Você está na página 1de 62

1

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMERCIO E FINANÇAS

Faculdade de Administração e Finanças

Licenciatura em Gestão Empresarial

O PAPEL DO CONTROLO INTERNO NA PREVENÇÃO DE ERROS NAS

INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE MOÇAMBIQUE.

(Uma análise da Autoridade Tributária de Chokwe 2014 – 2016)

Estudante: Sérgio Alfredo Macore

Maputo, Fevereiro 2020


i

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMERCIO E FINANÇAS

Faculdade de Administração e Finanças

O Papel do Controlo Interno na Prevenção de Erros nas Instituições Públicas de

Moçambique, Caso de Estudo da Autoridade Tributária de Chokwe 2014 – 2016)

Monografia científica a ser apresentada na


Faculdade de Administração e Finanças do Instituto
Superior de Gestão, Comércio e Finanças, como
Requisito parcial para obtenção do grau académico
de licenciatura em Gestão Empresarial.

Mcs.

Maputo, Fevereiro 2020


ii

ÍNDICE

LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................v
LISTA DE GRÁFICOS..................................................................................................................vi
LISTA DE ABREVIATURAS......................................................................................................vii
DECLARAÇÃO...........................................................................................................................viii
DEDICATÓRIA.............................................................................................................................ix
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................x
RESUMO........................................................................................................................................xi
1.Introdução.....................................................................................................................................1
1.1.Problema de pesquisa.............................................................................................................5
1.2.Justificativa............................................................................................................................5
1.3.Objectivos..............................................................................................................................6
1.3.1.Objectivo geral................................................................................................................6
1.3.2.Objectivos específicos.....................................................................................................6
1.4.Hipóteses................................................................................................................................7
1.5.Delimitação do tema..............................................................................................................7
1.6.Resultados esperados.............................................................................................................7
CAPITULO I – ENQUADRAMENTO TEÓRICO........................................................................8
1.1.Contabilidade na Administração Pública...............................................................................8
1.2.Contabilidade Pública............................................................................................................8
1.2.1. Objectivo da Contabilidade Pública...............................................................................9
1.3.Controlo Interno...................................................................................................................10
1.3.1.Objectivos do Controlo Interno.....................................................................................11
1.3.2.Estímulo a eficiência operacional..................................................................................11
1.3.3.Aderência às políticas existentes...................................................................................12
1.4.Importância do Controlo Interno..........................................................................................13
1.4.1.Características de um sistema de controlo interno........................................................14
1.4.2.Categorias de Controlo Interno.....................................................................................14
1.5.Controlos organizacionais, inclusive segregação de funções..............................................14
1.5.1.Segregação de funções..................................................................................................15
1.5.2.Pessoal...........................................................................................................................15
iii

1.5.3.Controlo do sistema de informação...............................................................................15


1.5.4.Controlos de procedimentos..........................................................................................16
1.5.5.Gestão............................................................................................................................16
1.5.6.O Processo de Gestão....................................................................................................16
1.5.7.Planeamento..................................................................................................................18
1.5.8.Organização...................................................................................................................19
1.5.9.Controlo.........................................................................................................................19
1.5.10.Comunicação...............................................................................................................20
1.5.11.Motivação....................................................................................................................20
1.6.Sistemas de Informação no Processo de Gestão..................................................................21
1.7.Conceito de fraude e erro.....................................................................................................23
1.7.1.A importância do Controle Interno na Prevenção de Fraudes e Erros..........................24
1.8.Administração Pública e Controlo Interno...........................................................................26
1.8.1.Princípios norteadores da administração pública e controlo interno.............................26
1.8.2.Importância do Controlo Interno na Administração Pública.........................................28
1.8.3.Funções do Controlo Interno.........................................................................................29
1.8.4.Modelos de controlo interno..........................................................................................29
CAPITULO II – APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...............31
2.1.Estudo de Caso.....................................................................................................................31
2.1.1.Apresentação da Autoridade Tributaria........................................................................31
2.2.Visão....................................................................................................................................32
2.3.Valores.................................................................................................................................32
2.4.Órgãos da Autoridade Tributária.........................................................................................32
2.5.Vantagens da Autoridade Tributária....................................................................................32
2.6.Discussão dos Resultados....................................................................................................33
2.6.1.Actividades de Controlo na Autoridade Tributária de Chokwe....................................34
2.6.2.Causas prováveis para o crescimento de actos fraudulentos na Autoridade Tributária de
Chokwe...................................................................................................................................34
2.6.3.Monitoria na Autoridade Tributária de Chokwe...........................................................35
2.6.4.Formas de constatação de fraudes na Autoridade Tributária de Chokwe.....................35
2.6.5.Circunstâncias Facilitadoras de Fraude na Autoridade Tributária de Chokwe.............36
iv

2.6.6.Informação e comunicação na Autoridade Tributária de Chokwe................................36


2.6.7.Planos para diminuição da possibilidade de fraudes.....................................................37
2.6.8.Ambiente de Controlo na Autoridade Tributária de Chokwe.......................................38
2.7.Avaliação de hipóteses formuladas......................................................................................38
CAPITULO III – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES........................................................40
3.1.Conclusão.............................................................................................................................40
3.2.Recomendações....................................................................................................................41
Referencias Bibliográficas.............................................................................................................42
APÊNDICES
ANEXOS
v

LISTA DE TABELAS
vi

LISTA DE GRÁFICOS

LISTA DE ABREVIATURAS

AI Auditoria Interna
AP Administração Publica
CA Conselho de Administração
CI Controlo Interno
CP Contabilidade Publica
MZ Moçambique
NIC Normas Internacionais de Contabilidade
vii

NIRF Normas Internacionais de Relato Financeiro


PA Pedido de Adiantamento
PCI Procedimentos de Controlo Interno
PGC Plano Geral de Contabilidade
SCI Sistema de Controlo Interno

DECLARAÇÃO

Eu Marieta Carlos Nguenha, declaro por minha honra que esta monografia científica é
resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e
bibliografia final.

Declaro ainda que esta monografia não foi apresentada em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Maputo ao ______ / ____________________ / 2020

Nome da Autora
______________________________________________________
Sérgio Alfredo Macore
viii

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe, por ser fonte da minha inspiração, coragem dedicação e muito
especialmente ao meu Filho que tanto amo.
ix

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, Deus na qualidade de Pai Celestial detentor de todos os poderes pela
oportunidade e pelo privilégio que nos foram dados em compartilhar tamanha experiência e, ao
frequentar este curso, perceber e atender para a relevância de temas que não faziam parte em
profundidade, em nossas vidas.

Aos demais docentes e seus convidados pelo carinho, dedicação e entusiasmo demonstrado ao
longo do curso, mostrando os melhores caminhos para se adequar ao ensino virtual. Aos colegas
do curso pela espontaneidade e alegria na troca de informações e materiais numa rara
demonstração de amizade e solidariedade, bem como aos colegas.

A todos aqueles que por sua vocação inequívoca, não pouparam esforços como interlocutores e
por suprir eventuais falhas e lacunas.

Obrigada
x

RESUMO

Este trabalho foi realizado com vista elucidar os parâmetros do Controlo Interno Adoptados na
Administração Pública, com objectivo de possibilitar uma gestão mais profissionalizada e
transparente, diminuindo a assimetria de informações para a maximização do valor na empresa.
Para tal, foi identificado para a realização deste trabalho um tema denominado ''O papel do
controlo interno na prevenção de erros nas instituições públicas de Moçambique'' onde se
descreve a importância do controlo interno na gestão pública com o intuito de apresentar
possíveis soluções, visando eliminar ou minimizar os efeitos resultantes da problemática hoje
existente, relacionados a ênfase dada ao controlo eficiente e eficaz dos recursos, bem como a
avaliação da acção dos gestores públicos. Foi realizado um estudo de caso na Autoridade
Tributária de Chokwe no qual fez-se levantamento sobre as normas e procedimentos adoptados,
bem como a discussão dos dados de pesquisa, relacionados com o sistema de controlo interno.
Constatou-se que o Sistema de Controlo Interno na Autoridade Tributária de Chokwe é levado a
cabo desde os níveis mais altos de uma organização até aos níveis mais baixos, envolvendo desse
modo o Conselho de Administração, as direcções e outros membros das organizações, e
encontram-se implementados os procedimentos e regulamentos de controlo interno, convergindo
com as boas práticas de governação corporativa, facto que fez validar como verdadeira a
hipótese apresentada. O processo de gestão na Autoridade Tributária de Chokwe, está
relacionado com procedimentos que são levados a cabo em operações de recebimentos (toda a
transacção de entrada de valores na instituição, em numerário ou documentos, desde que
devidamente certificados, reconhecidos e conferidos como originais) e operações de pagamentos
(toda a transacção que envolve saída de valores na instituição, quer em numerário ou
documentos).

Palavras-chave: Controlo Interno; Contabilidade Publica; Administração Pública.


xi

1.Introdução

O presente trabalho que ora se apresenta, tem como o tema '' O papel do Controlo Interno na
Prevenção de Erros nas Instituições Públicas de Moçambique, caso de estudo da Autoridade
Tributária de Chokwe – 2014 – 2016.

O controlo interno é entendido como sendo uma actividade que procura garantir as boas práticas
de gestão e procedimentos, bem como do cumprimento das políticas determinadas pela gestão.
Ele constitui uma forma de organização que pressupõe a existência de um plano e sistemas
coordenados, destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades ou a minimizar as suas
consequências e ainda, maximizar o desempenho da entidade na qual se insere.

É importante realçar que os mecanismos de controlo visam não só prevenir, mas também garantir
uma aplicação regular dos recursos públicos. Para além disso, considerando que a Administração
Pública deve rigorosamente servir aos fins para os quais o Estado foi criado, evidencia-se a
necessidade de permanente incidência do controlo sobre toda e qualquer actividade
administrativa.

Para que a administração pública possa cumprir e assegurar o bem-estar social é imprescindível
que disponha de recursos suficientes para tal fim (arrecadação de receitas), uma vez que os
serviços prestados pelo Estado demandam de uma contraprestação (aplicação das despesas). Daí
que, independentemente do papel do Estado a administração pública precisa de ser controlada e,
xii

com intuito de conferir maior eficácia, eficiência e economicidade aos gastos públicos e dar
maior transparência na aplicação de recursos públicos, existe o controlo interno, instrumento
obrigatório que auxilia na gestão pública e actua de forma preventiva na detecção de
irregularidades.

Assim, este trabalho procurará de maneira sintetizada, elucidar a importância de implementação


das boas práticas do sistema de controlo interno para que possa possibilitar uma gestão mais
profissionalizada e transparente, diminuindo a assimetria de informações para a maximização do
valor na empresa, caso particular na Autoridade Tributária de Chokwe. As boas práticas irão
cingir-se basicamente, à necessidade de cumprimento de normas, prestação de contas
transparência e senso de justiça.

Neste estudo, definiu-se o seguinte pressuposto: Pressupostos de Controlo Interno na Autoridade


Tributária de Chokwe, no que vai cingir na descrição da importância do controlo interno na
gestão pública com o intuito de apresentar possíveis soluções, visando eliminar ou minimizar os
efeitos resultantes da problemática hoje existente, relacionados à ênfase dada ao aspecto legal e
formal da gestão, ao da avaliação da acção dos gestores públicos. Quanto aos objectivos a
pesquisa é explicativa, pois tem como objectivo primordial explicar e aprofundar os conceitos
referentes sobre Controlo interno assim como as causas de prevenção de erros nas instituições
públicas de Moçambique. Quanto a abordagem a pesquisa é quantitativa, pois esta traduz em
números opiniões e informações relacionadas ao impacto das variáveis em análise, para
classifica-las e organiza-las, utilizando algumas ferramentas estatísticas. Quanto aos
procedimentos técnicos a pesquisa é documental, visto que baseia-se na observação e colecta de
dados secundários da Autoridade Tributária de Chokwe para apurar os resultados. Quanto ao
objecto a pesquisa é bibliográfica. Foi elaborada a partir de material já publicado, com matérias
relacionadas.

Na visão de Lakatos (1992:107), a técnica de pesquisa é um conjunto de processo de que serve


uma ciência e a habilidade para utilizar esse processo ou norma de obtenção do seu propósito ou
seja, de prática de recolha de dados. No que se refere à forma de abordagem, o trabalho vai
privilegiar a abordagem quantitativa na recolha de informações sem contudo dispensar o
emprego de qualificações que, exploram as características e situações de que dados numéricos
podem ser obtidos e faz uso da mensuração e estatística.
xiii

O método, segundo Garcia (1998, p.44), representa um procedimento racional e ordenado (forma
de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a
experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e
alcançar os objectivos preestabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto).

Segundo Lakatos e Marconi (1995, p. 106), os métodos podem ser subdivididos em métodos de
abordagem e métodos de procedimentos.

O método de abordagem desta pesquisa é o dedutivo, pois a mesma parte de teorias e leis mais
gerais para a ocorrência de fenómenos particulares sobre o controlo interno.

O método de procedimento usado é o estatístico: este método implica em números, percentuais,


análises estatísticas, probabilidades. E está quase sempre associado à pesquisa quantitativa. Para
Fachin (2001, p. 46), este método se fundamenta nos conjuntos de procedimentos apoiados na
teoria da amostragem e, como tal, é indispensável no estudo de certos aspectos da realidade
social em que se pretenda medir o grau de correlação entre dois ou mais fenómenos.

Foi usada a documentação direita e indirecta, sendo esta uma pesquisa documental, o estudo tem
como dados (dados primários e secundários) as informações dos Relatórios publicados pela
página da Autoridade Tributária de Chokwe assim como as informações que foram colectadas
pelo questionário.

Pela forma de abordagem do problema, a pesquisa é quantitativa porque se considera que há uma
relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo
objectivo e a subjectividade do sujeito que pode ser traduzido em números, a interpretação dos
fenómenos e a atribuição de significados são básicos no processo de pesquisa quantitativa, Gil
(1999). Pelo ponto de vista de seus objectivos, na óptica de Gil, (1999), pesquisa é exploratória.
É exploratória porque visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vista a torná-
lo explícito ou a constituir hipóteses.

Envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas
com o problema pesquisado. A análise de exemplo que estimulem a compreensão e assumem em
geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudo do caso.
xiv

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, segundo Gil, (1999), pesquisa é bibliográfica e
estudo de caso. A pesquisa bibliográfica é feita a partir dos materiais já publicados, constituído
pelos livros, artigos e materiais disponíveis na internet.

O grupo alvo da pesquisa é a Autoridade Tributária de Chokwe. O estudo teve como amostra de
15 funcionarios da AT de Chokwe, sendo 5 do departamento financeiro, 5 da contabilidade, 3 da
administração e 2 da tesouraria. O critério de amostragem usado para a selecção da amostra foi o
não probabilístico, especificamente por tipicidade ou intencional. A escolha desta instituição
deve se ao facto da mesma apresentar um histórico bastante oscilante relativamente aos
resultados obtidos ao longo do período em análise e conseguir gerar nalguns anos resultados
excedentários capazes de saldar suas obrigações.

Pela natureza do tema, o estudo foi feito baseando se em dados produzidos pelo departamento
financeiro da instituição, especificamente os dados do departamento da administração,
contabilidade e financeiro. Foi feito um estudo temporal de três (3) anos para esta instituição.
Para a análise e interpretação dos dados foi com o auxílio da planilha electrónica EXCEL para o
cálculo dos coeficientes e a recta de regressão.

O trabalho é estruturado da seguinte maneira: Sendo que primeiramente, encontramos os


elementos pré textuais e de seguida, a introdução que contextualiza a o papel do Controlo Interno
na Prevenção de Erros nas Instituições Públicas de Moçambique, no que tange a transparência,
eficiência e eficácia na aplicação dos recursos públicos. Em seguida, apresenta-se o problema de
pesquisa quanto ao cumprimento de políticas e procedimentos pela gestão, relevando o controlo
como um instrumento de mensuração para o cumprimento de metas estabelecidas. Ainda no
mesmo, encontram-se plasmados os objectivos e a hipótese a ser validada no culminar do
trabalho. O Capítulo I, trata do Enquadramento teórico de várias obras com maior enfoque ao
controlo interno e sistemas de controlo interno, onde se apresenta diversos conceitos e
interpretações, tendo como referência várias obras e documentos que de uma forma generalizada,
abordam assuntos relacionados com o tema em apreço. No II Capítulo, tem-se a confrontação
dos assuntos retratados nos capítulos anteriores, através da apresentação de um estudo de caso na
Autoridade Tributária de Chokwe. Para terminar, no Capítulo III, o presente trabalho apresenta
as conclusões e recomendações dos assuntos retratados no tema em causa, sendo a bibliografia e
anexos apresentados no fim do trabalho, respectivamente.
xv

1.1.Problema de pesquisa

Com a aprovação do Estatuto Orgânico da Inspecção-Geral de Finanças, o correspondente


Regulamento Interno, pelo Decreto n.º 40/99, de 29 de Junho, e o Diploma Ministerial n.º
57/2000, de 21 de Junho, observou-se mais um avanço no fortalecimento do controlo interno em
Moçambique, uma vez que a função de zelar pela observância rigorosa da disciplina financeira
do Estado e outros entes públicos já fora conferida ao órgão acima referenciado pelo próprio
Estatuto Orgânico do Ministério das Finanças.

Todavia, o controlo interno dá ao Administrador suporte e confiança na gestão do património do


Estado e ou, dos entes públicos. Este compreende uma relevante ferramenta no domínio
preventivo, detectivo e correctivo, que deve ser operado com todo o rigor e independência, a fim
de cumprir as finalidades que se propõe.

Contudo, os inúmeros casos de incompetência, impropriedades, nepotismo, fraudes, práticas


perversas sobre a gestão de fundos públicos, continuam abalando a confiança e a credibilidade da
sociedade/população, em relação as instituições públicas moçambicanas. Tais factos demonstram
que os sistemas de controlo interno possuem deficiências que os impedem de garantir de forma
razoável, eficiente, eficaz e qualitativa, a gestão e a prestação de serviços pelos órgãos públicos.
Diante destes factos a questão que se coloca é:

 Até que ponto o controlo interno ajuda na prevenção de erros nas organizações públicas
em particular na Autoridade Tributária de Chokwe?
xvi

1.2.Justificativa

A relevância desta pesquisa em relação ao Controlo Interno é resultado do interesse de


aprofundar o conhecimento no tema escolhido, traduzindo-se na oportunidade de incrementar o
aprendizado em assuntos correlatos à administração pública, na constituição de uma actividade
imprescindível a todo esforço humano colectivo pela busca dos objectivos firmados. Donde que,
se não existe controlo é significado de que a administração pública não tem como mensurar o
cumprimento de metas nem a execução de orçamentos, pela inobservância de um dos intrínsecos
instrumentos da administração.

Neste contexto, importa ressaltar a expansão dos limites das acções de controlo para além do
conhecimento de eficiência, incluindo-se também o conceito de eficácia dos resultados. Assim, o
controlo interno em uma entidade desempenha como maior objectivo, a protecção do património
constituindo de igual modo uma ferramenta de apoio a contabilidade, o que releva a necessidade
de estudos direccionados nessa área, tendo em vista a importância de um Sistema de Controlo
Interno que evidencie indicadores de excelência na execução das políticas públicas.

Outra justificativa, deve-se fundamentalmente pela relevância na área do conhecimento sobre o


controlo interno nas instituições públicas, uma vez que a bibliografia que retrata sobre esse
assunto se volta mais amplamente para discussões no âmbito das instituições privadas, o que
confere a escassez de publicações inerentes ao tema.

1.3.Objectivos

Os objectivos podem ser divididos em final ou intermediários, ou geral e específicos.

1.3.1.Objectivo geral

Segundo BEUREN (2003:65), “O objectivo geral indica uma acção ampla, por isso mesmo deve
ser elaborado com base na pergunta da pesquisa”. Assim, com base nesses conceitos, definiu-se
como objectivo geral da presente pesquisa o seguinte:

 Analisar o papel do controlo interno na prevenção de erros nas organizações públicas, na


Autoridade Tributária de Chokwe no período de 2014-2016.
xvii

1.3.2.Objectivos específicos

De acordo com BEUREN (2003:53), os objectivos específicos devem escrever acções


pormenorizadas, aspectos específicos para alcançar o objectivo geral estabelecido.

 Descrever os componentes do Controlo Interno na Autoridade Tributária de Chokwe;


 Analisar se os responsáveis dos sectores são formados na área de contabilidade e
Auditoria;
 Propor acções de intervenção para a melhoria no Sistema de Controlo Interno no local em
estudo, caso as evidências constatadas na fase de avaliação assim o exigirem.

1.4.Hipóteses

Hipótese é uma solução provisória ao problema levantado e, consequentemente, uma provável


solução ao tema central. De acordo com GIL (2002:30), hipótese é uma explicação susceptível
de ser declarada verdadeira ou falsa.

O controlo interno no sector público é um mecanismo através do qual a entidade avalia o


cumprimento das metas previstas no orçamento planeado, comprova a legalidade e avalia os
resultados de acordo com os princípios que regem a administração pública, controlo a gestão dos
recursos públicos, servindo de apoio aos controlos administrativos, aos gestores e ao controlo
interno. Assim, pelo facto de que o orçamento público pode ser uma ferramenta do controlo
interno na administração pública e com base na análise dos conceitos e objectivos do controlo
interno, pretende-se validar a hipótese que a seguir se apresenta:

 H0: O controlo interno ajuda na prevenção de erros na medida em que minimiza a


ocorrência de falhas e desvios quanto ao atendimento dos objectivos e metas.
 H1: A implementação do controlo interno não é garantia da inexistência de erros dentro
das organizações.

1.5.Delimitação do tema

A presente Monografia tem como tema: O Papel do Controlo Interno na Prevenção de Erros nas
Instituições Públicas de Moçambique, caso da Autoridade Tributária de Chokwe.
xviii

1.6.Resultados esperados

No final, espera-se que esta pesquisa possa possibilitar novas dimensões e tratamento conferidos
ao objecto de estudo, servindo como base para direccionar novas pesquisas.

Assim sendo, não há pretensões de exaurir toda a problemática que envolve o tema, mas sim
apresentar concisamente uma análise, reflexão e discussão com base na literatura pertinente, pois
se considera o controlo interno como ferramenta fundamental da gestão pública.

CAPITULO I – ENQUADRAMENTO TEÓRICO

O objectivo da revisão da literatura é sintetizar o conhecimento de vários autores sobre o assunto


abordado, podendo contribuir, também, para enfatizar e dar sustentação teórica sobre o tema em
questão.

1.1.Contabilidade na Administração Pública

Para KOHAMA (2001:31), entende-se por Administração Pública todo o aparelho do Estado
pré-ordenado à realização das actividades públicas, ou seja, é o conjunto de agentes, pessoas
físicas e jurídicas, incumbidos legalmente de gerir o património público, na intenção de atender
às necessidades da colectividade e promover o bem-estar de todos.

A acção do administrador público deve obedecer a um planeamento e visar o desenvolvimento


social e melhoria da qualidade de vida, uma vez que a Administração Pública, na condição de
gestora de património público, precisa também atender e respeitar certos preceitos legais tanto
para a geração dos ingressos quanto para realização das despesas públicas.

BEZERRA FILHO (2005:127), Património Público constitui o conjunto de bens, valores,


créditos e obrigações de conteúdo económico em moeda que o Estado possui e utiliza na
consecução dos seus objectivos.

1.2.Contabilidade Pública

Segundo KOHAMA (2001:46), Contabilidade Pública “é o ramo da Contabilidade que estuda,


orienta, controla e demonstra a organização e execução da despesa Pública; o património público
e suas variações”. Este conceito demonstra o quanto a Contabilidade pública é importante para
xix

que se tenha controlo e organização na demonstração das contas públicas, pois, a transparência é
fundamental nas finanças públicas, demonstrando os actos dos gestores de forma evidenciada.

Verifica-se, que a Contabilidade pública tem uma função social, pois, é por meio dela que se é
possível demonstrar a sociedade como os recursos públicos estão sendo utilizados. Desta forma,
a população pode ter uma noção do tipo de programa de governo que está sendo realizado pelos
gestores e quais as prioridades dos mesmos.

1.2.1. Objectivo da Contabilidade Pública

Para BEZERRA FILHO (2005:132), o objectivo da Contabilidade Pública à Administração


Pública é o de fornecer informações actualizadas e exactas, à administração, para subsidiar as
decisões dos gestores, aos órgãos de controlo interno e externo, para o cumprimento da
legislação e às instituições governamentais e particulares, para fins estatísticos ou de interesse
dessas instituições.

De acordo com SILVA (2002:218), Contabilidade Pública é uma especialização da Ciência


Contabilística que fornece informações à Administração sobre:

 Organização e execução dos orçamentos;


 Normas para o registo das entradas de receita;
 Normas para registo dos desembolsos da despesa;
 Registo, controlo e acompanhamento das variações do património do Estado;
 Normas para a prestação de contas dos responsáveis por bens e valores;
 Normas para a prestação de contas do governo;
 Controle de custos, eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos.

Portanto, verifica-se que a Contabilidade Pública também tem a missão de ajudar e subsidiar os
gestores nas tomadas de decisões e demonstrar para a sociedade de que forma os recursos
arrecadados estão sendo aplicados ou investidos.

KOHAMA (2001:214), Bens Públicos são as utilidades postas à disposição do povo de forma
gratuita ou remunerada, conforme dispuser a legislação específica, assim pode afirmar-se que os
xx

bens públicos visam a satisfação das necessidades públicas duma forma não remunerada ou
remunerada.

FRANCO (2002:03), Finanças Públicas, designam a actividade económica dum ente público
tendente a afectar bens à satisfação de necessidades que lhe estão confiadas.

FORTES (2002:70), Orçamento é uma prévia autorização do poder legislativo para que se
realizem receitas e despesas dum ente público, obedecendo a um determinado período de tempo.
Por meio do orçamento podemos verificar a real situação económica do Estado, evidenciando os
seus gastos com a saúde, educação, saneamento, obras públicas, etc.

FRANCO (2002:51), Orçamento Público é um documento directivo do Estado onde se define a


política da receita e despesa a prosseguir, num determinado período. Assim pode concluir-se que
o orçamento público define a previsão das receitas e a fixação das despesas públicas.

1.3.Controlo Interno

O controlo constitui uma das bases da administração, sua inexistência ou suas deficiências têm
reflexos directos com as demais funções. Para Stoner e Freemam (1985: 5) “a administração é o
processo de planear, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da
organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objectivos
estabelecidos”, conforme Almeida (2003: 63) “o controlo interno representa em uma organização
o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objectivos de proteger os activos,
produzir dados contabilísticos confiáveis e ajudar a administração...”

Para ATTIE (1998: 114), “o controlo interno inclui controlos que podem ser peculiares tanto à
contabilidade quanto à administração” como segue:

 Controlos contabilísticos: Compreende o plano de organização de todos os métodos e


procedimentos directamente direccionados, principalmente com a salvaguarda do
património e a fidedignidade dos registos contabilísticos. São exemplos de controlos
contabilísticos: sistema de autorização e aprovação; separação das funções de
escrituração e elaboração dos relatórios contabilísticos daquelas ligadas às operações ou
custódia dos valores; e controlo físico sobre estes valores.
xxi

Conforme ALMEIDA (2003: 63) são exemplos de controlos contabilísticos: Sistemas de


conferência, aprovação e autorização; Segregação de função (pessoas que têm acesso aos
registos contabilísticos não podem custodiar activas da empresa); Controlos físicos sobre activos
e Auditoria interna.

 Controlos administrativos: Estão relacionados com o plano de organização e todos os


métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão política
traçada pela administração. Normalmente, se relacionam de forma indirecta aos registos
financeiros. Com frequências abrangem análises estatísticas, estudos de tempo e
movimentos, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controlo de
qualidade.

1.3.1.Objectivos do Controlo Interno

O objectivo do controlo interno, no geral, é salvaguardar os activos e fornecer informações


contabilísticas seguras, auxiliando assim, a administração na condução das actividades da
organização.

Regra geral de acordo com ATTIE (2010: 155), o controlo interno tem quatro objectivos básicos:

 Salvaguardar os interesses da empresa;


 A precisão e confiabilidade de informes e relatórios contabilísticos, financeiros e
operacionais;
 Estimulo à eficiência operacional; e
 A aderência às políticas existentes.

1.3.2.Estímulo a eficiência operacional

Estimular à eficiência operacional é promover os meios necessários à condução das tarefas, de


forma a obter entendimento, aplicação e acção tempestiva e uniforme. Dentro da empresa os
vários sectores ou departamentos têm suas particularidades e cada indivíduo precisa conhecer sua
tarefa, para que a totalidade mova a empresa como um todo. Os principais meios necessários à
consecução desse objectivo são:

a) A selecção: possibilita a obtenção de pessoal qualificado para exercer com eficiência as


funções específicas;
xxii

b) O treinamento: possibilita a capacitação do pessoal para a actividade proposta;


c) O plano de carreira: tem como objectivo estabelecer a política da empresa ao pessoal
quanto às possibilidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e a
satisfação do pessoal;
d) Os relatórios de desempenho: compreendem a identificação individual de cada
funcionário, apontando suas virtudes e deficiências, sugerindo alternativas necessárias ao
aperfeiçoamento pessoal e profissional.
e) Relatórios de horas trabalhadas: possibilita a administração mais eficiente do tempo
desprendido pelo pessoal e indica mudanças necessárias ou correcção das metas de
trabalho.
f) Manuais internos: sugerem clara exposição dos procedimentos internos; possibilitam
práticas uniformes, normatização e eficiência dos actos, previne a ocorrência de erros e
desperdícios.
g) Instruções formais: indicam formalmente as instruções a serem seguidas pelo pessoal,
evitando interpretações dúbias, mal-entendidos e a possibilidade de cobranças e follow-
uptempestivos.

1.3.3.Aderência às políticas existentes

Este objectivo do controlo interno está relacionado com a maneira pela qual a empresa busca
assegurar que os desejos da administração, definidos através de suas políticas e indicados por
meio de seus procedimentos, sejam adequadamente seguidos pelo pessoal. Os principais meios
que visam dar embasamento para a aderência às políticas existentes são os seguintes:

a) Supervisão: a supervisão permanente possibilita melhor rendimento pessoal, corrigindo-


se rapidamente possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução das actividades.
b) Sistema de revisão e aprovação: indica através do método de revisão aprovação, que
políticas e procedimentos estão sendo adequadamente seguidos.
c) Auditoria interna: possibilita a identificação de transacções realizadas pela empresa que
esteja em consonância com as políticas determinadas pela administração.

Assim, os objectivos básicos do controlo interno são guardar os interesses da empresa,


desempenhando com eficiência o seu papel, fornecendo com eficácia e fidedignidade os
xxiii

relatórios contabilísticos, detectando e prevenindo de fraudes e erros, visando proteger os


recursos da organização.

1.4.Importância do Controlo Interno

ATTIE (1998: 114) afirma:

“A importância do controlo interno fica patente a partir do momento em que se torna impossível
conceber uma empresa que não disponha de controlos que possam garantir a continuidade do
fluxo de operações e informações proposto.”

È verificado que o controlo interno tem como objectivo a potencialização do êxito do processo
decisório, implicando assim uma maior responsabilidade por parte das pessoas que são
responsáveis pelo controlo interno e geração de dados para as tomadas de decisões.

Toda empresa que vise uma gestão efectiva, torna-se inviável que o proprietário controle sozinho
todas as operações existentes dentro da mesma. O controlo interno tem uma contribuição a
oferecer a cada segmento ou sector existente dentro de forma a agregar agilidade, eficiência e
veracidade para as informações contabilísticas e administrativas.

Para CREPALDI (2002: 67), “é de fundamental importância a utilização de um controlo


adequado sobre cada sistema operacional, pois dessa maneira atingem-se os resultados mais
favoráveis com menores desperdícios”. Dessa forma, pode-se sumarizar a importância do
controlo interno, considerando os seguintes aspectos:

 O eficiente controlo das operações requer relatórios e análises que reflictam a situação da
companhia;
 A salvaguarda dos activos da empresa e a prevenção ou descoberta de erros e fraudes é
responsabilidade da administração, o que, para a adequada execução, necessita de um
bom sistema de controlo interno.
xxiv

Assim a contribuição do controlo interno se torna evidente perante a organização a partir do


instante em que se torna impossível perceber uma empresa que não disponha de controlos que
possam assegurar a continuidade do fluxo das actividades e informações proposto.

1.4.1.Características de um sistema de controlo interno

Conforme GALLORO e GALLORO (2000: 63), “Os sistemas de controlo devem variar de
acordo com a natureza do negócio, estrutura e tamanho da empresa, diversidade e complexidade
das operações, métodos utilizados para processamento de dados e requisitos legais e
regulamentares aplicáveis”.

Desta forma, devem ser desenhados de maneira que:

 Se mostrem eficazes para atender os objectivos da direcção;


 Não gerem ineficiências ou burocracias, adaptando os recursos da estrutura ao sistema e
não o contrário;
 Tenham um saldo positivo na relação custo/benefício.

1.4.2.Categorias de Controlo Interno

Segundo CREPALDI (2002: 63-66), “não existe uma termologia universal para descrever as
categorias de controlos internos, entretanto podemos classificá-los segundo suas finalidades”.
Desta maneira, um dos desdobramentos possíveis seria:

 Controlos organizacionais, inclusive segregação de funções;


 Controlo de sistemas de informação; e
 Controlo de procedimentos.

1.5.Controlos organizacionais, inclusive segregação de funções

De acordo com CREPALDI (2002: 63):

Ao falar da questão de controlos organizacionais, referimo-nos ao controle obtido por meio da


maneira de designar responsabilidade e delegar autoridade. A magnitude de muitas empresas faz
xxv

com que a gerência se veja impossibilitada de administrar ou supervisionar pessoalmente as


operações. Em tais circunstâncias, é imprescindível estabelecer uma estrutura organizacional
adequada.

A estrutura é um marco em que se realizam as actividades de planeamento, execução e controlo


das operações, tais como:

 Atribuição de responsabilidades e delegação de autoridades claramente definidas;


 Segregação de funções incompatíveis para evitar que sejam controladas por qualquer
indivíduo ou departamento da organização;
 Fornecimento de recursos, inclusive pessoal competente, em quantidade suficiente para o
cumprimento das responsabilidades do desempenho.
 Existência de sistemas de medição e avaliação do desempenho.

1.5.1.Segregação de funções

Geralmente, considera-se a correcta segregação de funções como elemento mais importante de


um sistema eficaz de controlo interno. O princípio fundamental é que ninguém deveria controlar
todas as etapas de uma transacção sem a interferência de outra ou outras, capazes de efectuar
uma verificação cruzada.

1.5.2.Pessoal

A certeza razoável de que estão sendo alcançados os objectivos de controlo interno depende do
grau de competência e integridade das pessoas, da independência das funções que lhes tenham
sido designadas e da compreensão que têm dos procedimentos estabelecidos. A eficácia global
do sistema depende, ao mesmo tempo, de um número apropriado de funcionários competentes
para realizar o trabalho em cada nível. Não basta ter pessoas competentes sem um sistema de
controlo interno, ou um sistema de controlo sofisticado sem pessoas competentes.

1.5.3.Controlo do sistema de informação

Controlo sobre o sistema de informação refere-se ao controlo obtido mediante a prestação de


informação aos níveis adequados da administração.
xxvi

Em todas as empresas, o planeamento e o controlo das operações dependem do conhecimento


que a administração tem das actividades e operações passadas, presentes e futuras. E salvo nas
pequenas, esse conhecimento dependerá, em maior ou menor grau, do sistema de informação.

1.5.4.Controlos de procedimentos

Controlos de procedimentos são os controlos obtidos mediante a observação de políticas e


procedimentos dentro da organização. Elaborar o plano de organização é de importância vital
para que o pessoal compreenda claramente suas funções e responsabilidades, sendo conveniente,
para tanto, que existam normas de procedimento devidamente documentadas.

Os procedimentos existentes em uma organização são implementados para que se alcance


eficiência operacional e se atinjam os objectivos empresariais. Algumas características
desejáveis nos controlos de procedimento são:

 Que sejam adequados à estrutura organizacional;


 Que estejam bem definidos e documentados;
 Que se mostrem fáceis de interpretar e aplicar.

1.5.5.Gestão

A gestão tem a ver com a orientação, direcção e controlo dos esforços de um grupo de pessoas
para um objectivo comum. Pois, para os neoclássicos o gestor “ é aquele que possibilita ao grupo
alcançar seus objectivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço e com menos atritos
com outras actividades” (CHIAVENATO, 2000: 127).

1.5.6.O Processo de Gestão

As organizações encontram-se, actualmente, em um contexto dinâmico, competitivo e complexo,


no qual, para que consigam progredir, torna-se necessário que elas tenham um processo de
gestão estruturado na forma do ciclo planeamento, execução e controlo. Esse ciclo é conhecido
como processo de gestão e tem como objectivo garantir a eficácia empresarial (CATELLI,
2009). Ele deve assegurar a realização das metas, objectivos e missão da empresa, de maneira
equilibrada e adaptável às transformações do mercado e ser estruturado com base no processo
decisório e ser suportado por sistemas de informações.
xxvii

O processo de administração organizacional relaciona um conjugado de processos, tais como o


patrimonial, orçamentário, financeiro, pessoal, entre outros, que orientam o fluxo de recursos da
empresa, possibilitando o planeamento adequado e a gestão dos mesmos. Este dinamismo de
complexidade demanda um arcabouço tempestivo de controlos que acompanham a
movimentação das actividades da entidade.

A administração se refere ao campo das actividades humanas que tem como finalidade principal
a coordenação em grupo para o desempenho de funções de planeamento, organização, direcção e
controle em relação a certos factores básicos, através de esforços motivacionais apropriados, de
maneira que os vários objectivos do grupo e dos indivíduos que dele fazem parte, sejam
atingidos num grau óptimo com eficiência óptima (FERNANDEZ, 2005 apud MOSIMANN;
FISCH, 2009: 26).

Assim, o processo de gestão pode ser concebido como o empenho administrativo global em dado
empreendimento, envolvendo a tomada de decisões, a aplicação de determinadas técnicas e de
certos procedimentos e a motivação de indivíduos ou grupos no sentido da consecução de
objectivos específicos.

De acordo com CATELLI (2009), gerir é fazer as coisas acontecerem, e a pessoa que faz a
gerência, denominada gestor, é quem toma as decisões para que as coisas aconteçam, de tal
forma que a empresa atinja seus objectivos. Assim, administrar é conduzir a organização para o
alcance dos seus objectivos. Conforme Bio (2005 apud Leite et. a.l, 2008), o processo de
gerência em uma organização compreende as decisões direccionadas para as seguintes áreas:

 Planeamento: refere-se ao conjunto de objectivos desejados e a forma de como serão


alcançados, ou seja, o que é desejado e como e quando será obtido;
 Direcção: refere-se à capacidade de obter os resultados por meio de outras pessoas;
 Controlo: refere-se à implementação dos planos e às avaliações do desempenho em
relação ao planeado (feedback), no intuito de atingir os objectivos definidos.

Nas definições apresentadas pelos dois autores, verifica-se que ambos entendem como
fundamental o planeamento e o controlo no processo de gestão, na manutenção de lucros e na
continuidade das organizações. Pode-se dizer que o orçamento é um elo entre o planeamento e o
controlo, cuja importância é confirmada por:
xxviii

Segundo FIGUEIREDO e CAGGIANO (2008), embora existam diferentes escolas de


pensamento a respeito do termo “administração” e como esta deve ser praticada, é geralmente
aceito que o processo de gestão possui cinco funções principais: Planeamento, Organização,
Controlo, Comunicação e Motivação.

1.5.7.Planeamento

Essa função é tida como um método de organização de actividades com o objectivo de alcançar
os objectivos propostos. Nesse sentido, Mosimann; Fisch (2009: 48), conceitua o planeamento
como,

o processo que envolve avaliação e tomada de decisões em cenários prováveis, visando definir
um plano para atingir uma situação futura desejada, com base nas informações sobre as variáveis
ambientais, crenças e valores, missão, modelos de gestão, estrutura organizacional
preestabelecidas e a consciência da responsabilidade social, que configura a situação actual.

A importância dos factores conjunturais no processo de planeamento é óbvia, e é igualmente


claro que informações a esse respeito não devem estar sujeitas a um tratamento menos rígido do
que as informações analíticas internas, produzidas na empresa. De acordo com Figueiredo;
Caggiano (2008) podem-se distinguir três espécies de actividades de planeamento, como:

 Planeamento estratégico: diz respeito a um período de três a dez anos; normalmente é


chamado de planeamento de longo prazo;
 Planeamento programa: actividade que segue o planeamento de longo prazo e envolve
o desenvolvimento de planos para os dispêndios de capital necessários para os objectivos
de longo prazo;
 Planeamento orçamentário: aquele que converte o plano de longo prazo da forma às
necessidades do futuro imediato. É usualmente descrito como Orçamento e é
desenvolvido numa base anual.

De acordo com CATELLI (2002), Pereira e Vasconcelos (2003 apud Palazzoet. al., 2008), após
traçar directrizes e cenários por meio do planeamento estratégico, será feito o planeamento
operacional, no qual todas as áreas deverão participar. O resultado desse planeamento são as
xxix

alternativas que permitirão à empresa cumprir o estabelecido e gerar receitas. O planeamento


operacional divide-se nas seguintes etapas:

 Estabelecimento de objectivos operacionais;


 Definição dos meios e recursos;
 Identificação das alternativas de acção;
 Simulação das alternativas identificadas;
 Escolha das alternativas e incorporação ao plano;
 Estruturação e quantificação do plano;
 Aprovação e divulgação do plano.

1.5.8.Organização

Na Organização abarca a definição do arcabouço administrativo para que as decisões estratégicas


sejam implementadas. Ela é desenvolvida através do processo de departamentalização no qual,
diferentes especialistas são divididos em departamentos separados, e tem a função de coordenar
estas tarefas de modo que a empresa esteja apta a trabalhar eficientemente e alcançar seus
objectivos (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008).

O desenho da área administrativa busca estabelecer a estrutura e a forma da entidade e definir as


responsabilidades e linhas de autoridade. Isto envolve a acepção das tarefas necessárias para
alcançar as metas estratégicas, ou seja, a determinação de quem irá cumprir estas tarefas e
assumir as responsabilidades por seu desempenho.

1.5.9.Controlo

Na administração a função de controlo está intimamente ligada à função de planeamento através


de um sistema de feedback que informa o resultado das decisões passadas, sendo que tal sistema
é indispensável para avaliação da qualidade do processo decisório e para seu aprimoramento. De
acordo com Mosimann; Fisch (2009), o processo de controlo abrange as seguintes actividades:

 Estabelecimento de objectivos, metas e padrões que sejam expressos em alguma unidade


de tempo, dinheiro, unidade física ou por meio de índices;
xxx

 Observação do desempenho com o objectivo de alimentar o sistema de informações com


os dados referentes às actividades realizadas;
 Comparação do desempenho real com o esperado e emissão de relatórios de desempenho
pelo sistema de informações;
 Comunicação do desempenho com as alternativas de acção em decorrência de variações
relevantes;
 Acção correctiva referente às medidas ou providências adoptadas para eliminar os
desvios significativos detectados nos relatórios de desempenho;
 Acompanhamento da acção correctiva.

Essas actividades acima relatadas acima demonstram que o controle objectiva proteger o
património da empresa e garantir sua continuidade por meio do cumprimento da missão e dos
objectivos da organização. Para isso torna-se necessário o acompanhamento dos resultados
comparando o real com o esperado e adoptando, se necessário, medidas correctivas.

O controlo compreende a fase em que o previsto é comparado com o real, identificando ou não
as modificações necessárias. O propósito do controlo “é assegurar que as actividades da
organização sejam desempenhadas de acordo com o plano.” O que possibilita controlar é ter um
sistema de informações suficientes, de forma que se possa corrigir o planeamento no momento
em que as mudanças acontecerem (CATELLI; PEREIRA; VASCONCELOS, 2001).

1.5.10.Comunicação

A comunicação é uma permuta de opiniões, fatos e ideias, entre dois ou mais indivíduos.
Supõem a ligação de todas as funções gerenciais pela transmissão de informações e instruções
internas da organização. Adicionalmente, o processo de comunicação relaciona a organização
com seu meio ambiente por ligá-la a seus fornecedores, e aos seus consumidores para quem seus
produtos são direccionados (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008). Em qualquer organização, a
especialidade das tarefas e a consequente divisão do trabalho criam situações nas quais um fluxo
de ideias e de fatos é necessário em função da eficiência. O alto grau de comunicação agrega os
vários membros da organização, unindo-os na busca das metas organizacionais.
xxxi

1.5.11.Motivação

Conforme FIGUEIREDO; CAGGIANO (2008), A motivação, traduz-se no envolvimento total


dos membros da organização e na busca de maneiras de como melhorar a performance
individual. Alguns factores motivacionais são basicamente biológicos ou psicológicos e podem
ser vistos como naturais e inerentes como a necessidade de ar, água, alimentação, sono,
vestimenta e moradia; outros são adquiridos, como a combinação de necessidades associadas ao
ego individual, e a uma correcta avaliação de si próprio; e outros, estão relacionados às
necessidades sociais e são influenciados pela organização da situação do trabalho.

1.6.Sistemas de Informação no Processo de Gestão

As informações formam a base de dados para a tomada de decisões e são de fundamental


importância, em determinadas circunstâncias, a ponto de se ter ou não as informações
disponíveis naquele momento requerido, significar a sobrevivência ou não da empresa. Os
sistemas de informações devem dar o devido suporte às fases do processo de gestão,
planeamento, execução e controlo, bem como assegurar a integração entre essas fases.

NAKAGAWA (2005 apud Mosimann; Fisch, 2009) afirmam que o aperfeiçoamento da gestão
empresarial e da eficácia gerencial, teve contribuição de mudanças como:

 A gestão das empresas passou a ser feita sob uma nova abordagem sistémica e as próprias
técnicas gerenciais tiveram um avanço considerável;
 A informação passou a ser tratada como um produto de um sistema planeado, de modo a
torná-lo disponível de acordo com as necessidades dos gerentes;
 Desenvolveram-se sistemas de informações que suportam os processos de planeamento e
controlo dos gerentes, bem como os sistemas operacionais de produção da empresa.

GUERREIRO (1989 apud Silva et al. 2007) ressalta que os gestores têm grande dependência do
recurso informação, que se constitui na matéria-prima do processo de gestão. A informação deve
ter um sentido lógico para o gestor, portanto os conceitos de mensuração aplicados no sistema
não podem ser dogmáticos, e sim racionais. O sistema de informações deve ser configurado de
forma a atender eficientemente às necessidades informativas de seus usuários, bem como
incorporar conceitos, políticas e procedimentos que estimulem o gestor a tomar as melhores
decisões para a empresa.
xxxii

Nesse contexto, MOSIMANN; Fisch (2009: 54) conceituam sistema de informação,

Como uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de tomada de decisões; não
apenas da empresa como um todo, mas também de cada área de responsabilidade. O conjunto de
recursos humanos, físicos e tecnológicos que o compõe transforma os dados captados em
informações, com a observância dos limites impostos pelos usuários quanto ao tipo de
informação necessária a suas decisões, condicionando, portanto, a relação dos dados de entrada.

Já para REZENDE; Abreu (2006: 64), “um sistema de informação pode ser definido como
processos de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da
empresa e que proporciona a sustentação administrativa, visando à optimização dos resultados
esperados”.

Já NAKAGAWA (2003: 47) entende que “o sistema de informações procura satisfazer a


necessidade informativa dos gerentes. O processo de tomada de decisões é de natureza circular e
seu ciclo completo abrange as etapas de planeamento, execução e controlo”. Os sistemas
específicos, os quais visam atender a todas as etapas do processo de gestão, são divididos
basicamente em três tipos:

 Sistemas de informações operacionais;


 Sistemas de informações gerenciais;
 Sistemas de informações estratégicas”.

Os sistemas operacionais ou sistemas de apoio às operações são voltados para atender às


operações e transacções, visando o suporte à gestão na área operacional.

Os sistemas de informações operacionais, também denominados sistemas de apoio às operações,


constituem sistemas de processamento das transacções que ocorrem em paralelo aos fluxos
físicos e acompanham o dia-a-dia das operações de determinada empresa. Alguns casos são
acompanhados de sistemas tomadores de decisão e/ou para tomada de decisões voltadas para a
operação (SCHIMIDT, 2002: 83).

Os sistemas de apoio às operações, portanto, surgirão da necessidade da administração e controlo


da produção. O objectivo destes sistemas é auxiliar os departamentos e actividades a executarem
suas funções nas diversas operações. Já os sistemas de informação de apoio à gestão ou sistema
xxxiii

de informação gerencial são aqueles que actuam nas actividades económico-financeiras da


empresa, ou seja, são ferramentas que auxiliam os gestores no planeamento e controlo da parte
financeira da empresa e na tomada de decisões.

Conforme SCHIMIDT (2002) os sistemas de informações gerenciais suportam as actividades


gerenciais. Tem por objectivo fornecer subsídios às diversas áreas funcionais da organização,
dando assistência às tomadas de decisões para identificar e corrigir problemas de competência
gerencial. As informações produzidas pelos sistemas de apoio à gestão são produzidas a partir de
todas as operações da empresa, as quais serão utilizadas em todo o processo de gestão, desde o
planeamento até a análise dos resultados obtidos com o planeado na fase do controlo.

O Sistema de Informação para Gestão Económica é o conjunto de subsistemas de pré-


orçamentação, orçamentos, custos e contabilidade, que reflecte as decisões tomadas por ocasião
do planeamento em termos monetários e, posteriormente, confronta os resultados reais com os
planeados, possibilitando então as acções de controlo (CATELLI, 2009: 148).

Existem diversos sistemas específicos de apoio aos gestores no processo de tomada de decisões,
os quais são gerados a partir de dados obtidos nos sistemas de apoio à gestão e nos sistemas de
apoio às operações. As informações requeridas em todas as etapas do processo de gestão e
tomada de decisão deverão ser tempestivas e confiáveis, pois será através delas que os gestores
escolherão as alternativas que possibilitem o sucesso e a continuidade da organização. Portanto,
o sistema de apoio à decisão será a ferramenta que os executivos, bem como a alta
administração, utilizarão na condução dos negócios rumo ao sucesso e a continuidade da
empresa.

1.7.Conceito de fraude e erro

Faz-se necessário neste tópico delinear o conceito de fraude e erro. Conforme a NBCT 11-IT 03,
o termo fraude refere-se “a ato intencional de omissão ou manipulação de transacções,
adulteração de documentos, registos e demonstrações contabilísticos”. Por premissa do Conselho
Federal de Contabilidade, o auditor normalmente é impedido de comunicar as ocorrências de
fraudes ou erros a terceiros devido ao sigilo profissional.
xxxiv

Em alguns casos, no entanto, existe a obrigação legal desta comunicação, sendo requerida ao
auditor a quebra deste sigilo, conforme o Código de Ética do Contabilista e as Normas
Profissionais do Auditor Independente. O auditor deve sempre comunicar à administração da
entidade que está sendo auditada qualquer descoberta envolvendo fraudes, mesmo que seu efeito
não se apresente como relevante sobre as demonstrações contabilísticos. Dependendo das
circunstâncias, esta comunicação pode ser feita tanto de forma verbal quanto escrita. Conforme a
NBC T11 - IT – 03, que trata da fraude e do erro, a fraude pode ser caracterizada por:

 Manipulação, falsificação ou alteração de registos ou documentos, de modo a modificar


os registos de activos, de passivos e de resultados;
 Apropriação indébita de activos;
 Supressão ou omissão de transacções nos registos contabilísticos;
 Registo de transacções sem comprovação; e
 Aplicação de práticas contabilísticos indevidas (CFC, 1999, p. 207). Em relação à
diferenciação do erro e da fraude, em contabilidade, muito bem esclarece Serpa (2002, p.
57): É preciso fazer distinção entre fraude e erro, em contabilidade. Fraude é uma acção
premeditada para lesar alguém. O erro é uma acção involuntária, sem o intuito de causar
dado. Embora possam ocorrer sobre os mesmos fatos e documentos (balanços,
balancetes, livros comerciais etc.) são de características diferentes.

Observa-se que não se pode confundir os conceitos de fraude e erro, visto que são conceitos bem
distintos, uma vez que na fraude há uma predisposição a causar uma lesão a alguém ou alguma
coisa, e ao contrário, o erro é involuntário e decorre da própria condição humana, sujeita à falhas
e enganos.

1.7.1.A importância do Controle Interno na Prevenção de Fraudes e Erros

Diante da evolução nas transacções entre organizações, principalmente, pelo processo de


globalização e pelos recentes escândalos de grandes empresas motivados por fraudes
contabilísticos em seus registos, documentos e demonstrações contabilísticos, tornaram-se
indispensável o trabalho de Auditoria como instrumento no combate e prevenção de
irregularidades.
xxxv

Ao contratar os serviços de auditoria é indispensável a acção conjunta da administração e do


auditor, além de um bom controlo interno que adequará a realidade da organização a situação
real económica e financeira a fiscalização das transacções ocorridas, a credibilidade das
demonstrações contabilísticos, dentre outros. A Contabilidade é ferramenta relevante para
colecta de informações, que devem coincidir com a realidade da empresa, proporcionando assim,
a tomada de decisões pelos usuários de tais informações.

As organizações podem não atingir seus objectivos em caso de erros ou fraudes em suas
actividades, ai entra a Auditoria proporcionando esclarecimentos dos fatos e podendo até evitar
crimes. Os estudos realizados pelo Controle Interno é que delimitarão a extensão e a
confiabilidade dos trabalhos realizados pela Auditoria. Entretanto, há diferenças entre auditor
interno e controle interno, sendo que o primeiro tem o trabalho de revisar os controlos internos,
estes são normalmente funcionários da organização.

Por controlos internos pode ser entendido como todos os instrumentos da organização destinados
à vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou
governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu
património (FRANCO; MARRA, 2000). O sistema contabilístico e de controlos internos
compreendem o plano de organização e o conjunto integrado de método e procedimentos
adoptados pela entidade na protecção do seu património, promoção da confiabilidade e
tempestividade dos seus registos e demonstrações contabilísticos, e da sua eficiência operacional
(CFC, 2010).

Para MIGLIAVACCA (2002, p. 17) “Controle Interno é definido como planeamento


organizacional e todos os métodos e procedimentos adoptados dentro de uma empresa, a fim de
salvaguardar seus activos, verificar a adequação e o suporte dos dados contabilísticos, promover
a eficiência operacional e encorajar a aderência às políticas definidas pela direcção”. Existem
princípios de controlo interno que permitem alguns objectivos específicos que são bem
colocados por Peter e Machado (2003, p. 25) são:

 Relação custo/benefício: consiste na minimização da probabilidade de falhas/desvios


quanto ao atendimento dos objectivos e metas. Este conceito reconhece que o custo de
um controle não deve exceder aos benefícios que possa proporcionar;
xxxvi

 Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a eficácia dos


controles internos está directamente relacionada com a competência e integridade do
pessoal. Assim, é imprescindível que haja uma política de pessoal que contemple;
 Delegação de poderes e determinação de responsabilidades: visam assegurar maior
rapidez e objectividade às decisões, fazendo-se necessário um regimento/estatuto e
organograma adequado, onde a definição de autoridade e consequentes responsabilidades
sejam claras e satisfaçam plenamente às necessidades da organização; e manuais de
rotinas/procedimentos claramente determinados, que considerem as funções de todos os
sectores do órgão/entidade;
 Segregação de funções: a estrutura de um controle interno deve prever a separação entre
as funções de autorização ou aprovação de operações e a execução, controle e
contabilização das mesmas, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e
atribuições em desacordo com este princípio;
 Instruções devidamente formalizadas: para atingir um grau de segurança adequado é
indispensável que as acções, procedimentos e instruções sejam disciplinados e
formalizados através de instrumentos eficazes, ou seja, claros e objectivos e emitidos por
autoridade competente;
 Controles sobre as transacções: é imprescindível estabelecer o acompanhamento dos
fatos contabilístico, financeiros e operacionais, objectivando que sejam efectuados
mediante actos legítimos, relacionados com a finalidade do órgão/entidade e autorizados
por quem de direito;
 Aderência às directrizes e normas legais: é necessária a existência, no órgão/entidade,
de sistemas estabelecidos para determinar e assegurar a observância das directrizes,
planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos internos.

Pode-se concluir que o Controle Interno refere-se não apenas aos aspectos directamente
relacionados às funções de contabilidade e finanças, mas sim a todos os aspectos das operações
de uma empresa. Sendo relevante dizer que os responsáveis pelo correcto funcionamento do
controle interno são todos os funcionários, desde a alta administração até os colaboradores de
apoio, participam da execução do controle.
xxxvii

1.8.Administração Pública e Controlo Interno

1.8.1.Princípios norteadores da administração pública e controlo interno

Segundo MEIRELLES (1990), a função administrativa do sector público submete-se a


tratamento especial doutrinado em princípios jurídicos administrativos. Sua característica
essencial reside, de um lado, na admissibilidade da ideia de que a execução da lei por agentes
públicos exige o deferimento de necessárias prerrogativas de autoridade, que façam com que o
interesse público juridicamente predomine sobre o interesse privado; e de outro, na formulação
de que o interesse público não pode ser livremente disposto por aqueles que, em nome da
colectividade, recebem o dever-poder de realizá-los.

Na administração pública, o controlo interno deve estar presente, actuando de forma preventiva,
em todas as suas funções, administrativa, jurídica, orçamental, contabilística, financeira,
patrimonial, de recursos humanos, dentre outra, na busca da realização dos objectivos a que se
propõe.

Ainda MEIRELLES (1990) consiste, na verdade, no regime jurídico decorrente da conjugação de


dois princípios básicos: o princípio da supremacia dos interesses públicos e o da
indisponibilidade dos interesses públicos. Assim, tem-se como alguns princípios da
administração pública:

 Legalidade – Que é a actuação do gestor público e a realização de procedimentos


administrativos na forma da lei;
 Razoabilidade - Enuncia-se com este princípio que a Administração, ao actuar no
exercício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional,
em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosas das finalidades que
presidiram a outorga da competência exercida;
 Economicidade - Pressupõe na utilização dos recursos (humanos, materiais e
financeiros) compatíveis com as necessidades e resultados esperados, considerando-se a
relação custo/benefício;
 Eficácia - Pressupõe que os resultados obtidos estejam dentro dos objectivos propostos
para a entidade. Obtém-se da relação entre a produção e os resultados, não está ligada às
actividades, mas sim aos resultados;
xxxviii

 Publicidade – Acto de tornar público actos administrativos;


 Eficiência – Pressupõe na obtenção de níveis máximos de produção com mínimos de
recursos possíveis. A eficiência obtém-se da relação entre produção e os recursos
aplicados;
 Igualdade – Tratamento de igualitário, proibição de actos que levam a discriminação.
Num processo licitatório o gestor não pode incluir cláusulas que restrinjam ou frustrem o
caráter competitivo favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por beneficiar,
mesmo que involuntários determinados participantes;
 Impessoalidade – O interesse público está acima dos interesses pessoais. Será
dispensado a todos os interessados tratamento igual, independente se a organização é
pequena, média ou grande;
 Moralidade – A licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos princípios
morais, de acordo com a Lei, não cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado é
custeado pelo cidadão que paga seus impostos para receber em troca os serviços públicos;
 Probidade Administrativa – O gestor deve ser honesto em cumprir todos os deveres que
lhe são atribuídos por força da legislação;
 Vinculação ao Instrumento Convocatório - A Administração, bem como os licitantes,
ficam obrigados a cumprir os termos do edital em todas as fases do processo:
documentação, propostas, julgamento e ao contrato.

Compulsando sobre os aspectos citados por MEIRELLES, é possível concluir sinteticamente,


que os mecanismos de controlo visam não só a prevenir, mas também a garantir e regular a
aplicação dos recursos públicos. E, ainda, considerando que a Administração Pública deve
rigorosamente servir aos fins para os quais o Estado foi criado, evidencia-se a necessidade de
permanente incidência do controlo sobre toda e qualquer actividade administrativa, zelando pela
responsabilidade e transparência na gestão pública.

1.8.2.Importância do Controlo Interno na Administração Pública

O controlo interno ganha maior importância na Administração Pública em virtude dessa esfera
não dispor de mecanismos naturais de correcção de desvios, diferentemente do processo que
ocorre nas actividades privadas, onde a “competição” e o “lucro” funcionam como potentes
xxxix

instrumentos para reduzir desperdícios, melhorar o desempenho e alocar os recursos de forma


mais eficiente.

Deste modo, um sistema de controlo interno deve, piormente definir a área a controlar (em
termos de orçamento-programa: a actividade ou projecto); definir em que as informações devem
ser prestadas: um mês, uma semana, definir quem informa quem, ou seja, o nível hierárquico que
deve prestar informações e o que deve recebê-las, analisá-las e providenciar medidas; definir o
que deve ser informado, ou seja, o objectivo de informação; por exemplo: aquisição de tantas
viaturas custa tantas unidades monetárias.

1.8.3.Funções do Controlo Interno

Dentre as varias funções de controlo interno, está a avaliação da sua própria actividade. Sabendo-
se que as funções convivem na Administração com todas as demais funções, resulta que se
encontra presente em cada desdobramento da organização.

Assim, essas funções podem ser verificadas na actividade de triagem de ingresso e saída de
pessoas, veículos, bens e mercadorias; no acompanhamento das condições de qualidade dos
serviços e produtos; na elaboração de estatísticas e na contabilização física e financeira; nos
registos de pessoal, de seus dados cadastrais, situação funcional e remuneração, entre inúmeras
outras situações. Importa afirmar, por isso, a necessidade de auto-avaliação do controlo interno a
fim de preservar seu funcionamento com eficiência.

As outras funções de controlo interno estão basicamente voltadas aos objectivos. O tamanho e a
complexidade das organizações modernas, porém, tem dificultando e, por vezes,
impossibilitando a supervisão directa de todas operações por parte dos dirigentes superiores,
obrigando-os a delegar por parte dessas funções a outros profissionais. Estes, com a devida
independência, colectam dados estratégicos, analisa-nos e colocam à disposição da direcção as
informações finais sobre o comportamento operacional da entidade. Assim, serão funções
básicas do Controlo Interno:

 Prestar informações permanentes à administração superior sobre todas as áreas


relacionadas com o controlo, seja contabilístico, administrativo, operacional ou jurídico;
xl

 Preservar os interesses da organização contra ilegalidades, erros ou outras


irregularidades;
 Velar para a realização das metas pretendidas;
 Recomendar os ajustes necessários com vista à eficiência operacional.

1.8.4.Modelos de controlo interno

Em termos gerais pode dizer-se que os modelos de controlo interno variam grandemente entre os
vários países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE), embora seja possível identificar dois principais modelos que marcam a tradição no que
toca ao controlo interno, pelo menos entre os países europeus, e que desde já possam merecer
uma breve abordagem.

O primeiro modelo de controlo interno é o centralizado, que tem como referência “um controlo
prévio por uma terceira parte”, sendo encontrado em países como Portugal, França e Espanha, e
que deriva da tradição legal baseada no Código Napoleónico, o Ministério das Finanças, além de
ter de elaborar os orçamentos e alocá-los aos outros Ministérios, intervém directamente no
controlo prévio, colocando o seu próprio pessoal nessas instituições. Neste ambiente o controlo
interno tem como ponto focal numa organização ou órgão criado para desempenhar certas
funções de controlo, podendo ser um inspector-geral ou um serviço externo de controlo do
Tesouro.

Os países como a Holanda e Reino Unido, usam o modelo de controlo interno descentralizado e
baseia-se naquilo que se pode chamar de “management responsibility approach”. Aqui as
instituições beneficiárias dos fundos públicos tomam a responsabilidade total pela efectivação
das despesas e pela implementação de todo o sistema de controlo dessas despesas. Neste
ambiente, o controlo interno focaliza-se em todo o sistema organizativo, nas normas,
procedimentos e demais regulamentos internos que são elaborados de modo a se assegurar o uso
dos recursos ou fundos alocados às respectivas instituições, de maneira económica, eficiente e
efectiva.

Para tal o sistema de controlo interno nos moldes aqui expostos inclui uma gama de controlos “a
priori”, de fiscalização do desempenho, auditorias aos sistemas informáticos e outros.
xli

CAPITULO II – APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

2.1.Estudo de Caso

2.1.1.Apresentação da Autoridade Tributaria

A Autoridade Tributária, criada em 2006, constitui uma das principais tentativas do Governo em
garantir o aumento da base tributária no país, visto que o sistema fiscal moçambicano é ainda
baseado num sistema de tributação indirecta. Assim, a autoridade tributária moçambicana
assume como seu objectivo principal melhorar a situação fiscal no país, ou seja, permitir que os
contribuintes em Moçambique adiram ao sistema tributário, garantindo o aumento da base
tributária.

O ano de 2006 foi de desafios particulares para a administração tributária, com um processo
importante de mudanças no contexto do estabelecimento da Autoridade Tributária Moçambicana
(ATM) no início do ano, visando o fortalecimento e modernização dos órgãos encarregues da
execução das políticas tributária e aduaneira, que visam a consolidação de um sistema fiscal
justo e equilibrado, privilegiando o crescimento económico sustentado.

Os estatutos orgânico e do pessoal da ATM foram aprovados a meados do ano, mas o início
formal do seu funcionamento foi somente efectivo aquando da tomada de posse do seu
presidente, em Novembro de 2006. Este processo condicionou de certa forma a tomada de
decisões estratégicas e operacionais, que foram atrasadas em relação aos planos.
xlii

Em linhas gerais, a Autoridade Tributária de Moçambique, que tem na manga o seu plano
Estratégico 2008-2010, e o grande objectivo de simplificação dos procedimentos do processo de
tributação em Moçambique, aponta que as receitas tributárias em Moçambique constituem cerca
de 15% do total do PIB em Moçambique, com uma previsão de incremento de 0.5% ao ano. Nos
países da região austral de África, as receitas tributárias representam 19 a 20% do PIB.

Num País cujo número de contribuintes é de cerca de 630.000, ainda há um trabalho a se fazer
para o alargamento da base tributária pois destes 630.000 uma parte são contribuintes individuais
e outra são os contribuintes colectivos. Estes números num país com cerca de 20 milhões de
habitantes são bastante insignificantes e um dos desafios do Governo na área fiscal é a inversão
deste cenário e o alargamento da base tributária, ou seja, inscrever mais contribuintes dentro do
sistema.

2.2.Visão

 Promover eficácia e equidade na aplicação da política tributária, incluindo a aduaneira,


garantindo uma maior comodidade aos cidadãos.

2.3.Valores

Confiança, respeito mútuo, equidade, integridade, transparência, cortesia, dedicação e


excelência.

2.4.Órgãos da Autoridade Tributária

 Conselho Superior Tributário;


 Presidente da Autoridade Tributária;
 Conselho Directivo; e
 Conselho de Fiscalidade.

2.5.Vantagens da Autoridade Tributária

 Alargamento da base tributária – este é o objectivo primordial da Autoridade


Tributária moçambicana, sendo que deste modo engajar-se á totalmente em aumentar o
número de contribuintes no sistema fiscal moçambicano;
xliii

 Reduzir a dependência externa do país – através do alargamento da base tributária será


possível, reduzir a necessidade de recorrer a fontes externas para financiar a cobertura das
despesas orçamentais do país, visto que a principal fonte será os impostos colectados
dentro país;
 Reduzir a fuga ao Fisco – a autoridade tributária é uma instituição dedicada
exclusivamente a cobrança de receitas fiscais no país, e deste modo pode dedicar-se e
conseguir registos que comprovem, ou não, a contribuição dos cidadãos moçambicanos;
 Educação fiscal à população – um dos principais constrangimentos a obtenção das
receitas fiscais, pode ser o facto de os próprios contribuintes não perceberem o
funcionamento.

2.6.Discussão dos Resultados

O processo da análise de dados, do tema “O Papel do Controlo Interno na Prevenção de


Erros nas Instituições Públicas de Moçambique”, foi feito com base da análise de conteúdo,
técnica que consistiu na elaboração da grelha de análise do conteúdo das entrevistas feitas.

Para a análise foi constituídos em categorias, desta foram constituídas as respectivas


subcategorias, com as frequências que significa o número de vezes que cada participante
respondia as questões e unidades de registo.

Gráfico 1: Género dos entrevistados

70%

30%

Masculino Feminino

Fonte: 2020

Como se pode ver pelo gráfico a maioria dos colaboradores da Autoridade Tributária de Chokwe
são do sexo Masculino com uma percentagem de 70% em relação o sexo feminino.
xliv

Gráfico 2: Faixa etária dos entrevistados

70%

0% 20%
10%
Menos de 10 15 a 30 31 a 45 Mais de 50

Fonte: 2020
xlv

2.6.1.Actividades de Controlo na Autoridade Tributária de Chokwe

No que tange as actividades do controlo na Autoridade Tributária de Chokwe, a maioria dos


funcionários, responderam da mesma forma ao tópico referente a Actividades de Controlo,
ambas responderam com “NÃO” a pergunta se a entidade apresenta planeamento gerencial com
estabelecimento de metas e/ou directrizes? E se possuíam Auditoria Interna (ou órgão
específico)?

A média percentual das respostas dadas pelos funcionários variou entre 75% a 12,5%. Para as
questões restantes do terceiro ponto dos elementos do controlo interno as respostas foram
positivas com a média de 100% onde todos responderam com o “SIM”. Segundo vários autores,
actividades de controlo são políticas e processos pré-estabelecidos, que contribuem com as
respostas aos riscos. Observa-se que alguns funcionários não atenderam aos requisitos
determinados.

2.6.2.Causas prováveis para o crescimento de actos fraudulentos na Autoridade Tributária


de Chokwe

Gráfico 3: Causas Prováveis para o Crescimento de Actos Fraudulentos

Alteracao na organigrama da instituicao 25%

Insuficiencia de sistemas de controlo 35%

Impunidade 25%

Internacionalizacao da economia 15%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Fonte: 2020

O gráfico acima deixa claro como a insuficiência do sistema de controlo tem contribuído para o
crescimento das fraudes na Autoridade Tributária de Chokwe, segundo as respostas dadas pelos
xlvi

colaboradores, com uma percentagem de 35%, sendo, portanto necessário cada vez mais o
aprimoramento deste serviço nos órgãos públicos, a nível nacional.

2.6.3.Monitoria na Autoridade Tributária de Chokwe

Dadas as respostas do questionário aplicado, obteve-se uma média de 100% das perguntas Se
existia monitoriA das actividades gerenciais ou avaliações independentes na Autoridade
Tributária de Chokwe? A monitoriA da AT é feita por meio de avaliação independente? Se
actividade de avaliações independentes é monitorada regulamente onde todos responderam com
o “SIM”. Nota-se que vários funcionários responderam com “NÃO” as perguntas se seus
métodos de monitoria são modificados constantemente? e se desgaste, obsolescência e perdas
são previstas pelo monitoramento.

Onde a variação percentual das perguntas respondidas negativamente foram de 25% para a
pergunta 4.2 e 37,5% para a pergunta 4.3. (Vide a tabela 2 das respostas do questionário dirigido
ao director e pessoal da administração e finanças da Autoridade Tributária de Chokwe). O
monitoramento envolve avaliar a concepção e operação de controlos numa base tempestiva e
tomar acções correctivas necessárias, também é feita para assegurar que os controlos continuam
a operar com eficácia. Para alguns funcionários também foi negativa a pergunta se o
monitoramento da mesma vem sendo feito por avaliações independentes.

2.6.4.Formas de constatação de fraudes na Autoridade Tributária de Chokwe

Gráfico 4: Formas de Constatação de Fraudes na Autoridade Tributária de Chokwe

Informacao de funcionarios 15%

Auditoria/Revisao interna 40%

Conscidencia 20%

Informaacoes anonimas e de terceiros 25%


0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Fonte: 2020
xlvii

Através do gráfico acima evidenciado, a constatação deixa bem evidente que a maneira mais
eficiente de se constatar fraudes é através de Exames de Auditoria assim como a revisão interna,
mostrando a necessidade indispensável deste sistema nas instituições públicas, isso foi possível
ter esses dados, com o director da Autoridade Tributária de Chokwe e alguns funcionários que
foram submetidos a questionário.

2.6.5.Circunstâncias Facilitadoras de Fraude na Autoridade Tributária de Chokwe

Gráfico 5: Circunstâncias Facilitadoras de Fraude


35% 30% 25%
A T Ch okw e

10%

Fonte: 2020

Como se pode ver, pelo gráfico acima ilustrado, a particularidades dos ramos de actuação nos
sistemas de controlo interno foi indicada como circunstância ou factor que mais contribui para a
ocorrência de fraudes na Autoridade Tributária de Chokwe, nos anos compreendidos entre 2014
a 2016.

2.6.6.Informação e comunicação na Autoridade Tributária de Chokwe

Os resultados do elemento Informação e Comunicação, cuja média atingida foi de87,5%. Vale
ressaltar que este 12,5% refere-se somente ao funcionário, que respondeu negativamente em
relação à eficácia do sistema de informática utilizado no Controlo Interno, das restantes
perguntas todos responderam com o “SIM”.

Os manuais de políticas, contabilidade, memorandos e acções da gestão, são um forma de


comunicação que seja feita seja electrónica, oralmente ou pelas próprias acções da gestão. Para
além, do questionário que consta no apêndice A, também foi feita entrevista assim como
xlviii

apresenta o apêndice B. Esta entrevista foi feita ao pessoal do departamento da administração e


finanças. Onde obteu-se algumas respostas acerca do controlo interno existente na empresa.

2.6.7.Planos para diminuição da possibilidade de fraudes

Gráfico 6: Planos para Diminuição da Possibilidade de Fraudes na Autoridade Tributária de


Chokwe

70%

5% 15% 10%
l s ta s
ncia ario du r no
re n
co
n te
ge cio in
ca
o un de lo
s
a f el tro
iliz de an
u n
sib to m sc
o
n en e
Se am d do
ein ao ia
Tr ac or
bor le h
El a M

Fonte: 2020

Da mesma forma que a precariedade ou inexistência do sistema de controlo interno é factor


facilitador para que a fraude ocorra, a melhoria dos mesmos é um meio para que haja diminuição
na ocorrência de fraudes na Autoridade Tributária de Chokwe.

Diante dos dados da pesquisa acima demonstrados, fica evidente que o controle interno é uma
ferramenta indispensável na identificação de fraudes, assim como sua inexistência ou ineficácia é
um factor facilitador para a ocorrência de desvio do dinheiro público de sua finalidade,
reforçando ainda mais a necessidade de implantação do controle interno na Autoridade Tributária
de Chokwe.

Pode-se dizer que o controle interno é o guardião que tem como um dos seus pilares a
transparência da gestão, e torna-se assim um instrumento de cidadania que deve ser usado por
todas as organizações públicas, para tentar diminuir as fraudes e os desvios que infelizmente tem
ocorrido com muita frequência não só nos órgãos municipais, mas nos estados. Contudo a
postura da população diante dos governantes está mudando e já fiscalizam a conduta dos gestores
quanto, ao destino dado às contribuições recolhidas.
xlix

2.6.8.Ambiente de Controlo na Autoridade Tributária de Chokwe

Com a aplicação do questionário verificou-se que o grau de relevância dado ao Ambiente de


Controlo tem a média de 100%, pois todos responderam “SIM” as perguntas relacionadas,
indicando que factores como a ética, formas de conduta, política de recursos humanos, entre
outros vêm sendo aplicados de forma aderente. Acrescentando que um ambiente de controlo
inclui as atitudes, conhecimento, e acções da gerência e dos encarregados da governação
respeitantes ao controlo interno da entidade e a sua importância na entidade.

Pois, ao estabelecido na Autoridade Tributária de Chokwe é muito bom, porque este elemento é
o fundamento para controlo interno eficaz, proporcionando disciplina e estrutura. Engloba
compromisso de competência, participação pelos encarregados da governação, filosofia da
gerência e estilo operacional, estrutura organizacional, atribuição de autoridade e
responsabilidade, políticas de recursos humanos e práticas.

2.7.Avaliação de hipóteses formuladas

Nesta parte, são avaliadas as hipóteses formuladas, para aprovação ou rejeição, de acordo com as
respostas das questões arroladas no questionário. Foi adoptado o critério segundo o qual, de
acordo as respostas dadas pelos inquiridos, se a percentagem do indicador for abaixo de 50%,
rejeita-se a hipótese, caso contrário, a hipótese fica aprovada.

Tabela 1: Avaliação de Hipóteses formuladas

Hipóteses enunciadas Validação de hipóteses


Segundo a análise dos indicadores patentes nas variáveis das
hipóteses mencionada, pode se dar por validado a hipótese.
A validação demonstra o quanto o controlo interno
H0: O controlo interno ajuda na prevenção possibilita aos gestores a elaboração de estratégias
de erros na medida em que minimiza a financeiras e administrativas, por meio da gestão de
ocorrência de falhas e desvios quanto ao informações por ele geradas, sendo, portanto, fundamental
atendimento dos objectivos e metas. no contexto empresarial actual. Os gestores têm a
responsabilidade de implantar um sistema que o ajude na
condução correcta de seu negócio, e o controlo interno
l

oferece esse suporte, pois visa a eficácia operacional, por


isso é de grande ajuda para o fortalecimento da organização.

Segundo a análise dos indicadores patentes nas variáveis das


hipóteses mencionada, pode se dar por rejeitado a hipótese.
H1: A implementação do controlo interno Pelo facto do controlo interno ser uma ferramenta que entre
não é garantia da inexistência de erros suas várias funções, destaca-se a de proteger os activos da
dentro das organizações. empresa e salvaguardar seus interesses. Através do resultado
obtido pela análise de dados ficou evidenciado que o
controlo interno tem muito a oferecer ao processo de gestão,
que quando bem aplicado, certamente só trará benefícios à
administração.
Fonte: 2020

CAPITULO III – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

3.1.Conclusão

Do estudo feito na Autoridade Tributária de Chokwe, foi possível concluir que as actividades de
controlo interno acontecem em todos os níveis da organização e etapas da gestão. O sistema de
Controlo Interno é levado a cabo desde os níveis mais altos de uma organização até aos níveis
mais baixos, envolvendo desse modo o Conselho de Administração, as Direcções e outras áreas
operacionais.

Constatou-se que na Autoridade Tributária de Chokwe existem procedimentos e regulamentos


internos inscritos, sendo que os mesmos vão ao encontro das melhores práticas de governação
li

corporativa, basicamente, a necessidade de cumprimento de normas, prestação de contas,


transparência e senso de justiça. Apesar de esta instituição não ter um manual ou instrumento,
que a vincule na exactidão os valores referentes aos procedimentos de controlo interno, foi
possível verificar que a gestão de tesouraria é feita de uma maneira eficiente e eficaz, dentro dos
limites do Sistema de Controlo Interno estabelecido, de modo a cumprir com os procedimentos e
políticas determinadas pela gestão. Este facto faz com que não haja evidência para que se rejeite
a hipótese formulada segundo a qual “Os procedimentos e regulamentos do sistema de controlo
interno, convergem com os instrumentos das boas práticas, quanto a gestão dos recursos
públicos”.

Foi também possível reconhecer que houve situações anómalas respeitantes ao controlo interno,
concretamente ao tratamento inadequado de fundos (recebimentos), conforme constatado no
ponto no local de recolha de dados mas que tais casos foram ultrapassados e tomados as devidas
medidas em vigor nos regulamentos internos da Autoridade Tributária de Chokwe Conclui-se
também que existem segregações de funções na gestão de contas, uma vez que a Autoridade
Tributária de Chokwe tem vários assinantes e ocupando cargos diferentes.

Mediante todos os procedimentos constatados na Autoridade Tributária de Chokwe e com as


entrevistas realizadas pode-se responder sem nenhuma ressalva ao problema de pesquisa, que o
controlo interno ajuda na prevenção de erros na medida em que minimiza a ocorrência de falhas
e desvios quanto ao atendimento dos objectivos e metas.

3.2.Recomendações

Diante dos dados obtidos pelos entrevistados, verificou-se que a actividade de auditoria interna
possui uma importância fundamental para a obtenção de controlos internos funcionais,
colaborando directamente com a gestão administrativa oferecendo maior segurança para a
entidade, sendo de recomendar que os Gestores Públicos tomem em consideração a importância
dos sistemas de controlo internos na gestão da “coisa” pública, pois, essa acção pode contribuir
para o crescimento ordenado da organização, evidenciando irregularidades na entidade e
favorecendo uma gestão com bases coesas.
lii

Recomenda-se também a quem possa interessar, um amplo estudo sobre Controlo Interno nas
empresas públicas de modo que se possa aprimorar cada vez mais essas áreas fundamentais para
a Gestão Pública, uma vez que o presente trabalho foi elaborado de modo a cumprir com a
formalidade do curso.

Para a Autoridade Tributária de Chokwe recomenda-se:

 Que se verifique a possibilidade de se criar um outro instrumento ligado para boas


práticas de Controlo interno, de modo a adequá-lo a outros já existentes na empresa
(como é o caso da Lei Anti-Corrupção e falhas).
 Que se verifique no Manual de Procedimentos Financeiros da Autoridade Tributária, a
necessidade de incluir nos recebimentos em moeda estrangeira, os procedimentos
inerentes para esse tipo de caso, por exemplo, a questão do uso do câmbio, como critério
para a valorização dos activos.
 A descrição no Manual de Procedimentos Financeiros da Autoridade Tributária de
Chokwe dos procedimentos relacionados com as conciliações bancárias (em termos de
quem as elabora e quem vai validar), apesar do Anexo da Autoridade Tributária de
Chokwe, indicar os procedimentos a serem seguidos para a sua validação (visto).

Referencias Bibliográficas

1. AICPA (1978).The Commission of Auditor’s Responsabilities: Report, conclusions and


recomemendations. New York.
2. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
3. ATAMANCZUK, Mauricio João; KOVALESKI, João Luiz; FRANCISCO, António
Carlos de. O papel do controle de estoque na centralização de compras.II Encontro de
Engenharia e Tecnologia dos Campos Gerais. 2004
liii

4. ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark.
Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
5. ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
6. BEUREN, Ilse Maria. 2003. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade:
teoria e prática, Editora Atlas, São Paulo.
7. CATELLI, Armando; PEREIRA, Carlos Alberto; VASCONCELOS, Marco Tullio de
Castro. Processo de gestão e sistemas de informações gerenciais. São Paulo: Atlas, 2001.
8. CHIAVENATO, I. Introdução á Teoria Geral da Adminstração(éd. 6ª). Campus. 2000
9. COQUEIRO, Leila de Almeida.Controlo Interno em Empresas de Médio e Pequeno
Porte: Importância de sua implantação.Ed. Goiânia: Monografia, 2009.
10. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial:teoria e prática. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
11. FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria: teoria e prática. 2. ed.
São Paulo: Atlas, 1997.
12. FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contabilística. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2009.
13. GALLORO, Vitor Domingos; GALLORO, Lídia R. R. Sacco. Controlo interno e
contabilidade como elementos de controlo. In: COLEÇÃO DE SEMINÁRIOS CRC-
SP/IBRACON –
14. LEITE, Rita Mara et. al. Orçamento empresarial: levantamento da produção Científica no
período de 1995 a 2006.
15. MARTINS, Gilberto de Andrade. 1990. Manual para elaboração de monografias:
trabalhos académicos, projectos de pesquisa, relatórios de pesquisa, dissertações, Editora
Atlas, São Paulo.
16. MEIRELES, Hely Lopes. 1990. Direito Administrativo Brasileiro, 18ª Edição, Editora
Malheiros, São Paulo.
17. MORAIS, Georgina; MARTINS, Isabel. 2003. Auditoria Interna: Funções e Processos, 2ª
edição actualizada, Editora Ares, Lisboa.
18. MOSIMANN, Clara Pellegrinello; FISCH, Sílvio. Controladoria: seu papel na
administração de empresas.- 2. ed. – 6. reimpr.- São Paulo: Atlas, 2009.
liv

19. NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à Controladoria: conceitos, sistemas,


implementação. São Paulo: Atlas, 2003.
20. REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação
aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos
sistemas de informação nas empresas. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
21. SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Fundamentos de contabilidade
internacional. V.12. São Paulo: Atlas, 2006.
22. SILVA, António Carlos Ribeiro de. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade:
orientações de estudos, projectos, relatórios, monografias, dissertações, teses.– São
Paulo: Atlas, 2003.
23. STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração.5. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall,
1985.
24. ZENCI, Shirley Denise, SILVÉRIO, António Cecílio. A importância dos controlos
internos para o gerenciamento e tomada de decisões em uma empresa do ramo de
transportes. Trabalho de conclusão de curso. PATO BRANCO – PR 2009.
lv

APÊNDICES

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMERCIO E FINANÇAS

Faculdade de Administração e Finanças

Questionário

No âmbito do trabalho fim do curso desenvolvido ao nível do Hospital Provincial de Tete pelo
Estudante do Curso de Gestão Empresarial, o presente questionário visa a recolha de
informações relativas O Papel do Controlo Interno na Prevenção de Erros nas Instituições
Públicas de Moçambique. Caso: Autoridade Tributária de Chokwe 2014 - 2016. Importa
lvi

salientar que o mesmo é do carácter anónimo visto que o seu tratamento será feito de forma
confidencial. Agradecemos, desde já a sua colaboração.

Para cada afirmativa dentro de cada elemento, deverá indicar um valor na escala de 1 a 5,
assinalando um “X” na coluna “VALORES” de acordo com a sua percepção e com base na
situação real.

Nome:_________________________________________________________________________________
Habilitações literárias:____________________________________________________________________
Cargo desempenhado:____________________________________________________________________
Tempo desempenhado:____________________________________________________________________
Data de entrevista: Maputo, ao _____ / _________________ / 2020
lvii

Elementos do sistema de controlos internos a serem avaliados Valores

1.Ambiente de Controlo 1 2 3 4 5

1.1.A alta administração percebe os controles internos como essenciais à


consecução dos objectivos da unidade e dão suporte adequado ao seu
funcionamento?

1.2.Os mecanismos gerais de controlo instituídos pela Autoridade Tributária de


Chokwe são percebidos por todos os servidores e funcionários nos diversos
níveis da estrutura da unidade?

1.3.A comunicação dentro da Autoridade Tributária de Chokwe é adequada e


eficiente?

1.4.Existe código formalizado de ética ou de conduta?

1.5.Os procedimentos e as instruções operacionais são padronizadas e estão


postos em documentos formais?

1.6.Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos


funcionários e servidores dos diversos níveis da estrutura da Autoridade
Tributária de Chokwe na elaboração dos procedimentos, das instruções
operacionais ou código de ética ou conduta?

1.7.As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de


definições claras das responsabilidades?

1.8.Existe adequada segregação de funções nos processos e actividades da


competência da Autoridade Tributária de Chokwe?

1.9.Os controlos internos adoptados contribuem para a consecução dos


resultados planificados na Autoridade Tributária de Chokwe?

2.Avaliação de Risco 1 2 3 4 5
lviii

2.1.Os objectivos e metas da unidade jurisdicionada estão formalizados?

2.2.Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos


objectivos e metas na Autoridade Tributária de Chokwe?

2.3.É prática do Hospital o diagnóstico dos riscos (de origem interna ou


externa) envolvidos nos seus processos estratégicos, bem como a
identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente
adopção de medidas para mitigá-los?

2.4.É prática da Autoridade Tributária de Chokwe a definição de níveis de


riscos operacionais, de informações e de conformidade que podem ser
assumidos pelos diversos níveis da gestão?

2.5.A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar


mudanças no perfil de risco da Autoridade Tributária de Chokwe
ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo?

2.6.Os riscos identificados são mensurados e classificados de modo a serem


tratados em uma escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada
de decisão?

2.7.Não há ocorrência de fraudes e perdas que sejam decorrentes de


fragilidades nos processos internos da unidade?

2.8.Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da Autoridade Tributária de


Chokwe instaurar processos para apurar responsabilidades e exigir eventuais
ressarcimentos. (efectuar indemnização)?

2.9.Há norma ou regulamento para as actividades de guarda, estoque e


inventário de bens e valores de responsabilidade na Autoridade Tributária de
Chokwe?
lix

3.Procedimentos de Controlo 1 2 3 4 5

3.1.Existem políticas e acções, de natureza preventiva ou de detecção, para


diminuir os riscos e alcançar os objectivos da Autoridade Tributária de
Chokwe, claramente estabelecidas?

3.2.As actividades de controlo adoptadas pela Autoridade Tributária de


Chokwe são apropriadas e funcionam consistentemente de acordo com um
plano de longo prazo?

3.3.As actividades de controlo adoptadas pela Autoridade Tributária de


Chokwe possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar
de sua aplicação?

3.4.As actividades de controlo adoptadas pela Autoridade Tributária de


Chokwe são abrangentes e razoáveis e estão directamente relacionadas com
os objectivos de controlo?

4.Informação e Comunicação 1 2 3 4 5

4.1.A informação relevante para Autoridade Tributária de Chokwe é


devidamente identificada, documentada, armazenada e comunicada
tempestivamente às pessoas adequadas?

4.2.As informações consideradas relevantes pela Autoridade Tributária de


Chokwe são dotadas de qualidade suficiente para permitir ao gestor tomar as
decisões apropriadas?

4.3.A informação disponível para as unidades internas e pessoas da Autoridade


Tributária de Chokwe é apropriada, tempestiva, actual, precisa e acessível?

4.4.A informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos


grupos e indivíduos da Autoridade Tributária de Chokwe, contribuindo para
a execução das responsabilidades de forma eficaz?

4.5.A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da


Autoridade Tributária de Chokwe, em todas as direcções, por todos os seus
componentes e por toda a sua estrutura?
lx

5.Monitoramento 1 2 3 4 5

5.1.O sistema de controlo interno da Autoridade Tributária de Chokwe é


constantemente monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo
do tempo?

5.2.O sistema de controlo interno da Autoridade Tributária de Chokwe tem


sido considerado adequado e efectivo pelas avaliações sofridas?

5.3.O sistema de controlo interno da Autoridade Tributária de Chokwe tem


contribuído para a melhoria de seu desempenho?

Análise Crítica e comentários relevantes:

Escala de valores da Avaliação:

(1) Totalmente inválida: Significa que o conteúdo da afirmativa é integralmente não


observado no contexto da Autoridade Tributária de Chokwe.

(2) Parcialmente inválida: Significa que o conteúdo da afirmativa é parcialmente


observado no contexto da Autoridade Tributária de Chokwe porém, em sua minoria.

(3) Neutra: Significa que não há como avaliar se o conteúdo da afirmativa é ou não
observado no contexto da Autoridade Tributária de Chokwe.

(4) Parcialmente válida: Significa que o conteúdo da afirmativa é parcialmente observado


no contexto da Autoridade Tributária de Chokwe, porém, em sua maioria.

(5) Totalmente válida. Significa que o conteúdo da afirmativa é integralmente observado


no contexto da Autoridade Tributária de Chokwe.

Obrigada
lxi

ANEXOS

Você também pode gostar