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UNIVERSIDADE SÃO TOMAS DE MOÇAMBIQUE

Por:

René Daniel Fondo

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO NA GESTÃO DE


TESOURARIA UM ESTUDO DE CASO A PETROMOC, SA (PETROLEOS DE
MOÇAMBIQUE)

Licenciatura em Gestão de Empresas

Maputo, Abril de 2023


RENÉ DANIEL FONDO

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO NA GESTÃO DE


TESOURARIA (UM ESTUDO A PETROMOC, SA)

Projecto de pesquisa apresentada como requisito


para obtenção de grau de licenciatura em Gestão
de Empresas pela Universidade São Tomas de
Moçambique.

Supervisor:
Lista de Siglas

AICPA - The American Institute of Certified Public Accountants (Instituto Americano de


Contabilistas Públicos Certificados)

COSO- Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (Comitê das.


Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway)

IFAC (International Federation of Accountants) Federação Internacional de Contabilistas


Indice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...........................................................................................................5
1.1 Contextualização.........................................................................................................................5
1.2 Definição do problema................................................................................................................6
1.3 Objectivos....................................................................................................................................7
1.3.1 Objectivo Geral.....................................................................................................................7
1.3.2 Objectivos Especificos..........................................................................................................7
1.5 Justificativa..................................................................................................................................7
1.6 Estrutura do projecto....................................................................................................................8
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................9
2.1 Controlo Interno..........................................................................................................................9
2.1.1 Conceitos e Objectivos.........................................................................................................9
2.1.2 Tipos de Controlo Interno.....................................................................................................9
2.2. Modelo de Controlo Interno – COSO.......................................................................................10
2.2.1. Ambiente de controlo.........................................................................................................10
2.2.2 Avaliação de Riscos............................................................................................................10
2.2.3 Actividades de Controlo.....................................................................................................10
2.2.4 Informação e Comunicação................................................................................................11
2.2.5 Monitoramento...................................................................................................................11
2.3. Sistema de Controlo Interno.....................................................................................................11
2.4.3 Gestão da Tesouraria.........................................................................................................12
2.4.4 Sistema de Controlo Interno na Tesouraria.........................................................................13
CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA...........................................................................14
3.1. Metodologia da Pesquisa.....................................................................................................14
3.1.1. Pesquisa Bibliográfica.................................................................................................14
3.1.2. Pesquisa documental....................................................................................................14
3.1.3. Estudo do caso.............................................................................................................14
3.2. Instrumentos de recolha.......................................................................................................14
3.2.1. Questionário.................................................................................................................14
3.2.2. Entrevista.....................................................................................................................15
4. Resultados esperados...................................................................................................................15
5. Cronograma de actividades ( Ano 2022).....................................................................................16
6. Referências Bibliogràficas...........................................................................................................17
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização
Quando falamos em Gestão são necessários três elementos, nomeadamente: Planeamento,
Execução e Controlo . Neste contexto o controlo Interno surge como base de sustentação
entre aquilo que foi planeado e o que esta sendo executado..

Toda empresa que deseja aumentar o seu valor e com precisão, deve ter em vista seus
objectivos, aliados a todas dificuldades para o alcance destes e adoptar estratégias eficientes e
eficazes, para que essa valorização aconteça. O alcance da situação futura desejada, porém,
requer da empresa a adoção de mecanismos de controlo capazes de assegurar que suas acções
estejam voltadas para o cumprimento dos objectivos traçados.

Sendo assim o Controlo interno é entendido como sendo uma actividade que procura garantir
as boas prácticas de gestão e procedimentos, bem como das políticas determinadas pela
gestão.

Por isso, o Controlo Interno é importante em uma organização, para realizar uma avaliação
independente, assim auxiliando a organização a atingir os seus objectivos apartir de uma
abordagem sistemática e disciplinada, para a avaliação e melhoria de eficácia dos processos.

A gestão de tesouraria realiza a gestão diária dos movimentos de recursos financeiros e a


partir disso, consegue-se identificar eventuais desequilíbrios com antecedência e providenciar
a liquidez necessária. Esta gestão é necessária, pois existe um desequilíbrio entre o tempo de
pagamento e o tempo em que o dinheiro está disponível.

Adicionalmente, a tesouraria desempenha o controlo das informações e movimentações


financeiras provenientes de todos os departamentos da empresa e gere também a aplicação
dos recursos operacionais, o que está ligado diretamente com todos os setores estratégicos e
decisórios da organização.

Essa área está exposta a diversos riscos que devem ser previstos e acautelados,
principalmente no setor da construção, onde ocorrem vários pagamentos por dia, e como tal,
necessitam ter um Sistema de Controlo Interno eficaz, importante também para prevenção da
fraude, tema que nos últimos anos tem sido notícia em Portugal pela sua ocorrência.

Assim, a avaliação do risco é uma ferramenta essencial para determinar as áreas de maior
vulnerabilidade e a resposta a dar para prevenir esses riscos

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1.2 Definição do problema

A sobrevivência das organizações, em um momento de grandes aquisições e fusões


empresariais, depende da boa administração dos recursos por parte dos gestores das
companhias. Para que os recursos sejam bem utilizados, planeamento e controles eficientes
no uso do caixa são importantes

Segundo Attie (2012), o controlo interno, compreende o plano de organização e o conjunto


coordenado de métodos e medidas adoptados pela organização para proteger seu património,
verificar a exatidão e a fidedignidade dos seus dados contabilísticos, promovendo a eficiência
operacional e encorajar a adesão as políticas traçadas pela organização.

Mafumo (2012), fala sobre o caso dos aeroportos de Moçambique na qual apesar de ter um
sistema de controlo interno ʺsupostamenteʺ rigoroso nos recebimentos e pagamentos houve
um desvio de fundos do erário público. Remetendo-nos a uma gestão inadequada dos
recursos financeiros, gestão essa que levou a delapidação dos fundos da empresa Aeroportos
de Moçambique e a entrar numa situação de alerta vermelho, comprometendo assim, a
estabilidade da empresa.

Portanto, o problema de pesquisa proposto no trabalho é colocada da seguinte forma: Sendo a


gestão de tesouraria um ponto chave e importante para a estabilidade das empresas, :Ate que
ponto o sistema de controlo interno na gestão de tesouraria tem o impacto na tomada de
decisão dos gestores das grandes empresas?

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1.3 Objectivos
Neste tópico são apresentados os objectivos gerais e específicos.

1.3.1 Objectivo Geral


Esta pesquisa visa materializar o estudo sobre a Importância do Controlo Interno na Gestão
de Tesouraria empresa PETROMOC, SA.

1.3.2 Objectivos Especificos


 Identificar os controlos internos existentes na área de tesouraria na empresas
 Demonstrar a importância da gestão de tesouraria nas Construtoras como instrumento
estratégico na tomada de decisões
 Compreender como estas empresas percecionam a fraude e a combatem.

1.5 Justificativa
A nível empresarial a presente pesquisa torna-se enriquecedora por se tratar de um estudo que
busca propor o estudo sobre Sistema de Controle Interno na Gestão de Tesouraria de uma
grande empresa.

A nível social encontra-se o facto da implementação do Sistema de controlo interno permitir


que a empresa estudada se torne sólida , mesmo em tempos de crise, mantendo assim os
funcionários empregados, tornando possível que a organização possa crecer e oferecer mais
emprego e projectos de desenvolvimento para a sociedade.

Em termos científicos, a dissertação constitui um contributo para o estudo da tendência


prática da gestão de tesouraria e controlo interno nas grandes empresas. Por outro lado, com
este estudo, as organizações têm acesso a uma investigação que poderá ser servir de base para
identificar possíveis melhorias a realizar.

Escolheu – se a PETROMOC, SA para a recolha de dados, não só por ser um das grandes
empresas nacionais também por ser uma empresa que seguramente processa a sua informação
contabilística com fiabilidade.

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1.6 Estrutura do projecto
O projecto está organizado em Cinco (5) Capítulos, nomeadamente:

CAPITULO I : INTRODUÇÃO, expõe o objectivo do projecto, contextualize e justifica a


proposta do estudo, destacando aspectos chave que serão desenvolvido no decorrer da
monografia. Descreve o problema de pesquisa que esta inserido o tema. É neste capitulo
tambem, que se fala sobre a metodologia e a estrutura de trabalho.

CAPITULO II : REVISÃO DA LITERATURA, onde será enquadrada a base teórica que


aborda os conceitos e informações a respeito de Controlo Interno e as suas ferramentas de
auxílio na gestão de Tesouraria nas grandes empresas.

CAPITULO III : METODOLOGIA, são descritos os aspectos metodológicos do estudo,


classificando quanto a tipologia empregada, apontando os procedimentos utilizados e como
os dados foram colectados e tratados.

CAPITULO IV : CRONOGRAMA E RESULTADOS ESPERADOS, onde será ilustrada


a calendarização do tempo e/ou o tempo esperado para a execução e conclusão de trabalho de
pesquisa e as expectativas do trabalho de pesquisa.

CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, onde são ilustradas as bases usadas


para desenvolver o presente trabalho de pesquisa.

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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Controlo Interno

2.1.1 Conceitos e Objectivos


O Controlo Interno resulta de uma evolução que teve ínicio nas civilizações antigas.

De acordo com Barata (1999) “ o Controlo interno ingloba o plano da Organização e todas as
medidas coordenadas e adoptadas por uma empresa para savalguardar os bens; comparar a
exatidão e a veracidade das informações contabilísticas; promover a eficiência,
operacionalidade e estimular a adesão aos metodos prescritos pela administração.”

Nas organizações a Administração e a primeira responsável pela implantação dos sistemas de


controlo e pela introdução de mecanismos para garantir a sua observância.

Em 1992, o Comité das Organizações Patrocinadoras do Treadway (COSO) desenvolveu um


modelo para avaliação de controlos internos. Este modelo foi adoptado como quadro
geralmente aceite para o controlo interno e e amplamente reconhecido como padrão
definitivo com o qual as organizações medem a eficácias de seus sistemas de controlo
interno. De acordo com a COSO, Controlo interno é um processo que busca proporcionar
grau de confiança para concretizar os seguintes objectivos: Eficàcia e eficiência dos recursos;
Confiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas estabelecidas.

O controlo interno visa essencialmente:

 A eficiência e a eficácia das operações que e o objectivo fundamental da organização


 Inclui a performance, a rentabilidade e salvaguardar os recursos
 A fiabilidade das demonstrações financeiras de modo a fornecer, aos accionistas,
empregados, clientes, fornecedores e demais interressados, as informações adequadas
 A observância das leis e regulamentos do país no qual a empresa esteja integrada.

2.1.2 Tipos de Controlo Interno


A AICPA ( The American Institute of Certified Public Accountants) definiu dois (2) tipos de
controlo interno: Administrativo e Contabilístico.

Controlos administrativos, associados as operações da empresa, visando garantir que a


gestão assume a responsabilidade do controlo para atingir os objectivos estratégicos da
empresa.

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Controlos Contabilísticos, preocupam-se com a integridade e actualidade dos Sistema de
informação contabilístico e financeiro, designadamente:

 As transacções são realizadas com autorização da gestão


 Salvaguardar os activos e informações fidedigna
 As transacções são devidamente registradas, em observância dos princípios
geralmente aceites
 O acesso aos activos e permitido em função das autorizações e limites estabelecidos
pela gestão
 Os registros contabilísticos dos activos são periodicamente conferidos , são tomadas
acções correctivas em caso de diferenças.

2.2. Modelo de Controlo Interno – COSO


Em 1992, o Comitê das Organizações Patrocinadoras do Treadway (COSO) desenvolveu um
modelo para avaliação de controlos internos. Este modelo foi adotado como quadro
geralmente aceite para o controlo interno e é amplamente reconhecido como o padrão
definitivo com o qual as organizações medem a eficácia de seus sistemas de controlo interno.
De acordo com o COSO, o controlo interno é constituído por cinco componentes essenciais
para um sistema de controlo interno eficaz (COSO framework): Ambiente de controlo;
Avaliação de riscos; Actividades de controlo; Informação e comunicação; e,
Monitoramento

2.2.1. Ambiente de controlo


Abrange a estrutura de Controlo Interno, com conceitos como conduta, atitude, consciência,
competência e estilo. Em outras palavras: Integridade e valores éticos; Compromisso com a
competência; Conselho de Administração e Comitê de Auditoria; Filosofia da Administração
e Estilo de Operação; Estrutura organizacional; Atribuição de Autoridade e
Responsabilidade; Políticas e Procedimentos de Recursos Humanos.

2.2.2 Avaliação de Riscos


Identificação e análise dos riscos relevantes para o cumprimento dos objetivos da empresa.
Contribui também na determinação de como os riscos devem ser monitorados e avaliados.
Em nosso artigo sobre Gestão de Riscos falamos sobre o processo de avaliação.

2.2.3 Actividades de Controlo


Políticas e procedimentos que ajudam a assegurar que: Objetivos operacionais sejam
atingidos e estratégias para atenuar riscos sejam seguidas.

10
2.2.4 Informação e Comunicação
Estabelece as seguintes diretrizes para que as actividades de controlo interno sejam realizadas
da melhor maneira possível: A qualidade de Informação e eficácia da comunicação.

2.2.5 Monitoramento
O monitoramento eficaz ajuda a garantir que seu sistema de controlo interno continuará a
proporcionar as proteções necessárias para a empresa. Portanto, o monitoramento deve ser
projectado para identificar e corrigir falhas no controlo interno antes que elas resultem em
uma distorção significativa nas demonstrações financeiras.

2.3. Sistema de Controlo Interno


No âmbito da atividade desenvolvida pelas organizações na área da tesouraria, esta está
exposta a riscos que devem ser previstos e acautelados, para isso a organização necessita de
ter um sistema de controlo interno eficaz e robusto.

O IFAC (International Federation of Accountants) explica que o Sistema de Controlo Interno


consiste no plano de organização e todos os métodos ou procedimentos adotados pela
administração de uma entidade para auxiliar e atingir o objetivo de gestão e de assegurar,
quanto possível, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a aderência às
políticas da administração, a salvaguarda dos activos, a prevenção e deteção de fraudes e
erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada preparação de
informação financeira fidedigna.

De acordo com Costa (2010), o controlo das operações bancárias realizadas pela empresa é
um procedimento bastante importante, na medida em que lhe permite entender quais as
origens das entradas e a concordância com a realidade contabilística, tendo consequências
mesmo ao nível do Orçamento de Tesouraria, que deve ser confirmado com as informações
mais realistas possível. A empresa deve manter uma monitorização dos resultados de
tesouraria consequentes das suas atividades correntes, verificando frequentemente o seu
estado em termos bancários, já que tais meios líquidos não se encontram ao seu alcance para
contagem física.

11
2.4.3 Gestão da Tesouraria
De Sousa (2010), sustenta que a gestão de tesouraria consiste no processo de regulação dos
pagamentos e recebimentos da empresa de forma que esta possa fazer face, sem falhas, às
responsabilidades que assumiu.

Isto quer em nível de pagamentos que causem transtornos ao seu subsistema operacional, por
falta de inputs, quer a fim de viabilizar a sua estratégia comercial, ou seja, criando a
capacidade financeira para que seja possível respeitar as condições de vendas definidas na
sua política de marketing. Este processo deverá ser o mais económico possível, isto é, dar
lugar ao menos pagamento de juros ou maior recebimento possível de juros.

Do outro lado, Queiroz (2010), defende que a gestão de tesouraria consiste na adopção de
medidas e instrumentos para assegurar que, a qualquer momento, uma empresa tem ao seu
dispor os recursos financeiros suficientes para satisfazer todas as suas responsabilidades de
curto prazo de forma ética, responsável e sustentável.

É impossível uma organização sobreviver sem uma gestão de tesouraria apropriada, capaz de
satisfazer situações de défice de recursos, problemática essa não menos exigente e crucial
para a estabilidade financeira de uma empresa. Wernke (2008), define gestão de caixa como
uma das funções da administração financeira com o objectivo de avaliar o fluxo de
pagamentos e recebimentos que a empresa possui, bem como o respectivo saldo de caixa
(disponibilidades) dos períodos futuros enfocados. S

egundo Costa (2010), gestão de tesouraria consiste no conjunto de medidas, técnicas e


instrumentos que pretendem assegurar que, nos mais diversos momentos, uma empresa
dispõe de recursos financeiros suficientes para satisfazer os seus compromissos de curto
prazo. É necessário que ocorra uma gestão de tesouraria rigorosa e cuidada, pois nas
empresas, as despesas e as receitas tendem a ocorrer em momentos diferentes, visto que na
esmagadora maioria dos casos não há uma coincidência temporal entre o momento da
realização da compra ou venda e o momento em que efectivamente são efectuados os
respectivos pagamentos ou recebimentos. Como consequência, uma empresa lucrativa, que
aparentemente é viável no médio e longo prazo, possa deparar-se com dificuldades de
tesouraria para saldar as dívidas de curto prazo.

12
2.4.4 Sistema de Controlo Interno na Tesouraria
No âmbito da actividade desenvolvida pelas organizações na área da tesouraria, esta está
exposta a riscos que devem ser previstos e acautelados, para isso a organização necessita de
ter um sistema de controlo interno eficaz e robusto.

A tesouraria é uma área muito importante do departamento financeiro, sem ela a organização
perderia uma das suas bases fundamentais e comprometeria todo o controlo interno.

De acordo com Costa (2010), o controlo das operações bancárias realizadas pela empresa é
um procedimento bastante importante, na medida em que lhe permite entender quais as
origens das entradas e a concordância com a realidade contabilística, tendo consequências
mesmo ao nível do Orçamento de Tesouraria, que deve ser confirmado com as informações
mais realistas possível. A empresa deve manter uma monitorização dos resultados de
tesouraria consequentes das suas atividades correntes, verificando frequentemente o seu
estado em termos bancários, já que tais meios líquidos não se encontram ao seu alcance para
contagem física.

Orçamento de Tesouraria

Segundo Neves, J. C.6 (2012), o orçamento de tesouraria constitui o principal documento da


gestão financeira corrente, tendo em atenção que nele estão refletidos os recebimentos e
pagamentos previsionais, constituintes fundamentais do equilíbrio de tesouraria. O papel do
orçamento de tesouraria é o de permitir ao empresário saber se a empresa vai gerar meios
financeiros suficientes para liquidar as dívidas que se vão vencendo. Quando a empresa
dispõe de um sistema completo de orçamentos, as previsões das receitas e das despesas
inscritas no orçamento de tesouraria derivam das previsões inscritas nos orçamentos de
exploração e no orçamento de investimento e financiamento. O orçamento de tesouraria
destina-se a evidenciar as necessidades de liquidez das organizações (Duarte, C., 2009). Será
que o orçamento de tesouraria é elaborado de forma a prever as necessidades de liquidez e
tem o contributo de todos os departamentos? Para que não haja problemas de tesouraria, estes
devem ser previstos, avaliados e ultrapassados com antecipação, de forma a manterem as
disponibilidades num nível suficiente, o que só é possível através da elaboração dos
orçamentos de tesouraria (Mortal, A., 2006). Segundo Brealey e Myers (1998) existem várias
formas de elaborar um orçamento de tesouraria mensal, trimestral ou anual. Muitas das
grandes empresas desenvolveram modelos empresariais complexos, outras utilizam
programas de folhas de cálculo para planear as suas necessidades de tesouraria

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CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1. Metodologia da Pesquisa


Segundo Fonseca (2002) metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Assim
sendo, o estudo a realizar quanto aos objectivos será de carácter exploratório pois de acordo
com Gil (2007) este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Nesse sento, a
pesquisa terá como base sustentável a pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso.

3.1.1. Pesquisa Bibliográfica


A pesquisa Bibliográfica é a base do estudo a realizar sendo que possibilita o enquadramento
teórico referente ao controlo Interno nas grandes empresas. De acordo com Fonseca, (2002,
p. 32), esta pesquisa é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de Web
sites.

3.1.2. Pesquisa documental


A requisição imprescindível de material diversificado como as demonstrações financeiras e o
manual de procedimentos internos da PETROMOC,SA constitui uma pesquisa documental.

3.1.3. Estudo do caso


Assumindo que faremos um estudo da PETROMOC,SA de forma a analisar o controlo
interno na Gestao de tesouraria nas nos períodos de 2020 e 2021 estaremos perante um estudo
de caso pois, de acordo com Gil (2007, p. 54), um estudo de caso pode ser caracterizado
como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um
sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social.

3.2. Instrumentos de recolha


Os instrumentos de recolha de dados necessários para a realização da pesquisa serão:
questionário e entrevista.

3.2.1. Questionário
O questionário é um instrumento de colecta de dados que engloba uma série ordenada de
perguntas (fechadas, abertas e mistas) que devem ser respondidas por escrito pelo informante,
sem a presença do pesquisador. Neste contexto, para realização da pesquisa usar-se-á

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questionário constituído por questões mistas, ou seja, aquelas em que, dentro de uma lista
predeterminada, há um item aberto.

3.2.2. Entrevista
De modo geral, a entrevista é a técnica de interacção social em que uma das partes busca
obter dados, e a outra se apresenta como fonte de informação. Existem vários tipos de
entrevista mas as mais conhecidas são: estruturada, não estruturada e a semi estruturada.

 Entrevista estruturada – onde segue-se um roteiro previamente estabelecido, ou


seja, as questões são preestabelecidas. O objectivo principal é obter diferentes
respostas à mesma questão, possibilitando que sejam comparadas;
 Entrevista não estruturada – onde o entrevistado pode expressar-se livremente a
respeito do tema pesquisado, ou seja, busca a visão geral do tema.
 Entrevista semi estruturada – onde o pesquisador predetermina um conjunto de
questões sobre o tema, mas permite, e às vezes até incentiva, que o entrevistado fale
livremente sobre assunto em causa.
Entretanto, para a realização da presente pesquisa será usada a entrevista não estruturada
pois esta da mais campo de obtenção de informação para um estudo de carácter
exploratório.

4. Resultados esperados
Espera-se desta pesquisa o seguinte:
 Alcançar os objectivos pré-estabelecidos, geral e específicos, ou seja, demonstrar de
que forma é relevante a importância dos sistemas de controlo interno na gestão de
Tesouraria nas grandes empresas
 Dar uma visão mais detalhada de como funcionam os mecanismos de controlo interno
em uma grande empresa;
 Identificar as possiveis limitações do controlo interno na gestão de tesouraria;

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5. Cronograma de actividades ( Ano 2023)
Actividades Marco Abril Maio Junho Julho Agosto
Elaboração do projecto            
Entrega do projecto            
Pesquisa bibliográfica            
Colecta de dados            
Apresentação e discução de resultados            
Conclusão            
Entrega do TCC            
Defesa de banca            

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6. Referências Bibliogràficas

Attie, W.( 2012) Auditoria Interna. 2. d. São Paulo: Atlas.

Barata, Alberto S. (1999). Contabilidade, Auditoria e Ética nos Negócios, Lisboa, Noticias
Editora.

Costa, C. (2010). Auditoria Financeira – Teoria & Prática (9.ª Edição). Lisboa: Rei dos
Livros.

Dias, M. (2013). A rentabilidade das indústrias nacionais de cortiça: na ótica da gestão de


tesouraria. (Dissertação de Mestrado). Instituto Superior de Contabilidade e Administração
do Porto do Instituto Politécnico do Porto.
Fonseca, J. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.
Gil, A. (2007). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Internacional Accounting Standard Committee. (2001).
Hollein, M. (2010). The treasurer as chief liquidity officer. Journal of Corporate Treasury
Management, Vol. 4, nº.1, pp. 28-34.
Lacrampe, S., & Causse, G. (1975). Métodos de gestão da tesouraria. Porto: Rés-Editora
Meunier, H., Barolet, F., & Boulmer, P. (1974). A vida das empresas – A tesouraria das
empresas”; Vol. II – Planos de Tesouraria e Financeiros; Livraria Clássica Editora; Porto.
Miccliava, Paulo norberto.(2002). Controlos internos nas organizacoes. Edicta.
Montigelli, S. (2010). A crossroads of liquidity management and technology: Treasury's time
is now. Journal of Corporate Treasury Management, Vol. 3, nº.4, pp. 358-367
Tchaziwa, T.( 2002). Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa. São Paulo:
Atlas.

AICPA (1972). American Institute of Certified Publics Accountants. Statement on Auditing


Standards (SAS) No. 1. Disponível em http://www.aicpa.org. Consultado em 20/04/2022.

COSO (1992). Internal Control - Integrated Framework, Executive Summary. Disponível em


http://www.coso.org/IC.htm. Consultado a 20/04/2022.
COWORK. (2018). Organizações não Governamentais em Moçambique. Disponível em
https://coworklab.net. Consultado em 20/04/2022

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