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CONTRATOS
1.1. Conceito
Contrato Bilateral pelo qual umas das partes (vendedor) se obriga a transferir o
domínio de uma coisa à outra ( comprador), mediante contraprestação de certo preço
em dinheiro. (Carlos Roberto Gonçalves).
1.2 Partes
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Contrato aleatório, como o próprio nome explica, é aquele que possui uma álea
(risco, sorte) que torna impossível a previsão da prestação de uma ou das duas partes.
Há dois tipos de álea no contrato de compra e venda (art 483 c/c 484 CC c/c 35 do
CDC).
É aquela em que o risco recai sobre um objeto que não existe no plano real, no
momento da manifestação de vontade. Existem duas hipóteses de coisa futura:
Dispõe o artigo 460 do Código Civil que, se o risco for assumido pelo
adquirente, o alienante terá direito ao preço, ainda que a coisa não exista, no todo ou
em parte, no instante do cumprimento do contrato – por exemplo, envio de
mercadoria por meio de transporte de segurança duvidosa.
1.3.9 Contrato Individual e Impessoal: ainda que haja grande número de partes
será caracterizado como individual, pela possibilidade de individualização das
partes. E impessoal porque interessa o resultado e não a pessoa.
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1.3.10 Contrato Causal: será declarado inválido se o motivo determinante foi
inexistente, ilícito ou imoral.
1.4.1. Consentimento
b) Um cônjuge não pode alienar bem imóvel ao outro cônjuge, salvo de forem
os bens excluídos da comunhão. (art.499 CC). Não pode ferir o regime de
bens, no caso da Comunhão Universal não há possibilidade pela obviedade
do acervo comum. (art. 1667 CC). Dissolvido o casamento, não há qualquer
impossibilidade. Ainda: um cônjuge somente poderá alienar um bem
imóvel com expressa autorização do outro. (art. 1647, c/c 1648 do CC e art.
226, parágrafo 5º da CF).
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1.4.2. Preço (art 485 à 489 CC)
a) Pecuniariedade
O bem deve permitir sua conversão imediata em dinheiro.
b) Seriedade
Seriedade é a equivalência do preço com o objeto. Aqui temos a autonomia de
vontade submetida à equivalência material das prestações e o preço deve ser sério. Se
assim não for, poderia até ser considerada uma doação camuflada.
Pode ser considerado nulo o contrato se o preço for fixado ao arbítrio
exclusivo de uma das partes (art. 489 CC)= Condição puramente potestativa e difere
da simplesmente potestativa ( submetida a fatores externos).
1.4.3. Objeto
a)Existência
A existência deve ser real ou potencial.
b) Comerciabilidade
c) Exeqüibilidade
O objeto deve ser possível de ser levado à hasta pública e possuir liquidez; para
isso deve-se conhecer o gênero e a quantidade. O objeto deve ser certo ou
determinável.
Nos contratos aleatórios, temos a existência potencial (ou seja o objeto não
existe, mas há probabilidade de existir). (Exemplo: a vaca penha ou no caso de
produtos fabricados em série art. 483 CC), pode ainda não ser determinando, mas,
determinável. Coisa incerta indicada pelo gênero e pela quantidade (243 c/c 252 CC).
No caso da venda por amostras, protótipos ou modelos (art. 482 c/c 35 CDC). –
O vendedor assegura ter a coisa as qualidades que elas correspondem.
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d) Transferibilidade
Vale ressaltar que a tradição pode ser: real (entrega efetiva e material),
simbólica (ato que traduz a alienação- entrega das chaves), ficta ( vendedor
transfere, mas permanece como locatário do bem).
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registro. A tradição deve ser feita no local da venda (art. 493 CC), se for
expedida para local diverso por ordem do comprador, correm por conta do
mesmo os riscos, salvo se o vendedor não seguir as instruções do comprador
( art. 494 CC).
a) Ad corpus
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O Código Civil, no artigo 501, estabeleceu que o prazo para propor ação
redibitória ou ação "quanti minoris" ou mesmo a "actio ex empto" (complemento da
área) é de um (1) ano decaindo a contar do registro do título. Lembre que o prazo
anterior era de 20 (vinte) anos.
Compra e Venda: É o contrato principal pelo qual uma das partes (vendedora)
se obriga a transferir a propriedade de coisa, móvel ou imóvel à outra(compradora)
mediante pagamento de preço.
Compromisso de Compra e Venda, é um contrato preliminar que tem por
objeto um futuro contrato de venda e compra. Vendedor permanece com domínio.
(art 1417 e 1418 CC). O objeto é o contrato de compra e venda, cuja prestação se
resume na obrigação de fazer um contrato de compra e venda.
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1.8.1. Retrovenda (Art 505 CC)
Dispõe o artigo 505 do Código Civil que o prazo para o retrato não pode
exceder três anos, reputando-se não-escrito o excesso convencionado pelas partes e
presumindo-se estipulado o máximo do tempo se os contratantes silenciarem. Trata-se
de direito personalíssimo do Vendedor.
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1.8.2. Venda a contento e sujeita a prova (art 509 à 512 CC).
A cláusula terá mais eficácia nos contratos de gêneros que se costuma provar,
medir, pesar, ou experimentar antes de aceitos (artigo 509 do Código Civil). Exemplo:
venda de roupas sob medida.
1.8.3. Preempção (art 513 à 520 CC)- Não gera eficácia real, Prelação ou Pacto
Promiseos
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Se o comprador não notificar o vendedor da alienação, responderá por perdas
e danos (artigo 518 do Código Civil).
O instituto foi revogado pelo atual Código Civil, porém era previsto no sistema
anterior e deve ser mantido apenas para um conhecimento histórico –evolutivo.
O pacto de melhor comprador ou pactum addictiones in diem era a estipulação
em que se dispunha que a venda de imóvel ficaria desfeita caso se apresente, dentro
do prazo não superior a um ano, outro comprador oferecendo preço mais vantajoso.
O prazo de um ano era decadencial, não se prorrogando nem se suspendendo.
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1.8.6. Da venda sobre documento
É uma nova cláusula especial estabelecida nos artigos 529 a 532 do Código Civil.
É uma modalidade de compra e venda na qual a tradição da coisa é ficta, isto é, é
substituída pela entrega de um título que representa o objeto do contrato de compra e
venda.
O comprador ao receber o documento, que corresponde ao objeto não pode se
recusar em pagar o preço. O pagamento deve ser feito na data e no local da entrega
do documento, já que a entrega do documento é a entrega do próprio objeto.
2.1. Conceito
2.2. Características
2.3. Objeto
São dois os bens objeto da permuta. Não haverá escambo se a obrigação de
uma das partes for a prestação de serviços. São objetos de troca todas as coisas que
podem ser alienadas, não precisando haver uma correlação precisa de valores.
Exemplo: um móvel por um imóvel.
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