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O Processo Orçamental vem evoluindo a muitos anos e esta evolução deve-se, entre outros factores,
às mudanças operadas nos sistemas políticos, nas teorias económicas, as abordagens de gestão
orçamental, os princípios contabilísticos e na conduta da administração pública. O processo
orçamental compreende um conjunto complexo de fazes, que não tem necessariamente um carácter
sequencial.
O PO deve ainda ser visto como um processo contínuo, não se limitando a cada ano económico. Por
outras palavras, não é um processo que se esgota no próprio ano económico, mas que tem
continuidade ao longo do tempo.
a) Um PO mais amplo, com uma dimensão temporal mais vasta, que inclui não só a
orçamentação anual de recursos e a sua execução, mas também o estabelecimento de
objectivos, politicas, e programas de curto, médio e longo prazo que estão na base dos
orçamentos anuais; (Ex: PQG, PARPA, CFMP, etc)
b) Um PO mais estrito, que tem apenas a ver com a orçamentação e execução anual das receitas
e das despesas, e que se repete todos anos. (Ex: PES, OE ect)
Estes dois processos não são independentes entre si, o 1º engloba e determina o 2º, mas também,
por sua vez, influenciado por este.
Estes programas implicam, necessariamente, uma priorização de sectores e áreas, de acordo com as
politicas seleccionadas e as metas e os objectivos.
Os programas terão então, que ter uma expressão anual. A orçamentação anual dos recursos – de
acordo com as metas, os objectivos e os programas – e sua execução constitui a terceira fase do PO
(em sentido lato).
Por último, segue-se a quarta fase de monitoria e avaliação do orçamento executado, dos programas
financeiros e das metas, de forma a garantir a necessária transparência, eficácia e eficiência de todo
o processo.
Esta avaliação servirá, de base para a revisão dos objectivos, metas, politicas e programas do
governo. O acompanhamento e avaliação dos programas e do orçamento, por ex., deverão ser
realizados de forma permanente, e não apenas a posteriori, de forma a permitir a introdução de
correcções a medida que vão sendo implementados.
Monitoria e Desenvolvimento de
Avaliação (PES, Programas de curto,
Balanços, etc.) medio e longo prazo
(CFMP, PQG, PARPA)
Execução do Elaboração do
Orçamento Orçamento
Este processo orçamental que tem apenas a ver com a orçamentação e execução anual das receitas
e das despesas, e que se repete todos os anos. Este, engloba cinco fases, sendo a primeira a da
elaboração da proposta de lei orçamental, a segunda a apresentação e aprovação pela Assembleia
da República. Depois de aprovada segue a terceira fase que a de execução e no fim do ano
económico procede-se ao encerramento das contas e que depois são fiscalizadas, compreendendo
assim, a quarta e quinta fase.
Direcção Nacional da
EXECUÇÃO E ALTERAÇÃO DO Contabilidade Pública;
Direcções Provinciais do Plano e
ORÇAMENTO
Finanças e;
Autoridade Tributária.
Direcção Nacional da
ENCERRAMENTO DAS CONTAS
Contabilidade Pública
Direcções Provinciais do Plano e
Finanças
Autoridade Tributária
Tribunal Administrativo
CONTROLO E FISCALIZAÇÃO Inspecção-geral das Finanças
Inspecções Gerais Sectoriais
Do artigo acima exposto podemos perceber que no nosso país a elaboração do orçamento é da
competência exclusiva do Governo, ou seja, a proposta do orçamento vem do Governo, órgão este
que submete a Assembleia da República em forma de proposta de orçamento, para a posterior
aprovação.
Isto quer significar que, o montante e tipo de receitas e despesas a inscrever no orçamento deverão
estar de acordo a política do governo e o momento económico, político e social que se vive no país.
2 – Uma vez aprovadas pelo órgão competente da instituição proponente, as diferentes propostas
de orçamento são enviadas à Direcção Nacional do Plano e Orçamento (DNPO);
Como pode-se observar, o orçamento influencia e é influenciado pela economia. A principal fonte
de financiamento do orçamento – as receitas fiscais – dependentes largamente da actividade
económica e do rendimento dos agentes económicos (famílias e empresas).
Objectivos e Quadro
Prioridades Politicas Macroeconómico
Plurianual
Fixação dos Saldos Orçamentais e
Limite das Despesa Total
APRESENTAÇÃO À ASSEMBLEIA
DA REPÚBLICA
O Governo deve submeter anualmente para apreciação e votação do Parlamento a sua proposta de
Orçamento do Estado sob a forma de proposta de Lei.
Para além dos itens acima, também o Governo apresenta a Assembleia da República a proposta do
OE com todos elementos necessários a justificação da política orçamental, nomeadamente:
A AR delibera sobre a proposta do OE até o dia 15 de Dez de cada ano.(Art. 25, Lei 9/2002)
Pode haver atraso na aprovação do orçamento, por necessidade de reformulação do orçamento por
este ter sido rejeitado na Assembleia da República, caso em que o Governo deverá voltar a
apresentar, no prazo de 90 dias, uma nova proposta de orçamento para respectivo ano económico.