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1.INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
1.1.Objectivos do trabalho.............................................................................................5
1.1.1.Objectivo geral..................................................................................................5
1.1.2.Objectivos específicos.......................................................................................5
1.2.Metodologia.............................................................................................................5
2.Revisão de Literatura......................................................................................................6
2.1.Conta Geral do Estado - Definição..........................................................................6
2.1.1.Marco Histórico................................................................................................8
2.1.2.Importância da conta geral do estado................................................................9
2.1.3.Objecto da conta geral do estado....................................................................10
2.1.4.Âmbito da conta geral do estado.....................................................................10
2.2.Sistema Contabilístico do Estado (SCE)...............................................................12
3.Considerações sobre CGE............................................................................................13
3.1.Regra da anualidade...............................................................................................13
3.2.Regra da universalidade.........................................................................................14
3.3.Regra do orçamento bruto ou da não compensação..............................................14
3.4.Regra da não consignação......................................................................................14
3.5.Regra da especificação...........................................................................................15
3.6.Regra do equilíbrio orçamental..............................................................................15
3.7.Regra do equilíbrio intergeracional.......................................................................15
Conclusão........................................................................................................................16
Bibliografias....................................................................................................................17
Este trabalho tem como objectivo estudar a importância da conta geral do estado,
como sendo o controlo financeiro na Administração Pública no geral e, em particular,
como as recomendações e as ênfases feitas pelo Tribunal de Contas à Conta Geral do
Estado são tidas em conta pelos Governos observadas e aplicadas em legislaturas
futuras. Nos últimos anos, a economia mundial sofreu um vasto processo de
globalização, apoiado na interdependência de actividades e funções desenvolvidas em
diferentes lugares e por diferentes atores.
Por outro lado, as finanças públicas adquiriram, nos dias de hoje, um papel de grande
relevância, isto porque as finanças públicas passaram a exercer uma influência decisiva
no dia-a-dia dos contribuintes.
Assim como a necessidade de garantia da prestação de contas por todos aqueles que
desempenham poderes públicos ou administram recursos financeiros públicos, de igual
modo os entes e gestores que tenham natureza jurídica privada.
1.1.1.Objectivo geral
1.1.2.Objectivos específicos
1.2.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
Por sua vez, de acordo com o art. 58º da Lei de Enquadramento Orçamental, a execução
do Orçamento está sujeita ao controlo orçamental e à responsabilidade financeira, de
acordo com a Lei Enquadramento Orçamental e restante legislação aplicável, o qual tem
por objecto a verificação da legalidade e da regularidade financeira das receitas e das
despesas públicas, bem como a apreciação da boa gestão dos dinheiros e outros activos
públicos e da dívida pública, SANTOS (2016).
Para SILVERIO (2003), O Orçamento Geral do Estado é uma previsão das receitas e
despesas anuais do Estado. Engloba o montante e a discriminação das despesas a
efectuar, bem como a forma de as cobrir. Inclui ainda a autorização concedida à
Administração Financeira para cobrar receitas e realizar despesas.
Para MARTINS (2013), Existem cinco regras orçamentais clássicas, embora nem todas
sejam actualmente seguidas com frequência:
É o caso das regras da plenitude (existe uma tendência para a desorçamentação, pois
montantes cada vez maiores de dinheiros públicos fogem ao controlo do OGE, devido à
existência de serviços públicos com autonomia financeira e, como tal, com orçamentos
próprios) e do equilíbrio (uma vez que em quase todos os países se verificam défices
orçamentais, que se acentuam em períodos de dificuldade económica, dado que as
receitas públicas têm tendência a diminuir e as despesas a aumentar), MADUREIRA
(2013).
2.1.1.Marco Histórico
Nesse contexto, afigura-se oportuno reafirmar que o SIGFE, em operação desde Janeiro
de 2004, é o sistema informático que possibilita, em tempo real, a efectivação dos
registos contabilísticos da execução orçamental, financeira e patrimonial do Estado. A
sua implantação decorreu do superior interesse do Estado em modernizar as finanças
públicas e também da imperiosa e inadiável necessidade de obedecer às disposições da
Lei-quadro do Orçamento, em cujo diploma está determinado que a contabilidade
evidencia os factos ligados à administração orçamental, financeira e patrimonial e que
na escrituração desses factos se aplica o método das partidas dobradas, ROCHA (2013).
Nos termos do n.º 1 do artigo 46 da mesma lei, a Conta Geral do Estado deve ser
preparada com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise
económica e financeira. Por sua vez, o n.º 3 do mesmo artigo dispõe que “... a Conta
Geral do Estado deve ser elaborada com base nos princípios e regras de contabilidade
geralmente aceites”.
Para SANTOS (2016), Quanto ao conteúdo, e segundo dispõe o artigo 47 da citada lei, a
Conta Geral do Estado deve conter informação completa relativa a:
ROCHELIE (2002), Deste modo, o Estado passou a contar com informações mais
consistentes, oportunas e comparáveis, que têm conferido maior segurança ao processo
de tomada de decisão por parte dos diversos agentes e maior transparência aos actos da
gestão dos recursos públicos.
Para ROCHA (2013), As regras de elaboração dos Orçamentos de Estado são simples
de enunciar e fáceis de aplicar. Por isso, quando aparecem desvios a estes
procedimentos podemos interpretá-los como intencionais, visando esconder receitas ou
disfarçar despesas, diminuindo-se a transparência das Contas Públicas.
3.1.Regra da anualidade
Regra da unidade
Receitas e despesas devem ser inscritas pelos seus valores brutos, sem qualquer dedução
de eventuais despesas (encargos de cobrança) e de eventuais receitas (ganhos realizados
com a efectivação da despesa). Se esta regra for incumprida não será possível uma
avaliação dos valores exactos de cada uma das rubricas orçamentais.
Esta regra determina que todas as receitas se devem destinar ao financiamento indistinto
de todas as despesas, equivalendo por dizer que não haverá receitas que, à partida,
estejam afectas a determinadas despesas em concreto, com exclusão de outras. Razões
para a observância desta regra SILVERIO (2003):
Para MARTINS (2013), Todas as receitas e todas as despesas fiscais devem ser
especificadas, individualizadas e pormenorizadas. Se não:
1. Não há transparência.
2. Não se evitam as dotações secretas.
3. Não se possibilita o controlo político e económico da parte do Parlamento.
4. Não se torna mais eficiente e eficaz a execução e o controlo do Orçamento de
Estado.
5. Não se possibilita a concepção inter-temporal das prioridades das políticas
económicas e sociais.
O Estado não pode, nem deve, gastar acima das suas possibilidades de cobrança de
receitas públicas. É a regra que permite avaliar a boa gestão orçamental. O seu não
cumprimento acarreta:
Para finalizar, a Conta Geral do Estado (CGE), é um instrumento relevante para mostrar
os fluxos orçamentais e financeiros e as variações patrimoniais ocorridas durante um
exercício, bem como a situação financeira e patrimonial do Estado no final de cada ano.
Contudo, constatamos que os Governos nem sempre conseguem acolher a totalidade das
recomendações. Existe um grande número de recomendações que não são acolhidas e
ainda uma parte que vão passando de anos anteriores para os anos seguintes. De
salientar, ainda, que o Tribunal de Contas como Órgão de controlo externo de natureza
técnico e jurisdicional em matéria financeira tem realizado um excelente trabalho em
matéria das recomendações, exigindo sempre rigor e transparência e reflectindo nos
relatórios uma imagem verdadeira e apropriada da actividade financeira e patrimonial
do Estado.
Por fim, a sociedade de hoje não se limita a controlar o Estado pelos instrumentos que a
democracia liberal colocou ao seu dispor e aguardar que o Estado garanta o interesse
público.
ROCHELLE Zorzi / Martha Mcguire/ Burt Perrin (2002) Canadien Evaluation Society
Project in Support of Advocacy and Professional Development: Executive Summary,
Toronto, October.