ECONOMIA POLÍTICA - Resumos 1º teste

Mercados e Concorrência
• Um mercado é um conjunto de compradores e vendedores de um bem ou serviço
determinado.
• Os consumidores/compradores determinam a procura.
• Os produtores/vendedores determinam a oferta.
• Um mercado concorrencial é um mercado onde há um grande número de compradores e
vendedores, de tal forma que cada um deles tem um impacto negligenciável sobre o
preço.

Procura, Oferta e Equilíbrio de Mercados

• Mercado: é uma instituição social que corresponde ou não a um lugar físico na qual os
bens e serviços, assim como os fatores produtivos, se trocam livre e voluntariamente.
– COMPRADORES
– VENDEDORES
• Os objetivos divergem diametralmente. Eles entendem-se e celebram acordos através de
um instrumento: o PREÇO.

É através do mercado que se adequam a oferta e a procura de cada bem, para um

determinado preço.

Modelo simples da oferta e da procura

• Abordagem marshalliana
• Análise estática de equilíbrio parcial: analisamos um só mercado referente a um
determinado
período de tempo – estudo da oferta e da procura de um bem, ignorando qualquer
impacte sobre outros mercados…

Estruturas de Mercado
Concorrência perfeita vs conc. imperfeita
• Conc. Perfeita: caraterísticas
• Conc imperfeita: (a) domínio da oferta (b) domínio da procura

• Concorrência Perfeita
– Produto homogéneo
– Mercado transparente (informação perf)
– Muitos compradores e muitos vendedores
– Compradores e vendedores são «price takers»
• Monopólio
– Um vendedor que tem controlo (poder de…) sobre o preço

• Oligopólio
– Poucos vendedores
– A concorrência pode ser agressiva ou não
• Concorrência Monopolística
– Muitos vendedores
– Diferenciação do produto
– Cada vendedor controla o preço do seu próprio produto

A Procura - Definição
➢ é o conjunto de atitudes típicas daquele que se dirige ao mercado para satisfazer as suas
necessidades, seja através da aquisição de um bem, seja pela utilização de um serviço. O
valor que atribui a um e a outro é essencialmente determinado pela utilidade que associa a
eles;
• ➢é a quantidade de produtos que as famílias e as empresas decidem comprar,
dada a relação que existe entre as suas limitações orçamentais e o nível de preços
daqueles produtos;

• ➢A procura define-se em termos de uma capacidade e uma disposição efetivas de

pagar …,

• ❑ Função da procura: de um consumidor de determinado bem recolhe a relação

existente entre a quantidade procurada do dito bem e o preço do mesmo; é a relação
definida entre o preço do mercado de um bem e a quantidade procurada desse bem,
mantendo-se todo o resto constante (ceteris paribus);

• ❑Curva da procura: é a representação gráfica da procura, o que evidencia a lei da

procura; é o lugar geométrico dos pontos de consumo desejados do bem, para cada nível
de preço.

• ❑ Lei da procura: é a relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade

procurada, isto é, se o preço do bem aumentar, a quantidade procurada desse bem varia
inversamente;

• ❑Lei da Procura Decrescente: quando o preço de uma mercadoria aumenta, ceteris

paribus, os consumidores tendem a consumir menos dessa mercadoria. De forma similar
quando o preço baixa, ceteris paribus, aumenta a quantidade procurada.

• ❑O declive da curva é negativo;

• ❑A lei da procura negativamente inclinada reflete dois efeitos fundamentais: o

efeito substituição e o efeito rendimento.

❑ Porque é que a quantidade de bem tende a diminuir com o aumento do preço? Ou vice-
versa?
✓ ✓Efeito substituição: quando o preço de um bem sobe, o consumidor
procura substituir o consumo desse bem, por outros produtos similares (ex.: se o preço
da carne de vaca sobe, substitui por frango, o que faz diminuir a quantidade procurada
da carne de vaca…);

✓ ✓Efeito rendimento: quando o preço sobe, o consumidor ficará mais pobre

do que anteriormente, pois para obter a mesma quantidade de bem precisamos de
utilizar mais quantidade de moeda. Desta forma, o aumento do preço do bem, através
deste efeito, significa que vamos diminuir tanto a quantidade do bem em questão, como
a quantidade dos demais bens.

Curva da Procura de Mercado

• Curva da Procura de Mercado: mostra a quantidade total de um bem que será
procurada a cada preço alternativo, «ceteris paribus».
• Lei da Procura
A Curva da Procura tem inclinação negativa

Variações da Procura versus Variações na Quantidade Procurada

❑ É importante diferenciar entre variações na procura e variações na quantidade

procurada:
✓ A variação na procura ocorre quando se verifica deslocações da curva para a direita
(aumento da
procura) ou para a esquerda (diminuição da procura) resultante de alterações nas
variáveis (rendimento, preço de outros bens, preferências....) que não o preço.

✓ ✓A variação na quantidade procurada ocorre quando se verifica uma

mudança no preço do bem em causa. Aqui, as deslocações ocorrem ao longo da curva (a
curva não se move).

Determinantes da Procura
• Rendimento
– Bens Normais
– Bens Inferiores
• Preços dos Bens relacionados
– Bens Substitutos
– Bens Complementares
• Publicidade e Gostos dos consumidores
• População
• Expectativas dos Consumidores
Alteração no preço de um bem substituto
• Quando o preço da coca-cola aumenta, a procura da Pepsi (bem substituto) aumenta

Alteração de um bem complementar

• Quando o preço dos DVDs aumenta, a procura dos leitores de DVDs (bem
complementar) diminui

Rendimento e Procura: bens normais

• Um bem é normal se a sua procura aumenta em resposta ao aumento do rendimento,
ceteris paribus.
Rendimento e Procura: bens inferiores
• Um bem é inferior se a sua procura diminui em resposta ao aumento do rendimento,
ceteris paribus.

Procura e nº de consumidores
• O aumento do número de consumidores faz aumentar a procura do bem, ceteris paribus.

Expectativas
• A expectativa de um aumento do preço no futuro faz aumentar a procura actual do bem,
ceteris paribus.
• A expectativa de uma diminuição do preço no futuro faz baixar a procura actual do bem,
ceteris paribus.
• A expectativa de um aumento do rendimento no futuro faz aumentar a procura actual
do bem, ceteris paribus.
• A expectativa de uma diminuição do rendimento no futuro faz baixar a procura actual
do bem, ceteris paribus.

Função procura:
Ex. Qd = 10 - 2P

Função inversa da procura: formulário

OFERTA

Oferta - definição
• ➢conjunto de atitudes típicas daquele que se dirige ao mercado para lá entregar
um bem ou prestar um serviço, que ele avalia, essencialmente, em função do custo, isto
é, do esforço ou do custo de oportunidade que para ele representou.

❑ A função de oferta e a curva de oferta de um bem mostra a relação entre o seu preço de
mercado e a quantidade dessa mercadoria que os produtores estão dispostos a produzir a
vender, mantendo-se o restante constante.
• Curva da oferta: é o lugar geométrico dos pontos de produção e venda desejados do
bem, para cada nível de preços.
• Lei da oferta positivamente inclinada: é o resultado da lei dos rendimentos decrescentes.
Assim, para aumentar a produção temos de aumentar os fatores empregues. Mas, como há
sempre alguns que são constantes, o custo unitário de produção vai aumentar.

Curva da Oferta de Mercado

• Curva que indica a quantidade total de um bem que os produtores estão dispostos a
produzir aos vários preços alternativos, ceteris paribus.

• Declive positivo

Determinantes da Oferta
• Preço dos Factores
• Tecnologia
• Regulação
• Número de empresas
– Entrada
– Saída
• Substitutos na Produção
• Impostos
• Expectativas dos Produtores

Variações da Oferta versus Variações na Quantidade Oferecida

❑ É importante diferenciar entre variações na oferta e variações na quantidade oferecida:
✓ A variação na oferta ocorre quando se verifica deslocações da curva para a direita
(aumento da
oferta) ou para a esquerda (diminuição da oferta) resultante de alterações nas variáveis
(tecnologia,
preço de outros bens, preferências....) que não o preço.

✓ ✓A variação na quantidade oferecida ocorre quando se verifica uma

mudança no preço do bem em causa. Aqui, as deslocações ocorrem ao longo da curva (a
curva não se move).

Função oferta
Ex. Qs = 10 + 2P

Função inversa da oferta: formulário

Equilíbrio de Mercado
A um dado preço a quantidade procurada iguala a quantidade oferecida: Estabilidade
Equilíbrio e Mecanismo de Ajustamento
• Equilíbrio: a Economia está em equilíbrio quando nos encontramos numa situação em
que não há forças inerentes que incitem à mudança.
• Equilíbrio de mercado: as forças da oferta e da procura operam através do mercado para
produzir um equilíbrio de preço e de quantidade. Assim, o equilíbrio de mercado
verifica-se com o preço e a quantidade com que as forças da oferta e da procura se
equiparam.

• Preço de equilíbrio: é aquele para o qual a quantidade procurada é igual à quantidade

oferecida (quantidade de equilíbrio) - intersecção das curvas da procura e da oferta.
• Preço e quantidade de equilíbrio: ocorrem quando o montante que se deseja fornecer
iguala o montante que se deseja consumir. Num mercado concorrencial, este equilíbrio
encontra-se na intersecção das curvas da procura e da oferta. Ao preço de equilíbrio não
existem nem escassez nem excedentes (tanto na perspectiva da procura como da oferta).

• Formação do equilíbrio:
– A procura e a oferta representam duas forças simétricas relativamente ao preço, isto é,
apresenta uma correlação direta e uma correlação inversa.
– Contudo, pode dar-se o caso da interceção, isto é, de haver uma situação em que a um só
preço corresponde a mesma quantidade oferecida e procurada, significando que a oferta e
a procura estão dispostas, por coincidência, a responder com as mesmas quantidades à
solicitação daquele preço.

• Assim, isto quererá dizer:

– A um preço superior os vendedores estariam dispostos a transacionar mais bens e
serviços do que aqueles que os compradores estariam dispostos a adquirir:
– A um preço inferior, a situação inverter-se-ia;
– Não seria possível transacionar uma quantidade superior, porque isso reclamaria,
simultaneamente, por uma subida de preços para incentivar o aumento da produção e
uma diminuição de preços para incentivar o aumento do consumo;

• Não seria possível transacionar uma quantidade inferior porque isso pressuporia uma
simultânea queda de preços, de desincentivaria a produção e uma subida de preços que
restringisse o consumo.
• Assim, o ponto de equilíbrio é um ponto de estabilidade, porque é o único que garante.

⇢ se o preço é demasiado baixo há excesso de procura

⇢ se o preço é demasiado alto há excesso de oferta

Equilibrio
Qd = Qs

Elasticidade: conceito
• Elasticidade - medida da sensibilidade de uma variável a alterações noutra variável. Esta
medida é definida como um rácio que compara a variação percentual de uma variável
com a variação percentual da outra variável.

• Elasticidade: é a amplitude da reação dos agentes económicos à alteração de condições

fundamentais da sua atividade, ou seja, reação às variações das condições dos mercados e
às resultantes flutuações de preços dos produtos ou de rendimento de fatores.
• A elasticidade expressa uma relação entre duas variáveis relacionadas funcionalmente.

Elasticidade Preço da Procura

• É a sensibilidade da quantidade procurada de um bem às variações do preço do bem,
mantendo-se todo o resto constante. É a variação da quantidade procurada dividida pela
variação percentual no preço.
• Coeficiente elasticidade preço da procura (Ep) - razão entre a variação percentual da
quantidade procurada de um bem e a variação do seu preço em 1%, mantendo-se
constante todos os demais fatores que afetam a quantidade procurada.

• 2 aspectos importantes:
– Sinal:
• o sinal positivo ou negativo traduz a existência de uma relação directa ou inversa entre
as variáveis que estamos a considerar;
– Magnitude:
• é importante verificar se a elasticidade é maior ou menor do que 1, em valor absoluto,
pois é isso que nos permite concluir acerca da sensibilidade de uma variável a alterações
na outra variável.

• A elasticidade-preço da procura medida da sensibilidade da procura de um bem a

alterações no preço desse bem.
• É extremamente importante para o gestor, uma vez que lhe permite prever e quantificar
o efeito de alterações no preço do bem ou na quantidade produzida sobre as receitas da
empresa.

De acordo com a Lei da Procura é sempre negativa.

É interpretada em valor absoluto.
Elástica: E > 1
Unitária: E = 1
Inelástica: E < 1

Elasticidade Preço da Procura - Classificação

• Procura elástica: quando a variação de 1% no preço corresponde uma variação superior
a 1% na quantidade procurada (procura elástica em relação ao preço);
• Procura rígida: quando a variação de 1% no preço corresponde uma variação inferior a
1% na quantidade procurada (procura rígida em relação ao preço);
• Procura de elasticidade unitária: quando a variação de 1% no preço corresponde uma
variação de 1% na quantidade procurada (procura unitária em relação ao preço);

Determinantes:
• Natureza das necessidades que satisfaz o bem: o grau em que o bem é de primeira
necessidade ou um bem supérfluo;
• A disponibilidade de bens substitutos; a quantidade de bens que podem substituir o
bem em questão;
• O tempo necessário para uma resposta; o período de tempo considerado;
• A importância relativa de um bem no orçamento do consumidor:
A promoção do rendimento gasto no bem

Cálculo da elasticidade entre dois pontos: o método do ponto médio (elasticidade no arco)
- formulário

Cálculo numérico: elasticidade num ponto; ex. Ponto de equilíbrio - formulário

Relação com o declive

• Para quaisquer duas curvas de procura que se cruzam num ponto, nesse mesmo ponto
(ou, seja, para o mesmo preço e a mesma quantidade) a curva da procura mais elástica é
a menos inclinada.

Elasticidade-preço e receita total

• Quando o vendedor aumenta o preço de um bem, geram-se dois efeitos contrários
(exceto nos casos raros em que a procura é perfeitamente inelástica ou perfeitamente
elástica):
– Efeito preço: se o preço aumenta, cada unidade vai ser vendida a um preço mais alto – a
receita total tende a subir.
– Efeito quantidade: se o preço aumenta, vai vender menos unidades do bem – a receita
tende a diminuir.

Elasticidade e receita total

• Se a procura do bem é elástica, o aumento do preço faz baixar a receita total.
– Neste caso, o efeito quantidade é mais forte que o efeito preço.
• Se a procura do bem é inelástica, o aumento do preço faz aumentar a receita total.
– Neste caso, o efeito preço é mais forte que o efeito quantidade.
• Se a procura do bem é unitariamente elástica, o aumento do preço não faz variar a
receita total.
– neste caso, os efeitos preço e quantidade compensam-se.
Elasticidade Rendimento da Procura
• É a variação percentual na quantidade procurada dividida pela variação percentual do
rendimento.
– A procura de um bem normal aumenta com aumentos de rendimento;
– A procura de um bem inferior aumenta com diminuição de rendimento

• Bem normal: apresenta uma elasticidade rendimento da procura positiva.

• Bem inferior: apresenta uma elasticidade rendimento da procura negativa.
• Bem de luxo: apresenta uma elasticidade rendimento da procura maior que 1 (um).
• Bem necessário (ou não de luxo): apresenta uma elasticidade rendimento da procura
menor que

Conclusão:
• Bens normais de luxo (valor da elasticidade: maior que 1).
O aumento da procura é mais do que proporcional ao aumento do rendimento, ou
a quebra na procura é mais do que proporcional à diminuição do rendimento.
• Bens normais (valor da elasticidade: entre 0 e 1).
O aumento da procura é menos do que proporcional ao aumento do rendimento,
ou a quebra na procura é menos do que proporcional à diminuição do rendimento
• Bens Inferiores (valor da elasticidade: abaixo de 0).
O aumento da procura resulta de uma diminuição do rendimento, ou a quebra na
procura decorre de um aumento de rendimento.

Determinantes
• Disponibilidade (e proximidade) de bens substitutos;
• Peso do bem no orçamento do consumidor;
• Se o bem é de 1ª necessidade ou um bem de luxo;
• Período de tempo: longo prazo vs curto prazo.

Elasticidade Cruzada da Procura

• Sensibilidade da quantidade procurada de um bem perante a variação de preços dos
bem com ele relacionados.
• Mede a influência de uma variação de preço de um bem, na quantidade procurada do
outro.
• A elasticidade cruzada da procura pode ser positiva ou negativa.

– Positiva: se a quantidade procurada do bem i aumenta quando aumento o preço do bem

j (ex.: aumento da procura do carvão face a aumentos do preço da gasolina: bens
substitutos).
– Negativa: quando o aumento do preço do bem j provoca uma diminuição na quantidade
procurada do bem i (ex.: aumento do preço da gasolina reduz a quantidade procurada de
automóveis: bens complementares).
Então:
• Dois bens são substitutos quando as suas elasticidades cruzadas da procura são
positivas;
• Dois bens são complementares quando as suas elasticidades cruzadas da procura são
negativas.

Elasticidade-Preço Cruzada da Procura

• Mede a sensibilidade da procura de um bem a alterações no preço de outro bem;
• Calcula-se como um rácio entre a variação percentual na quantidade procurada de um
bem e a variação percentual no preço do outro bem;
• Pode ter sinal positivo ou negativo – NÃO é interpretada em valor absoluto: o sinal diz-
nos se os bens são substitutos ou complementares.

Elasticidade - Rendimento da Procura

• Mede a sensibilidade da procura de um bem a variações no rendimento médio dos
consumidores;
• Calcula-se como um rácio entre a variação percentual na quantidade procurada de um
bem e a variação percentual no rendimento dos consumidores;
• Pode ter sinal positivo ou negativo – NÃO é interpretada em valor absoluto: o sinal é
importante, pois indica se o bem é normal ou inferior.

Conclusão:
• Bens complementares (valor da elasticidade cruzada: abaixo de 0). A quantidade
procurada de um bem diminui se o preço do outro aumenta, ou aumenta se o preço do
outro diminui.
• Bens independentes (valor da elasticidade cruzada = 0). A quantidade procurada de um
bem não varia em função das variações de preços do outro.

• Bens sucedâneos (substitutos imperfeitos) (valor da elasticidade cruzada entre 0 e

infinito). A quantidade procurada de um bem aumenta se o preço do outro aumenta, ou
reduz-se se o preço do outra diminui.
• Bens substitutos perfeitos (valor da elasticidade cruzada = infinito). A diminuição do
preço de um bem leva ao desaparecimento da procura do outro, ou o aumento de preço
de um bem leva ao surgimento, ou expansão infinita, da procura do outro.

Excedente do Consumidor
• Valor que os consumidores extraem do consumo de um bem e não tem como
contrapartida um pagamento.
• Diferença entre o valor que o consumidor atribui a cada unidade do bem que consome (a
sua disponibilidade a pagar) e o montante (preço) que tem de gastar para a obter.
• A disponibilidade a pagar de um consumidor por um bem corresponde ao preço
máximo a que esse consumidor irá comprar esse bem.

Disponibilidade a pagar e Excedente do consumidor

• O Excedente do Consumidor Total é a soma dos excedentes de cada um dos
consumidores individuais.
• O termo “excedente do consumidor” pode ser usado para designar quer o excedente de
um consumidor individual, quer o excedente total dos consumidores

⇢ O excedente total do consumidor que é gerado pelas compras de um bem é aproximado

pela área abaixo da curva da procura e acima do preço.

Excedente do consumidor: efeito de alterações no preço

A diminuição do preço de um bem faz aumentar o EC por duas vias:

• Um ganho para os consumidores que já compravam o bem a um preço mais alto
• Um ganho para os novos consumidores, persuadidos pelo preço mais baixo

Excedente do Produtor e Curva da Oferta

• O custo de um potencial vendedor é o menor preço a que está disposto a vender um
bem.
• O excedente do produtor individual é o ganho líquido para o vendedor da venda de um
bem – é igual à diferença entre o preço recebido e o custo do vendedor.
• O excedente total do produtor num mercado é a soma dos excedentes de produtores
individuais de todos os vendedores de um bem.

⇢ o excedente do produtor resultante da venda de um bem a um dado preço é

aproximado pela área acima da curva da oferta e abaixo desse preço

Alterações no Excedente do Produtor

• O excedente do produtor, para cada unidade vendida, é a diferença entre o montante
que os produtores recebem por cada unidade vendida e o montante mínimo necessário
para que estejam dispostos a oferecer o bem.
• Quando o preço de um bem aumenta, o excedente do produtor aumenta por duas vias:
1. O ganho dos vendedores que vendiam o bem a um preço inferior e que agora vendem a
um preço mais alto.
2. O ganho dos que são induzidos a oferecer o bem a um preço mais alto.

Excedente Total

Eficiência e perda de bem-estar

• O excedente total gerado num mercado corresponde ao ganho líquido total para os
consumidores e para os produtores por fazerem as transações no mercado. É a soma dos
excedentes do consumidor e do produtor.
• Os conceitos de excedente do consumidor e de excedente do produtor são úteis para
compreender porque é que os mercados são uma forma eficiente de organizar a
atividade económica.

Eficiência do mercado
• O Excedente total é máximo quando o mercado competitivo está em equilíbrio.
• Em equilíbrio, o mercado afeta o consumo do bem entre potenciais consumidores e as
vendas
do bem entre potenciais vendedores de uma forma que garante o maior ganho possível
para a sociedade.
• Qualquer desvio do equilíbrio reduz o excedente total.

• Há que considerar 3 limitações do equilíbrio do mercado:

• O resultado do mercado pode ser eficiente, mas isso não significa que seja justo
(equitativo);
• O mercado, por vezes, tem “falhas”: há circunstâncias em que o funcionamento do
mercado não conduz a um resultado eficiente:
• Externalidades
• Bens públicos.
• Mesmo quando o excedente total é maximizado, não significa que o resultado seja o
melhor para todos os consumidores e produtores individuais do bem

Eficiência vs equidade
Em muitos casos existe um trade-off entre equidade e eficiência:
• Políticas que promovem a equidade frequentemente têm custos em termos de perda de
eficiência.
• Políticas que promovem a eficiência resultam, frequentemente, em perda de equidade.

Intervenção do Estado
Quotas/restrições às quantidades e licenças
Fixação de preços máximos
Fixação de preços mínimos

Controlo de Preços
Preços máximos
Preços mínimos

Restrições de Preços
 Porquê?
• O preço de equilíbrio fixa-se no ponto onde a quantidade procurada iguala a quantidade
oferecida;
• Nem sempre agrada a consumidores e vendedores;
• Então, por vezes o Estado intervém regulando preços:
• Preço Máximo: Controle de Rendas
• Preço Mínimo: Salário Mínimo; Preços Garantidos (PAC)
• Normalmente o controle de preços tem efeitos previsíveis e indesejáveis.

Preço máximo
• Ineficiência:
• Diminuição do bem estar causada pela diminuição da quantidade transacionada em
relação à quantidade de equilíbrio
• Qualidade ineficientemente baixa
• Mercado negro
• Afetação ineficiente entre consumidores
• Desperdício de recursos (tempo, …)

Preço mínimo
• A fixação de um preço mínimo acima do preço do equilíbrio beneficia os produtores que
conseguem vender os seus bens, mas cria excessos de oferta persistentes, gerando
ineficiências.
• Fontes de ineficiência:
• Quantidade transacionada ineficientemente baixa;
• Afetação ineficiente das vendas entre os vendedores;
• Desperdício de recursos;
• Tentação de violar a lei e vender a um preço inferior ao preço mínimo.

Controlo de quantidades
Limites às Quantidades Transacionadas
•Quota – limite máximo da quantidade de um bem ou serviço que pode ser transacionada
(comprada e vendida);
•Normalmente, o Estado limita a quantidade transacionada do bem através da emissão de
licenças;
• Licença – dá a quem a detém o direito de vender o bem ou serviço.
• Ex: licenças para táxi; quantia máxima de moeda estrangeira que se pode comprar;
quantidade máxima de ameijoa que se pode apanhar; (…)

⇢A quota elimina a possibilidade de serem efectuadas trocas mutuamente vantajosas, logo

cria
uma perda líquida de bem-estar que pode ser medida pelo triângulo à esquerda (peso
morto)
Limites às Quantidades Transacionadas
• Preço da procura (PD)de uma determinada quantidade – preço que os consumidores
estão dispostos a pagar por essa quantidade do bem ou serviço;
• Preço da oferta (PS) de uma determinada quantidade – preço a que os vendedores estão
dispostos a vender essa quantidade.
• Por causa da imposição de um limite máximo à quantidade transacionada PD > PS
.
• Os consumidores pagam PD, mas os vendedores só recebem PS. Quem ganha esta
“renda”?
• As licenças são distribuídas de forma a que, no total, sejam feitas 8 milhões de viagens –
mercado das licenças.
• Preço de cada licença = (PD− PS)Qi

• Tal como os controles de preços, os controles das quantidades têm custos associados:
• A quantidade transacionada diminui – reduz os excedentes do consumidor e do
produtor – perda de eficiência ou «peso-morto» da imposição de quotas máximas.
• Encoraja a atividade ilegal.