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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Turismo e Informatica

Temaː
O papel do Sistema de Controle Interno na Melhoria de Transações Comerciais
em Pequenas e Médias Empresas. Caso de estudo Secunor,lda (2019 -2021)

Estudante: Joana da Silva Flabio .


Código de Estudante:

Pemba, Março de 2022

Universidade Católica de Moçambique


Faculdade de Gestão de Turismo e Informática

1
Tema
O papel do Sistema de Controle Interno na Melhoria de Transações Comerciais
em Pequenas e Médias Empresas. Caso de estudo Secunor,lda (2019 -2021)

Candidato: Joana da Silva Flabio


Código:
Projecto a ser apresentado na Faculdade de
Gestão de Turismo e Informatica da
Universidade Católica de Moçambique como
requisito para obtenção do grau académico
de Licenciatura em Contabilidade e
Auditoria

Supervisora: Sofia Vasco, PhD

Pemba, Marçode 2022

Índice

CAPITULO I. INTRODUÇÃO.......................................................................................................4

1.1 Introdução..................................................................................................................................5

Estrutura de trabalho................................................................................................................................5

2
1.2 Problematização........................................................................................................................6

1.3 Objectivos..................................................................................................................................6

1.3.1 Objectivo geral........................................................................................................................7

1.3.2 Objectivos específicos............................................................................................................7

1.3.3. Questões de investigação.......................................................................................................7

Jusficativa........................................................................................................................................7

1.5 Delimitçao da pesquisa..............................................................................................................8

CAPITULO II. REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................9

2.1 Introdução..................................................................................................................................9

2.3 Tipo de controlo interno..........................................................................................................11

2.4 Vantagens do Controle Interno................................................................................................12

2.5 Importância do controlo interno nas organizações..................................................................12

2.3 Conclusões...............................................................................................................................13

CAPITULO IIIː METODOLOGIA...............................................................................................15

3.1. Descrição da Metodologia......................................................................................................15

3.2 Abordagem da Pesquisa:..................................................................................................................15


De acordo com Duarte (2002) de um modo geral, pesquisas de cunho qualitativo exigem a realização
de entrevistas, quase sempre longas e semi-estruturadas.......................................................................16
3.3 Estudo de Caso:.......................................................................................................................16

3.4 Técnica de Recolha de Dados:.................................................................................................17

3.4.1 Entrevista Semi-estruturada:.........................................................................................................18


3.4.2 Análise Documental:............................................................................................................18

3.5. Observação Directa:........................................................................................................................19


3.6. Participantes:...........................................................................................................................20

3.7 Analise de conteúdo.................................................................................................................20

4. Orçamnto da pesquisa................................................................................................................21

5. Cronograma de Actividades......................................................................................................21

3
7. Referências bibliográficas........................................................................................................23

CAPITULO I - INTRODUÇÃO
A primeira secção deste estudo compõe a parte introdutória, que é extremamente relevante para o
desenvolvimento e enquadramento da pesquisa. Portanto, neste capítulo são apresentados a
contextualização da pesquisa, a problematização, a justificativa, os objectivos do estudo, as
perguntas de investigação, a delimitação da pesquisa e por fim a forma como o trabalho se
encontra estruturado.

4
1.1 Introdução
Com o plano do sistema de controle interno as informações são organizadas tornado-se de
grande importância o aperfeiçoamento e gerenciamento dos processos das actividades comercias.
O sistema de controle interno é fundamental para assegurar a fidedignidade e integridade dos
registos, bem como fornecer relatórios contabilisticos, financeiros e operacionais eficientes para
o suporte nas rotinas desenvolvidas diariamente e para a correta tomada de decisões. O objetivo
deste trabalho consiste em analisar como o plano de um sistema de controle interno pode
contribuir para a melhoria dos processos desenvolvidos em uma empresa de tansações
comercias. Procurando melhorias e de demonstrar a importância do controle interno para
levantamento dos dados que possibilite a geração de informações necessárias para aprimorar e
controlar a administração da empresa garantindo eficácia e eficiência operacional.

O termo Internal Controle, surgiu em 1947 em uma publicação do American Institure of


Certified Public Accountantes (AICPA), essa publicação definiu alguns pontos principais em
relação à importância do controle interno. A partir daí, o controle interno passou a ser mais
valorizado e consequentemente mais realizado pelas empresas. Em 1987 a Comissão Nacional
sobre elaboração e apresentação de relatórios financeiros, reenfatizou a importância dos
controles internos para a redução da emissão de relatórios fraudulentos, (Dias, 2010,).

Um facto interessante em relação ao controle interno é a sua relação com a Auditoria Interna. É
comum confundi-los, entretanto, a diferença entre as duas vertentes são significantes. Enquanto o
controle interno está voltado para a execução dos objetivos da empresa, a auditoria interna está
mais relacionada a um “trabalho organizado de revisão e apreciação dos controles internos”.
(Attie, 2010,).

O presente projecto tem como tema Planificação de Sistema de Controle interno como actividade
Contribuitiva na melhoria de transações Comerciais com o caso caso de estudo, a empresa
Secunor,lda (2019-2021).

Estrutura de trabalho
Depois de ter sido enunciado no capítulo I, o tema, a justificativa, a problematização, os
objectivos ( geral e especifico) questões de investigação, delimitação da pesquisa.

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Segue-se o Capítulo II, que faz a revisão da literatura e lá são apresentados os principais
conceitos relacionados a planificação de sistema de controle interno como actividade
contribuitiva na melhoria de transações comercial.

No capítulo III, faz-se uma descrição dos procedimentos metodológicos usados para colher,
analisar, interpretar dados empíricos. Assim tem-se: a abordagem da investigação, participantes,
técnicas e instrumentos de colecta de dados, técnicas e instrumentos de análise de dados,
descrição do local da investigação e considerações éticas.

1.2 Problematização
o controle interno cresce em relevância para agestão das organizações podendo ser determinado
pelo crescimento da demanda de informações que os gestores necessitam para o processo de
tomada de decisão gerencial. Este controle bem descrito e executado de forma eficiente,
facilitando o crescimento e o progresso da organização. Os gestores precisam ter consciência da
sua importância à continuidade das atividades da empresa.
Segundo a Estrutura Integrada do COSO, um sistema de controle interno eficaz exige mais do
que a estrita observância a políticas e procedimentos, necessitando, sim, o uso de julgamento
quanto à suficiência e eficácia do sistema de controle interno da organização (COSO, 2013
O sistema de controle interna é uma das ferramentas muito importante de Gestão, principalmente
quando se fala de pequenas e medias empresas, a não existência ou na deficiência do sistema de
controle interno influencia negativamente no processo de transações comerciais
É neste sentido que surge a seguinte questão: Ate que ponto o sistema de controle intermo pode
contribuir na melhoria das transações comerciais?

1.3 Objectivos
Como o próprio nome diz, os objetivos gerais são aqueles mais amplos. São as metas de longo
alcance, as contribuições que se desejam oferecer com a execução da pesquisa. Em geral, o
primeiro e maior objetivo do pesquisador é o de obter uma resposta satisfatória ao seu problema
de pesquisa.No entanto, para se cumprir os objetivos gerais é preciso delimitar metas mais
específicas dentro do trabalho. São elas que, somadas, conduzirão ao desfecho do objetivo geral.
(Ludke 2002)

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1.3.1 Objectivo geral
 Analisar Planificação de sistema de controle interno como actividade contribuitiva a
melhoria de transações comerciais: Caso de estudo Seconor,lda entre (2019 -2021).

1.3.2 Objectivos específicos


 Descrição do sistema de controle interno usado na Seconor,lda
 Entender como sistema de controle interno usado na Seconor,lda pode contribuir na
melhoria de transações comerciais
 Explicar a importância de um bom sistema de controle interno para melhoria das
transações comerciais

1.3.3. Questões de investigação


 Qual é o sistema de controle interno usado na Seconor, Lda?
 Como sistema de controle interno usado na Seconor,lda pode contribuir na melhoria de
transações comerciais?
 Qual é a importância de um bom sistema de controle interno para melhoria das transações
comerciais?

1.4 Jusficativa
A planificação de um sistema de controle interno, proposta por este estudo de caso, tem como
finalidade, revisar os fluxos dos planos desempenhadas como actividade contribuitiva na
melhoria de transações em uma empresa de área comercial.

O aprimoramento do sistema de controle interno da empresa pode trazer novos clientes e maior
satisfação daqueles que já utilizam do serviço além de eliminar a repetição das actividades,
melhorar a qualidade e o fluxo das informações, obter maior confiabilidade, credibilidade e
controle da execução das actividades desenvolvidas.

1.5 Delimitçao da pesquisa

A pesquisa retrata a planificação de sistema de controle interno como actividade contribuitiva na


melhoria de transações comercial. Os dados recolhidos compreendem o horizonte temporal de

7
2019-2021. Os dados para a elaboração da pesquisa serao recolhidos na empresa Secunor, que
tem como ramo de actividade a comercial. A empresa está sediada na província de Cabo
Delegado, na cidade de Pemba, na AV. 25 de Setembro.

Rever a estrutura da apresentação deste capítulo

CAPITULO II. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Introdução

Este capítulo abarca a revisão de literatura sobre planificação o sistema de controle interno,
incluindo as origens e relevância do tema, definição e abrangência do conceito, o seu ciclo e
requisitos para uma correcta implementação. Seguidamente, efectua-se a ligação do tema ao

8
processo de planificação de sistema de controle interno pode contribuir para a melhoria
efectuando-se também uma revisão de literatura sobre os seus conceitos, fases do processo.
Finaliza-se, o capítulo, caracterizando a importância de analisar como o plano de um sistema de
controle interno pode contribuir para a melhoria dos processos desenvolvidos em uma empresa
da área comercias.

2.2 Controle Interno

Controlar é uma atividade de fiscalização, de monitoramento, ou seja, é a inspeção, o exame e o


acompanhamento de determinado objeto ou atividade.

Segundo Di Pietro, 2006) controle interno é o processo de examinar os actos da administração


para verificar o cumprimento da legislação e das normas, evidenciando eventuais falhas ou
desvios e orientando o gestor a optimizar o uso dos recursos disponíveis de forma organizada e
ponderada. O controle actua na verificação da conformidade dos actos da administração e nos
aspectos discricionários da gestão pela avaliação dos resultados quanto à eficácia e à eficiência.

Entre tanto de acordo com Attie, (1992).Controle interno é uma ferramenta que agrega
confiabilidade aosresultados gerados pelos fluxos de operações, que possibilita apoio a tomada
de decisão dos empresários, os controles internos devem ser vivenciados por cada entidade,
independentemente do seu porte ou segmento .
De acordo com Costa (2017), o Controle Interno é um conceito que engloba todas as operações
da organização. Foram várias as definições de Controle Interno que ao longo dos anos foram
surgindo. Assim sendo, o Controle Interno pode ser observado de múltiplas formas.

o controle interno consiste em um conjunto de procedimentosimplantados pela administração


para assegurar o alcance dos resultados estabelecidos e a observância das políticas e diretrizes
planeadas para a organização. (attie, 2011)
Franco & Marra (2001 ), entendem o controle interno como:todos os instrumentos da
organização, destinados a vigilância,fiscalização e verificação administrativa, que permitem
prever, observar,dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro daempresa e que
produzem reflexos em seu patrimônio”.

9
Segundo Sá (2005), são os padrões de comportamento que reforçam os controlesinternos. O
comportamento dos administradores acerca da integridade e da permanente difusão de controles
internos é fundamental para se alcançareficientes e eficazes sistemas de controle interno.
Em 1992, o organismo COSO definiu CI como um processo desenvolvido pela Administração,
órgão de gestão e outros funcionários da entidade com o intuito de proporcionar um grau de
confiança razoável na concretização dos seguintes objetivos: eficácia e eficiência das operações;
fiabilidade das demonstrações financeiras; e cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis
(COSO, 2013).

Ou seja, este organismo define Controlo Interno como um processo desempenhado por pessoas
de forma a garantir uma confiança razoável na execução dos seus três principais objetivos.
Morais e Martins (2013), afirma que a definição de Controlo Interno é composta pelos seguintes
termos fundamentais:

 Processo – O Controlo Interno é um conjunto de ações e procedimentos que atuam como


um meio para atingir um fim. Todas as atividades, processos e tarefas da organização
ficam abrangidas por estas medidas, permitindo a função de monitorização da sua
conduta e relevância continuada;
 Pessoas – O Controlo inrerno não se resume a um manual composto por políticas e
documentos. O Sistema de Controle Interno é levado a cabo por pessoas, que o
desenvolvem e colocam em prática, provocando impactos no desenvolvimento das
diversas atividades desempenhadas por todos os elementos da organização;
 Confiança razoável – Um Sistema de Controlo Iinterno não consegue proporcionar um
grau de confiança de 100%, pois o mesmo é incapaz de eliminar por completo todos os
riscos, apenas os consegue minimizar. Assim, só é possível assegurar uma confiança
razoável;
 Objetivos – O Controlo Interno permite o alcance dos objetivos gerais e específicos nas
diferentes áreas da organização. No momento em que a entidade define a sua missão
ficam estabelecidos quais os seus objetivos e a estratégia a seguir para os alcançar.

10
2.3 Tipo de controlo interno
Pinheiro (2008) explica que a norma SAS 48 – Statement on Auditing Standard nº 48 estabele
dois tipos de controlo, a conhecer:

Controlos Administrativos – associados a todas as operações da empresa, viando [SIC] garantir


que a gestão assume a responsabilidade do controlo para atingir os objetivos estratégicos da
empresa;

Controlos Contabilísticos – preocupam-se com a integridade e atualidade do sistema de


informação contabilístico e financeiro, designadamente:

 As transações são realizadas com autorização de gestão;


 As transações são devidamente registadas;
 O acesso aos Ativos é permitido em função das autorizações e limites estabelecidos pela
gestão;
 Os registos contabilísticos dos Ativos são periodicamente conferidos e são tomadas ações
correctivas em caso de diferenças.

O autor conclui afirmando que revelam-se extremamente importantes, tendo em consideração a


responsabilidade social adoptada pelas empresas e o relacionamento com os diversos
investidores e entidades supervisoras.

A realização de controles internos sobre informações e bens físicos daempresa também podem
ser usados como exemplo de controles contábeis, pois realiza vistoria e compara com os dados
obtidos com os dados da contabilidade, para saber a real situação dos dados da empresa
(Crepaldi, 2007).
Podemos também incluir como controle administrativo a constanteprocura pela obediência das
normas e diretrizes da empresa na qual visa a ordem na execução das operações realizadas nos
diversos setores da empresa. (Crepaldi, 2007)

11
2.4 Vantagens do Controle Interno
implantação de um sistema de controle interno, além de proporcionarmaior credibilidade,
segurança e integridade aos informes administrativos e contábeis, minimiza riscos, como erros
involuntários ou fraudes nas operações desempenhadas cotidianamente (Crepaldi, 2011).
É possível constatar a importância do controle interno a partir do momento em que se verifica
que é ele que pode garantir a continuidade do fluxo de operações com as quais convivem as
empresas. (Crepaldi, 2011, p. 385).
Destaca-se algumas das principais vantagens da utilização de um controle interno:
 Prevenção de fraudes, e em caso de ocorrência das mesmas, possibilidadede descobri-las
o mais rapidamente possível e determinar sua extensão;
 Localização de erros e desperdícios, promovendo ao mesmo tempo auniformidade e a
correção ao se registrar a operação;
 Estimular a eficiência do pessoal, mediante vigilância que se exerce pormeio de
relatórios;
 Salvaguardar os ativos e, de maneira geral, obter um controle eficientesobre os aspectos
vitais do negócio.
A expressão “controle interno” passou a ser utilizada como um meio de distinguir os controles
originados dentro ou pela própria organização, daqueles de origem externa, como é o caso dos
controles impostos pela legislação. (Audibra, 1992)

2.5 Importância do controlo interno nas organizações


Para que se verifique a importância do controle interno, é oportunoanalisar o crescimento e a
diversificação de uma empresa (Attie, 2011, p.191), isso se deve, porque quanto maior a
empresa, mais funcionários ela possui, ou seja, quanto maior for o crescimento de uma empresa
mais o controle dela se afasta dos sócios. Assim se torna necessário a constituição de um
controle interno mais elaborado e estruturado, de forma que os objectivos da empresa possam ser
atendidos, e também as informações contábeis possuam a maior credibilidade possível.
Almeida (2010,) enfatiza que: Com a grande expansão dos negócios, percebeu-se a necessidade
de dar maior importância a normas ou aos procedimentos internos, devido ao fato do
administrador, não poder supervisionar pessoalmente todas as actividades.

12
O controlo interno, inserido em uma organização, ajuda-a a mitigar os riscos de não atingir os
objetivos definidos, como é o caso da eficiência nas operações, qualidade dos produtos ou
serviços, ou o próprio cumprimento dos regulamentos e leis a que a atividade se encontra sujeita
(Messier,2017).

Existem vários riscos que podem comprometer o objetivo da fiabilidade de informação. Por
exemplo, conforme exposto por Johnstone et al (2014), um colaborador na área comercial pode
ter a tendência a sobrevalorizar as vendas com o intuito de aumentar a probabilidade de obter um
bónus remuneratório.

Cada organização, independentemente da sua dimensão ou atividade, tem sempre definido um


conjunto de medidas de controlo, ainda que estas se apresentem de forma informal, isto é, não
constam de registo escrito e formal (Almeida 2017).

O controle interno reafirma sua importância no seguinte aspecto:informações contábeis


distorcidas podem levar a conclusões erradas e danosaspara a empresa (attie, 2010, p.192).
também é importante a precisão e confiabilidade dos informes erelatórios contábeis, financeiros
e operacionais que possibilitem a geração deinformações adequadas e oportunas, necessárias
gerencialmente paraadministrar e dar noção dos fatos realizados na empresa.
Por controlo formal entende-se a existência de um manual de controlo interno, o qual compila as
medidas que a gerência ou administração considera adequadas e necessárias para o alcance dos
objetivos previstos para a entidade. Em alternativa, poderá também verificar-se a existência de
regras registadas de forma avulsa face a determinados departamentos ou até processos
específicos. Paralelamente aos controlos formais, é comum existirem regras ou procedimentos
pré-estabelecidos ou considerados de conhecimento geral em toda a organização, que, apesar de
não se encontrarem transcritas, são igualmente cumpridas como procedimento indispensável.

2.3 Conclusões
Este capítulo abordou as principais definições e conceitos de Sistema de controlo interno,
processo de evolução presentes na literatura. Foram focadas as origens do controlo interno,
componentes chave do sistema de controlo interno e a sua relevância e abrangência, enquadrando
a temática do presente projecto.

13
O sistema de controlo interno é um factor essencial para o sucesso, e até mesmo para
sobrevivência, da empresa. Planificação e a implementação do seu acompanhamento, de forma a
assegurar a eficiência e eficácia deste sistema é da responsabilidade da Direção da empresa. Uma
vez que esta empresa trabalha numa actividade comercial, torna fundamental e imprescindível a
demonstração clara da finalidade dos recursos que se encontram à sua disposição.

14
CAPITULO IIIː METODOLOGIA

3.1. Descrição da Metodologia


O presente procjeto de pesquisa surgio com a ideia de busca sugerir melhorias nos processos
realizados no cotidiano das pequenas e medias empreas propondo planificaçã e a implantação de
um sistema de controle interno para empresa de ramo comercial. Visado apresentar uma proposta
ou melhoria de planificação de um sistema de controle interno para facilitar, agilizar a rotina da
organização e tornar mais confiáveis as informações para tomada de decisões. Neste capitulo,
vai-se descrever a metodologia da pesquisa, optou-se por fazer uma espécie de reconstrução
racional que pretende resgatar os passos seguidos na busca pela construção de um instrumentos
adequados de coleta de dados.

Diante do exposto, ira se apresentar nas próximas linhas o caminho escolhido para alcançar o fim
proposto, apresentando a abordagem, o universo, a população, a amostra, a colecta e análise de
dados, que nortearam a pesquisa.

3.2 Abordagem da Pesquisa:


Para o presente estudo no que diz respeito a aspectos metodológicos, terá uma abordagem
qualitativa, que para Richardson (2011, p.70), o método quantitativo representa “a intenção de
garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando,
consequentemente, uma margem de segurança quanto às inferências”.

E ainda segundo. Menga (1986 cit. em Lakatos & Marconi, 2010) o estudo qualitativo é oque se
desenvolve numa situação normal; é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e
focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada.Segundo Richardson (2011, p.79), “o
método qualitativo difere, em princípio do quantitativo à medida que não emprega um
instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema”, ou seja, não há
preocupação com a representação numérica, e sim com a “compreensão profunda de certos
fenómenos sociais”

15
Para Lakatos & Marconi (2010), na pesquisa qualitativa há um mínimo de estruturação prévia.
Não se admitem regras precisas, como problemas, hipóteses e variáveis antecipadas, e as teorias
aplicáveis deverão ser empregadas no decorrer da investigação. Esta metodologia, preocupa-se
em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos,
atitudes, tendências de comportamento.

De acordo com Duarte (2002) de um modo geral, pesquisas de cunho qualitativo exigem a
realização de entrevistas, quase sempre longas e semi-estruturadas.
Relativamente a este estudo, foi usada uma metodologia qualitativa, que permitiu a existência de
uma relação directa entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o
mundo objectivo e o subjectivo do sujeito que não pode ser traduzido em números. A
interpretação de fenómenos e atribuição dos significados que são básicos no processo de
pesquisa qualitativa.

Oliveira, (2002), confirma que “ as pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem
a facilidade de poder descrever a complexidade de determinada hipótese ou problema, analisar a
interação de certas variáveis, compreender e classificar, processos dinâmicos experimentados por
grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudanças, criação ou formação de
opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das
particularidade dos comportamentos ou das atitudes dos indivíduos”
Segundo Richardson (1999), “o método qualitativo difere em princípio do método quantitativo
porque não emprega um instrumental analítico estatístico com base em processo de análise de
um problema. Não pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogéneas”

Este estudo propõe uma abordagem qualitativa pois a pesquisadora pretende trazer dados que
valorizam opiniões aprofundadas sobre o assunto. Por isso pretende tratar o tema com as pessoas
conhecedoras e envolvidas com o assunto.

3.3 Estudo de Caso:


Segundo Gil (2008) o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou
de poucos objectos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa
praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados. Para Yin

16
(2005 cit. em Gil, 2008), o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenómeno
actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenómeno e o contexto
não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência. O estudo de
caso vem sendo utilizado com frequência cada vez maior pelos pesquisadores sociais, visto servir
a pesquisas com diferentes propósitos, tais como: a) explorar situações da vida real cujos limites
não estão claramente definidos; b) descrever a situação do contexto em que está sendo feita
determinada investigação; e c) explicar as variáveis causais de determinado fenómeno em
situações muito complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos.

Para Godoy (1995) o estudo de caso se caracteriza como um tipo de pesquisa cujo objecto é uma
unidade que se analisa profundamente. Visa ao exame detalhado de um ambiente, de um simples
sujeito ou de uma situação em particular. Tem por objectivo proporcionar vivência da realidade
por meio da discussão, análise e tentativa de solução de um problema extraído da vida real. No
estudo de caso, o pesquisador geralmente utiliza uma variedade de dados colectados em
diferentes momentos, por meio de variadas fontes de informação.

Tem como técnicas fundamentais de pesquisa a observação e a entrevista. Produz relatórios que
apresentam um estilo mais informal, narrativo, ilustrado com citações, exemplos e descrições
fornecidos pelos sujeitos, podendo ainda utilizar fotos, desenhos, colagens ou qualquer outro tipo
de material que o auxilie na transmissão do caso (Duarte, 2002).

3.4 Técnica de Recolha de Dados:


Recolha de dados é um procedimento lógico de investigação empírica ao qual compete
seleccionar técnicas de recolha e tratamento da informação adequada, bem como controlar a sua
utilização para fins especificados. Enquanto as técnicas são um conjunto de procedimentos bem
definidos destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento de dados.

Na abordagem qualitativa, o cientista objectiva aprofundar-se na compreensão dos fenómenos


que estuda acções dos indivíduos, grupos ou organizações em seu ambiente ou contexto social
interpretando-os segundo a perspectiva dos próprios sujeitos que participam da situação, sem se
preocupar com representatividade numérica, generalizações estatísticas e rela. O método
escolhido foi inquérito por questionário, que segundo Sousa e Batista (2011), permite recolher
uma amostra
17
Para a presente pesquisa serão utilizadas as seguintes técnicas de recolha de dados: entrevista
semi-estruturada, observação indirecta e pesquisa documental.

3.4.1 Entrevista Semi-estruturada:


Para Queiroz & Duarte (2002) a entrevista semi-estruturada é uma técnica de colecta de dados
que supõe uma conversação continuada entre informante e pesquisador e que deve ser dirigida
por este de acordo com seus objectivos. Desse modo, da vida do informante só interessa aquilo
que vem se inserir directamente no domínio da pesquisa. A autora considera que, por essa razão,
existe uma distinção nítida entre narrador e pesquisador, pois ambos se envolvem na situação de
entrevista movidos por interesses diferentes.
Para Lakatos & Marconi (2010), a entrevista semi-estruturada é caracterizada quando o
entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direcção que considere
adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente a questão. Este tipo de entrevista é a
que os investigadores qualitativos mais utilizam.

3.4.2 Análise Documental:


Segundo Gil (2008) a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única
diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa
documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa. O desenvolvimento da
pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica. Apenas há que se
considerar que o primeiro passo consiste na exploração das fontes documentais, que são em
grande número. Existem, de um lado, os documentos de primeira mão, que não receberam
qualquer tratamento analítico, tais como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas,
contractos, diários, filmes, fotografias, gravações etc. De outro lado, existem os documentos de
segunda mão, que de alguma forma já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa,
relatórios de empresas e tabelas estatísticas.
Pesquisa documental baseia-se em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou
que podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa. Ela pode integrar o rol das
pesquisas utilizadas em um mesmo estudo ou caracteriza-se como o único delineamento utilizado

18
para tal, sua notabilidade é justificada no momento em que se podem organizar informações que
se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova importância como fonte de consulta. Ora a
pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam nenhuma análise
aprofundada, este tipo de pesquisa visa seleccionar tratar e interpretar a informação bruta,
buscando extrair algum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo desse modo contribuir
com a comunidade científica assim de que os outros possam a desempenhar futuramente o
mesmo papel. A pesquisa apresenta uma série de vantagens, primeiramente há que considerar
que os documentos constituem fonte rica e estável de dados. (Margarida, 2002)

De acordo com Lakatos &Marconi (2008), a característica da pesquisa documental é que a fonte
de colecta de dados esta restrita a documentos, escritos ou não, constituindo oque se se denomina
de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o facto ou fenómeno
ocorre, ou depois.

3.5. Observação Directa:


Observação directa consiste na recolha de informação, de modo sistemático, através do contacto
directo com situações específicas. Esta técnica existe desde que o homem sentiu necessidade de
estudar o mundo social e natural, e constitui uma técnica básica de pesquisa. Permite-nos uma
visão mais completa da realidade de modo a articular a informação proveniente da comunicação
intersubjectiva entre o sujeito de carácter objectivo. (Aires Luísa, 2015)

De acordo com Quivy & Campenhoudt (2005) o investigador dirige-se ao sujeito para obter a
informação procurada. Ao responder as perguntas, o sujeito intervém na produção da
informação. Esta não é recolhida directamente, sendo, portanto, menos objectiva. Na realidade,
há aqui dois sujeitos, a quem o investigador pede que responda, e o instrumento, constituído
pelas perguntas a pôr. Estas são duas fontes de deformações e de erros que será preciso controlar
para que a informação obtida não seja falseada voluntariamente ou não. Na observação directa o
instrumento de observação é um questionário ou guião de entrevista.
A investigação qualitativa insere-se hoje em perspectivas teóricas, por um lado, diferenciadas e,
por outro lado, coexistentes e recorre ao uso de uma grande variedade de técnicas de recolha de
informação como materiais empíricos, estudo de caso, experiência pessoal, história de vida,
entrevista, observação, textos históricos, interactivos e visuais que descrevem rotinas, crises e

19
significados na vida das pessoas. Trata-se de uma pesquisa somente com observação-
participação na acção de parte do pesquisador sobre o meio ou sujeito pesquisado. (Lundin Iraê
Baptista, 2016)

3.6. Participantes:
Os procedimentos para a selecção dos participantes, será feita mediante o método não
probabilístico intencional ou por julgamento. De acordo com Gil (2008), a amostragem não-
probabilística não apresenta fundamentação matemática ou estatística, dependendo unicamente
de critérios do pesquisador. Realça ainda que apresentam algumas vantagens, sobretudo no que
se refere ao custo e ao tempo despendido. Os tipos de amostragens não probabilísticas mais
conhecidos são por acessibilidade, por tipicidade e por cotas

Saturação pode ser considerada uma categoria de análise, significado que, no contexto da
interrogação, o entrevistador dá conta da repetição das informações face aos nós centrais do
questionamento. Assim, a saturação é definida como fenómeno pelo qual, depois de um certo
número de entrevistas, o investigador ou equipa tem a noção de nada recolher de novo quanto ao
objecto da pesquisa (Bertaux, 1997).

A diversidade relaciona-se com a garantia de que a utilização das entrevistas se faz tendo em
conta a heterogeneidade dos sujeitos (ou fenómenos) que estamos a estudar. De facto, na
pesquisa qualitativa, procura-se a diversidade e não homogeneidade, e, para garantir que a
investigação abordou a realidade considerando as variações necessárias, é preciso assegurar a
presença da diversidade dos sujeitos ou situações em estudo. Por exemplo torna-se obrigatório,
numa pesquisa que se utilize entrevistas, interrogar os sujeitos cujas opiniões sejam
heterogéneas, reportando-se a um leque variado de situações (Pires, 1997).

3.7 Analise de conteúdo


Segundo Bardin (2006), conceitua analise de conteúdo como uma técnica de investigação que
tem por finalidade a descrição objectiva sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da
comunicação. O objectivo da analise do conteúdo é compreender criticamente o sentido das
comunicações, ou conteúdo manifesto latente, os significados explícitos e ocultos.

20
A abordagem da analise de conteúdo é uma técnica de pesquisa que tem por objectivo descrever
o conteúdo do manifesto da comunicação de maneira objectiva, sistemática e quantitativa.
(Campus, 2014)

Para elaboração deste trabalho usou-se análise de conteúdo, como uma técnica uma técnica usada
para reduzir o volume do material no conjunto de categorias criadas com base nos objectivos
específicos. Procurou-se agrupar os dados recolhidos interpretados de uma forma organizada
com maior claridade dos assuntos propostos

4. Orçamnto da pesquisa
Descrição Quantidade Preço Unitário Valor
Blocos de nota 04 100,00 400,00
Canetas 04 50,00 200,00
Gravador 01 12.000,00 12.000,00
Passagem 08 500,00 4.000,00
Impressões 200 2,50 500,00
Encadernação 04 100,00 400,00
Total 17.500
Fonte: autora 2022

5. Cronograma de Actividades
Meses Submissão Recolha Analise e Discussão Conclusão Revisão e
do Projecto de dados interpretação dos Submisão
de dados resultados da
Monografia
Final
Março
Abril
Maio
Junho
Julho

21
Agosto
Fonte: Autora 2022

22
7. Referências bibliográficas
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São Paulo, editora Atlas.
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exemplos e exercícios resolvidos. 7. ed. São Paulo: Atlas.
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modelo de gestão pública gerencial. Belo Horizonte: Fórum.
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Auditores Internos. Lisboa: Edirora Rei dos Livros.

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