Você está na página 1de 51

Universidade Católica De Moçambique

Faculdade De Engenharia
Departamento De Administração Pública

Licenciatura em Administração Pública

Kingue João Januário

O IMPACTO DO FRACO NÍVEL NA ARRECADAÇÃO DE RECEITAS NA


CAPACIDADE FINANCEIRA DOS MUNICÍPIOS
(Caso: Município da Vila de Gondola, 2013-2014)

Chimoio,
Março de 2016

i
Universidade Católica De Moçambique
Faculdade De Engenharia
Departamento De Administração Pública
Curdo de Administração Pública

Kingue João Januário

Tema de estudo:
O IMPACTO DO FRACO NÍVEL NA ARRECADAÇÃO DE RECEITAS NA
CAPACIDADE FINANCEIRA DOS MUNICÍPIOS
(Caso: Município da Vila de Gondola, 2013-2014)

Monografia científica apresentada a faculdade de


engenharia da UCM, curso de Administração Pública
para a obtenção do grau académico de licenciatura em
Administração Pública.

Supervisor
----------------------------

Chimoio,
Março de 2016

ii
Declaração
O presente trabalho foi realizado pelo autor kingue João Januário da Universidade Católica de
Moçambique. Este trabalho é da autoria com a exceção para as citações que aqui foram referidas
no presente trabalho. Nunca fui submetido a nenhuma outra universidade, nenhuma parte deste
trabalho devera ser reproduzida sem o consentimento do autor ou da Universidade Católica de
Moçambique.

Autor
Kingue João Januário
………………………………….
Chimoio, Março de 2016

O Supervisor
………………………………….
Chimoio, Março de 2016

iii
Agradecimento
Aqui vão os meus profundos agradecimentos, em primeiro lugar a Deus pela saúde que me deu,
coragem e força para a realização do presente trabalho, ao meu filho: Emanuel Ebike Kingue;
pela companhia, as minhas sobrinhas e a família no seu todo, pelo carinho e paciência,
compreensão, coragem durante os anos de formação.
Especialmente agradeço ao meu supervisor Joel Martins Elias, pela prontidão, autonomia e
segurança, orientação prestada durante o período da produção do presente trabalho, o
agradecimento este, que é extensivo ao dr. Ivo Zeca Jó; dr. Domingos Grine; o Conselho
Municipal da Vila de Gondola, pelas informações que disponibilizou para tornar uma realidade a
este trabalho.
Há todo corpo docente da UCM, pela compreensão, carinho, apoio e paciência que fizeram
durante esta longa caminhada.
Para terminar, agradeço a todos colegas da UCM em particular ao Horácio Colher Mapingue;
David Vasco Sixpenze; Fidel Augusto Fulede e a todos aqueles que não fiz menção, que de
forma directa ou indirectamente deram o seu apoio no sucesso do presente trabalho.

iv
Dedicatória
Dedico este trabalho ao Padre Feniasse Tique de quem tanto me orgulho e quem devo muito a
sabedoria, por me ter mostrado a realidade da vida e ensinado que a melhor maneira de passar
pelos obstáculos da vida é ser humilde e persistente no que acredito ser certo no dia-adia.
Dedico ainda ao meu filho: Emanuel Ebike Kingue, as minhas sobrinhas: Celestina Manuel
João; Dorca Manuel João, e a todos irmãos cristãos pertencentes a Igreja Católica de
Moçambique, da Paróquia nossa senhora de Fátima de gondola e em, geral todos amigos pelo
todo apoio moral e financeiro que me prestaram nesta caminhada longa.

v
Índice---------------------------------------------------------------------------------------------------------Pg
Declaração...................................................................................................................................... iii
Agradecimento ............................................................................................................................... iv
Dedicatória ...................................................................................................................................... v
Índice de tabela ............................................................................................................................ viii
Abreviaturas ....................................................................................................................... ………ix
Glossário ......................................................................................................................................... x
Resumo .......................................................................................................................................... xi
Capítulo I ........................................................................................................................................ 1
1.Introdução .................................................................................................................................... 1
1.1.Enquadramento do tema ........................................................................................................... 2
1.2.CONTEXTUALIZACÃO......................................................................................................... 2
1.3.JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 2
1.4.OBJECTIVOS: ......................................................................................................................... 3
1.4.1.Objectivo Geral ...................................................................................................................... 3
1.4.1.1.Objectivos Específicos ........................................................................................................ 3
1.5.DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................... 4
1.6.HIPÓTESES: ............................................................................................................................ 4
1.7.LIMITAÇÕES DA PESQUISA ............................................................................................... 4
1.8.DELIMITAÇÃO DO TEMA .................................................................................................... 5
Capítulo II ....................................................................................................................................... 6
2.REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................... 6
2.1.Literatura teórica ....................................................................................................................... 6
2.1.1.Enquadramento do trabalho ................................................................................................... 7
2.1.1.2.Quadro institucional e legal da descentralização ................................................................ 8
2.2.Literatura Empírica ................................................................................................................. 10
2.3.Literatura focalizada ............................................................................................................... 11
Capítulo III .................................................................................................................................... 13
3.METODOLOGIA ...................................................................................................................... 13
3.1.Tipo de pesquisa ..................................................................................................................... 13

vi
3.1.1.Bibliográfica e análise documental ...................................................................................... 14
3.1.2.Entrevistas semi-estruturadas............................................................................................... 14
3.1.3.População ............................................................................................................................. 15
3.1.4.Amostra ................................................................................................................................ 15
Capítulo IV: .................................................................................................................................. 16
4.ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ........................................................................ 16
4.1.Caracterização Da Área De Estudo......................................................................................... 16
4.1.1.CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO .............................................................. 16
4.1.2.Breve Historial ..................................................................................................................... 16
4.1.3.Divisão Administrativa ........................................................................................................ 18
4.1.4.Apresentação de Resultados do Estudo ............................................................................... 18
4.1.5.Fraca arrecadação de receitas e o impacto na capacidade financeira do município ............ 18
Capítulo V: Conclusão .................................................................................................................. 28
Recomendações............................................................................................................................. 29
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 30
Apêndices ...................................................................................................................................... 32
Apêndice I ..................................................................................................................................... 33
Apêndice II.................................................................................................................................... 34
ANEXOS ...................................................................................................................................... 39

vii
Índice de tabela…………………………………………………………………………...…….Pg
Quadro 1: Localidades Urbanas e Respectivos Bairros……………………………………….18
Quadro 2: Resumo da execução Orçamental das receitas próprias para os anos 2013 e 2014…20
Quadro 3: Transferência do Estado e Financiamento Externo (parceiros) no orçamento
Municipal para os anos 2013 e 2014…………………………………………………………….22
Quadro 4. Análise interpretativa das despesas correntes e de capital nos anos 2013 a 2014 em
relação ao orçamento arrecadado durante este período………………………………………….24

viii
Abreviaturas
CMVG-----------------------------------------------------------Conselho Municipal da Vila de Gondola
LAL---------------------------------------------------------------Lei das Autarquias Locais
FCMVG--------------------------------------------Fiscais do Conselho Municipal da Vila de Gondola

ix
Glossário

Autarquias Locais: são pessoas colectivas públicas, que tem por objectivo assegurar a
prossecução dos interesses locais do Estado, e que visam responder de forma activa os interesses
dos munícipes.

Arrecadação de receitas: é a colecta dos tributos (impostos, taxas, empréstimos), convista a


prossecução das actividades do município.

Descentralização: é execução indireta do Estado, quando os serviços públicos são prestados por
terceiros sob o controle e a fiscalização do ente titular.

Capacidade financeira: a capacidade de uma pessoa singular ou colectiva de pagar as suas


dívidas, também o termo pode consistir na posse de recursos financeiros necessários para
garantir o início da actividade e a boa gestão da organização.

x
Resumo
O presente trabalho baseia em pesquisa bibliográfica, a cerca do tema: O impacto do fraco nível
na arrecadação de receitas na capacidade financeira do Município (Caso: Município da Vila de
Gondola, 2013-2014), desenvolvido no Conselho Municipal da Vila de Gondola. O trabalho teve
como objectivo a demostração do impacto do fraco nível de arrecadação de receitas no município
de Gondola.
Mediante os dados colectados durante a pesquisa, o município da vila de gondola possui o fraco
nível na arrecadação de receitas; pois, para os anos 2013 e 2014 foi planificado um orçamento no
valor de 4.200.000,00mt, que reultaria de arrecadacao de receitas, mas o conselho municipal
conseguiu arrecadar 1.907.301,32mt o que corresponde a 45.41%, tendo resgistado um desvio de
2.292.698.68mt o que corresponde a 54.59%, e para o ano de 2014 foi orcado em
4.204.196,72mt e foi executado 2.924.975,84mt o que corresponde a 69.57% tendo resgistado o
desvio de 1.279.220.88mt, o que corresponde a 30.42%.
No entanto, o impacto desta fraca arrecadação de receitas como indicam os números tem como
consequências o fraco desempenho na prestação de serviços como por exemplo: O baixo nivel na
recolha de resíduos sólidos nos silos, o reduzido número de escolinhas, atraso no pagamento de
sálarios, o fraco pagamento de ajudas de custo aos funcionários, a falta de motivação dos
funcionúrios o que conclui se pelo fraco desempenho da instituição.
Portanto, o Municipio da Vila de Gondola possui o fraco nivel na arecadação de receitas,
dependendo grandemente das transferências do Estado e dos parceiros.

Palavras-chave-Autarquias Locais1, Arrecadação de receitas2.

1
Autarquias Locais: são pessoas colectivas públicas, que tem por objectivo assegurar a prossecução dos interesses locais do
Estado, e que visam responder de forma activa os interesses dos munícipes.

2
Arrecadação de receitas é a colecta dos tributos (impostos, taxas, empréstimos), convista a prossecução das actividades do
município.
xi
Capítulo I
1.Introdução
No acto da reforma de descentralização Moçambicana foi marcada por um processo de
transferência de competências, atribuições, e funções dentre vários níveis da administração no
que se refere ao nível central para os níveis locais com principal destaque as províncias, distritos
e municípios. Nesta ordem de ideia, o processo da autarcização em Moçambique iniciou-se há
pouco mais de dez anos. Embora seja um processo tão jovem na sua implementação, já trás
factores que possibilitam uma análise mais sólida para grandes debates contemporâneos, pese
embora que ainda exista muitos elementos para que elas sejam verdadeiramente autarquias no
que se refere a autonomia patrimonial, financeira e administravas.
Os métodos usados foram determinados em relação aos objectivos, e referem- se aos meios para
alcançar os tais objectivos gerais e especificos sobre O impacto do fraco nível na arrecadação de
receitas na capacidade financeira dos Municípios, englobando as acções a serem realizadas pelo
Conselho Municipal e pelos fiscais para atingir os objectivos traçados no plano estratégico
municipal.
O presente trabalho está organizado em cinco capítulos, dentre eles a parte introdutória que
contem a visão geral do preojecto; Segundo Capitulo é a Revisão da Literatura, o terceiro é a
Metodologia que espelha o desenho da pesquisa bibliográfica do tema em destaque, o quarto
capítulo reflete analise e interpretação de dados e o ultimo capítulo é a conclusão do trabalho. No
primeiro Capítulo, tratar-se-á de aspectos relacionados com a fundamentação teórica do tema,
conceitos ligados ao tema e ao problema.
Não se pretende aqui esgotar todo o tema, simplesmente visa trazer à superfície os aspectos
preliminares relativamente ao tema proposto, pois a autonomia financeira é o pilar a discutir ao
longo do trabalho; sem mais partimos para abordagem.

1
1.1.Enquadramento do tema
O tema enquadra-se na área de finanças municipais, analisando o impacto do fraco nível na
arrecadação de receitas na capacidade financeira do Município, para o desempenho da instituição
em relação ao cumprimento das activcidades planificadas pela mesma.

1.2.CONTEXTUALIZACÃO
A gestão das Autarquias Locais em Moçambique tem sido de maneira dependente de seus
próprios gestores, o que quer dizer que a sua autonomia depende de receitas próprias.
As problemáticas da arrecadação de receitas das autarquias locais, trás evidências maiores no que
tange aos desafios das próprias autarquias locais no contexto contemporâneo.
A implementação das autarquias locais é algo consagrada por lei no quadro jurídico-legal,
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Lei no 02/97 de 18 de Fevereiro, que cria as Autarquias em
Moçambique. Também a mesma atribui as autarquias locais a responsabilidade da autonomia
financeira (artigo 7°,no3.c), mas também as competências para promover a autonomia financeira,
estabelecer taxas autárquicas, receitas próprias e depósitos (artigo 45, n.º3, conjugado com o
artigo 56, no1).

1.3.JUSTIFICATIVA
O interesse pelo estudo na Arrecadação das Receitas: Caso Município de Gondola, radica na
necessidade de conciliar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso com a prática ou
realidade empírica. Este tema enquadra-se na disciplina de Autarquias Locais, Administração
Autárquica, Administração Comparada e Administração Pública.
Teoricamente, o estudo pode trazer contributo para a área de Finanças do Município na medida
em que poderá constituir alternativa as abordagens financeiras que sempre dominaram debate
sobre a gestão correcta das Finanças Autárquicas na sua generalidade, no período de 2013-2014.

2
1.4.OBJECTIVOS:
1.4.1.Objectivo Geral
 Analisar o impacto do fraco nível na arrecadação de receitas na capacidade financeira do
Município da Vila de Gondola.

1.4.1.1.Objectivos Específicos
 Identificar os níveis de arrecadação de receitas do Município da Vila de Gondola;
 Analisar o nível de arrecadação de receitas do Município e o respectivo desvio em relação as
metas estabelecidas;
 Analisar o impacto de fraco nível de arrecadação de receitas na capacidade financeira do
Município.

3
1.5.DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O central problema da presente pesquisa consiste em, os funcionários afectos na área da
fiscalização e arrecadação de receitas nos mercados, e nas pequenas empresas não atingirem as
metas previstas. Sendo assim, o seu incumprimento na arrecadação das receitas afecta o
cumprimento das actividades autárquicas e no pagamento de ordenados aos funcionários,
sabendo assim, se o município depende grandemente das receitas para a prossecução das suas
actividades.
Confrontado com esta realidade, decidimos levar a cabo o estudo baseado na seguinte questão:
Até que ponto o fraco nível na arrecadação de receitas afecta a capacidade financeira do
município?

1.6.HIPÓTESES:
 O fraco nível de arrecadação de receitas influencia negativamente na capacidade financeira
do Município;
 O fraco nível de arrecadação de receitas não influencia negativamente na capacidade
financeira do Município.

1.7.LIMITAÇÕES DA PESQUISA
Neste capítulo são apresentados os resultados a esperar durante a produção do documento ou
seja, durante o projecto de pesquisa. No entanto, o presente trabalho de pesquisa, apresenta
previamente algumas limitações no concernente:
- Os dados e informações que são apresentados, foram coletados através de questionário e
entrevistas ao Conselho Municipal e aos funcionários do Conselho Municipal;
- Na indisponibilidade de alguns fiscais, em responderem o inquérito fizemos entrevista oral;
Nesta ordem de ideia, os resultados deste trabalho forneceram dados úteis para a manutenção e
melhoraria no concernente ao impacto do fraco nível na arrecadação de receitas pelo município.

4
1.8.DELIMITAÇÃO DO TEMA
O trabalho limita se no estudo do impacto do fraco nível na arrecadação de receitas na
capacidade financeira do município da vila de gondola dada a importância e relevância do tema
abordou se com rigor. É imperioso pois, analisar o impacto do fraco nível na arrecadação de
receitas na capacidade financeira do Município da Vila de Gondola.
Nesta óptica, o tema é extremamente importante na medida em que este permitiu identificar o
porquê do fraco nível na arrecadação de receitas no conselho municipal da vila de Gondola. No
período que varia entre 2013-2014.

5
Capítulo II
2.REVISÃO DA LITERATURA
As autarquias locais são pessoas colectivas públicas, que tem por objectivo assegurar a
prossecução dos interesses locais do Estado, e que visam responder de forma activa os interesses
dos munícipes. A Lei das Autarquias Locais (LAL), Lei no 2/97, de 18 de Fevereiro, consagra o
quadro jurídico-legal para a implantação das Autarquias Locais.

2.1.Literatura teórica
Descentralização

Descentralização, é execução indireta do Estado, quando os serviços públicos são prestados por
terceiros sob o controle e a fiscalização do ente titular.
Segundo MELLO, C. A. B. (1998:96), diz-se que a atividade é descentralizada quando é
exercida, por pessoas distintas do Estado, na descentralização o Estado actua indiretamente, pois
o faz através de outras pessoas, seres juridicamente distintos dele, ainda quando sejam criaturas
suas e por isso mesmo se constituam, em parcelas personalizadas da totalidade do aparelho
administrativo estatal.
No entanto, perante esta realidade e segundo este autor no acto da sua definição no concernente a
descentralização, segue portanto a menção dos tipos da descentralização a saber:
Sundo SYLVIA, M. (1997:296), divide a descentralização inicialmente em política e
administrativa. A descentralização política ou devolução ocorre quando o ente descentralizado
exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central. A descentralização política decorre
diretamente da constituição (o fundamento de validade é o texto constitucional) e independe da
manifestação do ente central. A descentralização administrativa ou desconcentração ocorre
quando o ente descentralizado exerce atribuições que decorrem do ente central, que empresta sua
competência administrativa constitucional a um dos entes do governo central. Assim, entende-se
que na descentralização administrativa, os entes descentralizados têm capacidade para gerir as
suas próprias actividades, mas com subordinação a leis postas pelo ente central.

6
2.1.1.Enquadramento do trabalho
Contudo, face a esta caracterização e definição dos tipos de descentralização, o trabalho
enquadra se na descentralização política ou devolução pois, não existe um a subordinação directa
entre o governo central e governo do poder local, estando assim o governo do poder local
autónomo no que concerne a autonomia financeira, administrativa e patrimonial. Um dado
menos importante refere se a indirecta do Estado na fiscalização das actividades deste através do
ministério da administração estatal (MAE).

A lei das Autarquias Locais (LAL), Lei no 2/97, de 18 de Fevereiro, consagra o quadro jurídico-
legal para a implantação das Autarquias Locais. Entre outros, a lei atribui as Autarquias Locais a
responsabilidade da Autonomia Financeira, Meio Ambiente, Saneamento Básico e Qualidade de
Vida (artigo 6o, b), mas também as competências para aprovar regulamentos e posturas,
estabelecer taxas autárquicas, derramas e outras receitas próprias no âmbito da recolha, receitas
municipais, e seu tratamento (artigo 45, no3).
Para BILHIM, J. (2004), na relação entre o governo central e local, o modelo de relativa
autonomia, aceita-se a realidade Estado-Nação, mas dotam-se as autoridades locais de
independência no quadro definido de poderes e obrigações em que o mecanismo regulador é a
existência de um ordenamento jurídico.
Esta autonomia firma-se no facto de as suas fontes de financiamento serem provenientes de
impostos municipais, o que se traduz no gozo de uma ampla liberdade para prosseguir as suas
políticas mais ou menos em sintonia com o Governo central.
Segundo MONTEIRO, J.O. (2015), os fundamentos da descentralização em Moçambique datam
dos tempos da luta de libertação nacional, sobretudo com a realização do II Congresso da
Frelimo, onde o mesmo considerou as comunidades como as autarquias originais.
O processo de descentralização parte do reconhecimento das capacidades e iniciativas dos
cidadãos, individualmente e organizados nas suas instituições, para um efectivo combate à
pobreza através do desenvolvimento económico e uma eficiente prestação de serviços públicos.
Em Moçambique, a descentralização é feita através de autarquias locais, órgãos locais do Estado
e instituições de participação e consulta comunitária.

7
LANDIM, (2009) citado por CANHANGA desenvolveu uma reflexão e mostrou a existência de
uma grande correlação entre os pressupostos teóricos e os pressupostos legais e mesmo com os
filosóficos da descentralização com os progressos esperados nos processos de desenvolvimento e
melhoria das condições de vida das populações.
Segundo CANHANGA, a última década do processo de descentralização em Moçambique
verificou grandes esforços orientados para a consolidação da boa governação e redução da
pobreza. Baseando-se no quadro institucional-legal várias reformas foram desenvolvidas para
edificação de bases que suportem o processo de descentralização e municipalização nos pais.
Partido do pressuposto, segundo o qual as reformas de descentralização têm em vista aumentar a
expansão do bem-estar das comunidades locais, garantir a extensão da cobertura de protecção
social básica, assegurando a abrangência dos grupos pobres e vulneráveis no acesso a renda e no
processo de desenvolvimento assente nos padrões de eficácia e eficiência.

2.1.1.2.Quadro institucional e legal da descentralização


Baseando-se nas ideias de OSÓRIO & CRUZ, (2009) citados por CANHANGA, FUEL &
NHATHA as reformas de descentralização e desconcentração datam de 1990 com à aprovação
pela Assembleia Mono partidária da constituição da República de Moçambique, que consagra os
princípios de separação de poderes e pluralismo político, que institucionalizou no quadro da
consagração de um Estado de Direito democrático, os princípios da desconcentração e
descentralização. De acordo com Forquilha (2010), a abertura do espaço político consagrada na
constituição de 1990 criou bases para uma governação local assente em princípios democráticos
de inclusão e participação local.
Para CANHANGA, FUEL & NHATHA, ressaltam que a primeira iniciativa infraconstitucional
visava a descentralização do Estado moçambicano que data da aprovação da Lei n˚ 3/94 de 13 de
Setembro (Lei dos quadros dos distritos municipais) a qual propunha a criação de distritos
municipais definidos de acordo com a delimitação territorial do país.
Segundo Rosário (2011),alega que a primeira fase do projecto de descentralização foi marcada
pela Lei n˚3/94 teve seu início em 1994 com a elaboração pelo governo do Programa de Reforma
dos Órgãos Locais (PROL), cujo objectivo centrava-se na reformulação do sistema
administrativo centralizado, fracamente eficiente e desequilibrado então em vigor. A perspectiva

8
era estabelecer 23 distritos municipais urbanos nas principais cidades e vilas do país e 128
distritos municipais rurais. A lei dos quadros dos distritos municipais foi aprovada por
unanimidade não consensual, por causa de grandes objecções por parte de alguns quadrantes,
preocupados com a possível fragmentação do Estado e uma eventual perda de controlo sobre o
rendimento económico. A autonomia na gestão dos recursos locais podia aumentar a competição
entre as estruturas do partido a nível central e as elites do poder local, e no plano das finanças
locais, os distritos municipais beneficiariam de um regime financeiro e patrimonial próprio. De
seguida, surgiu uma nova fase em 1996 com a Lei n˚9/96, que trouxe algumas modificações na
constituição no que tange o “respeito do poder local” e com aLei n˚2/97 que aprova a lei das
autarquias locais e que revoga a Lei n˚3/94 que consagra que nos lugares dos quadros
municipais, faz necessário a criação das autarquias locais em vilas e cidades de forma gradual.
De acordo com CANHANGA, FUEL&NHATHA (2009),consideram que as leis n˚ 2/97, n˚10/97,
n˚11/97 garantiram a extinção sequencial de números de municípios e transferência gradual de
competências para as autarquias. Mais tarde, surgiram as primeiras 33 autarquias instituídas em
1998.

Portanto, em 2008 foi criada a Lei n˚8/2003 que consagra a criação de mais 10 municípios
totalizados em 43 autarquias existentes. O objectivo dessa legislação era gerar o
desenvolvimento económico, social, do meio ambiente com vista a garantir um saneamento
básico e qualidade de vida, saúde, educação, cultura, tempos livres e desporto, polícia da
autarquia, urbanização, construção e habilitação. Tudo isso, tinha em vista consolidar o processo
de desenvolvimento local e garantir a redução da pobreza ao nível dos espaços descentralizados.
Para melhorar o modelo da descentralização, que já havia sofrido algumas mudanças no quadro
legal institucional, a partir dos Decretos n˚46/2003 e n˚33/2006, onde foram redesenhados os
procedimentos de transparência de funções e competências dos órgãos locais do Estado, para as
autarquias locais no âmbito das atribuições. A partir desses decretos foi estabelecido que é da
competência dos órgãos autarquias o planeamento, a gestão e realização de investimentos nos
domínios dos transportes e comunicações, estradas, educação e cultura e acção social, saúde,
ambiente e saneamento do meio ambiente, industria e comercio. Com a aprovação das Leis n˚
15/2007 e a Lei n˚ 1/2008 que revogaram as Lei n˚ 2/97 e a Lei n˚11/97 com vista a

9
aperfeiçoamento do regime financeiro, orçamental e patrimonial das autarquias locais e redefinir
um novo código tributário autárquico.

2.2.Literatura Empírica
Este ponto procura relacionar em causa com outros temas já discutidos fazendo assim o seu
enquadramento com a realidade actual mediante o local do problema em estudo.
Aplicou-se o estudo de caso como metodologia da pesquisa. Desse estudo concluiu-se que,
devido a vários problemas constatados, “a gestão de receitas próprias na cidade de Assomada,
deve ser um sistema integrado que procure propostas sustentáveis em todas áreas.
Segundo CORREIA, (2012:6064), as autarquias devem reforçar politicas de gestão integrada das
finanças autárquicas contemplando os diferentes olhares, de forma a sensibilizar a população,
promovendo por exemplo a educação financeira, procurando parcerias que injatam em vários
sectores da sociedade a sensibilidade do sustento municipal”.
Segundo AFONSO.J.R. (2007), no Brasil, pouco se conhece da realidade tributária e mais ainda,
de sua administração é bem acentuado no caso dos municípios. Primeiro, há um certo
preconceito em acreditar que todo governo, mesmo de menor escala, deveria se auto-sustentar, o
que não ocorre mesmo nos países mais desenvolvidos. Segundo, os tributos típicos dos governos
locais incidentes sobre o património e taxas não são os mais fáceis para se administrar e explorar
o seu potencial. Terceiro, num país de dimensões continentais tendem a faltar informações
actualizadas e precisas, sem contar que é enorme e crescente o número de municípios e, o pior
são profundas as disparidades territoriais, funcionais, económicas e sociais entre eles.
Para AFONSO (2007), o exame mais detalhado da situação Brasileira mostra que a arrecadação
tributária própria dos municípios provem, sobretudo, dos impostos sobre a propriedade
imobiliária urbana (IPTU) e sobre a venda de serviços (ISS). A arrecadação ainda é bastante
concentrada nas capitais dos Estados e nas maiores cidades do País, especialmente nas regiões
mais desenvolvidas, o que não quer dizer que não esteja equacionado o seu padrão de
financiamento, sobretudo das grandes metrópoles.
Discrepâncias entre Países e entre Prefeituras
Não existe necessariamente uma relação entre estágio de desenvolvimento e maior ou menor
participação dos governos locais. Na maior parte dos países desenvolvidos, e elevada a

10
participação do poder local na geração da receita tributária nacional, superando 30% nos casos
do Japão, da Suécia e da Dinamarca.
Assim, as atenções devem estar voltadas para a criação de das condições propicias a implantação
e ao aperfeiçoamento das capacidades normativa, organizacional, fiscalizadora, operacional e
tecnológica dos governos locais, numa abordagem que contemple de modo integral o leque
diferenciado de recursos necessários ao equacionamento de problemas seleccionados, segundo
uma distribuição que procure atender, de modo equilibrado, a todos os principais processos e
estruturas de trabalho envolvidas.
Segundo AFONSO.J.R. (2007), para tornar mais eficaz o processo de melhoria de receitas
próprias é importante que os avanços locais não constituam apenas respostas as acções do
Governo Federal e dos organismos internacionais, sendo preciso que haja uma verdadeira
mudança de cultura.

2.3.Literatura focalizada
Segundo LAMPEÃO O.J. (2012), Autarquias Locais são pessoas públicas dotadas de órgãos
representativos próprios que visam a prossecução dos interesses das populações respectivas sem
prejuízo dos interesses nacionais e da participação do Estado: São os Municípios (Cidades e
Vilas) e as povoações (Circunscrição territorial do Posto Administrativo).

AS FINANÇAS AUTÁRQUICAS
Segundo LAMPEÃO O.J. (2012), o sistema financeiro autárquico passa pelos seguintes
documentos: Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro, SISTAFE; Lei 5/2009, de 12 de Janeiro, Imposto
Simplificado para Pequenos Contribuintes; Lei 1/2008, de 16 de Janeiro, Regime Financeiro,
Orçamental e Patrimonial das Autarquias Locais e o Sistema Tributário Autárquico; Decreto
63/2008, de 30 de Dezembro, Código Tributário Autárquico e o regime remete a obediência a
Lei 1/2008 conjugada a Lei 9/2002.
Para SEGALA & PALALANE (2008), em Moçambique as autoridades municipais são as que
tradicionalmente se encarregam de garantir os trabalhos de limpeza urbana, recolha de receitas

11
urbanas na sua área de jurisdição, com base no Artigo 6 da lei 2/97, de 18 de Fevereiro e Artigo
25 da Lei 11/97, de 31 de Maio.
Segundo CHANG, M. (2015), as autarquias locais têm que procurar meios de se tornarem
sustentáveis, através do aumento das receitas, pelo alargamento da base tributária, da eficácia do
sistema de cobrança de impostos e taxas junto dos munícipes.
O instrumento que orienta as autarquias locais na gestão de finanças autárquicas, é a Lei número
1/2008, de 16 de Janeiro, que define o regime financeiro, orçamental e patrimonial das
autarquias locais, bem como o respectivo código tributário autárquico. É com base nestes
instrumentos legais que as autarquias são chamadas a potenciar a sua base tributável para uma
gestão eficiente e eficaz.
Para MONTEIRO,J.O. (2015), de forma mais específica, a política de descentralização visa
promover a participação dos cidadãos, comunidades e outros actores na governação local,
melhorar o desempenho da administração local do Estado e da administração autárquica, através
de mecanismos que conduzam à eficácia e eficiência na prestação de serviços e promover a
convergência e interacção entre as diversas formas de descentralização, nomeadamente
democrática, empoderamento das comunidades e desconcentração, como movimentos
coordenados visando a promoção do desenvolvimento local e bem-estar das populações.

12
Capítulo III
3.METODOLOGIA
No concernente a este capítulo, é imperioso antes porém partir pela definição do termo
metodologia que se define como sendo uma etapa específica que procede de uma posição teórica
e epistemológica, para a selecção de técnicas concretas de uma investigação.
Os aspectos por aplicar durante o estudo, basear-se-á, no tipo de pesquisa qualitativo, população
e amostra, métodos de colecta de dados, inquérito e da observação.

3.1.Tipo de pesquisa
Para a elaboração deste trabalho usar-se-a a metodologia bibliográfica mediante a revisão da
literatura sobre o tema em destaque, material disponível na legislação Mocambicana no
concernente a lei das autarquias locais, biblioteca da UCM.
Importa referir que, o estudo é principalmente qualitativo mas, devido as necessidades de uso por
exemplo de tabelas, números e gráficos no estudo durante o inquérito recorremos algumas
técnicas do tipo de pesquisa quantitativo.
Segundo GIL, (1994), sentido estrito o projecto é o tratamento escrito de um dado tema de forma
específica que resulte de pesquisa, com objectivo de apresentar uma contribuição relevante e ou
original e pessoal à ciência. E no sentido lato, o projecto é o tratamento estrito ou lato de um só
assunto, de maneira descritiva e analítica, onde a reflexão é a tônica (está entre o ensaio e a tese e
nem sempre se origina de um outro tipo de pesquisa que não seja a bibliografia e a de
documentação); no entanto os tipos de pesquisas a usar serão as seguintes:
Para o GODOY (1995:62): “Na pesquisa qualitativa, é frequente que o pesquisador procure
entender os fenómenos segundo a perspectiva dos participantes da situação estudada e, a partir,
daí situar sua interacção dos fenómenos estudados”. Assim LUDKE & ANDRÉ (1986:11)
apontam que a pesquisa qualitativa “tem o ambiente natural como fonte directa de dados e o
pesquisador como seu principal instrumento”.
Segundo LUDKE & ANDRÉ (1986: p.11), “a pesquisa quantitativa é apropriada para medir
tantas opiniões, atitudes e preferências como comportamentos”. Se você quer saber quantas
pessoas usam um produto ou serviço ou têm interesse em um novo conceito de produto, a
pesquisa quantitativa é o que você precisa. No entanto, a ideia dos autores esta técnica será

13
utilizada para saber o número de indivíduos que receberam e serão submetidos a entrevista e ao
inquérito da monografia.

3.1.1.Bibliográfica e análise documental


Para LAKATOS & MARCONI (1991:66), referem que a pesquisa bibliográfica é uma selecção
de documentação, levantamento e toda bibliografia já publicada sobre um determinado assunto
que está sendo pesquisado em materiais como por exemplo livros, revistas, enciclopédias,
jornais, boletins, monografias, dissertações, e teses. Esta técnica é utilizada para a recolha de
bibliografia de autores que já fizeram menção a mesma temática, servindo deste modo um
suporte para a realização do trabalho.

3.1.2.Entrevistas semi-estruturadas
Entrevista semi-estruturada aquela em que é mais espontâneo do que a entrevista estruturada;
neste tipo de entrevista, o entrevistador tem um conjunto de questões predefinidas, mas mantém
liberdade para colocar outras cujo interesse surja no decorrer da entrevista.
As questões pré-definidas são uma diretriz, mas não ditam a forma como a entrevista irá
decorrer, na medida em que as questões não têm de ser colocadas numa determinada ordem nem
exatamente da mesma forma com que foram inicialmente definidas.

Vantagens da entrevista semi-estruturada:


a) Sendo algo flexível, possibilita que sejam exploradas outras questões que surjam no decorrer
da entrevista, mesmo quando saem um pouco do “guia” do entrevistador;
b) Permite criar uma maior diferenciação entre candidatos, uma vez que o rumo seguido irá
depender, em grande parte, do retorno destes.

Desvantagens:
a) Exige uma grande agilidade por parte do entrevistador, sendo mais aconselhada para
recrutadores mais experientes.

14
Para LAKATOS & MARCONI (1996:87-88), a entrevista consiste numa técnica de conversação
directa, dirigida por uma das partes, de maneira metódica, objectivando a compreensão de uma
situação, requerendo do pesquisador uma ideia clara da informação que necessita.

3.1.3.População
Segundo PESTANA, BUSSAB & MORETTIN (2002:256), em estatística, a população é o
conjunto de todos os elementos ou resultados sob investigação. Este conceito contrapõe-se ao de
amostra, que é uma parte (subconjunto) da população ou seja chama-se população ao conjunto de
todos os valores que descrevem o fenómeno que interessa ao investigador.
Mediante a ideia deste autor, leva-nos a um consenso que a população inquerida no presente
trabalho de pesquisa é de 20 dos quais 14 são homens e 6 mulheres.

3.1.4.Amostra
Para GIL (2003:p.90), amostra é subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se
estimam as características desse universo ou população.
No entanto, não achamos melhor usarmos amostra achamos melhor inquerir a todos no sentido
de obtermos melhores informações sobre o estudo.

15
Capítulo IV:
4.ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
No concernente a este capítulo, vai se abordar sobre CMVG, sua criação, a visão, missão e os
motivos da sua existência e não obstante a isso vão se fazer analise e interpretação dos dados
recolhidos no campo que se fez o estudo que é o objectivo principal do trabalho.
Segundo Gil (2007), análise de dados tem como objectivo sumarizar e organizar os dados de
maneira que estes possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para a
investigação. No entanto, a interpretação aparece com o objectivo de procurar sentido mais
amplo das respostas o que é feito mediante sua ligação com outros conhecimentos anteriormente
obtidos.

4.1.Caracterização Da Área De Estudo


A pesquisa é de carater bibliográfica e documental mas também usou se as técnicas de inquérito,
entrevista, do qual foram entrevistados 20 funcionários do CMVG, tendo alguns respondido em
anonimato e outros não, os que responderam em anonimato evitaram represálias por parte da
instituição.

4.1.1.CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO


4.1.2.Breve Historial

O Município de Gondola foi instalado a 29 de Janeiro de 2009, a luz da Lei n.º 3/2008, de 2 de
Maio e classificado como de Nível “D”. Possui um passado histórico rico, do qual recorda-se
alguns acontecimentos, muito em particular a respeito do seu nome, tendo uma lenda de onde o
nome de Gondola provém da tradução distorcida de uma expressão em língua portuguesa que se
dizia “Gândua” o que significa “uma lagoa”, numa alusão às pessoas que iam bebendo das suas
águas, presumivelmente, devido à escassez desse líquido nesta região.
A partir daí, a zona passou a ser chamada de Gondola (desta feita, o termo passou de “Gandua”
para “Gondola", por dificuldades dos portugueses em melhor pronunciar a palavra), já que essa
lagoa (Gândua) se localiza na área Municipal de Bengo a 3,5Km da sede do distrito.

16
A Vila de Gondola como tal, sede do Distrito, surgiu como consequência do tráfego ferroviário
Beira – Zimbabwe. A partir do cruzamento entre os rios Nhamuenga e Muda, segue o leito do rio
Muda em direcção a Noroeste ate um ponto onde este se cruza com o riacho Entrepostos, com
latitude e Longitude, respectivamente de 19o 05´ 18,1” S 33o 36` 22,8” E; deste ponto, segue o
leito do riacho Entreposto em direcção ao Noroeste, até a um ponto onde nasce este riacho, com
latitude e longitude respectivamente de 10o 04´36” S e 33o 36´24” E.

Da ponte da linha férrea sobre a estrada nacional No6, segue em alinhamento recto até ao
cruzamento da EN6 com a picada para Mudima num ponto com latitude e longitude
respectivamente de 19o 02´17” S 33o36´36” E. Deste ponto segue-se a picada para Mudima em
direcção ao Norte, até ao ponto cruzamento desta com a estrada Eduardo Mondlane, num ponto
com latitude e longitude respectivamente de 19o 02´ 49” S e 33o 39´27” E; deste ponto segue a
estrada Eduardo Mondlane em direcção ao sul, até ao cruzamento desta com o rio Mussapadzi,
num ponto com latitude e longitude respectivamente de 19o 02´ S e 33o39´29” E.

Do cruzamento da estrada Eduardo Mondlane com o rio Mussapadzi, segue o curso desta para
jusante, até ao cruzamento deste com o rio Mussatua, num ponto com latitude e longitude
respectivamente de 19o 02´17,4” S e 33o 44´01,7” E. Do cruzamento do rio Mussapadzi com o
rio Mussatua, segue o curso do rio Mussatua em direcção ao sul, ao Sul, até ao cruzamento deste
com o riacho Nhachoco, num ponto com latitude e longitude respectivamente de 19o 02´25,8” S e
33o41´25” E; deste ponto, segue o curso de riacho Nhachoco em direcção ao Sul, até a nascente
deste (Nhachoco), num ponto com latitude e longitude respectivamente de 19o05´55” S e
33o40´49” E.
Do ponto onde nasce o rio Nhachoco, segue em alinhamento recto atravessando a EN6 em
direcção ao sul, até a nascente do riacho Nhamuenga num ponto com latitude respectivamente de
19o 06´38” S e 33o40´12” E; deste ponto segue o curso do riacho Nhamuenga, em direcção ao
Sul, até ao cruzamento deste com o rio Muda, num ponto com latitude e longitude
respectivamente de 19o12´05” S e 33o43´07,5” E.

17
4.1.3.Divisão Administrativa
O Município da Vila de Gondola está dividido em duas localidades urbanas (Localidade Urbana
n.º 1 – Josina Machel e Localidade Urbana n.º 2 – Eduardo Mondlane). Essas Localidades
Urbanas se subdividem em 4 e em 6 Bairros cada, totalizando 10, conforme se apresenta o
quadro abaixo.

Quadro 1: Localidades Urbanas e Respectivos Bairros


Localidades Urbanas Bairros
Josina Machel
Bela Vista
Localidade Urbana N.º 1 - Josina Machel
Mazicuera
Bengo
Eduardo Mondlane
7 de Abril
Localidade Urbana N.º 2 - Eduardo 25 de Junho
Mondlane 3 de Fevereiro
Mucessua
Francisco Manhanga
Fonte: Município da Vila de Gondola

4.1.4.Apresentação de Resultados do Estudo


O presente capítulo apresenta, analisa e discute os resultados recolhidos através dos inquéritos
fornecidos aos 20 elementos dos quais 6 mulheres e 14 homens, todos funcionários afectos na
vereação de administração e finanças que participaram na pesquisa.

4.1.5.Fraca arrecadação de receitas e o impacto na capacidade financeira do município

(…) não tem sido fácil cumprir as metas na arrecadação das receitas
planificadas pelo município (…) os munícipes não pagam os seus impostos
segundo o planificado (…).
O incumprimento na arrecadação de receitas deve se aos munícipes que não cumprem com os
seus deveres de pagar os impostos e outrossim deve se a falta de abertura de outros postos de
cobrança das receitas nos pequenos mercados o que lhe leva a fraca arrecadação de receitas para
a conta municipal deixando-o com fraco nível financeiro.

18
Perante esta realidade da declaração dos fiscais, quando confrontado com o quadro resumo da
execução financeira dos anos 2013 a 2014, facultado pelo conselho municipal na pessoa do
senhor presidente do conselho municipal nota se uma diferença maior no que concerne ao
orçamento planificado em relação ao executado. No entanto foi planificado para o ano de 2013,
4.200.000,00mt, mas o conselho municipal conseguiu arrecadar 1.907.301,32mt o que
corresponde a 45.41%, tendo resgistado um desvio de 2.292.698.68mt o que corresponde a
54.59%, e para o ano de 2014 foi orcado em 4.204.196,72mt e foi executado 2.924.975,84mt o
que corresponde a 69.57% tendo resgistado o desvio de 1.279.220.88mt, o que corresponde a
30.42%.
Perante esta realidade demostrada pelos números, desmotrando claramente o quão é fraco o
nível de areecadação de receitas no Municipio da Vila de Gondola, no entanto, o Municipio para
o ano de 2013 não chega atingir 50% da execução orçamental e para 2014 ter conseguido um
pouco mais de 50%, ainda muito abaixo do desejado. Portanto, a esse fraco nível na arecadação
de receitas compromete grandemente aquilo o que são as actividades planificadas pelo
Município.

19
Quadro 2: Resumo da execução Orçamental das receitas próprias para os anos 2013 e 2014

2013 2014
DESCRICAO
Orcamneto Execucao Desvio Orcamneto Execucao Desvio

Receitas Fiscais 650.000,00 209.864,00 440.136 693.230,10 147.995,00 545.235.1

IPRA 100.000,00 - - 253.330,10 850,00 252.480.1

IAV 330.000,00 116.140,00 213.860 219.900,00 55.320,00 164.580

SISA 20.000,00 1.054,00 18.946 20.000,00 11.500,00 8.500

IPA 200.000,00 92.670,00 107.330 200.000,00 80.325,00 119.675

Receitas nao
fiscais 3.550.000,00 1.697.437,32 1.852.562.68 3.510.966,62 2.776.980,84 733.985.78

TAE 50.000,00 500,00 45.000.00 262.966,62 37.050,50 225.916.12

Taxa de Mercados 1.200.000,00 1.143.233,00 56.767 1.200.000,00 1.148.411,00 51.589

Taxa de DUAT 400.000,00 250.806,30 149.193.7 200.000,00 266.439,00 -66.439

Recolha de lixo 300.000,00 302.898,02 -2.898.02 300.000,00 369.172,34 69.172.34

Demais taxas 1.600.000,00 - - 1.548.000,00 955.908,00 592.092

Total de Receitas
Proprias 4.200.000,00 1.907.301,32 38.385.397.36 4.204.196,72 2.924.975,84 1.279.220.88

Fonte: Dados da pesquisa

20
Mediante esse gráfico, leva nos a concluir que o IAV e taxas de Mercados contribuíram com
maior peso no orçamento municipal onde em 2013, contribuíram com 29.98% ≈ 30 e no ano
2014, as receitas fiscais e não fiscais no concernente ao IAV e as Taxas de Mercados
contribuíram com 28.63% ≈ 29% no que concerne ao peso do orçamento municipal.

Quadro 3: Representação gráfica percentual das receitas próprias do Conselho Municipal da


Vila de Gondola

Fonte: Dados da pesquisa


O incumprimento das actividades das actividades planificadas deve-se aos baixos níveis na
arrecadação de receitas pelos fiscais, em que se justificam na falta de abertura de mais postos de
cobrança de receitas, mas, tem se visto o cúmulo de actividades por realizar.
(…) Os níveis de arrecadação de receitas têm sido baixos, (…), mas em alguns
dias tem sido razoáveis as receitas arrecadadas mas reconheceramos que muito
têm por ser feito pois isso justifica se nas actividades que o CMVG tinha por
fazer regista-se o seu incumprimento (…).3

3
Depoimentos do presidente do executivo e fiscais entrevistados no período do inquérito no conselho municipal.
21
No entanto, os inqueridos são unanimes em dizer que o município depende grandemente das
transferências do Estado e financiamento externo (parceiros). Pois, regista se défice na
arrecadação de receitas na capacidade financeira do município.

Quadro 3: Transferência do Estado e Financiamento externo (parceiros) no orçamento


Municipal para os anos 2013 e 2014
2013 2014

DESCRICAO Orcamneto Execucao Orcamneto Execucao

Transferencias do
Estado 23.186.220,00 28.157.908,50 25.451.651,88 26.880.482,01

FCA 11.121.730,00 11.125.729,80 13.715.075,18 13.715.075,20

FIIL 7.414.490,00 7.593.726,47 9.143.388,70 9.143.388,70

PERPU - - -

FE 4.650.000,00 9.438.452,23 2.593.188,00 2.593.188,00

Outras Transferencias
do Estado - - - 1.428.830,11

Financiamento
Externo 6.550.000,00 6.361.333,77 4.462.492,00 2.203.304,56

PCMC 1.660.000,00 1.663.050,00 1.888.680,00 1.888.680,00

Outros 4.890.000,00 4.698.283,77 2.573.812,00 314.624,56

Total de Receitas
Totais 29.736.220,00 34.519.242,27 29.914.143,88 29.083.786,57

Fonte: Dados da pesquisa

22
As transferências do Estado e do Financiamento Externo contribuíram para o orçamento do
CMVG nos anos 2013 e 2014 com um total de 116.08% e 97.22% respectivamente em relação
ao orçamento planificado para transferências do Estado e do Financiamento Externo nos dois
anos.

Quadro 3: Representação gráfica percentual das receitas vindas da transferência do Estado e


financiamento externo

Fonte: Dados da pesquisa

(…) os impactos do fraco nível na arrecadação de receitas são maiores desde o


atraso no pagamento e aumento do salário dos funcionários e agentes do Estado,
pagamento das despesas municipais e ao atendimento das necessidades dos
munícipes prometidas durante o manifesto eleitoral para além de não pagarem
os indivíduos afectos como chefes de departamentos em comissão de serviço (…)

23
reflete na falta de políticas de expansão de mais mercados, divulgação de
serviços como por exemplo encontros permanentes com os munícipes e mostrar
as vantagens e desvantagens de pagar os impostos como o IPA, IPRA, IAV,
Taxas de Mercados(…).4
Contudo, mediante esta ideia faz nos entender que as finanças municipais do conselho municipal
da vila de gondola são deficitárias pois, se o Estado não fizesse transferências o Município não
teria capacidade de prestar serviços como por exemplo:
 Colecta de residios sólidos nos silos;
 Pagamento de salários;
 Pagamento de ajudas de custos.
No entanto, com essa incapacidade na arrecadação de receitas o município deve desenhar
estratégias de forma que possa ultrapassar as dificuldades e prestar bons serviços as seus
munícipes.

Quadro 4. Análise interpretativa das despesas correntes e de capital nos anos 2013 a 2014 em
relação ao orçamento arrecadado durante este período.

2013 2014

DESCRICAO Orcamneto Execucao Orcamneto Execucao

Despesas Correntes 16.451.730,00 14.515.066,34 18.170.271,90 16.242.271,43

Despesas com Pessoal 9.996.161,72 8.402.512,27 10.956.365,39 10.798.907,89

Bens e Servico 6.100.568,28 5.846.584,07 6.528.256,51 5.047.478,54

Outras despesas correntes 355.000,00 265.970,00 685.650,00 395.885,00

DESPESAS DE
CAPITAL 17.484.490,00 13.988.168,87 15.948.068,70 24.514.403,47

4
Entrevista concedida ao chefe da contabilidade do Conselho Municipal Vila de Gondola.
24
Investimento Fixo 17.484.490,00 13.988.168,87 15.948.068,70 24.514.403,47

TOTAL DE
DESPESAS 33.936.220,00 28.503.235,21 34.118.340,60 40.756.674,90

Fonte: Dados da pesquisa

Portanto, se as despesas de capital e de investimento dependessem da arrecadação de receitas


fiscais e não fiscais do Conselho Municipal, o Município teria: 1.907.301,32 - 28.503.235,21, o
que corresponde a um saldo deficitario de -26.595.933.89 para o ano 2013 e para o ano 2014, o
municipio conseguiu executar 2.924.975,84 quando subtraido para as despesas correntes e de
investimentos se dependesse das receitas fiscais e não fiscais o município teria défice orçamental
na ordem de: 2.924.975,84 - 40.756.674,90 correspondente a -37 831.699.06mt.
No entanto, esses défices orçamentais são supridos através da transferência do Estado e do
Financiamento Externo.

Quadro 5: Representação gráfica percentual de todas despesas corrente e de capital por ano e
sua designação

Fonte: Dados da pesquisa


25
(…) a canalização das receitas dos munícipes arrecadadas através das
empresas EDM e FIPAG o processo tem sido mensal mas obscuro devido a falta
da clareza no número dos consumidores (…) mas não temos certeza se as
empresas canalizam ou não as taxas de lixo cujo o valor vem faturado na EDM e
FIPAG (…) e o munícipe não sabe se o valor que paga a EDM e FIPAG, chegam
ao Município (…).5
A canalização das receitas n o concernente a taxa de lixo faturadas pela EDM e FIPAG, deveria
ser feita pelo fiscais de forma a garantir a transparência entre as empresas públicas e a pessoa
colectiva pública. No entanto a falta de conhecimento do conhecimento se o valor que o
município recebe das empresas corresponde a verdade passaria necessariamente em município
fazer um inquérito e fazer uma comparação em relação a que tem recebido de cada empresa
mensalmente.

(…) o Município não conhece número total dos consumidores dos serviços das
empresas EDM e FIPAG, visto que a procura dos serviços é um processo
continuo e Município em condições de fazer actualizações dos dados
mensalmente outrossim há necessidade do CMVG criar uma equipe conjunta
junto das empresas para apurar o número real dos munícipes que fazem o uso
desses serviços (…).6
Com o défice orçamental que o Município tem registado se pudesse aumentar a sua capacidade
na arrecadação de receitas, é verdade que mudaria e aumentaria muita coisa deixando satisfeito o
consumidor dos seus serviços como pode se citar a construção de escola do ensino técnico
profissional onde nem uma existe para a satisfação das necessidades dos jovens e da comunidade
em geral. Um dado menos importante refere se ao aumento de salários que depende da
arrecadação de receitas cabendo ao município mediante a sua produção aumentar salario e pagar
ajudas de custos.
(…) se pudéssemos arrecadar mais receitas acima do planificado, o Município
teria como cumprir com as actividades planificadas deixando assim os munícipes
satisfeitos (…) aumentaria os salários, pagamento de ajudas de custos (…)

5
Informações facultadas pelos fiscais do conselho Municipal da Vila de Gondola.
6
Dados fornecidos pelos fiscais.
26
Algumas medidas devem ser aplicadas basicamente o aumento de taxas nos mercados e imposto
autárquico de viaturas (IAV), pois as áreas que mais contribuem no orçamento municipal.
Portanto, quando criadas essas condições o município poderá aumentar a sua capacidade
financeira.
(…) o aumento de mercados nas localidades urbanas para além do município
virar suas atenções nos mercados feira e central e mercadinhos como frescata e
25 de junho, este deve promover campanhas de sensibilização dos munícipes
mostrando lhes o quão é importante pagar impostos no desenvolvimento da
autarquia local (…) o município deve aumentar das taxas nos mercados de
forma a garantir o aumento na arrecadação de receitas municipais (…).

A capacidade financeira do município deve grandemente das acções que o município deve criar
para melhorar a quantidade de receitas diárias, mais do que isso, o aumento do pessoal fiscal nos
mercados poderá criar condições para um aumento significativo na base tributária do município.

27
Capítulo V: Conclusão
Nesta parte conclusiva, o presente trabalho procurou mostrar a situação do impacto do nível de
arrecadação de receitas dos municípios no caso do município de gondola.

No entanto, para a sua materialização vários métodos foram usados que facilitaram na recolha de
dados como é o caso de entrevistas, inquéritos respondidos de forma clara e objectiva e tendo a
equipe toda participar de forma abnegada da maneira que o tema em destaque da autoria do
estudante fosse possível.

Mediante os dados colectados durante a pesquisa, concluímos que o município da vila de


gondola possui o fraco nível na arrecadação de receitas; pois, para os anos 2013 e 2014 foi
planificado um orçamento no valor de 4.200.000,00mt, que reultaria de arrecadacao de receitas,
mas o conselho municipal conseguiu arrecadar 1.907.301,32mt o que corresponde a 45.41%,
tendo resgistado um desvio de 2.292.698.68mt o que corresponde a 54.59%, e para o ano de
2014 foi orcado em 4.204.196,72mt e foi executado 2.924.975,84mt o que corresponde a
69.57% tendo resgistado o desvio de 1.279.220.88mt, o que corresponde a 30.42%.
No entanto o que o municipio consegue arrecadar em receiotas é reduzido em relacao o que
recebe da transferencia do Estado e do fimamciamento externo (Parceiros), como por exemplo
para o ano 2013 o municipio planificou em receber da transferencia do Estado 29.736.220,00mt,
mas este recebeu 34.519.242,27mt e no ano 2014 planificou receber da transferência do Estado
29.914.143,88mt e recebeu do mesmo 29.083.786,57.
No entanto, o impacto desta fraca arrecadação de receitas como indicam os números têm como
consequências o fraco desempenho na prestação de serviços como por exemplo: O baixo nível na
recolha de resíduos sólidos nos silos, o reduzido número de escolinhas, atraso no pagamento de
sálarios, o fraco pagamento de ajudas de custo aos funcionários, a falta de motivação dos
funcionários o que conclui-se pelo fraco desempenho da instituição, devido a incapacidade
financeira provocada pelo fraco nível na arrecadação de receitas.
Portanto, o Municipio da Vila de Gondola possui o fraco nivel na arecadação de receitas,
dependendo grandemente das transferências do Estado e dos parceiros.

28
Recomendações
Mediante as constatações verificadas no período da elaboração do presente trabalho,
recomendamos que:
O Conselho Municipal da vila de Gondola crie esforço de aumentar taxas nos mercados e
imposto autárquico de viaturas (IAV), pois foram as áreas ou os impostos verificados que mais
contribuem no orçamento municipal.
O Município deve transparecer as receitas arrecadadas através das empresas Publicas (EDM e
FIPAG).
Aumentar os níveis de prestação de serviços aos munícipes, aumentar salário aos seus
funcionários e agentes do Estado.
Reduzir de forma significativa a dependência de forma maioritária do Estado e Financiamento
Externo mais para isso o Município deve aumentar mais postos de cobranças de suas taxas.

29
Referências bibliográficas
 BUSSAB, W. O. & MORETTIN, P. A.(2002:256). Estatística Básica. 5ª ed. São Paulo:
Saraiva;
 CANHANGA, N., (2009). Descentralização fiscal, transferências intergovernamentais e
dinâmicas da pobreza nas autarquias locais: Instituto de Estudos Sociais e Económicos
(IESE). II Conferencia. Maputo;
 Capítulo 2. O Contexto Jurídico e Institucional para o Desenvolvimento Urbano e Municipal.
A. Louis Helling (Public Management and Institutional Development Consultant) and SAL
& Caldeira, Advogados e Consultores, Lda.
 CHANG, M. (2015).Sustentabilidade das autarquias locais: Jornal Noticias. Quarta-feira.31
de Dezembro. Maputo;
 Diogo, F. A. (2006).Curso de Direito AdministrativoI:3ªed.
 FARIA, F. & CHICHAVA, A. (1999): Descentralização e cooperação descentralizada em
Moçambique.(http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/descentralizar m
oçambique.pdf , acessado em 26.Janeiro.2016. pelas 5h26min);
 Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com
certificado.
(http://www.portaleducacao.com.br/recursos-humanos/artigos/62328/entrevista-semi-
estruturada-e-suas-caracteristicas#ixzz3yKX8x0L5 . acessado em 26 de janeiro de 2016.
Pelas 8h52min).
 GIL, A. C.(2003). Métodos e técnicas de pesquisa social: 6a Edição. Editora Atlas.
 João, B. (2004). A Governação nas Autarquias Locais: Ed.Porto.
 LAKATOS, E.M.& MARCONI, M. de A. (1991). Metodologia científica: 2ª Edição.
Verificada e ampliada. Atlas. São Paulo.
 LUCKESI, C.C. et. Al. (2003).Universidade: Uma proposta metodológica: 13ª Edição.
Cortez. São Paulo.
 LUDKE & ANDRÉ (1986). Métodos e técnicas de pesquisa: Editora Atlas.
 Manjanguice, S. (1998). A Cooperação Descentralizada (o caso de Moçambique): MAE
Especial. Maputo;

30
 Mazula, A. (1998). Quadro institucional dos distritos municipais apresentação in Mazula, A.
et al: Autarquias Locais em Moçambique. Antecedentes e Regime Jurídico. Lisboa –
Maputo;
 Mello, C.A.B. (1998). Curso de Direto Administrativo. São Paulo, Ed. Malheiros, 10 ed.,
1998, pg. 96);
 Ministério da Administração Estatal (MAE). (1998). Pacote Autárquico: Brochuras I e II.
Maputo;
 Ministério do Plano e Finanças, DNPO. (1998). Programa de planificação descentralizada:
estratégia e plano de actividades. Maputo;
 PESTANA, D. (2006). Introdução à probabilidade e estatística. 2ª Ed. Fundação Calouste
Gulbenkian: ISBN 9723111500.
 Pietro, M. S. Z. (1997). Direito Administrativo. Ed. 8aed. São Paulo: Atlas;
 LAMPEÃO O.J. (2012). Formação de técnicos do Município de Maputo;
 Lei n.º 3/2008, de 2 de Maio. Publicada no B.R. n.º 18, I.ª Série;
 Moçambique, Resolução nº 7/87, de 25 de Abril. Classificação das Cidades em Quatro
Níveis. Maputo: B.R. Iª série nº 16, 2º Suplemento, de 25 de Abril de 1987, Imprensa
Nacional;
 MAE, (2005). Perfil do Distrito de Gondola. Maputo: MAE-DNAL.

Legislações
 Lei 11/97, de 31 de Maio.
 Lei 2/97, de 18 de Fevereiro.
 Lei n.o 1/2008, de 16 de Janeiro.
 Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro

31
Apêndices

32
Apêndice I
Cronograma de Actividades por desenvolver
Eta Actividade Resultados esperados Periodo de Realização (Meses)
pa
1 2 3
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Reconhecimento Lote de Bibliografia XX X
I e recolha de recomendada recolhido
fontes
Elaboração dos Fichas de Inquérito XX X
inquéritos elaboradas e discutidas e
corrigidas
Pedido da Credencial obtida dos X XX
credencial registos
academicos/direcção do
curso
Levantamento de Dados levantados e XX
dados introduzidos no computador
Tratamento de Dados agregados em XX X
II dados representação tabular e
gráfica
Elaboração da Relatório preliminar XXX
versão Preliminar elaborado e em discussão
com supervisor (es)
Auscultação da Entrevistas administradas XX X
versão Preliminar para enriquecimento do
relatório

III Correcção e Relatório Concluido e XX X


entrga do trabalho entregue do trabalho

33
Apêndice II

DELEGAÇÃO DE MANICA
Curso De Licenciatura Em Administração publica
Estrada Nacional No6, Telefone: 251 - 24759; Fax:251–24758– Cidade de Chimoio - Província
Manica

Chimoio, aos____/Dezembro/2015.

Questionário Dirigido Aos Funcionários Pela Área De Arrecadação De Receitas Municipais


(Fiscais).

Condições Éticas Do Inquérito.


Estimado Participante:

Este inquérito tem objectivo único no que concerne, a recolha de dados para investigação
académica e conclusão de Monografia, Licenciatura em Administração Pública pela
Universidade Católica de Moçambique, o trabalho é da autoria do estudante Kingue João
Januário. No entanto, dele pretende-se: O impacto do fraco nível na arrecadação de receitas
na capacidade financeira do Município. O Investigador agradece-lhe desde já por se dignar
na colaboração para a realização deste.
Coordiais saudações.

Questões a responder
Caro funcionário, o presente questionário é atinente ao trabalho académico para aquisição de
grau de licenciatura pela Universidade Católica de Moçambique. As respostas a este questionário
serão somente objecto de tratamento estatístico e merecerão devido sigilo em relação a sua
profissão. No entanto, sua colaboração é de agradecer de forma antecipada, portanto, mais do
que um mero trabalho académico, a presente pesquisa pretende aumentar e subsidiar algum
conhecimento em busca de um Município com arrecadação de receitas de forma sustentável.

34
Q1. O processo de arrecadação de receitas é árduo e difícil.
a) Perante esta realidade, no cumprimento das suas actividades como fiscal cumpre com as
receitas planificadas no dia-a-dia?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q2. No caso de incumprimento na arrecadação das receitas planificadas durante o dia como que
justifica na sua instituição ou posto de trabalho?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q3. Uma das garantias para a prossecução das actividades municipais, o município depende
grandemente das receitas que os ficais arrecadam nos mercados, pequenas e medias empresas.
a) Qual tem sido o comportamento do município nos casos em que se regista o fraco nível de
arrecadação de receitas?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q4. Qual tem sido o nível de arrecadação de receitas do Município e o respectivo desvio em
relação as metas estabelecidas?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q6.Na sua opinião, qual teria sido a vantagem se pudesse arrecadar mais receitas acima do
planificado?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Q7. Fale de forma aberta fale sobre o impacto de fraco nível de arrecadação de receitas na
capacidade financeira do Município.

35
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q8. O fraco nível de arrecadação de receitas é um mal não necessário para o bom funcionamento
do município.
Proponha medidas claras de como que o município deve fazer para ultrapassar o cenário em
causa.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

36
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO APENAS AOS RESPONSÁVEIS: (Ser Presidente Do
Conselho Municipal, Vereador Da Área Da Contabilidade, Chefe Da Contabilidade E O
Chefe Da Planificação).

Q1.A arrecadação de receitas municipais é de lei, permitindo deste modo a prossecução das
actividades municipais para com os munícipes.
a) Perante esta realidade, o que o município tem feito para ultrapassar este cenário?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q2.Quais são as actividades que o município tem desenvolvido nos mercados, pequenas e
medias empresas sedeadas na vila municipal como forma de educar o munícipe a contribuir com
mais receitas de forma que se ultrapasse o fraco nível de arrecadação de receitas?
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q3. Quais tem sido os níveis de arrecadação de receitas do Município da Vila de Gondola, e com esses
níveis de arrecadação de receitas, o município esta satisfeito para garantir aquilo o que são as
suas obrigações para os munícipes?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q4. Fale de forma aberta fale sobre o impacto de fraco nível de arrecadação de receitas na
capacidade financeira do Município.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Q5. Até que ponto o fraco nível na arrecadação de receitas afecta a capacidade financeira do
município?

37
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Q6. O fraco nível de arrecadação de receitas é um mal não necessário para o bom funcionamento
do município.
Proponha medidas claras de como que o município deve fazer para ultrapassar o cenário em
causa.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q7.Quaias tem sido as consequências do fraco nível na arrecadação de receitas no município?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q8.Uma das fontes na arrecadação de receitas é a EDM e a FIPAG, qual tem sido as formas de
pagamento destas empresas públicas se o munícipe de que consome esses serviços paga 10mt de
cada mês no concernente a taxa de lixo?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Q9. E o município conhece o número total de consumidores desses serviços em cada empresa da
maneira que caso não encaminhem as receitas completas o município ter como exigir?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

38
ANEXOS

39
Mapa 1: Localização Geográfica da Vila Municipal de Gondola

Fonte: Conselho Município da Vila de Gondola

40

Você também pode gostar