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FUNIBER- Fundação Universitária Iberoamericana

Nome completo: Silva Augusto Jessé


DD122 – Normas Internacionais de Contabilidade (NIC)

RESOLUÇÃO DO CASO PRÁTICO

CASO 1- PROBLEMÁTICA CONTÁBIL DO RECONHECIMENTO DE RECEITAS.


A empresa Mueble S.A., dedicada à venda de móveis de luxo, tem a seguinte oferta para um
conjunto de sofá de couro. A oferta consiste na possibilidade de os sofás poderem ser pagos
com efetivo, por 5.000 €, e ainda em 24 cómodas parcelas mensais de 250 € cada uma, sendo
a oferta válida para todas as compras entre setembro e dezembro de 2010.

Portanto, ao ser escolhido o pagamento a prazo, devem- se pagar 6.000 € no total durante 2
anos, e no caso de se escolher o pagamento imediato, pagam- se 5.000 € no ato.

R/ O pronunciamento contábil 47 originou mudanças profundas no método de reconhecimento


de receitas de uma empresa. O método estabelecido pelo CPC 47 para que a receita seja
reconhecida é: identificação do contrato; identificação das obrigações de desempenho;
determinação do preço de transação; alocação do preço de transação e o
reconhecimento da receita. IAS 18, Reconhecimento de Receita Ordinária, esta norma foi
aprovada em 1982, na sua abrangência inclui a venda de produtos, relacionando então com o
caso em questão (venda de sofás de couro). Usando como termo (produtos), refere- se
àqueles produzidos para serem colocados à venda. Venda, como adquiridos para revenda
(NCS, NIC- Internacional Accounting Standards). A empresa Mueble S.A, dedica- se à venda
de móveis de luxo, não fala de fabricação, sem no entanto, o IAS 18 contempla seu escopo.
Em termos de actos de comércio, a empresa tem a liberdade para escolher o tipo de desconto
que pode aplicar ao fazer pagamento em dinheiro conforme o caso, se o comprador decidir
cancelar o produto durante pagamentos mensais fixos por dois anos, acabará pagando 20% a
mais do que pagaria se pagasse com a opção de pagamento em dinheiro.

Vendas de sofás de couro


Pagamento em dinheiro 5.000 €
Pagamentos diferidos Meses Quota mensal Pagamento total Aumento
24 250 € 6.000 € 20%
CASO 2- AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
Uma empresa possui a seguinte informação sobre seus estoques de mercadorias:
Custo
Unitário Custo de Custo Unitário
Unidades Preço Unitário de
Partida de Aquisição de Venda (€/
Físicas (U.F) Venda (€/U.F.)
Aquisição (€) U.F.)
(€/U.F.)
Mercadorias A 200 1.40 280 1.10 0.00
Mercadorias B 500 2.30 1.150 3.10 0.30
Mercadorias C 400 1.70 680 1.75 0.25

Como se realizarão os cálculos das três partidas de mercadorias, caso correspondam a


produtos diferentes e não relacionados?
R: IAS 2, refere- se sobre inventários, e o mesmo refere-se ao valor realizável líquido que se
refere ao montante líquido que a entidade espera obter com a venda de estoques (NCS, IAS-
Normas Internacionais de Contabilidade). A correlação de avaliação é a diferença entre o
custo de aquisição e o valor realizável líquido; já o valor realizável líquido = Unidades físico *
(preço unitário de venda – custo unitário de venda)

Património líquido Correlação


Partida
realizável avaliativo
Mercadorias
A 220 € 60 €
Mercadorias
B 1.400 € -250 €
Mercadorias
C 600 € 80 €
Totais 2.200 € 140 €

Fazendo uma análise ou interpretação dos resultados, para o produto B, na correlação


avaliativo mostra-nos o valor negativo, ou seja, o resultado deu um saldo negativo uma vez que
o valor realizável líquido é maior que o do custo de aquisição.
Segundo os dados acima apresentados, vimos que o total do valor líquido realizável dos três
produtos equivale a 2.200 €, valor este que também é superior ao custo de aquisição.
Entretanto, para o produto B, que se fizesse uma correção ao saldo negativo, e na
demonstração de resultados uma despesa seria lançada.

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CASO 3- IMOBILIZADO MATERIAL (REAVALIAÇÃO)
No final do ano N5, a entidade E procedeu à reavaliação de seus terrenos e imóveis em seus
estados financeiros consolidados, formulados em conformidade com as NIFs. A 31/12/N,
permanecem ainda em seu balanço os elementos do imobilizado material que figuram no
seguinte quadro:
VALOR AMORTIZAÇ
ÃO
ACUMULAD
O AO FINAL DOTAÇÃO PARA A AMORTIZAÇÃO EM
DE N N
Nature depois Depois
za do Não antes da da antes da da
elemen reavaliad Reavaliado reavaliaç reavaliaç reavaliaç reavaliaç
to o ao final de N ão ão ão ão
Terren 2.500.00
o 0 3.000.000 - - - -
20.000.0 7.500.00 4.166.66
Imóvel 00 25.000.000 0 6 500.000 833.333

*Adquirindo no final de N – 15 amortização linear em 40 anos.


Amortização até a data de reavaliação:
20.000.000 * 10/40 = 5.000.000
Valor em livros à data da reavaliação:
20.000.000 – 5.000.000 = 15.000.000
Amortização a partir da data de reavaliação até 31/12/N:
25.000.000 * 5/30 = 4.166.666
Dotação da amortização em N: 25.000.000 * 1/30 = 833.333

Para simplificar, suponha-se que o valor em livros reavaliado a 31/12/N se aproxima do valor
razoável dos bens nessa data e que não é necessária qualquer nova realização.
Indique os assentos contábeis de repressão necessários para se levar em conta os efeitos
da reavaliação a 31/12/N (aplicação das NIIFs).
Nesse caso prático, serão ignorados os efeitos dos impostos diferidos.

R/ Para darmos solução à situação colocada, utilizaremos como suporte a IAS 16 Activos
Fixos Tangíveis, que na qual o ativo reconhecido deve ser contabilizado pelo seu justo
valor no momento da reavaliação, deduzido da amortização acumulado e o valor acumulado
das perdas por imparidade (NCS, NIC – Normas Internacionais de Contabilidade).

Terreno
Saldo por reavaliação
4
3.000 – 2.500 = 500 €
Propriedade
Saldo por reavaliação
25.000 – (20.000 5.000) = 10.000 €
Amortização no 5N
Acumulado 4 anos – pendente = 333,33 * 4 = 1.333,32 €
Suplemento de doação ano N = 833,33 – 500 = 333,33 €

Registo de movimentos contabilísticos


Designação Débito Crédito
Terreno 500.00 €
Saldo de reavaliação 500.00€
Propriedade 5.000.00 €
Amortização
acumulada 5.000.00 €
Saldo em 10.000.00
reavaliação €
Reservas 1.332.32 €
Amortização
acumulada 1.332.32 €
Pessoal-Amortizado 333.33 €
Amortização
acumulada 333.33 €
12.166.65 12.166.65
Totais € €

CASO 4- IMOBILIZADO MATERIAL (PERMUTA)


Uma empresa adquire um elemento de transporte em 1º de janeiro do ano 1 com estas
condições:
 Preço de aquisição: 60.000 €
 Vida útil: 8 anos
 Valor residual: nulo
No princípio de janeiro do ano 3, a empresa troca esse veículo por uma máquina,
estimando- se o valor razoável de ambos os elementos em 50.000 €.
Contabilize essa operação segundo os critérios estabelecidos na normativa internacional.

R/ Para a solução desta questão, novamente nos baseamos na IAS 16 Ativos Fixos
Tangíveis, onde se especifica que o custo do referido item de ativo imobilizado deve ser
mensurado pelo valor justo, a menos que a transação de troca não de natureza comercial ou

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a mensuração do justo valor deste ativo não é fiável (NCS, IAS – Normas Internacionais
de Contabilidade).

Data Conta Débito Crédito


31/12/20X Amortização de ativos tangíveis
1 (60.000/8) € 7.500.00  
31/12/20X Depreciação acumulada Elemento de
1 transporte   € 7.500.00
31/12/20X Amortização de ativos tangíveis
2 (60.000/8) € 7.500.00  
31/12/20X Depreciação acumulada Elemento de
2 transporte   € 7.500.00
31/12/20X €50.000.0
3 Máquinas 0  
31/12/20X Depreciação acumulada Elemento de €15.000.0
3 transporte 0  
31/12/20X €60.000.0
3 Elementos de transporte   0
31/12/20X
3 Lucro de troca de ativos   € 5.000.00
€80.000.0 €80.000.0
Totais 0 0

CASO 5- DETERMINAÇÃO DO CUSTO DE UM IMOBILIZADO MATERIAL


No final do exercício 1, uma empresa adquiriu um novo imobilizado material, realizando os
seguintes pagamentos com relação a ele:
Custos segundo a relação de preços do 18.000 €
vendedor
Desconto acordado (1.500 €)
Gastos com distribuição 150 €
Gastos com instalação 300 €
Gastos com manutenção 450 €
Componente adicional para incrementar 600 €
sua capacidade
Componentes de reposição 375 €

Determinar o valor do custo desse imobilizado segundo a NIC 16, justificando- o.


R/

Designação Valor
Custos segundo a relação de preços do vendedor 18.000 €
Desconto acordado (1.500 €)

6
Gastos com distribuição 150 €
Gastos com instalação 300 €
Componente adicional para incrementar sua
capacidade 600 €
Custos totais de aquisição 17.550.0 €

No sentido de determinar o custo de ativos fixos, é necessário incluir seu preço de


aquisição, descontos comerciais e outros custos diretamente relacionados à localização do
activo no local e custos de instalação para que ele possa operar. Além disso, no IAS 16
Ativo Imobilizado, item 20: os reconhecimentos de custos no valor contábil de um item do
activo imobilizado terminarão quando o item está no local e nas condições necessárias para
operar na forma fornecida pela administração, nesse caso, os custos incorridos pela
utilização ou pelo reagendamento da utilização de um elemento não são incluídos no valor
contábil do correspondente item. Por exemplo, os seguintes custos não devem ser incluídos
no valor contábil de um item de activo fixo tangível:
 Custos incorridos quando um item, capaz de operar da maneira pretendida pela
administração, quando não começou a ser utilizado ou está operando abaixo de sua
capacidade total.
 Perdas operacionais iniciais, como as incorridas à medida que a procura pelos
produtos se desenvolve produtos feitos com o elemento.
 Custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as participações da
entidade.

CASO 6- VALOR AMORTIZÁVEL E CONSTATAÇÃO DE UMA DETERIORAÇÃO DE


VALOR
A 31/12/N a entidade F reconheceu no ativo 100.000 € de gastos com desenvolvimentos
relativos a seu projeto. Ao fechamento do exercício N, cumprem-se todos os requisitos que
permitem a ativação. Hipoteticamente, o projeto começará a ser aplicado em 1/01/N +1 e em
uso durante um período de 10 anos.
Custos do ativo intangível: 100.000 €
Valor residual: 0
Data de finalização. 1/01/N + 1
A 1/01/N-i-1, o quadro de amortização do projeto é o seguinte:

ANO AMORTIZAÇÃO (€) VALOR EM LIVROS (€)


31/12/N+1 10.000 90.000
31/12/N+2 10.000 80.000
7
31/12/N+3 10.000 70.000
31/12/N+4 10.000 60.000
31/12/N+5 10.000 50.000
31/12/N+6 10.000 40.000
31/12/N+7 10.000 30.000
31/12/N+8 10.000 20.000
31/12/N+9 10.000 10.000
31/12/N+10 10.000 0.00

A 31/12/N+3, põe-se em funcionamento um procedimento alternativo (a um custo inferior)


por outra entidade do grupo M. o valor recuperável do projeto activado é estimado por
especialistas internos em 63.000 €. Por ser o valor em livros do projeto activado de 70.000
€, regista-se nas contas da entidade F uma perda de valor de 7.000 €. A entidade F
pretende utilizar seu procedimento até o fim de sua vida útil, e não modifica, em
consequência, o período de amortização inicialmente considerado.
Como são reconhecidas as deteriorações de valor? Que ocorre com o plano de
amortização?

R/ Para a dar resposta às questões, vamos cingir-nos na IAS 36 sobre Imparidade de


Activos, a mesma norma estabelece que “ A quantia em livros de um activo será reduzida
ao seu valor recuperável se, e somente se, esse valor recuperável for menor que o valor
contábil, sendo denominada redução por perda de valor”, nesse caso ao diminuir o valor do
bem em 7.000 €, o valor da amortização futura deve ser reduzido, devido ao em curso no
terceiro ano.

Amortização do projecto
 Para o 3º ano
 10.000 + 7.000 = 17.000 €
O saldo de 63.000 € é reflecte-se na contabilidade no terceiro ano, depois do 4º ano a
amortização durante a vida útil restante: 63.000 / 7 = 9.000 €

ANO AMORTIZAÇÃO (€) VALOR ESCRITURADO (€)


31/12/N4 9.000 54.000
31/12/N5 9.000 45.000
31/12/N6 9.000 36.000
31/12/N7 9.000 27.000
31/12/N8 9.000 18.000
31/12/N9 9.000 9.000
31/12/N10 9.000 0.00
31/12/N11 10.000 20.000

8
31/12/N+9 10.000 10.000
31/12/N+10 10.000 0.00

ANO AMORTIZAÇÃO (€) VALOR EM LIVROS (€)


31/12/N1 10.000 90.000
31/12/N2 10.000 80.000
31/12/N3 17.000 63.000
31/12/N4 9.000 54.000
31/12/N5 9.000 45.000
31/12/N6 9.000 36.000
31/12/N7 9.000 27.000
31/12/N8 9.000 18.000
31/12/N9 9.000 9.000
31/12/N10 9.000 0.00
  100.000  

Bibliografia

Welink Accountants. (s.d.). Welink Accountants. Obtido de Welink Accountants:


https://www.welinkaccountants.pt/blog/normas-internacionais-
contabilidade#:~:text=As%20Normas%20Internacionais%20de%20Contabilidade
%20s%C3%A3o%20um%20conjunto,consistentes%2C%20mas%20podem%20ser
%20comparadas%20al%C3%A9m%20fronteiras%20internacionais.

NC. (s.d.). CNC. Obtido de CNC:


http://www.cnc.min-financas.pt/_siteantigo/sitecnc_IAS2.htm

Funiber. (S.d). Normas Internacionais de Contabilidade. Espanha. Inédito.

Jornal Oficial da União Europeia. (14 de novembro de 2007). Normas Internacionais de


Contabilidade (NIRF). Jornal Oficial da União Europeia. Obtido em 30 de junho de
2023, de https://eur-lex.europa.eu/resource.html?uri=cellar:70e51faf-730d-4252-
88c5-c986cdc427da.0018.01/DOC_92&format=PDF

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