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Atividade sobre as Cláusulas Especiais- 19/05/2000

Nome: Sara Rayanne dos Santos Renildo


Semestre; 5° Semestre
Matéria: Direito Civil III- Contratos.

Cláusulas Especiais

Em resumo as cláusulas especiais, são aquelas que podem ser adicionadas no contrato
de compra e venda, a depender do acordado entre as partes, sendo elas; retrovenda (Art.
505; a 508; CC); da venda a contento e da sujeito s prova ( Art. 509; a 512; CC);da
preempção ou preferência( Art. 513; a 520; CC);da venda com reserva de domínio (Art. 521;
a 528; CC) e da venda sobre documentos (Art. 529 a 532; CC).Contudo muito se tem
discutido nos últimos anos, o certo desuso de alguns desses dispositivos, em razão de suas
peculiaridades.
Quanto a retrovenda, trata-se de um pacto acessório a obrigação principal do contrato de
compra e venda, ou seja em respeito à vontade das partes, o acordado não prejudicará a
validade da obrigação , esse pacto ocorre quando o vendedor de IMÓVEL, propõe sob
prazo determinado de Três anos( que é máximo e não único), o resgate do bem, no qual
contudo deverá restituir o preço recebido além de devolver ao comprador o preço das
benfeitorias.( CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA/ Art. 505; CC).
Uma observação quanto ao a direito de resgate, nos casos em que o comprador não aceitar
o já acordado, o resgate deverá ser feito judicialmente. E se o vendedor não restituir o valor
integral do bem ao comprador, não terá a coisa restituída, enquanto não pagar o devido.
Ao que refere ao direito de regate, poderá ser cedido a terceiros "herdeiros ou legatários";
sendo ainda considerada mesmo sem expressa no registro de imóveis, em respeito ao
direito pessoal e autonomia da vontade das partes.
Algumas observações:
- O comprador ter direito aos frutos e rendimentos, além das benfeitorias feitas do imóvel
durante esse período.
- Após um ano, o imóvel deverá respeitas as correções monetárias.
- Caso haja mais de uma pessoa com direito a retrato, o comprador poderá intimas as
partes envolvidas para acordarem.
- A retrovenda ainda é muito utilizada de má-fé como garantia/ negócio simulado.

Da venda a contento e da sujeita a prova: também é um tipo de cláusula especial e de


natureza pessoal, em casos em que o comprador ainda que esteja com a coisa, terá
condição suspensiva e a venda ainda não estará aperfeiçoada enquanto não agradar o
mesmo.
As coisas compradas são de mero comodatário, enquanto não for aceita, sendo o
aperfeiçoamento dependente do gosto, opinião e arbítrio do comprador.( cláusula ad
gustum),não sendo portanto exclusivo, pois depende do fato de agradar-lhe a coisa
comprada, estando ainda obrigado a manifestar de maneira expressa sua vontade.
A venda por contento poderá ter prazo estipulado pelas partes, contudo se não houver o
vendedor poderá intimá-lo judicialmente e extrajudicialmente.

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- A coisa ainda deve ter as qualidades asseguradas pelo vendedor, além de ser útil ao fim
pretendido.
- A nova redação do Código de 2002, em seu Art. 510, deixa claro que caso a coisa seja
adequada, não poderá o comprador depois de usá-la recusar por arbítrio sem
justificação.

A preempção ou preferência é uma cláusula especial anexa aos contratos de compra e


venda, onde as partes acordam que em caso da compra de imóvel ou móvel, o
comprador caso futuramente queira vendê-la , dará preferência ao vendedor(dando tanto
por tanto), estando ainda limitado por um prazo de 180 dias para bens móveis e 2 anos
para bens imóveis.
Lembrando que a preempção é diferente da retrovenda, pois na retrovenda a cláusula
permite o vendedor o direito de recobrá-la ou resgatá-la, independente da vontade do
comprador, não se falando em preferência, mas direito, já a preempção é uma
preferência, além de ser possível com bens móveis.
O vendedor poderá ainda usar seu direito de preempção por meio de intimação, sendo
portanto em situação que o bem for revendido, não podendo compelir para que venda,
sendo dependente da vontade do comprador.
Os requisitos visíveis são que a preempção são:
- É personalíssimo.
- É peculiar ao contrato de compra e venda, mas pode acontecer em outros contratos
compatíveis.
- Só pode ser exercido quando o comprador for vender a coisa.
- Poderá ser móvel ou imóvel.
- O que exerce a preferência está, só pena de perder esse direito e será obrigado a pagar
em condições iguais.
- Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará.
- A notificação poderá ser judicial ou extrajudicial.
- Caso o comprador não notifique o vendedor, a sua intenção de alienar a coisa,
responderá por perdas e danos, se tiver agido de má-fé.
- O direito de preferência não pode ceder nem passar para herdeiros.
- Depende de cláusula expressa.
- Depende de uma comunicação entre o comprador e vendedor.
- O vendedor pode ajuizar ação sem intimar o comprador.
- Em caso de condômino, a preempção será exercida pelo bem em sua totalidade.
- Caso um dos condôminos perca seu prazo os demais poderá ainda exercer seu direito.
- O Art. 519; CC , fala da expropriação do bem pelo poder público, e em caso de não
utilizado para o fim adquirido poderá o expropriado ter ainda o direito de preferência.
- Preço atual da coisa.(não é preço de mercado).

Da venda com reserva de domínio, é uma modalidade especial de venda de coisa móvel
em que o vendedor tem o próprio bem vendido como garantia do recebimento do preço.
- A posse é do adquirente, mas a propriedade permanece com o alienante, passando
apenas após o recebimento integral do valor.
- Como medida de segurança para o vendedor.
- A cláusula de reserva de domínio será estipulado de forma escrita/expressa.
- Sem o pagamento integral continua o dono.
- Cada prestação feita o comprador chega mais perto do da coisa em sua
totalidade(propriedade).

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- Compra e venda a crédito.
- O objeto/ bem é individual infungível.
- Entrega do objeto do vendedor ao comprador.
- Pagamento da prestação estipulado.
- O vendedor tem a obrigação de transferir o domínio do bem após o pagamento integral.
- Com o pagamento integral resolve-se automaticamente.
- Condição suspensiva ao pagamento.
- Muito se tem discutido se é aplicável aos bens imóveis, contudo no Código Civil se
aplica neste caso apenas a móveis.
- Considerado pela maioria como uma venda sob condição suspensiva.
- O comprador pode usar e desfrutar da coisa, com tudo é possuidor de maneira
precária.
- Pode inclusive vender o bem , como assunção de dívida ( Art. 299; CC), desde que
tenha consentimento do vendedor/ credor.
- Pode haver transmissibilidade da posição de vendedor ou proprietário, se não houver
cláusula proibitiva expressa.
- O vendedor poderá executar essa cláusula após constituir o comprador em mora, por
meio de protesto do título executivo( prestações vencidas e que irão vencidas) ou
interpelação judicial.
- Falta de pagamento impede a aquisição do domínio.
- Poderá o vendedor mover ação de cobrança das prestações ou ainda recuperar a
posse da coisa vendida.
- O Art. 527; CC permite que em caso de recuperar a coisa, o vendedor poderá reter os
valores da depreciação da coisa(perdas e danos), e o excedente deverá ser restituído
ao comprador.
- O comprador responde pelos riscos a partir da entrega da coisa.

O código trata ainda da venda sobre documentos, em seus Arts. 529 a 532. de maneira
clara e objetiva, essa cláusula busca a eficiência e agilidade dos contratos de compra e
venda internacionais.
- A tradição da coisa neste caso é substituída por documentos.
- O comprador não pode recusar em efetuar o pagamento a pretexto de defeito, salvo se
for comprovado.
- O vendedor entrega a documentação tendo como conseguinte o direito ao pagamento
pela coisa, assim como o comprador com a posse do documento exigir a coisa/ entrega
da coisa.
- Essa tradição é entendida incialmente como simbólica, pois o comprador possui o
documento e não a posse real da coisa.
- O pagamento em regra deve ser efetuado na data e local da entrega dos documento,
salvo estipulação das partes.
- Entregue os documentos a obrigação passa o comprador, o qual deverá efetuar o
pagamento.
- O comprador não pode condicionar o pagamento a uma revista para constatar defeitos
redibitórios ou aparentes.
- Essa relação entre vendedor e comprador terá por intermédio estabelecimento
bancário, que terá que efetuar a contra entrega dos documentos.
- O bando não tem obrigação de examinar a coisa vendida.
- Em razão do comprador assumir o risco do envio da coisa, o mesmo terá direito a
indenização se a coisa for coberta por apólice de seguro. Observar a má- fé do
vendedor.

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