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FREQUÊNCIA: 4º ANO.
TEMA
CONTROLO JURISDICIONAL DE ACTOS TRIBUTÁRIOS
Docente
FREQUÊNCIA: 4º ANO.
TEMA
CONTROLO JURISDICIONAL DE ACTOS TRIBUTÁRIOS
DISCENTES:
Buanha, Arminda João Matiquite, Alcina Fernando
Chivaca, Nelson Mafasha Muianga, Bijork Carlos
Dandonga Mussossonora, Laurinda
Fernando, Eva Adelino
Fernando, Sizária Manuel Salvador, Lezita Nazário Poeta
Hale, Sádam Félix Sitore, Teresa António
Hale, Tomás João Vilanculo, Adozinda Moises
Iahaia, Bachir Vilanculos, Amija Laura
Jequecene, Justina Geraldo Zunguene, Edson Frederico Job
Manuel, Carla Manuela
Docente
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
OBJECTIVOS .................................................................................................................. 2
Objectivo Geral ............................................................................................................. 2
Objectivos específicos .................................................................................................. 2
METODOLOGIA............................................................................................................. 2
JURISDIÇÃO ................................................................................................................... 3
Conceito ........................................................................................................................ 3
Principais características da Jurisdição: ........................................................................ 3
Outras características da jurisdição ............................................................................... 4
Princípios inerentes à jurisdição ................................................................................... 5
Elementos da jurisdição e poderes jurisdicionais ......................................................... 5
Espécies de jurisdição ................................................................................................... 7
Limites da jurisdição ..................................................................................................... 8
ACTOS TRIBUTÁRIOS .................................................................................................. 9
Conceito ........................................................................................................................ 9
Condição ..................................................................................................................... 10
Pressupostos e requisitos ............................................................................................ 10
Atributos dos actos tributários .................................................................................... 11
Classificação dos actos tributários .............................................................................. 13
CONTROLO JURISDICIONAL DE ACTOS TRIBUTÁRIOS.................................... 15
Controlo ...................................................................................................................... 15
Controlo Jurisdicional ................................................................................................. 15
Sistema de justiça tributária ........................................................................................ 16
A Protecção Contra Actos Lesivos de Direitos e Interesses Legalmente Protegidos . 17
Do Controlo da Legalidade ao da Exigibilidade ..................................................... 18
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 21
INTRODUÇÃO
O presente trabalho, tem como pretensão descrever o controlo jurisdicional dos actos
tributários, verifica-se que a administração tributária tem realizado actos que
conjuntamente constituem a actividade tributária. É necessário referir que dentro do
trabalho, começar-se-á por apresentar aspectos relacionados com a jurisdição, em seguida
apresenta-se assuntos sobre actos tributários e sua classificação e por fim uma breve
apresentação do controlo jurisdicional dos actos tributários diante dos serviços da
administração tributária.
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OBJECTIVOS
Objectivo Geral
Objectivos específicos
METODOLOGIA
Tipo de Pesquisa
Pesquisa Descritiva – teve como objectivo descrever o controlo jurisdicional dos actos
tributário e outros aspectos relevantes.
Colecta de Dados
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JURISDIÇÃO
Conceito
De acordo com Coelho (2012), jurisdição trata-se de uma das funções do Estado,
mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em disputa para,
imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça.
Já dissemos que a jurisdição é uma função do Estado e seu monopólio. Além disso,
podemos dizer que a jurisdição é, ao mesmo tempo, poder, função e actividade
(Coelho, 2012).
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Escopo jurídico de actuação do direito: O Estado, ao instituir a jurisdição visou a
garantir que as normas de direito substancial contidas no ordenamento jurídico
efectivamente conduzam aos resultados nelas enunciados, ou seja: que se atinjam, na
experiência concreta, aqueles resultados práticos que o direito material preconiza. O
escopo jurídico, pois, da jurisdição é a actuação (cumprimento, realização) das normas
de direito substancial (direito objectivo). Em outras palavras: o escopo da jurisdição
seria, então, a correcta aplicação do direito e a justa composição da lide, ou seja, o
estabelecimento da norma de direito material que disciplina o caso, dando a cada um o
que é seu.
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Princípios inerentes à jurisdição
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Notio – que significa a faculdade de conhecer certa causa, ou de ser regularmente
investido na faculdade de decidir uma controvérsia, aí compreendidos a ordenar
os atos respectivos.
Vocatio – quer dizer a faculdade de fazer comparecer em juízo todos aqueles
cuja presença seja útil à justiça e ao conhecimento da verdade.
Coercio – (ou coertitio) – que é o direito de fazer-se respeitar e de reprimir as
ofensas feitas ao magistrado no exercício de suas funções: jurisdictio sine
coertitio nula est.
Iudicium – direito de julgar e de pronunciar a sentença.
Executio – direito de em nome do poder soberano, tornar obrigatória e coativa
a obediência à próprias decisões.
Poderes da jurisdição: a doutrina moderna elenca três poderes jurisdicionais, que são:
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(partes, advogados, ou qualquer outro profissional ou pessoa) estão sujeitos ao
poder de quem a preside, que pode admoestá-los e até mandá-los retirar-se do
recinto. A testemunha tem o dever de comparecer à audiência, sob pena de
condução coercitiva. O órgão jurisdicional pode requisitar a força policial para
vencer qualquer resistência ilegal à execução de seus actos.
Poder de documentação – é aquele que resulta da necessidade de documentar,
de modo a fazer fé, de tudo que ocorre perante os órgãos judiciais ou sob sua
ordem (termos de assentada, de constatação, de audiência, de provas, certidões
de notificações, de citações entre outras).
Espécies de jurisdição
Classifica-se, pois, a jurisdição nas seguintes espécies: a) pelo critério do seu objecto
em jurisdição penal ou civil; b) pelo critério dos organismos judiciários que a exercem,
em especial ou comum; c) pelo critério da posição hierárquica dos órgãos que a exercem,
em inferior e superior; d) pelo critério da fonte do direito com base na qual é proferido
o julgamento, em jurisdição de direito ou de equidade.
Jurisdição penal ou civil – a actividade jurisdicional é exercida tendo por objecto uma
pretensão que varia de natureza conforme o direito objectivo material em que se
fundamenta. Há, assim, causas penais, civis, comerciais, administrativas, tributárias e
outras. Com base nisso, é comum dividir-se o exercício da jurisdição os juízes, dando a
uns a competência para apreciar as pretensões de natureza penal e a outros as demais.
Fala-se, assim, em jurisdição penal (causas penais, pretensões punitivas) e jurisdição
civil (por exclusão, causas e pretensões não-penais). A expressão "jurisdição civil", aí,
é empregada em sentido bastante amplo, abrangendo toda a jurisdição não-penal.
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individual de outro na certeza de que nunca haverá pontos de contacto entre eles. Em
verdade o ilícito penal não difere em substância do ilícito civil, sendo distinta apenas a
sanção que os caracteriza; a ilicitude penal é, ordinariamente, mero agravamento de uma
preexistente ilicitude civil, destinada a reforçar as consequências da violação de dados
valores, que o Estado faz especial empenho de preservar.
Limites da jurisdição
Limites internacionais: como exercício de sua soberania, cada Estado (nação) dita sua
normas internas. Contudo, a necessidade de coexistência com outros Estados soberanos
faz com que o legislador mitigue esse poder soberano, atendendo às seguintes
ponderações:
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ACTOS TRIBUTÁRIOS
Conceito
Entende-se por actos tributários deve-se entender toda manifestação volitiva e unilateral
da Administração tributária, que, agindo no exercício de suas prerrogativas, tenha por
objectivo adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir ou declarar direitos, bem
como impor obrigações aos administrados ou à si própria (Greco, 2003).
Os conceitos acima enunciados permitem desde logo fazer uma distinção entre o acto
administrativo, lato sensu, e um outro tipo de acto administrativo, que poderemos
considerar como uma subespécie do primeiro, pois não deixa de ser um acto
administrativo praticado por um órgão da administração pública, dotado de todas as
características de um acto administrativo, mas cujo âmbito de aplicabilidade se restringe
a uma área particular do direito administrativo – o direito tributário - dotado de um corpo
de normas e de procedimentos específicos e de uma organização judiciária própria.
Poderemos então afirmar que todo o acto tributário é um acto administrativo pois reúne
todas as suas características, mas que o contrário já não se verifica pois, para que um acto
administrativo revista a característica de acto tributário, terá forçosamente de incluir na
sua estrutura uma imposição de pagamento de uma determinada quantia, quantia essa que
terá obrigatoriamente de resultar da aplicação da legislação fiscal a determinados actos
jurídicos praticados pelo contribuinte, os quais terão obrigatoriamente de estar previstos
nessa mesma legislação, sem o que, o acto administrativo em causa estaria revestido de
ilegalidade.
A liquidação de um tributo;
O reconhecimento de uma isenção;
A prestação de uma informação vinculativa.
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O acto que mais se evidência é o acto de liquidação, que consiste na determinação, em
concreto, do sujeito passivo e do montante do tributo.
Para além do acto de liquidação temos ainda os actos preparatórios e prévios, que são
aqueles que antecedem o acto de liquidação.
Condição
Segundo Greco (2003), a condição inicial para o aperfeiçoamento do acto tributário é que
a Administração tributária aja no exercício de suas prerrogativas públicas, usando de sua
Supremacia; ou seja, que pratique os referidos actos regida pelas normas de Direito
Público e Tributário, uma vez que pode praticar actos igualitários aos actos jurídicos
privados, afastando-se de sua natureza tributária.
Pressupostos e requisitos
Da análise estrutural dos actos tributários, extrai-se cinco requisitos necessários à sua
formação e aperfeiçoamento, quais sejam: competência, finalidade, forma, motivo e
objecto. Com efeito, é indiferente, em sede de requisitos, a natureza do acto, sendo certo
que, além destes componentes, concorrem à sua formação o mérito tributário e o
procedimento tributário (Gonçalves, 2005).
Competência
Pressuposto subjectivo e requisito inicial para a validade dos actos tributários, por
competência deve-se entender o poder legalmente atribuído ao agente público para o
desempenho específico de suas funções. Traduz-se como a capacidade atribuída ao agente
público de manifestar a vontade da Administração, podendo ser delegada ou avocada,
desde que assim permita expressamente a legislação administrativista pertinente.
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Finalidade
Elemento vinculado a todo acto tributário, deve-se observar sua finalidade pública, ou
seja, o interesse público de agir, uma vez que somente se justifica o acto como factor de
realização do interesse colectivo.
Forma
Motivo
Objecto
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realização dos interesses públicos, lhes assiste. Tais atributos são: presunção de
legitimidade, imperatividade, exigibilidade e auto executoriedade.
Presunção de legitimidade
Imperatividade
É de aplicação relativa eis que certos actos a dispensam em razão de clara desnecessidade,
como, por exemplo, nos actos que interessam exclusivamente a determinados
particulares, face aos efeitos jurídicos produzidos.
Exigibilidade
Auto-executoriedade:
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Classificação dos actos tributários
Todavia, a legislação fiscal, não nos dizia o que devia entender-se por actos em matéria
tributária. Mas, atendendo ao conjunto de actos que esse Código colocava sob uma tal
designação, concluíamos ser de considerar como tais os actos preparatórios e prévios dos
actos tributários (ou actos de liquidação), destacáveis ou autonomizáveis do respectivo
procedimento tributário para efeitos da sua impugnação administrativa ou judicial
autónoma. Com este sentido, os actos em matéria tributária integravam, nomeadamente,
as decisões de determinação administrativa da matéria tributável e as correcções
administrativas das declarações dos contribuintes em IRPS e em IRPC.
Por sua vez, relativamente aos actos tributários, não havia, como contínua a não haver,
quaisquer dúvidas de que se tratava dos actos de liquidação administrativa dos impostos,
ou mais em geral, dos tributos, na medida em que o mencionado Código se aplicava a
todos os tributos e não apenas aos impostos (Nabais et al, 2017).
Atento o exposto, é de concluir que podemos falar de actos tributários em sentido amplo,
em que temos, de um lado, os actos tributários em sentido estrito ou actos de liquidação
de tributos e, de outro, os actos em matéria tributária em sentido amplo, isto é, os demais
actos praticados em sede das relações jurídicas tributárias. Nestes últimos temos, por sua
vez:
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b) Os actos administrativos em matéria tributária ou actos administrativos relativos
a questões tributárias.
Nos actos tributários em matéria tributária em sentido estrito encontramos, entre outros,
os actos de levantamento administrativo do sigilo bancário, de inspecção tributária, de
informação vinculativa e de avaliação prévia, de aplicação de normas de prevenção da
fraude e evasão fiscais, de elisão de presunções, de concessão de benefícios fiscais, da
fixação de valores patrimoniais, de inclusão de contribuintes nas listas de devedores ao
Fisco e à Segurança Social, entre outros (Nabais et al, 2017).
Quanto á estrutura:
Unilateral- quando os actos são fixados e executados apenas pela administração
tributária.
Quanto ao conteúdo
Quanto á eficiência:
Definitivas- os seus efeitos produzem-se de uma forma última (não está sujeito a
correcção). Pagamento de imposto no seguimento do procedimento de liquidação.
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CONTROLO JURISDICIONAL DE ACTOS TRIBUTÁRIOS
Controlo
Marçal Justen (2014) citando Fábio Konder Comparato, destaca que o vocábulo controlo
comporta dois sentidos diversos. Pode-se falar em controlo-fiscalização para indicar a
tarefa de acompanhar e fiscalizar conduta alheia, verificando o cumprimento dos
requisitos necessários e a realização de fins adequados. Podendo haver também o controlo
orientação, ou seja, a possibilidade de determinar o conteúdo da conduta alheia,
escolhendo os fins que o terceiro realizara e o modo pelo qual se desenvolverá.
Controlo Jurisdicional
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Segundo Gonçalves (2005), para que o controlo jurisdicional aconteça é necessário um
órgão dotado de poderes jurisdicionais que julgue, de modo definitivo, as controvérsias
que envolvam a Administração Tributária.
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sentido, a expressão “contencioso tributário” é usada para indicar a especialização e a
divisão aqui apontada (Gonçalves, 2005).
Como refere Saldanha Sanches (2007), “ (…) O poder tributário, recordemos, envolve
uma extensíssima intromissão do Estado na esfera pessoal do contribuinte, pois implica
alterações no seu património. Se toda a actividade pública deve ser submetida ao controlo
jurisdicional possível, mester é, “a fortiori”, que a tributação seja um domínio onde a
tutela dos direitos dos contribuintes seja tratada com particular relevo. (…) “
A linha de pensamento do referido autor é aliás confirmada pelo facto de a via judicial
para a defesa dos interesses dos administrados estar desde logo salvaguardada
no corpo do texto da Constituição da República, o qual refere no seu art.253º - Direitos e
garantias dos administrados:
André Festas da Silva (2007), assinala que a tutela jurisdicional efectiva não se satisfaz
com o simples acesso ao direito sendo necessário que da protecção conferida aos
destinatários das decisões judiciais e que procuraram a justiça consigam alcançar a (…)
utilidade que possa satisfazer os seus interesses.
Do Controlo da Legalidade
Contudo, razões de celeridade apontam para que se prossigam os autos quando ainda se
discute a conformidade do acto de liquidação, daí se prever a possibilidade de suspender
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a eficácia do acto de liquidação o que equivale dizer, suspender a tramitação do processo
de execução fiscal.
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CONCLUSÃO
Apos a conclusão deste trabalho, pode-se concluir que o controlo jurisdicional é amplo,
compreendendo o reexame de actos decorrentes de actividade tributária ou da actividade
vinculada. Não significa entretanto, que possa o Poder Judiciário, nas hipóteses referidas,
modificar os critérios subjectivos que nortearam esses actos, operando uma substituição
à vontade fiscal, através da eleição de outros critérios.
Os actos tributários, embora praticados pela administração tributária, não deixam de ser
considerados actos administrativos. Os actos tributários são deste modo actos
administrativos executórios que resulta na aplicacao de uma lei fiscal com intuito de
determinar o quantitativo de imposto a ser pago pelo contribuinte. Sendo assim, todos
actos tributários são actos administrativos mas nem todos actos administrativos são
considerados tributários.
O controlo jurisdicional não só alcança os actos tributários mas também toda actividade
tributária. Para que o controlo jurisdicional aconteça é necessário um órgão dotado de
poderes jurisdicionais que julgue, de modo definitivo, as controvérsias que envolvam a
Administração Tributária.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Admi nistrativo-26 edição- São Paulo:
Atias,2013
Fagundes, Miguel Seabra. O controle dos atos administrativos pelo poder Judiciário-6
edição-São Paulo: Saraiva, 1984.
Gonçalves, Valquíria. Controle Jurisdicional da Administração Pública E Os Atos De
Governo: Monografia apresentada como requisito parcial à conclusão do Curso de
Direito, Sector de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2005
Medauar, Odete. Controle da Administração Pública. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1993
Tavares, Carla Sofia da Rocha. Estudo Sobre a Reclamação Dos Actos Proferidos Em
Processo De Execução Fiscal. Dissertação de Mestrado Mestrado em Direito Tributário
e Fiscal. Lisboa, 2013
Gil, A. Carlos. (2002). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. Editoras São Paulo.
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