Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONTRATOS EM ESPÉCIE
1. BILATERAL: existência de direitos e deveres entre as partes, que são credoras e devedoras entre si.
2. ONEROSO: ocorrerem sacrifícios patrimoniais para ambas as partes.
3. CONSENSUAL (regra): se aperfeiçoa com a manifestação da vontade das partes, sendo que a entrega da
coisa é exaurimento do contrato. Trata-se de contrato típico, uma vez que suas particularidades,
aplicabilidade e elementos são dados pela codificação privada.
4. SOLENE: a compra e venda pode ser negócio formal quando a lei exige solenidade para a realização do
contrato (solene) ou informal quando a lei deixa os contratantes livres (não solene).
1. COISA: é a própria obrigação do vendedor. Em geral, a coisa é corpórea, tangível, ocupa lugar no espaço
2. PREÇO: é a própria obrigação do comprador. Em geral, o preço é em dinheiro, mas se o vendedor aceitar,
pode ser pago mediante título de crédito. Caso haja outras despesas relativas ao contrato, como por
exemplo o transporte da coisa ou registro, a determinação legal é de que tais despesas são suportadas pelo
comprador, se não houver pacto entre as partes em contrário.
3. CONSENSO: é a necessidade de acordo mútuo entre as partes. No contrato de compra e venda, tal consenso
é comprovado através de escritura pública para que haja solenidade, salvo quando a lei dispensar.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1. A compra e vende não transfere o domínio e a propriedade, mas sim obriga o vendedor a transferir o
domínio da coisa, sob pena de inadimplência da obrigação.
2. A coisa móvel deve ser transferir por meio da TRADIÇÂO, de acordo com o Art. 1.226 do CC
3. A coisa imóvel será adquirida em virtude do registro no cartório de registro de imóveis, conforme Art. 1.227
do CC.
4. O único critério que a lei não permite é o livre-arbítrio de um só dos contratantes, sendo, inclusive,
considerado nulo o contrato que desobedecer a essa regra geral, conforme Art. 489 do CC.
5. A compra e venda entre descendentes e ascendentes é permitida, desde que cumpra alguns critérios como a
manifestação expressa dos outros descendentes e cônjuge. Caso não haja tal consentimento, o prazo para
questionar a anulabilidade é de 2 ANOS. É ANULÁVEL. Observar Art. 496 do CC.
6. NÃO PODEM SER COMPRADOS, ainda que em hasta pública – Art. 497 do CC:
a) Pelos tutores, curadores, testamentários e administradores, os bens confiados a sua guarda ou
administração.
b) Pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que
estejam sob sua administração direta ou indireta.
Impresso por Thaissa De Oliveira F Surigue Alves, CPF 145.409.387-03 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/04/2021 20:39:58
c) Pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça,
os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que
se estender a sua autoridade.
d) Pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
1. RETROVENDA
2. VENDA A CONTENTO E SUJEITA A PROVA
3. PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA
4. VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO
5. VENDA SOBRE DOCUMENTOS
CLASSIFICAÇÃO
OBSERVÇÕES IMPORTANTES:
1. A troca ou permuta não transfere o domínio e a propriedade, mas, sim, obriga os permutantes a transferir o
domínio da coisa, sob pena de responder por sua inadimplência.
2. Se a coisa for móvel, a transferência dar-se-á em virtude da tradição, se a coisa for imóvel, a aquisição ocorre
em virtude do registro no registro de Imóveis – Art. 1.226 e 1.227 do CC.
1. OBJETO DO CONTRATO E RELAÇÃO COM A COMPRA E VENDA: no sentido de bilateralidade, impõe-se que o
objeto da permuta sejam, no mínimo, dois bens que uma vez valorados se compensem. Não é admitido
qualquer situação de onerosidade excessiva, o que justifica a revisão ou resolução do negócio, de acordo
com o caso concreto.
2. AS RESTRIÇÕES À LIBERDADE DE CONTRATAR E CONTRATUAL NA TROCA OU PERMUTA: assim como ocorre
na compra e venda, verifica-se que a atividade desenvolvida pela pessoa exige uma relação de guarda ou
administração que seria incompatível com o contrato em questão. No mesmo sentido, são aplicadas as
regras relacionadas com os riscos sobre a coisa e, dependendo do caso, as regras e cláusulas especais da
compra e venda.
3. DESPESAS CONTRATUAIS: em regra, a há uma divisão em igualdade quando fala-se em despesas inerentes
ao contrato, mas pode haver convenção em contrário – Art. 533 do CC.
Impresso por Thaissa De Oliveira F Surigue Alves, CPF 145.409.387-03 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/04/2021 20:39:58
4. TROCA ENTRE ASCENDENTES E DESCENDENTES: a lei não exige consentimento dos demais descendentes
e/ou cônjuge em todas as situações práticas, mas somente naquelas em que os valores dos bens
permutados foram distintos.
5. NÃO PODEM SER PERMUTADOS, ainda que em hasta pública – Art. 497 do CC:
a) Pelos tutores, curadores, testamentários e administradores, os bens confiados a sua guarda ou
administração.
b) Pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que
estejam sob sua administração direta ou indireta.
c) Pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da
justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde
servirem, ou a que se estender a sua autoridade.
d) Pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
O contrato estimatório, traz na sua essência um contrato por meio do qual uma determinada pessoa,
denominada “consignante”, transfere ao outro contratante chamado “consignatório” bens móveis, para que este os
venda, pagando um preço; ou devolva os bens findo o contrato, dentro do prazo ajustado – Art. 534 do CC
1. BILATERAL: para uma corrente doutrinária e UNILATERAL para outra corrente, acreditando que, com a
entrega da coisa, e a consequente ocorrência do nascimento do contrato, deslocam-se todas as obrigações e
riscos para o consignatário, sendo as principais delas o pagamento do preço estimado ou a devolução da
coisa, o consignante aufere apenas benefícios, sem arriscar-se.
2. COMUTATIVO: as partes conhecem suas prestações previamente, sendo que há entendimento que tal
contrato pode ser REAL, necessitando a entrega da coisa para efeitos de aperfeiçoamento.
3. ONEROSO: pagamento de preço
4. NÃO SOLENE: contrato informal quanto à forma.
1. UNILATERAL: somente um dos contratantes assume obrigação, enquanto o outro adquire direitos.
2. GRATUITO: com relação às doações puras e simples, pois só há sacrifício patrimonial para uma das partes,
todavia, há divergência quanto às doações onerosas, entendendo a doutrina se tratar de contrato oneroso,
eis que ocorrem sacrifícios patrimoniais para ambas as partes.
3. CONSENSUAL: eis que se aperfeiçoa com a manifestação da vontade das partes, sendo que a entrega da
coisa é exaurimento do contrato.
4. SOLENE OU NÃO-SOLENE: quanto a exigência ou não da lei de formalidade no negócio.
5. CONTRATO TÍPICO: suas particularidades, aplicabilidade e elementos são definidos pela codificação privada.
ESPÉCIES DE DOAÇÃO
1. DOAÇÃO ENTRE ASCENDENTES E DESCENDENTES: A lei não proíbe esse tipo de negociação, apenas impõe
critérios: sob pena de anulabilidade (nulidade relativa) os demais descendentes e o cônjuge (nesse caso
dependendo do regime de bens) deverão expressar seu consentimento. Caso não se verifique o
consentimento, o prazo de anulação será de 2 ANOS. Destarte, por ser considerado adiantamento da
legítima, não é necessário o consentimento dos demais herdeiros para a doação, ou de um cônjuge a outro,
importa adiantamento do que lhes cabe por herança
2. DOAÇÃO ENTRE CÔNJUGES: é nula, se feita com relação aos bens da comunhão. Com relação aos bens
excluídos da comunhão, aplica-se o disposto no Art. 544 do CC.
3. DOAÇÃO FEITA POR PESSOA ADÚLTERA AO SEU CÚMPLICE: trata-se de uma hipótese de nulidade relativa,
eis que se não reclamada a anulabilidade, o contrato poderá convalidar – Art. 550 do CC
4. DOAÇÃO INOFICIOSA: doação nula quando à parte que exceder à de que o doador, no momento da
liberalidade, poderia dispor em testamento. Dessa forma, se o testador ou doador possui herdeiros
necessários apenas pode dispor de no máximo 50% dos seus bens. A nulidade atinge apenas a parte
inoficiosa – Art. 549 do CC.
5. DOAÇÃO DA TOTALIDADE DOS BENS: a doação universal, ou seja, a doação de todos os bens do doador sem
reserva de patrimônio mínimo para sua subsistência é nula (nulidade absoluta) – Art. 548 do CC.
6. INVALIDADE E REVOGAÇÃO: a doação pode ser nula ou anulável. Além das situações expressas
anteriormente, as hipóteses de nulidade absoluta podem ocorrer em relação aos requisitos gerais ligados a
todo ou qualquer contrato: incapacidade absoluta do doador, por ilicitude ou impossibilidade absoluta do
Impresso por Thaissa De Oliveira F Surigue Alves, CPF 145.409.387-03 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/04/2021 20:39:58
objeto e por desobediência à forma prescrita em lei. Quando à possibilidade de revogação de uma doação,
esta pode ocorrer:
a) INGRATIDÃO DO DONATÁRIO
b) INEXECUÇÃO DO ENCARGO
OBSERVAÇÃO: Como regra, a doação, como qualquer contrato, não pode ser revogada segundo a mera vontade do
doador. É irrevogável. Sob pena de provocar insegurança jurídica.
Contudo, admite-se, por exceção e nos casos legais, a revogação da doação, se ocorrer alguma das hipóteses
previstas no Código Civil. A revogação só é possível na doação pura e simples. As doações puramente
remuneratórias, as oneradas com encargo, as feitas em cumprimento de obrigação natural ou para determinado
casamento não podem ser revogadas por ingratidão (CC, art. 564).
O direito de revogar a doação pura e simples é personalíssimo, não se transmitindo aos herdeiros do doador,
nem prejudicando os herdeiros do donatário (CC, art. 560). Não obstante o direito seja personalíssimo, é possível a
sucessão processual. O prazo para a propositura da ação revocatória é de um ano, a contar do conhecimento pelo
doador do fato que a autorize (CC, art. 559)
1. BILATERAL: existência de direitos e deveres entre as partes, que são credoras e devedoras entre si
2. ONEROSO: eis que ocorrem sacrifícios patrimoniais para ambas as partes
3. COMUTATIVO: porque as partes conhecem antecipadamente suas prestações
Impresso por Thaissa De Oliveira F Surigue Alves, CPF 145.409.387-03 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/04/2021 20:39:58
4. CONSENSUAL: eis que se aperfeiçoa com a manifestação da vontade das partes, sendo que a entrega da
coisa é exaurimento do contrato
5. SOLENE OU NÃO SOLENE: quanto a exigência ou não da lei de formalidade no negócio
6. TIPICO: A aplicabilidade e elementos são definidos pela codificação privada
1. LOCADOR: entregar ao locatário a coisa alugada, manter a coisa alugada no mesmo estado e garantir o uso
pacífico da coisa etc.
2. LOCATÁRIO: servir-se da coisa locada para o fim contratado, tratar a coisa alugada como se sua fosse, com
selo e cuidado, pagar pontualmente o aluguel, levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros,
restituir a coisa, ao término da locação, no estado em que a recebeu etc.
O comodato, enquanto espécie do gênero empréstimo, é um negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega
uma coisa a outra bem infungível, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver a coisa emprestada. O contrato de
comodato consiste no empréstimo de bens infungíveis e inconsumíveis, daí serem chamados de empréstimos de
uso.
1. COMODANTE: aquele que empresta o bem, que será considerado possuidor indiretos
2. COMODATÁRIO: aquele que recebe o bem emprestado, nesse caso será o possuidor direto. A
responsabilidade do comodatário pela perda ou deterioração do bem depende de comprovação de sua
culpa ou dolo, com exceção do preceituado no Art. 583 do CC.
1. MUTUANTE: aquele que empresta a coisa. Há necessidade que seja o proprietário do bem, já que o mútuo é
um contrato translativo da propriedade
2. MUTUÁRIO: aquele que recebe o bem para consumo, assume a obrigação de restituir não o exato bem que
recebeu, mas sim outro da mesma espécie e na mesma quantidade e qualidade.
1. GRATUITO OU ONEROSO: No mútuo oneroso, o mutuário deve restituir não apenas a mesma espécie e
mesma quantidade do bem emprestado, mas também os juros.
2. UNILATERAL OU BILATERAL
3. TÍPICO
4. NÃO SOLENE
5. REAL: eis que é necessária a entrega da coisa para efeitos de aperfeiçoamento do contrato – Art. 586 do CC
OBSERVAÇÃO: Por ocorrer a transferência da propriedade, os riscos decorrentes da perda ou deterioração da coisa
são do mutuário desde a tradição (artigo 587 do CC). Apesar de ser contrato translativo de domínio, o mútuo não é
um contrato de alienação.
Comodato Mútuo
Negócio jurídico por meio do qual uma das partes, chamada prestador, se obriga a realizar uma atividade em
benefício de outra, denominada tomador, mediante remuneração. Trata-se de uma modalidade contratual aplicável
a qualquer tipo de atividade lícita, seja manual, intelectual, conforme Art. 594 do CC
O objeto da prestação de serviços será uma obrigação de fazer, ou seja, a prestação de atividade
considerada lícita, não vedada pela lei e pelos bons costumes, realizada pela conduta humana aproveitada por
outrem, e que pode ser material ou imaterial.
Se o executor não for contratado para certo e determinado trabalho, entender-se-á que sua obrigação diz
respeito a todo e qualquer serviço compatível com as suas forças e condições – Art. 601 do CC.
“não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição, segundo o
costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade”.
A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por convenção, ou costume, não houver de ser
adiantada, ou paga em prestações – Art. 597 do CC. Em regra, essa remuneração é em dinheiro, mas nada obsta que
parte dela seja em alimentos, vestuário e etc.
Por meio desse negócio jurídico, uma das partes – empreiteiro ou prestador – obriga-se a fazer ou a mandar
fazer determinada obra, mediante uma determinada remuneração, a favor de outrem – dono de obra ou tomador.
Mesmo sendo espécie de prestação de serviço, com esse contrato a empreitada não se confunde, principalmente
quanto aos efeitos, conforme poderá ser percebido a partir de então.
1. A existência e a elaboração de um projeto da obra, que será rigorosamente observado pelo empreiteiro
2. As regras técnicas estabelecidas para a execução do serviço e que devem ser respeitadas pelo empreiteiro
sob pena de responsabilidade
3. Cabe ao dono da obra o pagamento da remuneração devida ao empreiteiro, que pode ser um empreiteiro
pessoa natural ou pessoa jurídica
1. BILATERAL
2. ONEROSO
3. CONSENSUAL
4. NÃO SOLENE
5. COMUTATIVO
6. TRATO SUCESSIVO (em regra)
7. FORMA ESCRITA: não é regra, mas sim uma recomendação em virtude da interpretação do Art. 626 do CC
ESPÉCIES DE EMPREITADA
2. EMPREITADA MISTA: O empreiteiro não só se obriga a realizar um trabalho de qualidade, mas também a dar,
consistente em fornecer materiais. Deve estar contemplada em lei ou vir expressa por convenção entre as
partes — Art. 611 do CC; eis que a empreitada mista não se presume, ou decorre da lei ou da vontade das
partes).
3. EMPREITADA SOB ADMINISTRAÇÃO: Aquele em que o construtor se encarrega da execução de um projeto,
mediante remuneração fixa ou percentual sobre o custo da obra, correndo por conta do proprietário os
encargos econômicos do empreendimento A função do empreiteiro é administrar a construção e, em geral,
sua remuneração é calculada sobre uma porcentagem dos custos dos materiais e da mão de obra. Não
obstante, não esteja previsto e regulado pelo Código Civil, as regras constantes nele podem ser aplicadas,
subsidiariamente, a essa espécie contratual.
Impresso por Thaissa De Oliveira F Surigue Alves, CPF 145.409.387-03 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/04/2021 20:39:58
OBSERVAÇÃO: Quanto à verificação e ao recebimento da obra, o artigo 614 do Código Civil determina que, se a obra
constar de partes distintas ou for de natureza das que se determinam por medida, o empreiteiro terá direito a que
também se verifique por medida ou segundo as partes em que se dividir; podendo exigir o pagamento na proporção
da obra executada. O dono poderá enjeitar a obra se o empreiteiro se afastar das instruções recebidas ou das regras
técnicas em trabalhos de tal natureza, ou recebê-la com abatimento no preço ou requerer a correção ou
saneamento das imperfeições.
O prazo decadencial de garantia: que afete a segurança e solidez da obra será de cinco anos, conforme o
artigo 618 do Código Civil. A ação de indenização deve ser proposta no prazo de 180 dias contados do aparecimento
do vício ou defeito (artigo 618, parágrafo único, CC).
A principal obrigação do empreiteiro consiste em realizar a obra ou serviço no prazo estabelecido, de acordo
com as condições avençadas ou usos e costumes do local. A responsabilidade do empreiteiro pode ser analisada sob
os dois importantes aspectos: riscos da obra e solidez (bem como segurança) dos edifícios e outras construções
consideráveis (art. 618, CC). A responsabilidade do construtor permanece não só perante o dono da obra como
também perante quem o suceda na propriedade ou adquire direitos reais. Assim, a alienação não é causa de isenção
de responsabilidade do empreiteiro.
No tocante ao dono da obra, sua principal obrigação é de efetuar o pagamento do preço. Segundo o artigo
619, CC, salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se incumbir e executar uma obra, segundo plano aceito
por quem a encomendou, não terá direito a exigir acréscimo no preço, ainda que sejam introduzidas modificações
no projeto, a não ser que estas resultem de instruções escritas do dono da obra. Já o artigo 620 do Código Civil
expõe que, se ocorrer diminuição no preço do material ou da mão de obra superior a um décimo do preço global
convencionado, poderá este ser revisto, a pedido do dono da obra, para que se lhe assegure a diferença apurada.
Compete, ainda, ao proprietário indenizar o empreiteiro pelos serviços e despesas que houver realizado, se, após
iniciada a construção, rescindir o contrato sem justa causa, ou der razão a que se resolva, calculando-se a
indenização em função do que ele teria ganho, se concluída a obra (artigo 623, CC).
EXTIÇÃO DA EMPREITADA
1. Pelo cumprimento ou execução;
2. Por convenção entre as partes (distrato);
3. Pela morte do empreiteiro ou do dono da obra, se o contrato era personalíssimo;
4. Pela rescisão, se um dos contratantes deixar de cumprir qualquer das obrigações contraídas;
5. Pela resilição unilateral pelo dono da obra, no curso de sua execução, pagando ao empreiteiro as despesas
com materiais e mão de obra já efetuadas mais indenização razoável, calculada em função do que ele teria
ganho se concluída a obra;
6. Pela resilição unilateral do empreiteiro, se sem justa causa o contrato estará sujeito a perdas e danos;
7. Pela excessiva onerosidade superveniente;
8. Pelo perecimento da coisa por caso fortuito ou força maior nos termos do artigo 393 do Código Civil;
9. Por fatos não imputáveis ao empreiteiro, mas provocados pelo empreitante e pela falência ou insolvência
das partes.