em 1% provoca uma
variação da quantidade superior a 1%, ou seja, a quantidade procurada varia em maior proporção do
que a alteração do preço do próprio bem.
Os bens podem classificar-se de acordo com vários tipos de elasticidade da
procura.
EpS =(ΔQ/ΔP)(Pi/Qi)
Nota: enquanto a elasticidade preço da procura tem sinal negativo, a elasticidade da oferta tem
sinal positivo evidenciando uma relação directa entre as quantidades oferecidas e o preço.
Determinantes da elasticidade da procura
Existência de bens substitutos
Grau de necessidade
Tempo que as pessoas levam a responder a variações - quando confrontados com um aumento de
preços, normalmente, os consumidores têm menos alternativas disponíveis no curto prazo do que no
longo prazo.
Produtos homogêneos;
Não existem barreiras à entrada de novas empresas no mercado;
Transparência de mercado;
No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.
Não há um mercado de concorrência perfeita no mundo real, sendo talvez
o mercado Agrícola é o exemplo mais próximo.
Monopólio
Uma única empresa domina todo o mercado;
Produto sem substitutos próximos;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Congregado, E. et. al (2002). Microeconomía. Cuestiones y problemas resueltos.
Editorial Prentice Hall.