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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


LICENCIATURA EM RECURSOS HUMANOS – PÓS LABORAL

SECTOR EMPRESARIAL EM MOÇAMBIQUE

ABDUL LATIFO AMUZA PATRÍCIO


EDMINIA JOÃO DOS SANTOS
EDNILSON DANIEL TELMA PELEMBE
KEREN HÉLDER MUCHECA
LEOPOLDINA TOMO SANTAIUA
MARIA AUGUSTA JOÃO MÁRIO PEREIRA
ROSALINA JORGE AFONSO

DOCENTE:
JÚLIA CUAIRA

BEIRA

2023

Índice
Introdução..........................................................................................................................3

Objectivos..........................................................................................................................3

Geral:.................................................................................................................................3

Específicos:........................................................................................................................3

Metodologia.......................................................................................................................3

Economia em Moçambique...............................................................................................4

Sector empresarial.............................................................................................................4

Sector empresarial em Moçambique.................................................................................5

Lei do sector empresarial em Moçambique.......................................................................6

Papel do sector empresarial no desenvolvimento económico em Moçambique...............6

Desafios do sector empresarial em Moçambique..............................................................7

Conclusão..........................................................................................................................9

Bibliografia......................................................................................................................10
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Introdução
Segundo portal do governo, Moçambique independente herdou uma estrutura económica
colonial caracterizada por uma assimetria entre o Norte e o Sul do País e entre o campo e a
cidade. O Sul mais desenvolvido que o Norte e a cidade mais desenvolvida que o campo. A
ausência duma integração económica e a opressão extrema da mão-de-obra constituíam as
características mais dominantes dessa assimetria. O Estado, através da execução da sua
política orçamental regula e dinamiza as áreas sócio-económicas mais importantes e cria um
bom ambiente de negócios muito favorável ao desenvolvimento da iniciativa privada.

Neste contexto, o presente trabalho visa falar do Sector empresarial em Moçambique, o Sector
Empresarial do Estado exerce uma função importante na economia moçambicana

Objectivos
Geral:
 Compreender aspectos ligados ao Sector Empresarial em Moçambique.

Específicos:

 Explicar a situação económica em Moçambique;


 Conhecer o Papel do sector empresarial no desenvolvimento económico em Moçambique;
 Identificar os desafios do sector empresarial em Moçambique.

Metodologia

Para o presente trabalho, usou – se o método de pesquisa bibliográfica, onde buscou – se


informações (em sites e manuais) já publicada por outros autores.
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Economia em Moçambique

Segundo world bank (2023), a economia está a recuperar da prolongada desaceleração dos
últimos anos, com uma taxa de crescimento que atingiu 4,4% no primeiro semestre de 2022.
Moçambique teve a sua primeira contracção económica em quase três décadas em 2020, com
um adicional de 250.000-300.000 pessoas que vivem em meio urbano a serem empurradas
para níveis de pobreza estruturalmente elevados.

Ainda para world bank (2023), Estima-se que, no geral, mais de 60% das pessoas vivam na
pobreza e mais de um milhão de pessoas tenham sido deslocadas pelo conflito em Cabo
Delgado. A instabilidade em Cabo Delgado abrandou os resultados esperados dos
investimentos no sector do gás natural liquefeito (GNL), tendo actualmente um projecto
offshore, com um investimento de US$ 7 mil milhões iniciado as operações de produção.
Projectos maiores, com investimentos superiores US$ 50 mil milhões, devem iniciar a
produção em 2026 e 2028, com um atraso de quase dois anos.

De acordo com o relatório  World Bank’s Mozambique Economic Update de 2023, as


perspectivas económicas a médio-prazo são positivas, prevendo-se que o crescimento acelere
para 6 % entre 2023 e 2025, impulsionado pela recuperação contínua dos serviços, pelo
aumento da produção de GNL e pelos elevados preços das matérias-primas.

Continuam no entanto a existir riscos de retrocesso A recuperação global incerta, a guerra na


Ucrânia, os baixos níveis de capital humano e a vulnerabilidade do país a desastres climáticos,
correm o risco de limitar ainda mais as opções de Moçambique para diversificar as suas fontes
de crescimento.

Sector empresarial

Segundo Maloa (2015), o sector empresarial é responsável pela constituição e gestão de infra-
estruturas públicas fundamentais de natureza empresarial e pela prestação de serviços
públicos essenciais, para além de um conjunto diversificado de outras funções de carácter
instrumental, nos mais diversos sectores e domínios. O sector empresarial integra actualmente
um vasto conjunto de empresas detidas ou participadas pelo Estado, cuja actividade abrange
os mais diversos sectores de actividade, constituindo um importante instrumento de política
económica e social.
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Sector empresarial em Moçambique

Segundo Timbane (2013), o Sector Empresarial do Estado exerce uma função importante na
economia moçambicana. O Estado, por ausência de vocação empresarial, decidiu criar e
atribuir a entidades com personalidade jurídica própria, o exercício de diversas actividades.
Muitas dessas actividades só podem ser exercidas por entes que tenham o apoio do Estado,
dispondo de poderes e meios que as empresas privadas normalmente não têm.

Para Timbane (2013), tendo em vista acelerar o desenvolvimento do país, as empresas


públicas tem um papel muito importante não só através do exercício das suas actividades
tradicionais, mas, também, das parcerias que venham a estabelecer com empresas privadas,
nacionais ou estrangeiras.

O Sector Empresarial do Estado (SEE) encontra-se integrado no Sector Público Empresarial,


cujo regime jurídico foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de Outubro. (Brito,
2017).

De acordo com Timbane (2013), sector empresarial é constituído pelo conjunto das unidades
produtivas do Estado, organizadas e geridas de forma empresarial, integrando as empresas
públicas e as empresas participadas.

Empresas participadas são definidas por Santos (2018) como organizações empresariais em
que o Estado ou quaisquer outras entidades públicas, de carácter administrativo ou
empresarial, detenham uma participação permanente, de forma directa ou indirecta, desde que
o conjunto das participações públicas não origine influência dominante.

Ainda para Santos (2018), existe Influência dominante em qualquer uma das situações
seguintes:

 Detenham uma participação superior à maioria do capital;


 Disponham da maioria dos direitos de voto;
 Tenham a possibilidade de designar ou destituir a maioria dos membros do órgão de
administração ou do órgão de fiscalização; e
 Disponham de participações qualificadas ou direitos especiais que lhe permitam
influenciar de forma determinante os processos decisórios ou as opções estratégicas
adoptadas pela empresa ou entidade participada.
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Consideram-se participações permanentes as que não possuem objectivos exclusivamente


financeiros, sem qualquer intenção de influenciar a orientação ou a gestão da empresa por
parte das entidades públicas participantes, desde que a respectiva titularidade seja de duração
superior a um ano. (Santos, 2018).

Lei do sector empresarial em Moçambique

A Assembleia da República aprovou, a proposta de lei que estabelece os princípios e regras


aplicáveis ao sector empresarial do Estado. O instrumento define as formas de criação das
empresas públicas e participadas pelo Estado e determina o princípio de comando único
destas empresas. (Timbane, 2013).

De acordo com o ministro dos Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isac Chande, citado por
Maloa (2015), a aprovação da proposta mostra-se relevante e pertinente pois confere maior
estruturação do sector público. “Só serão empresas públicas aquelas que actuam em áreas
estratégicas como energia, transporte, entre outros”.

Esta proposta visa redefinir os objectivos do sector público e permitir a melhoria da gestão e
transparência nas empresas públicas e participadas pelo Estado. A estruturação das empresas
públicas, considera o ministro dos Assuntos Constitucionais e Religiosos, a participação das
empresas privadas nos processos de desenvolvimento do país. (Maloa, 2015).

Papel do sector empresarial no desenvolvimento económico em Moçambique

Segundo Timbane (2013), Diversa legislação tem sido produzida nos últimos tempos relativa
ao Sector Empresarial do Estado, mas a nova Lei das Empresas Públicas (Lei n.º 6/2012, de 8
de Fevereiro, adiante abreviadamente LEP), que entrou em vigor na data da sua publicação,
reveste-se de capital importância.

Segundo Maloa (2015), os parceiros comerciais externos têm motivos suficientes para
inspirarem uma grande confiança pelo País face à capacidade que as autoridades monetárias
têm conseguido manter volumes adequados de meios de pagamento sobre o exterior. As
reservas externas do Banco Central têm estado a situar-se acima dos seis meses de importação
de bens e serviços.

As reformas jurídicas no âmbito da legislação financeira, fiscal, laboral, comercial e da terra


levadas acabo pelo Governo contribuem significativamente para fortalecer esse bom ambiente
com a respectiva atracção do investimento privado nacional e externo.
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O potencial económico do País para a atracção de investimentos na agro-indústria,


agricultura, turismo, pesca e mineração é enorme. Projectos como o da Mozal, Barragem de
Cahora Bassa, Corredores Ferro-Portuários e Complexos Turísticos ao longo de todo o País
têm contribuído significativamente para colocar Moçambique na rota dos grandes
investimentos regional e internacional.

Apesar do notável crescimento económico que o País vem registando, muitos moçambicanos
continuam vivendo abaixo da linha da pobreza. O combate à pobreza absoluta constitui uma
das grandes prioridades do Governo para o quinquénio 2005-2009. Para o efeito foi traçado a
segunda fase do Plano de Acção da Redução da Pobreza Absoluta.

Com esta lei pretende-se adequar o regime jurídico das empresas públicas à conjuntura actual
e às exigências e prioridades que se colocam ao Estado em matéria de gestão do sector
empresarial.

Por exemplo, os desenvolvimentos no sector dos recursos naturais, energia e infra-estruturas,


implicam que o Estado, quando tenha de participar no capital das empresas que venham a
explorar esses recursos, esteja representado por empresas regidas por regras que não
prejudiquem a flexibilidade que delas se exige. (Timbane, 2013).

Para além dos diversos aspectos inovadores que ela traz, importa, destacar, em primeiro lugar,
o regime transitório nele previsto, bem assim, a previsão da necessidade da sua
regulamentação.

Apesar de a lei estabelecer um prazo de 90 (noventa) dias para a revisão dos actuais estatutos
das empresas públicas, a mesma impõe expressamente a vigência dos referidos estatutos nesse
mesmo prazo, sendo que depois disso prevalece o regime previsto na Lei.

A regulamentação a ser aprovada pelo Governo deverá fixar o modelo de Estatutos a adoptar
pelas empresas públicas, as competências e o funcionamento das tutelas financeira e sectorial,
o processo de tomada de decisões, o conteúdo e o modelo dos contratos-programa, entre
outros aspectos.

Desafios do sector empresarial em Moçambique

Segundo Santos (2018), os principais desafios no sector empresarial em Moçambique são:


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1. Redução da pobreza – fundamental acelerar o crescimento económico que tenha uma base
ampla de modo a provocar maiores e acelerados rendimentos na economia e, em especial,
daqueles que são pobres.

2. Aumento da produtividade da agricultura – uma vez que três-quartos da população tem


os seus rendimentos vindos da agricultura e esta população é maioritariamente pobre, a
solução da pobreza em Moçambique não pode ser alcançada caso não se consiga melhorar
drástica e aceleradamente a produtividade média da agricultura.

3. Melhoria do ambiente de negócios – a experiência mostra, na história da humanidade, que


os governos dinamizam o crescimento via políticas económicas, ambiente de negócios e
despesa pública, em particular investimento. A história mostra também que é o sector privado
tem um potencial enorme em termos de geração de rendimentos e riqueza, e principalmente
como esse rendimento é criado e transmitido via a expansão do emprego e sua
sustentabilidade.

O ambiente de negócios Moçambicano, deve ser simples, flexível e estimulante do


crescimento, ao mesmo tempo que deve estabelecer regras de competitividade, justiça
económica, financeira e social.
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Conclusão

Terminado o trabalho, concluiu – se que o Sector Empresarial do Estado exerce uma função
importante na economia moçambicana. O Estado, por ausência de vocação empresarial,
decidiu criar e atribuir a entidades com personalidade jurídica própria, o exercício de diversas
actividades. Muitas dessas actividades só podem ser exercidas por entes que tenham o apoio
do Estado, dispondo de poderes e meios que as empresas privadas normalmente não têm.

Estima-se que, no geral, mais de 60% das pessoas vivam na pobreza e mais de um milhão de
pessoas tenham sido deslocadas pelo conflito em Cabo Delgado. A instabilidade em Cabo
Delgado abrandou os resultados esperados dos investimentos no sector do gás natural
liquefeito (GNL), tendo actualmente um projecto offshore, com um investimento de US$ 7
mil milhões iniciado as operações de produção. Projectos maiores, com investimentos
superiores US$ 50 mil milhões, devem iniciar a produção em 2026 e 2028, com um atraso de
quase dois anos.

Os parceiros comerciais externos têm motivos suficientes para inspirarem uma grande
confiança pelo País face à capacidade que as autoridades monetárias têm conseguido manter
volumes adequados de meios de pagamento sobre o exterior. As reservas externas do Banco
Central têm estado a situar-se acima dos seis meses de importação de bens e serviços.
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Bibliografia
BRITO, L. (2017). Moçambique independente: o novo espaço político. Texto de apoio da
disciplina Moçambique Contemporâneo. Maputo, Moçambique.

MALOA, T. M. (2015, Setembro). O EMPRESARIADO MOÇAMBICANO: Linhas para


Interpretação da Gênese do Novo Empresariado em Moçambique . Maputo, Moçambique.

portal do governo . (2016). Retrieved Abril 2023, from Economia:


https://www.portaldogoverno.gov.mz/por/Mocambique/Economia

Santos, R. (2018). O ambiente empresarial das indústrias manufactureiras moçambicanas.


Retrieved Abril 2023, from igmozambique: https://igmozambique.wider.unu.edu/pt/policy-
brief/o-ambiente-empresarial-das-industrias-manufactureiras-mocambicanas

Timbane, T. (2013). MOÇAMBIQUE- O NOVO REGIME DO SECTOR EMPRESARIAL


DO ESTADO. GLM - Gabinete Legal Moçambique . Maputo, Moçambique.

world bank. (2023, Abril). Retrieved Abril 2023, from Moçambique: aspectos gerais:
https://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview

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