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Contratos em espécie:
os contratos obedecem em regra ao principio do consensualismo, que determina que: basta o
encontro de vontade, o acordo a avença para fazer nascer um contrato. Não há em regra forma
prevista na lei para contratos, mas quando a lei trouxer a forma, essa deverá ser obedecida sob
pena de nulidade (art. 166; 108 e 109 do CC).
O exercício da liberdade, permite que n´ós celebremos contratos típicos e atípicos, nominados ou
inominados.
Existem 23 tipos de contrato.
Compra e venda
Conceito: é um dos nossos maiores instrumentos de circulação de bens e riquezas, tem como uma das
suas principais caracteristicas mais relevantes o sinalagma, a bilateralidade (art. 481 do CC).
Observação: países como França e Portugal contribuem à compra e venda, independente de atos
anteriores, a poder de gerar a aquisição da propriedade, de transferi-la. Já dentre outros, Suiça, Argentina
e Brasil, não transferem esse efeito translativo direto ao contrato de compra e venda. O brasil segue o
modelo germânico, que considera a compra e venda como meramente obrigacional.
Classificação:
2. Consensual: ordinariamente não exige formalidade. Mas há exceções. Ex.: art. 109 do CC.
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EXCEÇÃO: art. 503 do CC – nas coisas vendidas conjuntamente o defeito oculto de uma não
autoriza a REJEIÇÃO DE TODAS.
5. Instantaneo ou de trato sucessivo: só nela cabe a incidência do art. 478 do CC, que permite a
revisão/resolução por onerosidade excessiva (acolhe a teoria da imprevisão).
1. Consentimento: a vontade precisa ser livre e desembaraçada (vicio do consentimento, erro, dolo,
coação, estado de perigo, ou lesão. Arts. 138 a 157 do CC), sob pena de anulação.
Observação: quando se tratar da compra e venda de bem de incapaz, não é suficiente a vontade, é
necessário autorização judicial, ouvido o MP.
1. Art. 496: venda de ascendente para descendente (tras em si a potencialidade de uma simulação ou
fraude).
Prazo: Sumula 494 do STF, dizia que era de 20 anos. Mas ela perdeu o objeto. E agora, aplica-se o
prazo decadencial supletivo do art. 179 do CC, qual seja, 2 anos.
ATENÇÃO: o inverso não exige autorização. Porque, em regra não há potencial lesivo na venda,
por exemplo de um filho, para seu pai (enunciado 177 da JDC do CJF).
2. Art. 499 do CC – compra e venda entre cônjuges: pode, mas só quanto aos bens excluídos da
meação. Se eles forem casados em comunhão universal, não haveria, porque quase tudo é comum.
3. Venda de imóvel por pessoa casada: arts. 1647 e 1649 do CC: depende do consentimento do cônjuge
(vênia conjugal: outorga uxória ou marital).
4. Venda de bem condominial: é a venda do imóvel que pertence a mais de uma pessoa. Depende do
consentimento de todos os condôminos.
ATENÇÃO: não confunda com venda de cota condominial (fração ideal. Pode ser feita indepenpendentes,
mas os demais condôminos tem preferência).
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PREÇO: necessariamente em moeda (real), (se pactuada na entrega de um outro bem, é permuta).
Observação: deve ser determinável/determinado. Pode por exemplo, estar submetido a taxa de mercado,
bolsa de valores, índices econômicos – arts. 486 e 487 do CC/02: até se admite que o preço seja apontado
por terceiros.
ATENÇÃO: em regra, não pode ser pactuado em moeda estrangeira. Pois há execuções:
a. cumpra e venda feita no exterior.
b. oriundo de importação.
O STJ, no RESP 25.213, determinou que o conceito de valor nominal engloba a correção monetária.
3. OBJETO: pode ser qualquer coisa móvel/imóvel/corpóreo/incorpóreo – pode envolver coisas incertas ou
alternativas.
O art. 547 do CC, compra e venda de coisa litigiosa. Não incide a garantia pela evicção.
Venda de coisa futura (venda a “non domino”), não terá eficácia se não sobrevier a transferência da coisa.
1. art. 484 do CC – Venda por protótipo, amostra ou modelo: duas regras: o vendedor se
responsabiliza pela qualidade; havendo divergência prevalecerá a amostra.
2. Venda ad corpus X venda ad mensuram: ad corpus – venda por unidade; ad mensuram – venda por
extensão por medida;
Na venda ad mensuram, admite-se o vício por falta/diferença de medida. Só vai caber
complementação diária se a diferença for superior a 1/20 (5% da área), se for inferior a isso, não há vicio
redibitório, mas cabe responsabilidade civil. STJ, REsp 436.853/DF, é nula a clausula que exclui a invalidação
em contratos de cláusula de consumo.
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Clasusulas adjetas/acessórias no C e V: são eventuais/ não obrigatórias; submetidas ao interesse das
partes.
2. Venda a contento e venda sujeita a prova: art. 509 do CC – é a venda pelo gosto do comprador.
3. Preempção: é sinônimo de preferencia ou preempção convencional - pode ser descrita como a cláusula
pela qual o comprador assume a obrigação, caso decisa vender, de oferecer primeiro a quem lhe vendeu
(obrigação do comprador).
Prazos: 180 dias – móvel; 2 anos – imóvel;
DEPÓSITO
Art. 627 e seguintes do cc/2002 – o contrato por uma parte, que é o depositário, outra coisa para ser
GUARDADA e CUIDADA, temporariamente e depois RESTITUIDA. O depositário não pode, é proibido de
usar a coisa. Ex.: contrato de armazenamento, estacionamento de veículos em shoppings.
CARACTERISTICAS:
2. Finalidade de guarda e conservação da coisa – depositário não pode usar, nem fruir.
Classificação do contrato:
4. personalíssimo, se foi gratuito (art. 628 do CC): será gratuito se: não houver disposição contrária; se o
depósito não resultar de atividade negocial; se o depositário não atua profissionalmente como tal.
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OBJETO: a rigor, bens móveis e infungíveis.
ATENÇÃO: depósito bancário é em verdade, mútuo, segue as regras do mútuo (empréstimo de
coisa fungível).
ESPÉCIES
DEPOSITÁRIO INFIEL (art. 652 do CC – permite a prisão do depositário infiel, que é aquele que não
restitui a coisa).
Porem, art. 7° do Pacto de São José da Costa Rica proíbe a prisão do depositário infiel (art. 5°, LXXVII da
CF), permite a prisão do depositário infieil, na forma da lei.
Sumula vinculante 25 – é ilícita a prisão civil do depositário infiel , qualquer que seja a modalidade de
depósito.