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ÍNDICE

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...................................................................................................2
1.1 Contextualização..........................................................................................................2
1.2 Problematização...........................................................................................................4
1.3 Objectivos....................................................................................................................4
1.3.1 Objectivo Geral....................................................................................................4
1.3.2 Objectivos específicos..........................................................................................4
1.4 Hipóteses......................................................................................................................5
1.5 Justificativa..................................................................................................................5
1.6 Delimitação do tema.....................................................................................................6
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................7
2.1 Definição de conceitos-chave no contexto da pesquisa................................................7
2.1.1 Auditoria...............................................................................................................7
2.1.1.1 Contextualização..............................................................................................7
2.1.1.2 Fases do processo de auditoria..........................................................................8
2.1.1.3 Auditoria Interna...............................................................................................8
2.1.1.4 Ética do Auditor Interno...................................................................................9
2.1.2 Controlo interno..................................................................................................11
2.1.3 Conceitos de fraude e erros.................................................................................13
2.1.4 Tipos de fraudes.................................................................................................14
2.1.4.1 Fraude Contabilística......................................................................................15
2.1.4.2 Fraude Eletrônica............................................................................................16
2.1.4.3 Fraude Bancária Online..................................................................................16
2.1.4.4 Fraudes por Corrupção....................................................................................17
2.1.5 Forma de atuação dos fraudadores......................................................................17
2.1.5.1 Formas de actuação nas fraudes contabilística................................................17
2.1.5.2 Formas de actuação nas fraudes eletrônicas....................................................18
2.1.5.3 Formas de actuação nas fraude por corrupção................................................19
2.1.6 Fatores que incentivam as fraudes......................................................................20
2.1.7 Prevenção e detectação fraudes..........................................................................20
2.7.1.1 Prevenção.......................................................................................................21
2.1.7.2 Detecção.........................................................................................................22
2.1.8 O papel do auditor interno nas fraudes ou erros..................................................23
2.1.9 Evidências..........................................................................................................25
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
As organizações estão a reestruturar-se, a reinventar-se e a sofrer transformações de
reengenharia para mudarem as suas metas e os seus processos com vista a responder
adequadamente a uma envolvente em constante mutação. Neste quadro de mudança e de
crescente competitividade em todos os segmentos de mercado, as organizações têm que
aperfeiçoar os seus métodos de gestão, que se modernizar e racionalizar, que procurar
ganhos de produtividade, competitividade e rendibilidade.
A auditoria, em sentido amplo, pode constituir um importante instrumento ao serviço da
gestão para a prossecução desses objectivos. No entanto, para tomar em consideração as
necessidades da gestão das organizações, tornou-se necessária uma actuação mais
periódica da auditoria, com maior grau de profundidade e visando outras áreas da
organização (MORAIS, 2006, p.1).
Para Emanuely et al (2017, p.2) os principais problemas que atingem as instituições
públicas e privadas são os desvios, erros e fraudes, quem são designados de corrupção,
procedimento este que está relacionado com a falta de controlo adequado sobre um
determinado processo, implicando em um conjunto de actos que provocam a utilização
indevida do processo e dos recursos pertencentes às entidades, seja para benefício
próprio ou de terceiros
A sociedade moçambicana, maioritariamente estruturada numa óptica de economia de
mercado, exige que a função de auditoria seja cada vez mais interveniente no
diagnosticar de determinadas situações, como é o caso da viabilidade da empresa, na
denúncia de fraudes e de actos ilegais, na apreciação da economia, eficiência e eficácia
das organizações.
Neste sentido, o papel desempenhado pela auditoria é um reflexo das necessidades e
expectativas da organização como um todo para sobreviver e singrar numa dada fase de
desenvolvimento. Os auditores tornam-se facilitadores da mudança ao fornecerem
conhecimentos sobre o verdadeiro estado da organização e sobre a velocidade da
mudança que está a ter lugar nos processos da organização.
Nesta perspectiva, o posicionamento da auditoria, numa visão actual do seu
funcionamento, centra a sua atenção, não na auditoria aos órgãos da empresa, mas às
actividades que esta exerce1. Não obstante, o alcance e objectivos de auditoria variam e
dependem do tamanho e estrutura da organização, bem como dos requisitos da gestão.

1
MORAIS, M. (2006, p.3)
Desta forma, o presente estudo de pesquisa científica tem por objectivos trazer uma
reflexão sobre os impactos que a Auditoria trouxe para a extinta empresa Moçambique
Celular - sede (MCEL-sede) no período entre 2014-2016. A escolha desse período deve-
se ao facto de ter representado uma fase difícil dessa organização que culminou com a
decisão do Governo moçambicano em fundir com as Telecomunicações de
Moçambique (TDM) surgindo dessa forma a Moçambique Telecom (TMCEL).
Assim o presente trabalho comportará sete capítulos nomeadamente: o primeiro capítulo
que é a introdução, irá conduzir o leitor a um campo particular da pesquisa e serão
igualmente apresentados o tema em estudo, o problema, as hipóteses, os objectivos, e a
justificativa da escolha do tema em estudo, bem como a delimitação do tema; o segundo
capítulo faz menção a revisão da literatura, na qual foram serão discutidos trabalhos
apresentados por outros autores que igualmente se debruçaram sobre o tema em
pesquisa e igualmente serão conceituados algumas expressões relevantes para melhor
percepção da presente pesquisa científica; o terceiro capítulo, faz referência a
metodologia, onde será evidenciada as fases, métodos, técnicas, bem como instrumentos
e recursos utilizados na realização do trabalho; o quarto capítulo refere-se a análise e
discussão dos resultados onde serão desvendadas e analisados os resultados obtidos no
campo. No quinto capítulo serão feitas as conclusões finais a respeito do trabalho e a
seguir já no sexto capitulo as recomendações, cessando com o sétimo capítulo relativo
as referências bibliográficas.

1.2 Problematização
Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e
operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver,
limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da
formulação do problema da pesquisa é tomá-lo individualizado, específico,
inconfundível (RUDIO, 1978, p.75 apud LAKATOS & MARCONI, 2003,p.127)
Durante vários anos, a empresa Moçambique Celular (Mcel) sempre foi vista como uma
organização muito dinâmica e credível facto que fez com que lidera-se o sector das
telefonia móvel durante vários anos. No entanto devido a factores que podem ser tanto
de ordem interna quanto externa, a sua hegemonia neste sector acabou por dar lugar a
problemas de má gestão que resultaram na perca de grande parte da quota de mercado e
na descida para o último lugar no ranking das maiores companhias de telefonia moveis
em Moçambique, atrás da Vodacom e da Movitel que curiosamente estão operando a
menos tempo no mercado domestico moçambicano.
Desta forma, a imprensa, centros de pesquisa2 e alguns gestores levantam a
possibilidade de fragilidades na auditoria às contas da Mcel possam ter influenciado
possivelmente no encobrimento más práticas de gestão que acabaram levando essa
empresa a uma posterior situação de insustentabilidade que acabou culminando com a
sua desintegração e fusão com a também extinta TDM. Diante disso o presente projecto
de pesquisa tem objetivo procurar saber sobre: Que importância o processo de
auditoria interna às contas da Mcel teve na garantia de boas práticas de
administrativas e na prevenção e combate de erros e fraudes no período entre 2014-
2016?

1.3 Objectivos
1.3.1 Objectivo Geral
 Analisar a importância que processo de auditoria interna teve na garantia de boas
práticas gestão da empresa Moçambique Celular (Mcel).

1.3.2 Objectivos específicos


 Identificar os impactos trazidos pela auditoria interna à saúde financeira da
empresa Mcel;
 Identificar as razões da crise enfrentada pela organização em estudo e sua
relação com auditoria interna;
 Descrever etapas do processo de auditoria interna da empresa Mcel;
 Propor sugestões que visem melhorar o processo de auditoria interna a Mcel.
2
Como por exemplo o Centro de Integridade Pública (CIP) na sua Edição 24/2015.
1.4 Hipóteses
Hipótese é uma suposição que antecede a constatação dos factos e tem como
características uma formulação provisória, deve ser testada para determinar sua
validade, que pode ser correcta ou errada, de acordo ou contraria ao senso comum e
sempre conduz a uma verificação empírica3. Ela tem como função propor explicações
para certos factos e ao mesmo tempo orientação, a busca de outras informações.
Por outro lado, Gil (1999) advoga que é uma preposição que pode ser colocada a prova
para determinar sua validade. Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao
problema a ser investigado e que será aceite ou rejeitada somente depois de
devidamente testada e tem o papel de sugerir explicações para os factos.
Para a questão de partida da presente pesquisa, apresentam-se como possíveis respostas
as seguintes:
H1 - A detectação de erros, fraudes e conluio nos órgãos de gestão da Mcel no período
entre 2014 – 2016.
H2 – A divulgação de informações financeiras correctas e fiáveis, que possibilitaram a
correcta tomada de decisões por parte dos órgãos de gestão da Mcel;
H3 – O auxilio na solução de diversos problemas de índole contabilístico, que permitiu
o melhoramento da performance dos contabilistas da organização em estudo.
H4 - O aumento da credibilidade da instituição em virtude da rápida prontidão do sector
auditoria interna em lidar eficazmente com casos de más praticas administrativas.

1.5 Justificativa
Apesar de ser muito discutido a importância da auditoria interna por diferentes
pesquisadores estrangeiros, em Moçambique ainda não se desenvolveu uma cultura para
se apurar as implicações que uma eficiente e eficaz auditoria interna tem sobre a
performance das organizações. Deste modo e porque observamos no período entre
2014-2016 houve uma acentuada queda no desempenho económico-financeiro da Mcel,
facto que culminou com a decisão do Governo moçambicano em fundir com a TDM,
revela-se de extrema importância esmiuçar sobre o real impacto que este processo de
auditoria interna teve na garantia de estimulo as boas praticas de gestão bem como na
dissuasão de práticas antiéticas pelos funcionários e principalmente pelo pelos gestores
3
Marconi e Lakatos (2003, p.126),
de topo da organização. A definição deste estudo teve base tanto a relevância do tema,
como o interesse acadêmico-científico e a contribuição prática para as organização em
análise sendo que as conclusões retiradas destes estudo úteis não só para a organização
em análise como para as outras organizações moçambicanas.

1.6 Delimitação do tema


Uma vez feita a apresentação do tema em estudo, é fundamental circunscrevê-lo, sendo
neste âmbito que se procede com a delimitação do tema, que tem como fundamento dois
critérios essenciais, i) o critério temporal; e ii) o critério espacial (Gil 2008).
Esta pesquisa esta focada em estudar a relevância do processo de auditoria interna as
contas da Mcel no período entre 2014-2016. Deste modo a pesquisa limita a esse
horizonte temporal as conclusões a serem retiradas desta pesquisa.
Por outro lado, já no critério espacial o estudo limita a sua pesquisa nas instalações sede
do Moçambique celular, Mcel- sede4, no entanto as conclusões sobre a importância da
auditoria são validas também para as demais organizações moçambicanas.

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA


Este capítulo visa definir e debater os conceitos indispensáveis para a percepção do
trabalho, tendo como alicerce obras bibliográficas de autores que se debruçaram sobre
os conceitos em causa.

2.1 Definição de conceitos-chave no contexto da pesquisa


Para um entendimento selectivo do problema em pesquisa, é importante conceptualizar
na perspectiva de diversos autores as palavras e/ou expressões que serão frequentemente

4
Agora sob a forma de Moçambique Telecom (TMCEL)
utilizados neste trabalho de pesquisa. Neste contexto, abaixo são debatidos e
conceptualizados aspectos que se revestem de grande importância para o trabalho.

2.1.1 Auditoria
2.1.1.1 Contextualização
A palavra auditoria, de acordo com Attie (1998) apud Reiter (2014, p.14), é oriunda da
cultura inglesa e significa examinar, ajustar, corrigir, certificar. Acredita-se que seu
surgimento tenha-se dado no século XIV, na Inglaterra, na qualidade de dominadora dos
mares e do comércio em épocas passadas, teria iniciado a disseminação de
investimentos em diversos locais e países e, por consequência, o exame dos
investimentos mantidos naqueles locais.
No entanto, como experiência sistemática, teve início apenas no século XIX, com o
aparecimento das primeiras associações de contadores públicos, profissionais que
cumpriam a função de auditor na época, tendo progredido notavelmente no século
passado, em virtude do desenvolvimento das firmas, do aumento de sua complexidade e
da ligação do interesse da economia popular nos enormes projectos (FRANCO;
MARRA, 2011 apud REITER 2014, p.14).
A auditoria tem por objectos acontecimentos documentados e também naqueles que
não foram documentados, mas sim, somente expostos por pessoas ligadas à empresa,
desde que essas informações sejam confiáveis, seguras e indiquem a realidade
(FRANCO E MARRA, 2011).
Os diferentes autores garantem também que, além das informações de dentro da
organização, são apreciadas as informações adquiridas fora da empresa, sendo que as
mesmas, normalmente, mais honestas do que as conseguidas de pessoas de dentro da
instituição.
Para Crepaldi (2010, p. 4) apud Reiter (2014, p.17), a auditoria tem por objecto os
“registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a
legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos
interesses patrimoniais.

2.1.1.2 Fases do processo de auditoria


O processo de desenvolvimento da auditoria é feita em várias fases que devem ser
minuciosamente executadas de modo a garantir que ocorra sem sobressaltos. De acordo
com Semedo (2012, p.12), as fases pelas quais são desenvolvidas qualquer auditoria são
as seguintes:
 Análise preliminar – nesta fase o auditor analisa a entidade com objectivo de
conhecer minimamente as actividades;
 Planeamento – é a fase inicial da auditoria onde se levanta todos os dados
necessários para a execução dos trabalhos;
 Execução – a fase conhecida como trabalho do campo auditoria propriamente
dita;
 Conclusão – a fase onde se faz o relatório final da auditoria;
 Follow-up – a fase onde o auditor interno avalia a eficácia e oportunidades das
medidas tomadas face ao relatório apresentado;
 Avaliação da auditoria - é a última fase do processo de Auditoria, a de revisão e
avaliação do desempenho do auditor.

2.1.1.3 Auditoria Interna


Existem diversos tipos de auditoria, no entanto o presente trabalho vai se focar em
abordar as particularidades relativas a auditoria interna nas diferentes organizações.
A auditoria interna é o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a
integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas,
contábeis, financeiras e operacionais da entidade”, além de auxiliar os membros da
administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-
lhes análises, opiniões e aconselhamentos pertinentes às atividades examinadas5.
Ela deve ser efectuada por um profissional de confiança dos administradores, o qual
realiza uma inspeção nos procedimentos adotados pela empresa, predominando “a
verificação constante de controlos internos, a manipulação de valores e a execução de
rotinas administrativas”, e se constitui como um instrumento de controle e ferramenta
gerencial da administração (CREPALDI, 2010, p. 28 apud REITER 2014, p.21).
O profissional que realiza a auditoria interna, o auditor interno, deve ter vínculo
empregatício com a entidade, mas não deve receber ordens de pessoas de quem examina
o trabalho, sendo, portanto, independente. Essa independência é crucial para a
existência de uma transparência no processo e consequente credibilidade dos resultados
obtidos pela auditoria.
De acordo com Almeida (2012, p.14),
5
De acordo com Crepaldi (2010, p. 28), apud Reiter (2014, p.21)
A implantação da auditoria interna de forma periódica possibilita à
administração uma maior profundidade nos procedimentos, mirando também
outras áreas não relacionadas com a contabilidade, como os sistemas de
controlo de qualidade, administração de pessoal entre outras (ALMEIDA
2012, p.14),

Entende-se, portanto, por auditoria interna o conjunto de comportamentos de inspeção


nos processos de uma organização, realizados por profissional com vínculo
empregatício com a instituição, tendo a função de auxiliar a gestão, de forma constante
e meticulosa, com autonomia e idoneidade para retratar o real cenário da empresa,
aconselhando as devidas medidas e precauções a serem tomadas quando se fizerem
necessárias.

2.1.1.4 Ética do Auditor Interno


No mundo contemporâneo, com o conjunto de compreensões requeridos ao auditor
interno no desenvolvimento da sua actividade, é essencial que valores como integridade,
objectividade e ética sejam fundamentais.
O Auditor Interno deverá ser prudente e competente, saber relacionar-se, comunicar e
manter-se informado, para que não haja incertezas acerca do cultivo desses valores e
lhes sejam efectivamente reconhecidos (SEMEDO, 2012).
Para Semedo (2012) é imprescindível e apropriado dispor de um código de ética para a
profissão de auditoria interna, fundamentada na fiabilidade posta na governação, gestão
de risco e controlo. Eles têm o compromisso de pôr freio às condutas inapropriadas
transformar - nos em diques de contenção, em barreiras protectoras através da promoção
de integridade e a transparência em todos os níveis da organização
O código de ética deve estabelecer os auditores certificados apliquem e respeitem os
dentre outros os seguintes princípios:
 Integridade;
 Independência;
 Responsabilidade;
 Competência;
 Urbanidade;
 Legalidade;
 Sigilo profissional.
O IIA (The Institute of Internal Auditors) homologou em 2009 que o auditor interno
deve respeitar e praticar os seguintes princípios e regras de conduta: Integridade;
Objectividade; Confidencialidade; Competência.
Princípios Princípios Regras de conduta dos auditores internos
1. Integridade 1.1.Deverão executar o seu trabalho com honestidade, diligência e
responsabilidade.
1.2.Deverão respeitar as leis e divulgar o que se espera seja feito ao
abrigo das leis e da profissão.
1.3.Não deverão, em consciência, participar em actividade ilegais, ou
em actos que desacretidem a profissão de auditoria interna ou a
organização.
1.4.Deverão respeitar e contribuir para os objectivos legitimos e éticos
da organização.
Os auditores internos
2. Objetividade 2.1.Não deverão participar em qualquer actividade ou manter uma
relação que prejudique ou que se presuma possa prejudicar o seu
julgamento imparcial. A participação inclui actividades ou relações tais,
que possam estar em conflito com os interesses da organização.
2.2.Não deverão aceitar nada que possa prejudicar ou que se presuma
possa prejudicar o seu julgamento profissional.
2.3.Divulgarão todos os factos materiais de que tenham conhecimento,
os quais, a não serem divulgados possam distorcer a informação das
actividades em analise.
3. Confidencialidade 3.1.Deverão ser prudentes na utilização e protecção da informação
obtida no desempenho das suas actividades.
3.2.Não deverão utilizar a informação para qualquer beneficio próprio
ou que de outra maneira estaria em desacordo com as leis ou em
detrimento dos objetivos legítimos e éticos da organização.
4. Competência 4.1.Aceitarão apenas serviços para os quais disponham do necessário
conhecnnmito,proficiên cia (capacidade, habilidade) e experiência.
4.2.Desempenharão os serviços de auditoria interna de acordo com as
Normas Internacionais para a Pratica Profissional de Auditoria Interna.
4.3.Deverão continuamente aperfeiçoar a sua proficiência e a eficiência
e qualidade dos seus

Figura 1- Princípios e regras dos auditores internos


Fonte: IIA (The Institute of Internal Auditors)

2.1.2 Controlo interno


O processo de controlo interno é bastante importante para as organizações actuais como
as empresas de telefonia móvel e outras que precisam garantir uma boa transparência
nos dados apresentados pelos diferentes sectores dentro das empresas.
Crepaldi (2010) apud Reiter (2014, p.21) define controlo interno como sendo todos os
instrumentos da organização destinados à vigilância, inspeção e verificação
administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos
que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu patrimônio.
Controlo interno constitui o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os
objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a
administração na condução ordenada dos negócios da empresa (ALMEIDA, 2012).
Igualmente se tem como objetivos a aquisição de informações adequadas, a estimulação
da consideração e do acatamento aos princípios da gestão e a elevação da eficiência e
eficácia operacional (JUNIOR, 1998 apud REITER,2014).
Não existe alguma instituição por mais pequena que execute a seu funcionamento
operacional sem ter implementado um qualquer sistema de controlo interno. O controlo
interno precisa fazer parte da actividade regular da empresa independentemente da sua
dimensão.
Em empresas mais pequenas, é o próprio dono da organização quem define as regras e
norteia o seu negócio.
Os sistemas de controlo interno não são e muito menos devem ser equivalentes em todas
as instituições, alteram dependendo do sector em que actua, da natureza e dimensão da
organização e outros configurações que identificam uma organização.
Para Franco e Marra (2011) apud Reiter (2014, p.26), os meios de controlo interno são:
[...] todos os registros, livros, fichas, mapas, boletins, papéis, formulários,
pedidos, notas, faturas, documentos, guias, impressos, ordens internas,
regulamentos e demais instrumentos de organização administrativa que
formam o sistema de vigilância, fiscalização e verificação utilizados pelos
administradores para exercer o controle sobre todos os fatos ocorridos na
empresa e sobre todos os atos praticados por aqueles que exercem funções
diretas ou indiretamente relacionadas com a organização, o patrimônio e o
funcionamento da empresa (FRANCO; MARRA, 2011, p. 267 apud
REITER,2014, p.26),).

A organização pode utilizar de três meios de controlo interno. O controlo antecedente,


que examina um fato antes que ele aconteça, o controle concomitante, que analisa o fato
simultaneamente a sua ocorrência e o controle consequente, que registra o fato após sua
ocorrência. Este último se dá através da contabilidade, mediante a escrituração6.
Almeida (2012) apud Reiter (2014) destaca que os controles internos têm limitações,
entre as quais a combinação entre funcionários para a apropriação dos bens da empresa,

6
Franco; Marra, 2011 apud Reiter,2014, p.26
funcionários inadequadamente instruídos com relação às regras internas e negligência
na execução de seus afazeres diários.
Referente às irregularidades mais comuns dentro de uma organização, Crepaldi (2010)
apud Reiter (2014) destaca que o suborno como sendo uma propina que alguém recebe
ou benefício direto que obtém para tomar determinada decisão. A fraude, se configura
pela adulteração de documentação e o desfalque, que se define pela simples retirada de
dinheiro.
Para tentar evitar tais situações, é necessário que no instante de contratação de um
funcionário, além da habilitação técnica, deve-se verificar os valores morais, analisar se
o candidato investe em sua qualificação e de que forma houve avanço em sua vida
social, além de examinar se o nível de vida do candidato está acima da situação
financeira que a mesmo exteriormente possui.
Segundo Almeida (2012) apud Reiter (2014) para certificar-se de que todos os
processos de controlos internos sejam concretizados, para apontar erros e
irregularidades e para responsabilizar os indivíduos por faltas cometidas na realização
das tarefas da organização, torna-se imprescindível que haja manuais internos em que
constem as delimitações das tarefas a serem executadas por cada funcionário e sua
efetiva aplicação.
Desta forma, torna-se essencial, também, que o indivíduo com acesso aos ativos não
seja a responsável pelos lançamentos contábeis, por exemplo, pois a mesma conseguiria
manipular os dados para acobertar algum desvio realizado, sendo a prática aconselhável,
para impedir este tipo de fraude, a comparação periódica entre os ativos e os registros
contabilísticos.
Um bom sistema de controlo interno aliado ao trabalho de auditoria está sendo cada vez
mais privilegiado nas empresas, contribuindo para a eficácia dos resultados finais em
qualquer companhia, sendo que, quanto melhor for o controle interno, menos testes
precisarão ser realizados pelos auditores, enquanto que, se ocorrer o oposto, mais testes
deverão ser aplicados (Crepaldi, 2010 apud Reiter, 2014).
Assim podemos concluir que os controles internos são uma forma de vigiar e fiscalizar
os processos que acontecem em uma organização com o fim de proteger o patrimônio e
levar a mesma ao crescimento almejado, além de auxiliar o trabalho da auditoria. Outro
sim, podemos dizer que para o eficaz andamento do controle interno, cada funcionário
deve ter sua função delimitada dentro da organização, através de manuais internos, para
que a ocorrência de erro ou fraude possa ser facilmente constatada, e, assim, minimizar
ou evitar práticas que são desfavoráveis à empresa.

2.1.3 Conceitos de fraude e erros


Podemos observar a diferença entre erros e fraudes: erros são atos não intencionais, já
as fraudes são atos intencionais nas transações, adulterações e nos demonstrativos
contábeis, o que as distingue é o elemento vontade, na intenção ou não de praticar a
ação. De acordo com o autor Ferreira (2008) apud Moura e Barbosa (2016) diz que é
diferença entre fraude e erro está no elemento vontade, no fato de existir ou não a
intenção quando da ação ou omissão. Uma mesma ação ou omissão pode se caracterizar
como fraude ou erro, dependendo de haver ou não a motivação do agente”.
Para Pickettt (2000, p.550) apud Moura et al (2014, p.13) a fraude pode ser entendida
como qualquer comportamento no qual uma pessoa pretende tirar uma vantagem
desonesta em cima da outra. Apesar desta definição sugerier a obtenção de uma
vantagem sobre uma outra pessoa, é razoável aceitar que também a vantagem desonesta
pode ser obtida em uma organização ou empresa como o caso da Mcel, que a presente
pesquisa tem vindo a abordar.
A fraude é um acto secreto, com a intenção de privar outros de algum valor em prol do
seu próprio enriquecimento7. Esta definição é mais abrangente pois não considera
apenas os demostrativos contábeis como a grande maioria das pessoas no nosso país e
no mundo acredita.
O ganho do valor em função da fraude pode ser intencional como sem intenção e as
fraudes podem ser cometidas por meio do dolo, falsas declarações, declarações
incompletas e omissões (ALLEN, 1999, p.18). Esta perpectiva é ainda mais abrangente
que as apresentadas pelos autores acima mencionados ao considerar a fraude pode ser
acto não intencional. Fazendo uma análise destes conceitos, pode-se observar que
fraude é um termo genérico e abração os meios múltiplos que a ingenuidade humana
pode inventar, com o objectivo de adquir alguma vantagem em cima de outro através de
falas representações.
Por sua vez o termo erro consiste em um acto não-intencional de omissão, desatenção,
desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e
demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em
termos físicos quanto monetários (FREITAS E SENAS).
7
Davia, Coggins e Wideman, 1992, 48 apud Moura et al, 2014, p.4
Para Batista et al., 2014 apud Freitas e Senas (2014, p.583):
Erros são atos cometidos por colaboradores ou administradores sem a
intenção de prejudicar ou atrair para si ou para terceiros, vantagens. Não há a
intenção de burlar leis e normas, são ações cometidas por desconhecimento,
desatenção, mas que acabam prejudicando a entidade na elaboração das suas
demonstrações contábeis (BATISTA et al., 2014 apud FREITAS E SENAS,
2014, p.583).
A importância do cumprimento da ética e da moral pelos próprios gestores do negócio é
tão importante, quanto à atitude ética e moral de cada funcionário da empresa. A prática
de atitudes comportamentais corretas entre as duas classes evita mutuamente a
ocorrência de ilícitos e erros na entidade. Dessa forma, contribuindo para o crescimento
e fortalecimento da mesma.

2.1.4 Tipos de fraudes


Apesar dos conceitos acima mencionados sugerirem a fraude como sendo cometidas
por pessoas é importante salientar que as fraudes também podem ser perpetradas pelas
empresas contra o governo, bem como fraudes do governo contra o seu povo e por
funcionários ou terceiros contra organizações dos mais variados tipos. Ainda sim, o
nosso foco sempre sempre as fraudes cometidas contra as empresas, pelos seus
funcionários ou terceiros.
Para Moura et al (20114, p.4) dentre as principais fraudes destacam-se as seguintes:
Furto (1): o furto seria a apropriação indevida de algo com o objectivo de
privar permanentemente a pessoa de sua propriedade, um exemplo comum é
a apropriação indevida de dinheiro de caixa; Pirataria (2): é a fraude com
prejuízo intencional para a organização quanto à disseminação de processos e
produtos, concretizada por profissionais internos ou externos às entidades
junto ao mercado e particularmente para a concorrência; Corrupção (3): para
um melhor entendimento do que é a corrupção procuramos dividir o seu
conceito em suborno e propina. Suborno: pode ser entendido com algo, tipo
dinheiro ou favor, oferecido ou dado a alguém em posição de confiança para
induzir a agir desonestamente. Propina: normalmente é o pagamento de uma
percentagem para uma pessoa capaz de controlar ou influenciar um negocio;
Falsificação (4): Uma pessoa pode ser culpada de falsificação quando fizer
um falso instrumento com intenção de negocia-lo ou induzir alguém a aceita-
lo como genuíno; Espionagem (5): a espionagem pode ser dar de duas
formas, a primeira se dá quando um funcionário repassa informações
confidenciais da empresa para um concorrente em troca de dinheiro ou outro
benefício, a segunda se dá quando um funcionário tendo informações
privilegiadas sobre a empresa faz denúncias com o intuito de prejudicá-las;
Conspiração (6): envolve o acordo ilegal entre duas ou mais pessoas para
executar propósitos ilegais ou um propósito legal por meios ilegais, um
exemplo seria a conspiração para anular controles internos (MOURA ET AL
20114, P.4).

Todas estas formas de fraudes que nos são propostas este autor nos observamos com
muita frequência nas nossas organizações e contribuem para prejuízos avultados destas,
levando inclusive a falência de algumas empresas ou mesmo a dificuldades financeiras
relevantes como o caso da Mcel. Há ainda outras formas de fraude que o mesmo autor
menciona como o perjúrio, a conivência e a conversão.
Por outro lado, Machado (2018, p.33) propõe como tipologias de fraudes que podem ser
observadas em diferentes organizações tanto públicas como privadas as seguintes:

2.1.4.1 Fraude Contabilística


Algumas instituições, pela sua posição no cenário econômico nacional, podem permitir
que se criem condições para que as fraudes ocorram. Lourenço e Sarmento (2008) apud
Machado (2018) afirma que os bancos comerciais à semelhança do problema do
Subprime americano, por muito crédito bancário concedido com exagerado risco,
necessitando de segurança mínima o retorno dos capitais emprestados, tornando a
organização demasiado dependente do banco que, por sua vez, não tem vocação nem
interesse em assumir a gestão efetiva da entidade. Esta fragilidade pode ser forma para
as mais variadas situações de fraude.
Ventura (2005) entende que tanto a nível doméstico como internacional, potenciado
pelo desenvolvimento das relações comerciais e financeiras, a eliminação de barreiras à
livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais, e pela internacionalização
das empresas e a permissividade de alguns países neste domínio. Podem ser
identificados diversos motivos para que as pessoas se furtem ao pagamento da respetiva
carga fiscal. Entre eles encontra-se o alto fardo fiscal dos Estados modernos que
pressiona fortemente os rendimentos e patrimônio dos agentes econômicos. Situação
agravada pelo fato de os contribuintes que não observam as suas obrigações fiscais
diminuírem as receitas do Estado, que se vê obrigado a aumentar impostos,
sobrecarregando ainda mais os contribuintes cumpridores que, desta forma, se podem
também sentir tentados a incumprir.
Oliveira (2012) apud Machado (2018, p.34) ainda destaca as fraudes financeiras, que
envolvem os funcionários e as demonstrações contábeis. As fraudes com funcionários
tratam do roubo ativos, “por meio de esquemas com pagamentos, reembolsos com
despesas, muitas vezes existe a participação de dois ou mais funcionários” (OLIVEIRA,
2012, p. 28 apud Machado 2018, p.34)). Já as fraudes nas demonstrações contábeis,
“são caracterizadas pela omissão ou alteração intencional de relatórios financeiros, ou
seja, a manipulação, alteração ou falsificação de demonstrações financeiras ou
documentos que dão suporte a elas” (OLIVEIRA, 2012, p. 28 apud Machado 2018,
p.34).

2.1.4.2 Fraude Eletrônica


As fraudes eletrônicas representam atualmente uma grande ameaça tanto às colossais
empresas quanto para as pessoas físicas. O crescimento do comércio eletrônico tem
gerado simplicidade, flexibilidade e rapidez nas transações comerciais e financeiras
cotidianas, mas sua segurança ainda é questionável.
Para Pinheiro (2001) apud Machado (2018: p.35), os crimes em informática são
classificados em virtuais puros, mistos e comuns. O crime virtual puro seria o ilícito
contra o computador (sistema e equipamento). O crime virtual misto seria aquele que o
delito transcorre com o uso da informática, mas visa atingir outros bens. Já o crime
virtual comum é aquele que já encontra tipificação penal na lei.
A fraude eletcrónica vai tornar-se no futuro a questão da maior relevância e sua
detectação cada vez mais difícil, devido à sofisticação dos meios computacionais. A
ampliação da virtualização do crime à medida que aumentam os riscos de ataques aos
ativos organizacionais, força a contratação de mão-de-obra qualificada destinada a
prevenir e combater ações ilícitas.

2.1.4.3 Fraude Bancária Online


A evolução dos hábitos da humanidade e o advento de novas ferramentas e tecnologias
cria também oportunidades para os fraudadores, é o caso da Internet. Além de facilitar
operações como transações bancárias e compras ela fez surgir uma nova modalidade de
fraudes: as fraudes online. Para Guimarães (2010) apud Machado (2018) a fraude
bancária online é um tipo de fraude eletrônica.
Na opinião de Guimarães (2010) apud Machado (2018, p.36):
O mais importante meio de fraude na Internet é o phishing, que se
fundamenta no despacho de um correio electrónico fraudulento com o
objetivo de obter códigos de acesso e dados financeiros. A obtenção destes
dados pode ser feita de diversas maneiras. As mais comuns são os bankers,
que monitoram a troca de informações entre a vítima e os sistemas dos
bancos, e as páginas falsas, que tentam se passar por páginas verdadeiras de
bancos (GUIMARÃES, 2010 apud MACHADO, 2018, p.36).

Os crimes digitais afetam todo o mundo, muitas entidades financeiras e milhares de


pessoas sem que o agressor sequer saia de casa. As ameaças antes restritas a
especialistas e estudiosos, são muitas vezes disponibilizadas de forma grátis pela
internet, tais como programas para fraudar senhas, disseminar vírus, monitorar redes,
identificar fragilidades e atacar servidores.

2.1.4.4 Fraudes por Corrupção


As práticas corruptas se constituem em atributos de ameaça à gestão dos riscos da
organização por gerarem perdas e reflexos nos resultados.
As ações corruptas no sistema financeiro podem ser praticadas por dois agentes
corruptores (um interno e outro externo), por um único funcionário, ou por indivíduos
ou grupos que atuam externamente, como é o caso dos crimes virtuais (PARDINE;
COSTA; MATUCK; FILHO, 2011 apud MACHADO, 2018,).
O arrolamento de práticas corruptas que são vivenciadas nas atividades bancárias diárias
pode possibilitar o exame que dos desvios de condutas é utilizado bem como também
assegurar o cumprimento de metas organizacionais.

2.1.5 Forma de atuação dos fraudadores


Um dos aspectos importantes ao analisar a fraudes no seio das organizações é a correcta
identificação do modus operandus dos infratores. É neste contexto que abaixo faremos
uma análise das principais formas de actuação dos fraudadores nos diferentes tipos de
fraude já evidenciados acima.

2.1.5.1 Formas de actuação nas fraudes contabilística


Para Lourenço e Sarmento (2008) através de um mau uso de estimativas e julgamentos
pode ser considerado como um relevante motivo das altas distorções e erros que estão
escondidos nas demonstrações contábeis. Logo, provisões podem ser manipuladas para
baixo, ou até mesmo serem inexistentes na contabilidade; assim como receitas de
serviços podem adotar metodologias complicadas somente com o intuito de fraudar.
Geralmente escândalos financeiros e fraudes contábeis são maquiados nas
demonstrações financeiras por meio da contabilidade inovadora, sendo os estoques uma
das contas mais fáceis de serem manipuladas na contabilidade. Assim, a fraude contábil
normalmente está associada à superavaliação dos estoques, o que proporciona maior
lucro para as empresas (SÁ, 2011 apud MACHADO, 2018).
Erros contábeis ou a manipulação de dados por funcionários de alta confiança podem
gerar fraudes financeiras. Outro sim, a falta de procedimentos adequados nas operações
pode propiciar atitudes ilícitas, que posteriormente acarretará uma fraude.
Para Medeiros, Moura e Botelho (2012) constituem exemplos de formas de actuação
neste tipo de fraude: somas feitas sem computar parcelas, crédito em dobro, inversão de
números, esquecimento de realizar transportes de números, classificação indevida de
documento etc. Esses fatores podem causar grandes problemas às organizações, uma
vez que podem causar a falência da empresa, como também provocar a perda de seus
clientes, entre outros fatores.

2.1.5.2 Formas de actuação nas fraudes eletrônicas


Para Bastos e Pereira (2015) as pessoas de fora que invadem um sistema podem também
estar agindo através de um pacto com outro pertencente à organização, o que
potencializa a possibilidade de sucesso de um ataque fraudulento. Já quando a pessoa de
fora da organização age sozinha, é necessário que tenha um forte conhecimento técnico
de informática e da estrutura de montagem dos controles lógicos de determinada
plataforma de informática. A ocorrência de fraudes em nível elevado afeta a qualidade
organizacional, particularmente quando atingem consumidores dos produtos ou serviços
da empresa.
Outra possibilidade de ataque possível é por meio da indução do usuário a clicar em um
link presente em uma mensagem falsa recebida, que fará o redireccionamento do mesmo
a um site falso que simula o site oficial da instituição bancária. Regra geral, esse site
falso vai solicitar dados pessoais do usuário, inclusive número da conta e senha, que
serão disponibilizadas pelo cliente diante de sua crença em se tratar do site verdadeiro
do banco, por isso, confiável (AZEVEDO, apud MACHADO, 2018).
Os e-mails enganadores aproveitam-se de temas que supostamente dizem respeito à
vítima ou que mexem com sua curiosidade. Para aumentar a credibilidade da fraude são
usados logos das empresas originais, linguagem adequado, estrutura fiel à da mensagem
original, remetente falso se passando pela empresa em questão, etc.
Entre os temas mais recorrentes temos: bancos pedindo que a vítima atualize o
dispositivo de acesso ao Internet Banking, sob pena de bloqueio; notícias falsas de forte
apelo, como morte de alguma celebridade ou algum tema atual; fotos e vídeos sensuais,
fotos provando traições; recebimento de alguma mensagem de texto acessível em
alguma página, como torpedos, telegramas online; notificações financeiras e cadastrais
diversas8.

8
Guimarães (2010)
De acordo com Bastos e Pereira (2015) apud Machado (2018) é cada vez mais normal
notícias de fraudes com cartões de crédito, seja por compra através de telefone, internet
ou por fax ou, até mesmo, pelo simples fato de o cliente entregar o cartão ao vendedor e
o mesmo levá-lo a lugares fora do seu campo de visão. Também se tornou comum
notícia de fraude por e-mail, através do qual se induz os clientes a fornecer dados
pessoais, senhas, contas corrente e o número do cartão de crédito.
Azevedo (2012) apud Machado (2018) coloca que o cliente bancário é o alvo principal
das fraudes eletrônicas que infectam o computador utilizando uma ferramenta maliciosa
ou a indução da própria vítima a partir de uma mensagem fraudulenta que tem como
objetivo de repassar as informações para o agente fraudador. Diante disso, percebe-se
que o próprio sistema de informática da instituição bancária sofre invasão ou ataque
direto, nem mesmo aqueles provenientes dos provedores Internet.
As principais tentativas de fraude concretizadas sobre clientes do sistema financeiro e
usuários do ambiente Internet, se baseiam principalmente em ataques pishing scam e
pharming9.

2.1.5.3 Formas de actuação nas fraude por corrupção


A utilização do poder conferido ao corrupto é uma das principais formas de se conseguir
vantagens pessoais. Esse poder é manifestado tanto por posições e cargos exercidos que
garante acesso a processos específicos, quanto pela detenção de informações
privilegiadas relativas a diversos assuntos (PARDINI, et all 2011 apud MACHADO,
2018).
Para Pardini et al apud Machado (2018) as instituições bancárias adotam códigos de
conduta e medidas de conscientização educacionais no combate da corrupção. Outro
recurso bastante usado é a conferência da veracidade e legalidade dos dados informados
nas operações de crédito. Essa tarefa é também operacionalizada pelas auditorias que
funcionam como mecanismos de pressão no monitoramento e verificação das suspeitas
e denúncias de ações corruptas.
As práticas de corrupção mais comuns compreendem os diferentes tipos de
desvios de recursos, a falsificação de documentos, a facilitação de assaltos, as
fraudes diversas, a lavagem de dinheiro, o pagamento ou recebimento de
propina, o tráfico de influência, a abertura de contas fantasmas, a quebra de
sigilo bancário, a venda ou utilização indevida de informações privilegiadas
(PARDINI et al apud MACHADO, 2018, p.41).

9
Segundo Azevedo apud Machado (2016)
Dentre essas práticas, as mais recorrentes são a falsificação de documentos para fins
diversos, o pagamento ou recebimento de propina e a venda ou utilização indevida de
informações privilegiadas. No que se refere às práticas ou ações corruptas de maior
impacto, pode-se destacar o pagamento ou recebimento de propina para fins diversos e
as ações que envolvem maior risco de imagem para as instituições envolvidas.

2.1.6 Fatores que incentivam as fraudes


Existem sinais de alerta que podem ajudar na prevenção e identificação de fraudes nas
instituições, como as transações de compras e vendas fictícias, por exemplo. Assim, a
estrutura ou atuação inadequada da administração de uma entidade auditada, as pressões
internas e externas, as transações que pareçam anormais, problemas internos no
cumprimento dos trabalhos de auditoria e fatores específicos no ambiente de sistemas de
informação computadorizados são aspectos que também podem evidenciar a
predisposição à fraude10.
Cressey (1973) faz menção a existência de três elementos para explicar a ocorrência de
uma fraude: pressão, oportunidade e racionalização, cujos fatores passaram a ser
denominados de Triângulo da Fraude. Posteriormente, Wolfe e Hermanson (2004)
acrescentaram o quarto elemento: a capacidade que, em conjunto com as características
psicológicas do indivíduo (como mente criminosa e arrogância), formam o chamado
Diamante da Fraude.

2.1.7 Prevenção e detectação fraudes


O processo de prevenção de fraudes está intrinsecamente relacionado a possibilidade de
perdas para a organização. Uma análise de custo-benefício mensurando a probabilidade
de danos e perdas prováveis que poderiam ser combatidas com a implantação de um
sistema de prevenção de fraudes deve ser considerada.
Os golpes podem ser inteligentes e engenhosos, mas nunca o bastante se souber como
evitá-los (CARREIRO, 2018).

2.7.1.1 Prevenção
A mais eficiente e proativa atitude para preservar os recursos da oganização é prevenir
que sejam desviados dos seus propósitos. Ainda que os componentes da prevenção

10
Segundo Crepaldi (2009)
(gestão da ética, controles preventivos, transparência e accountability) 11 não impeçam
totalmente a ocorrência de fraude e corrupção, eles fazem parte das primeiras atividades
de defesa para diminuir o risco de fraude e corrupção numa organização (CARREIRO,
2018).
Em geral, devido ao melhor custo-benefício, medidas preventivas devem ser adotadas
para evitar o risco de fraude e corrupção, reduzindo as chances do seu cometimento.
Uma vez que o recurso toma um destino fraudulento, tentar mitigar o dano provocado
por um desvio é uma atividade pouco eficiente. O histórico de recuperação
administrativa desses ativos é desfavorável para qualquer tipo de organização,
especialmente no caso das empresas moçambicanas. Os meios de recuperação são lentos
e custosos, obrigando a organização a alocar recursos humanos, e, portanto, mais
recursos financeiros, para recuperar o recurso desviado e sem garantia de êxito.
No entanto, a grande perda não está no recurso desviado nem no seu custo de
recuperação, porque mesmo se ao fim de um procedimento administrativo ou judicial
for possível recuperar um recurso desviado, o dano provocado pela perda de
oportunidade é irrecuperável (CARREIRO, 2018).
Na medida em que um recurso é alocado a atender a uma política pública, um serviço
público, uma obra ou algum outro benefício à sociedade e por conta do desvio deixa de
se atingir esse objetivo inicial, a posterior recuperação desse recurso não vai
restabelecer o benefício social que deixou de ser proporcionado, gerando uma perda de
oportunidade.
O risco de fraude e corrupção deve ser considerado já nas etapas iniciais de elaboração
de políticas, programas, atividades ou processos organizacionais, para que medidas
preventivas sejam concebidas desde a origem.
Na visão de Carreiro (2018, p.35):
A prevenção não é só mais eficiente na preservação do recurso da
organização, mas também confere efetividade ao benefício social que se
pretenda alcançar com esses recursos. Com isso em mente, o mecanismo da
prevenção é composto por três componentes: gestão da ética, controles
preventivos, transparência e accountability (CARREIRO, 2018, P.35).

Por meio de um ambiente ético, reduz-se a disposição para desvios de condutas e


formação de conluios e aumenta-se a propensão para denúncias. Por meio de controles,
reduz-se o risco de que vulnerabilidades sejam exploradas por fraudadores e corruptos.
Por meio da transparência e accountability, aumenta-se a capacidade de observação dos

11
Para mais informações sobre as formas e tipos de prevenção de fraudes ler Carreiro (2018)
atos e fatos na gestão pública pelas partes interessadas (stakeholders) da organização e
aferição dos resultados obtidos.

2.1.7.2 Detecção
A detecção consiste na obtenção de informações suficientes que garantam uma
investigação. Essas informações podem resultar de controlos estabelecidos, de
auditorias realizadas e de fontes internas e externas à organização.
Um forte fator de dissuasão da fraude e corrupção é a consciência em todos de que
mecanismos detectivos estão em vigor, o que acaba tendo o efeito de prevenção.
Entretanto, enquanto na prevenção as medidas são aparentes, na detecção as medidas
são, por natureza, ocultas, o que significa que, em sua maioria, são executadas sem que
servidores e partes interessadas saibam que estão sendo operacionalizadas no dia-a-dia
da organização (CARREIRO, 2018).
Fazem parte dos componentes de detectação de fraudes segundo Carneiro (2018): os
controlos detectivos; os canais de denuncias e por fim a auditoria interna12.
Ainda segundo o mesmo autor acima citado o objetivo primário da detecção é
evidenciar a fraude e a corrupção que está ocorrendo ou já ocorreu. A detecção tem a
função de identificar as fraudes e corrupções, caso as medidas preventivas falhem. Há
que se considerar que, mesmo com as práticas de prevenção implantadas, alguns agentes
podem decidir pelo cometimento de fraude e corrupção, seja porque avaliam que os
riscos são baixos, seja porque os benefícios são vultosos, ou seja, a relação risco-
benefício da fraude e da corrupção é, ainda, favorável na sua avaliação.
No combate a determinados esquemas de fraude e corrupção, os mecanismos de
detecção se tornam mais atraentes, pois apresentam custo-benefício melhor do que os
mecanismos de prevenção. No entanto, toda organização deve considerar tanto a
prevenção quanto a detecção da fraude, pois, combinados, esses mecanismos aumentam
a efetividade da estratégia de combate.

2.1.8 O papel do auditor interno nas fraudes ou erros


De acordo com Lima et al (2014, p.14) a responsabilidade primária na prevenção e
identificação de fraude e erros é da administração da entidade, através da
implementação e manutenção de adequado sistema contábil e de controlo interno.

12
Para mais informações sobre as formas e tipos de prevenção de fraudes ler Carreiro (2018)
Mesmo assim, não podemos eximir totalmente os auditores na luta pela prevenção
contra as fraudes, uma vez que são estes que geralmente estão directamente ligados a
contabilidade da empresa e possuem conhecimentos profundos para uma rápida
detectação de possíveis fraudes ou erros.
Sá (2002, p. 51) apud Lima et al (2014, p.14) afirma que “o auditor localiza, relata a
correção dos erros, mas não é sua responsabilidade a execução da correção”.
O trabalho do auditor é garantir que a contabilidade da empresa esteja precisa e honesta,
e quando for planejar a auditoria deve averiguar com a administração da organização
sobre qualquer fraude ou erro que tenha sido detectado anteriormente; ele deve possuir
o conhecimento necessário das atividades de auditoria interna para auxiliar, planejar e a
desenvolver de maneira eficaz (LIMA et al 2014, p.14).
Podemos entender com isso que o acima mencionado propõe que ao auditor cabe-lhe
apenas obrigação de notificar a fraude ou erro à administração da entidade e recomendar
medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não
sejam adotadas. Ele deverá ainda avaliar o sistema contábil como um todo, ou seja,
verificar a estrutura e o desempenho da administração se é controlada sem uma
supervisão eficaz ou se existe uma estrutura departamental organizada.
Ao empregar os serviços de auditoria, é fundamental à ação conjunta da administração e
do auditor, além de um bom controlo interno que adequará a realidade da organização à
situação real econômica e financeira, a fiscalização das transações ocorridas, a
credibilidade das demonstrações contábeis, dentre outros.
Além disso, alguns princípios deverão ser seguidos para que os objetivos e as
metas dos sistemas de controlos internos sejam cumpridos de forma eficaz e
eficiente. São eles: responsabilidade, rotinas internas, acesso aos ativos,
segregação de funções, confronto dos ativos com os registros, amarrações do
sistema e auditoria interna (SIMÃO, 2009, p. 5 apud LIMA et al 2014, p.15)

A detecção de fraudes não é tarefa fácil de realizar, até porque pessoas que planejam
fraudes normalmente são pessoas muito inteligentes e que tentam preservar-se de
quaisquer suspeitas, utilizando-se, para tal fim, vários meios, inclusive as facilidades
que a tecnologia traz. Em contrapartida, a detecção do erro é mais simples porque ele
vem sempre seguido de falhas, ficando evidente que houve o erro devido à ignorância
por parte de quem efetuou ou desenvolveu13.
Como afirmamos anteriormente não é a principal função da auditoria a detecção de
fraudes e erros, mas sim de emitir uma opinião quanto à confiabilidade das

13
Segundo Lima, 2014, p.16
demonstrações; no entanto, em sua execução poderá ser detectados erros e fraudes
cabendo ao auditor comunicar a administração da empresa, bem como sugerir possíveis
correções.
Para tal os auditores utilizam-se de algumas estratégias e técnicas para identificar e
dimensionar as fraudes contra a organização que são: conciliação de saldos e contas,
análise comparativa, inspeção de documentos, inspeção física (por exemplo, em
estoques), confirmação com terceiros, investigação a agentes internos e externos
(funcionários, clientes, fornecedores, etc), aplicação de números e conformidade dos
procedimentos internos (LIMA et al 2014, p.17)
Assim, acordo com o Almeida (2008, p.134) para as organizações, existem inúmeras
medidas eficazes para prevenir e combater as fraudes internas, nomeadamente:
Analise dos fluxos operacionais e identificação prévia dos pontos de risco
para sucessivo intenso monitoramento e adoção de outras medidas
preventivas; Troca periódica (a cada dois ou três anos no máximo), ou
rotação, dos auditores; Criação de um apropriado manual de normas e
procedimentos internos, a ser aplicado pelos funcionários em todas as
funções sensíveis; Estruturação de um sistema de administração e
monitoramento eficientes com troca e verificação constante e redundante de
informações entre os vários departamentos; Rotação frequente, quando
possível, de funcionários em posições sensíveis a fraudes; Criação de equipes
para condução de funções chave e sensíveis a fraudes, eliminando estruturas
de decisão e centros de controle independentes; Estruturação de uma
adequada política de alçadas, autorizações e controles em todas as funções
sensíveis (por exemplo, no uso de senhas para operações bancárias via
internet); Monitoramento de mudanças repentinas e/ou injustificadas no estilo
de vida ou comportamento de funcionários responsáveis por posições
sensíveis; Adoção de regras de segurança no projeto e desenvolvimento dos
sistemas informativos internos; Atenção à reclamações de fornecedores ou
clientes que possam ter origem em comportamentos fraudulentos de
funcionários; etc (ALMEIDA 2008, p.134).

Essas medidas propostas por esse autor constituem uma mais-valia para as organizações
que desejam prevenir contra os erros ou fraudes como é ocaso da empresa Mcel, que é
objecto de estudo da presente monografia.

2.1.9 Evidências
É impossível que a presenta monografia debata o assunto relacionado com o processo
de auditoria interna na Mcel sem que seja esclarecido ou debruçado sobre o que são
evidências num processo auditoria. Isso vai permitir dentre outras coisas que possamos
ter uma melhor compreensão nos pontos subsequentes que serão abordados neste
trabalho.
Segundo Carneiro (2012, p.18) evidência em auditoria compreende as informações
utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião,
sendo que inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as
demonstrações contábeis e outras informações.
Para o mesmo autor a adequação da evidência de auditoria é uma medida da qualidade
da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as
conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. Já no que refere a Suficiência da
evidência de auditoria Carneiro (2012, p.18) afirma por sua vez que é a medida da
quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência é afetada
pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da
evidência da auditoria.
A prova adquirida pelo auditor em consequência de utilização dos métodos de auditoria
é denominada de evidência, que é empregado para explicar se os critérios utilizados
estão ou não reflectindo as fases de planeamento.
Em auditoria existem os seguintes tipos de evidência:
Evidência Física- observação de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtidos
por meio de fotografias, vídeos, mapas, e costuma causar grande impacto. A
fotografia de uma situação insalubre ou insegura, por exemplo, pode ser mais
convincente do que uma longa descrição; Evidência Documental - é o tipo
mais comum de evidência. Pode estar disponível em meio físico ou
eletrônico. É obtida de informações já existentes, tais como ofícios,
memorandos, correspondências, contratos, extratos, relatórios. É necessário
avaliar a confiabilidade e a relevância dessas informações com relação aos
objetivos da auditoria; Evidência Analítica - obtida por meio de análises,
comparações e interpretações de dados e informações já existentes, este
trabalho pode envolver análise de taxas, padrões e tendência mais difícil de
obter; Evidência Testemunhal- obtida por meio de entrevistas, grupos focais,
questionários. Para que a informação testemunhal possa ser considerada
evidência, e não apenas contextualização, é preciso corroborá-la, por meio de
confirmação por escrito do entrevistado ou existência de múltiplas fontes que
confirmem os fatos (CARNEIRO 2012, p.18)

Diante de evidências que expõem de erros e fraudes, pode-se declarar que determinados
setores dentro da empresa, particularmente de onde são provenientes de fraudes e erros
merecem uma atenção especial do auditor no que referem-se à apreciação do controle
interno e possíveis indícios de projeto de fraudes.
Sendo assim a auditor interno precisa ser muito prudente, possuir entendimento intenso
do negócio da empresa e da legislação moçambicana para se certificar se os
procedimentos contábeis utilizados estão em conformidade com os princípios
fundamentais de contabilidade e a legislação vigente.

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